Luís Henrique escreveu:
1) Ok. Creio que todos os fabricantes divulgam apenas O MELHOR CASO. Portanto quando falam da capacidade do radar ou da RCS da aeronave, sempre falam do melhor caso.
Mas isto ocorre PARA TODOS. Portanto, da sim para compararmos, ainda que de forma bem básica, mas da.
Concordo.
Mas mesmo assim ainda faltaria saber COMO foi feita a medição, com qual margem de erro/acuracidade. E isso so podemos estimar para servir de base ao nosso planejamento de emprego, coisa que vou citar abaixo.
Luís Henrique escreveu:2) Ok. Porém a chegada de caças furtivos não alterou a questão do tamanho dos caças. O HIGH, o Top continua sendo os caças pesados e bimotores e o LOW, continua sendo os caças mais leves, menores...
Acho que o TOP depende muito da situação, temos que levar em conta o relevo, o provavel inimigo, o tipo de operação que vai demandar que tipo de operação.
Eu não consigo imaginar um F-16 B50/60, um Gripen ou um M-2000-9 como não sendo um caça TOP; e mesmo assim elas são monomotores e relativamente menores que um F-15/SU-30.
Não acho que uma aeronave dessas com suas caracteristicas bem definidas para o cenario onde vai operar pode sim ser superior a qualquer caça maior e bimotor existente em operação, talvez com exceção do F-22 atualmente.
Isso porque os sensores embarcados, a capacidade de defesa ativa e a presença de uma rede de comunicação dentro de um TO onde o alcance não seja um impeditivo podem fazer mais diferença do que maior potencia ou maior alcance de RADAR embarcado.
Luís Henrique escreveu:3) Discordo. Realmente não tem como comparar uma aeronave Furtiva com uma aeronave Discreta. Existe uma diferença na RCS em Ordem de Magnitude.
É este o PONTO que quero chegar. Quando comparamos aeronaves Discretas, mesmo que exista diferença, a diferença está na MESMA ordem de magnitude.
Ou seja, a diferença NÃO é significativa.
Mas ai é que está: uma aeronave discreta sofreu modificações para diminuir as emissões; portanto eu so poderia afirmar que a diferença está na mesma magnitude se soubessemos que as modificações foram identicas.
Eu acredito que elas não sejam, portanto não tem como afirmar que as diferenças sejam da mesma ordem. Como afirmar que as defesas ativas são iguais, que o material utilizado fornece a mesma proteção, que a Doutrina de emissões é igual?
Eu acho que cada país foca naquilo que domina melhor: Suecia no data-link, Israel na suite eletronica e assim por diante, e cada alteração fornece algum ganho indireto na capacidade de sobrevivencia da aeronave, mas não posso afirmar que o ganho é igual para todos porque estamos falando de soluções diferentes em aeronaves diferentes.
Luís Henrique escreveu:Como vc disse, o Su-35 possui o dobro ou o triplo do tamanho de um Gripen.
Como são ambas aeronaves discretas, se o Gripen possuir RCS de 0,5 m² o Su-35 possuirá RCS de 1,0 m² ou 1,5 m²
Porém, se as medidas para redução da RCS adotada pelos russos forem mais eficientes que às da Suécia, o Su-35 talvez possa ter o mesmo RCS do Gripen ou até uma RCS MENOR, mesmo sendo um caça maior.
Veja bem, em funções logaritimiticas (como no caso da utilização de transmissões em geral, entre elas a de RADAR), a metade do tamanho NÃO é necessariamente (eu diria raramente) e metade do ganho (nesse caso, da potencia de retorno).
E como eu disse, de olho, você não pode afirmar que a RCS de um e menor do que do outro. Não se vê aplicado NENHUM tipo de medida para redução da mesma, de onde sairia então essa redução significativa?
Ou aceitamos o que alguns dizem como verdade e refutamos o que vemos com nossos proprios olhos (e dai se amanha um sueco vier a dizer que a RCS do Gripen é menor que a do F-22 e teremos que aceitar para manter a linha de raciocinio); ou estamos falando de defesas ATIVAS que fazem com que o inimigo receba um sinal de retorno do SU-35 semelhante ao do Gripen.
