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Mensagem
por FCarvalho » Qui Fev 08, 2018 7:21 pm
O problema não é o MD, que não apita porcaria nenhuma nas aquisições e projetos das ffaa's. A questão em primeiro lugar é que a nossa doutrina AAe é totalmente antiquada para a realidade atual.
Temos que ter AAe em camadas. Isso todo mundo concorda. Mas a questão de fundo é: como organizar essa defesa AAe sem causar fraticídio. Esta parece ser a principal preocupação. Ou seja, um problema de NCW. Que por aqui ainda é novidade.
Dito isso, o EB tem dois tipos de undes AAe: os GAAe e suas Bgdas, e as Bia AAe das OM mec e blda. A primeira tem por missão primária realizar a defesa de ponto, e na teoria também a de área, da infraestrutura militar de seu entorno, OM's em campo e infraestrutura civil. Ou seja, um misto de defesa fixa e móvel. Já a segunda é essencialmente móvel, tendo em vista que deve acompanhar com igual mobilidade as suas Bgdas. Neste caso mobilidade é tudo. Para cobrir as necessidades da primeira, o Umkhonto como proposto é ideal, pois combina flexibilidade de uso tanto fixo como móvel. Canhões AAe também podem fazer parte desta equação. Para a segunda, não vejo nada melhor que o Pantsyr, mas como não vamos comprar ele mesmo, entendo que um projeto nacional pode cobrir este gap das OM's mec/bldas. A torre da Ares pode ser um indicativo nesse caminho. Por fim, e em separado, entram os Manpads, que é um tipo de armamento orgânico que pode, e deve, ser disseminado por todos os tipos de tropa do EB, para uso como defesa de ponto imediata.
A FAB poderia usar um misto de Unkhonto e Manpads, já que a sua infraestrutura é bastante diversa e extensa pelo país. Dependendo da OM a ser protegida, defini-se o melhor sistema. Há outros mísseis na mesma categoria do sul-africano que também serviriam como um bom recurso. Mas aí entra a questão dos prós e contras de se optar por sistemas prontos ou investir em P&D em sistema nacionais.
O caso da MB dividi-se em dois: a necessidade de defesa AAe do CFN, e a defesa AAe da esquadra. Duas coisas bem diferentes. No primeiro caso, é um misto de defesa fixa e móvel. Uma e outra podem ser atendidas pelo Umnkhonto(e similares) e por sistemas Manpad. No caso das OM's mecanizadas, a mesma solução dada ao EB pode ser utilizada também pelo CFN. Já a esquadra precisa de sistemas que sejam capazes de cobrir desde o VSHORAD até o longo alcance. Para isso seria importante a posse e/ou desenvolvimento de uma família de mísseis que possam cumprir tais tarefas. O Unkhonto poderia ser uma alternativa. Mas há outras no mercado também.
E no meio de tudo isso, o COMDABRA tentando colocar ordem nas coisas, dizendo quem atira em quem, ou no quê, quando, onde e porquê. Se funciona? Bem eu não sei. A na verdade a gente só vai saber quando tivermos de atirar em alguém.
abs
Carpe Diem