Mas isso não tem nada a ver com RCS no projeto da aeronave, e sim com o sinal recebido.
Luís Henrique escreveu:O que eu coloquei como grande vantagem do caça russo, é que a diferença de radar é IMENSA.
Portanto, uma diferença na RCS, não dará vantagem ao caça sueco.
Não necessariamente.
Usar seu RADAR significa avisar a tudo e a todos que você está ali, e denunciar a sua presença MUITO antes de você detectar alguem que sabe onde você está, pois é IMPOSSIVEL (e isso é um fato, não opinião) você ter um alcance igual ao da potencia irradiada.
Portanto, uma diferença de RCS pode sim ser mua vantagem, em um ambiente pequeno que possua uma rede conectada por varios sensores (entre eles radares bi-estaticos) e que sejam capazes de tramitar informação entre seus vetores de Defesa de maneira eficiente, como a Suecia.
Isso significa que enquanto um SU-35 está emitindo seu RADAR e denunciando a sua posição a mais de 400 km de distancia (suponde ser esse o alcance), você pode ter aeronaves menores com seus sistemas radares desligados mas recebendo atualização da posição do inimigo (inclusive com solução de tiro) por uma rede de sensores em terra e no ar; e utiliazar NÃO só a RCS como sensores ativos para tentar obter vantagem no combate.
Já o russo sabe que vai operar em grandes distancias, por vezes com pouco ou nenhum apoio de sensores no solo e limitado no ar; portanto faz sentido projetar caças enormes que sejam capazes de ser o mais autosuficiente possivel quando operando além das linhas inimigas.
Mas isso não que dizer, de maneira nenhuma, que um é melhor que o outro.
Luís Henrique escreveu:Discordo totalmente do que vc disse, que a diferença no radar é a mesma da diferença no RCS.
Uma diferença de 100% na RCS de um caça NÃO degrada em 100% o radar adversário.
Não estou falando de alcance, pois como já disse so podemos especular sobre isso, ou com algum conhecimento e muita paciencia tentar calcular o horizonte radar para ambas as aeronaves simulando alguns parametros.
Mesmo assim seria algo muito, mas muito mesmo estimado, pois ainda não saberiamos as faixas de frequencia nem os modos de varredura, por exemplo.
Luís Henrique escreveu:Por exemplo, vamos supor que o Raven tenha alcance de detecção para alvos de 3m² de 160 km.
Se o Su-35 possuir RCS frontal de 1m², o Raven irá detectá-lo a aproximadamente 120 km.
Do outro lado, o IRBIS-E detecta um alvo de 3m² a 400 km.
Se o Gripen possuir 1m² de RCS frontal, o IRBIS irá detectá-lo a aproximadamente 300 km.
Gripeiros: - Ah mas o Gripen é bem menor que o Su-35, portanto possui RCS menor. Digamos a METADE.
Ok. RCS de 0,5m² para o Gripen. O IRBIS irá detectá-lo a aproximadamente 240 km.
É isto que eu estou querendo dizer, se o alvo possui a metade do RCS, o alcance de detecção do IRBIS não vai cair pela metade, de 300 km para 150 km. Ele cai para 240 km.
Gripeiros contra-atacam: - AH, mas eu não acredito nas capacidades dos russos em reduzir a RCS. O Su-35 é 2 a 3 vezes maior, mas para mim a RCS do Su-35 não é apenas 2 a 3 vezes maior. Ela deve ser umas 6 vezes maior.
Ok. O Su-35 com RCS frontal de 3m². O Gripen detecta à 160 km.
E é detectado pelo IRBIS à 240 km.
Gripeiros apelam e dão fatality: - AH, mas o Gripen E é QUASE um caça furtivo. O RCS é de apenas 0,1 m². (Mesmo armado) 
Ok. O IRBIS vai detectar o Gripen com rcs frontal de 0,1m² a aproximadamente 165 km.
E como você chegou a esse calculo?
Suponho que foi usando essa formula aqui:
Pr = {(Pt Gt)/(4pi r2)} .sigma. {1\(4pi r2). Aeff} , onde você mudou o valor de sigma para os valores que você citou, correto?
Citei essa equação porque está facil de visualizar na wikipedia:
http://en.wikipedia.org/wiki/Radar_cross-section
mas não sei dizer se seria a idela para o nosso caso especifico.
E veja so voce: para o calculo de RCS, comoestá bem explicado, é necessário entre outras coisas saber a quantidade de potencia irradiada no alvo e qual a dispersão dessa potencia; e sem o uso da RCS na equação RADAR temos apenas um ideia do que seja o alcance.
Portanto partindo do principio que eu so vou saber a potencia irradiada pela aeronave ao ser iluminda pelo meu RADAR ao ILUMINA-LA com o meu RADAR (obrigado Red Flag...

), enquanto isso não acontecer o que se tem são estimativas feitas para fechar um calculo matematico. E já ia me esquecendo, com dados fornecidos pelo fabricante.
Luís Henrique escreveu:Veja, a diferença dos radares é muito maior do que qualquer diferença de RCS.
Mesmo considerando que o Gripen tenha uma RCS 10 vezes menor que a do Su-35 (o que eu duvido), mas ainda assim, o Su-35 seria detectado a 120 km.
Mesmo considerando que o RAVEN tenha capacidade semelhante ao APG-79 (o que eu também duvido), mas ainda assim, o Su-35 seria detectado a 150 km.
Pode ser, pode não ser Luis.
Não tenho como provar isso, você muito menos; podemos sim elaborar hipoteses baseadas em fatos ou versões, cada um a seu gosto.
Podemos sim tentar calcular aqui um alcance baseado nas informações que temos, mas ainda assim não quer dizer nada.
Luís Henrique escreveu:Então, veja, só se chegarmos ao CUMULO de acreditar que Rafale, SH e Gripen são praticamente furtivos e que os russos não sabem nada e não fizeram nada para diminuir a RCS do Su-35.
AI sim, poderíamos afirmar o que vc disse, que a diferença de radar e a diferença de RCS DA NO MESMO.
Nós quem?
Achei que tinha sido claro ao falar que, para mim, nenhum deles é nem de longe furtivo. Podem possuir sim excelentes sistemas ativos para diminuir a detecção, mas isso não tem nada a ver com furtividade ou RCS.
Luís Henrique escreveu:4) O Super Hornet é 20% maior que o Hornet.
O Hornet pesa 10,4 T enquanto que o Super Hornet pesa 14,5T.
É claro que é uma aeronave maior. E é fato que a RCS do Super Hornet é bem menor que a do Hornet.
Não vou pesquisar agora pois estou sem tempo, mas é só procurar no google e achará.
Da mesma forma o Mirage 2000 também é menor. Em comprimento, em envergadura, em altura.
A diferença de peso (17T contra 24,5T) também demonstra bem isto.
Oras, no caso do Rafale existe declaração oficial de representantes da empresa que a RCS do Rafale é 10 vezes MENOR que a do Mirage.
É só procurar e achará. Também, não vou me dar ao trabalho.
Isso não são Fatos, são informações e fornecidas pelo fabricante!
Existe muita diferença entre algo que eu posso comprovar ou afirmar e algo que alguem me disse; principalmente quando esse alguem está querendo me vender seu produto.
Agora, se formos calcular (mesmo que hipoteticamente) as dimensões das aeronaves, a emitancia de seus produtos ao serem irradiados por determinada frequencia ai sim podemos mensurar o quanto um é menor que o outro.
E veja bem, maior capacidade de carga ou peso de decolagem não significa maior dimensão, no caso frances.
No caso americano então eu suponho que 20% é sua definição de BEM MAIOR para uma aeronave em relação a outra?
Alias, 10 vezes menor contra qual RADAR? Em qual ambiente? Com qual configuração? RCS 10 vezes menor ou detecção 10 vezes menor?