Geopolítica Brasileira

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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VivaRussia
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Re: Geopolítica Brasileira

#976 Mensagem por VivaRussia » Sex Jan 01, 2016 10:08 pm

Marechal-do-ar escreveu:A Georgia não atacou diretamente a Rússia, mas a Rússia decidiu intervir mesmo assim, a Ucrânia também não atacou a Rússia, a UE/OTAN interferiu na Ucrânia e a Rússia decidiu intervir de novo.

De certa forma, nem Georgia e nem Ucrânia são "loucos", mas a Rússia se comportou como uma potência e mandou tropas quando bem entendeu, da mesma forma que os EUA fizeram em diversas ocasiões.
Marechal, a Geórgia atacou os territórios da Ossétia e Abecássia, onde havia tropas russas lá, matando inclusive soldados russos. Isso é ou não o mesmo que atacar a Rússia?

Já na Ucrânia houve um golpe de estado perpetrado pela OTAN e assumiu um governo pró-Ocidente, o qual tomou várias medidas contrárias aos interesses da própria Ucrânia. As consequências para os ucranianos serão sentidas por, no mínimo, 20 anos.

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Re: Geopolítica Brasileira

#977 Mensagem por VivaRussia » Sex Jan 01, 2016 10:53 pm

FCarvalho escreveu: VivaRussia, os americanos não querem nada a princípio com o Paraguai que já não queiram com o restante da América do Sul, ou seja, controle do narcotráfico, comércio aberto para seus produtos e empresas e influência sobre as políticas nacionais onde seus interesses estiverem em jogo. Até aí nenhuma novidade, porque eles agem assim desde sempre aqui na região, inclusive no Brasil.
Na verdade os americanos pouco se interessam por aquele país, pois até mesmo eles reconhecem que estão sob a nossa área de influência imediata, e qualquer movimento deles mais brusco por ali causaria reação imediata do Brasil, como já aconteceu antes. E obviamente isso não interessa nem a eles, e nem a nós. E assim a coisa vai. Cada um tratando dos seus interesses na mais adequada medida do comedimento diplomático, comercial, e porque não dizer, militar.

Quanto a questões fronteiriças, posso lhe assegurar que nós temos muitos problemas "nas fronteiras", mas não "de fronteiras", o que é algo bem específico e um detalhe também muito importante em nossa política diplomática regional. Mas concordo sob este aspecto com você que não há como prever o que será daqui a vinte ou trinta anos. Mas para isso, temos, ou deveríamos ter, uma diplomacia tão pró-ativa quanto preventiva de nossa parte, de maneira a escalonar nossos interesses com os vizinhos de forma a não apenas ligar mas integrar toda a região, o que penso, não é algo apenas de nosso interesse, mas é também uma necessidade, e um lamento regional, de todos por aqui, vide as dificuldades que temos de dar concretude a acordos, tradados e alianças que visem estes objetivos.

Mesmo assim, nossa posição político-militar-econômica nos garante a priori uma vantagem sobre nossos vizinhos que proporciona um plus a mais na hora das decisões em nível regional por aqui. Nosso vizinhos não gostam da idéia de ser representados ou liderados por nós, mas tão pouco aprovam a ideia de tomar atitudes de conflito conosco que ultrapassem a linha do bom senso. Por mais "loucos" ou imprevisíveis que sejam seus governos agora e no futuro. E que bom que é assim.

Por fim eu já vi muita coisa nesse mundo em matéria de política e governança. E algo que aprendi é que por mais imbecil que seja um governante, ditador ou não, dificilmente este tipo de gente mede suas ações olhando apenas o espectro do imediato. Pouco se fala ou percebe isso, mas as classes política latino-americana ao contrário do que se possa pensar sobre elas, não são tão ordinárias ou obtusas a ponto de pensar e visualizar o futuro apenas tendo como referencia as próximas eleições, de faixada ou não. Eles pensam longe, muito longe. Para o bem e para o mal. Diferente do que a maioria de nós, que acha que qualquer maluco no poder vai fazer qualquer coisa para se manter no poder, arriscando perder o poder. Os malucos, e os políticos, de hoje em dia não são mais como os de antigamente. Eles evoluíram. Nós como sociedade é que não tanto quanto eles.

abs.
Ok, foram só exemplos, hipóteses do que Israel poderia fazer contra a gente, muito mais para mostrar a forma de como Israel age do que qualquer outra coisa. Pode até ser que um ou mais exemplos que eu dei não sejam viáveis, mas não isso é importante. O importante é captar a forma, o modus operandi de Israel agir contra seus inimigos. A minha intenção foi essa.

[]s

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Re: Geopolítica Brasileira

#978 Mensagem por Wingate » Dom Jan 03, 2016 10:56 am

A ponte entre Brasil e Guiana Francesa que ninguém pode cruzar


http://www.bbc.com/portuguese/noticias/ ... rancesa_rb


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Re: Geopolítica Brasileira

#979 Mensagem por Bourne » Sáb Jan 09, 2016 8:15 pm

A nossa esquerda radical é tão caricata quanto os "bolso mito da vida". O ato de discutir em uma universidade que é um centro intelectual e, tende a ser, um núcleo de critica e mudança na política israelense é vista como uma ato de guerra. E, pior, julga que o governo israelense é igual a população. Ao mesmo tempo em que mostrou quando esses caras homofóbicos, autoritários e antissemitas. Querem o modelo stalinista. :?
Viagem de Jean Wyllys a Israel causa controvérsia entre apoiadores e companheiros de partido

O deputado federal Jean Wyllys, do PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) do Rio de Janeiro, tem sido alvo de críticas de políticos e intelectuais de esquerda brasileiros nos últimos dias por sua viagem a Israel, anunciada no perfil do Facebook do deputado na última terça-feira (05/01). Desde então, quando publicou post informando a seus seguidores que estava em Jerusalém, o deputado tem sido criticado também por pessoas que o acompanham nas redes sociais por suas declarações que supostamente demonstram “desinformação” sobre a realidade palestina sob a ocupação israelense.

Segundo o post publicado pelo deputado na última terça-feira, ele foi a Israel para ministrar uma palestra na quarta-feira (06/01) sobre antissemitismo, racismo, homofobia e política na Universidade Hebraica de Jerusalém, a convite da instituição. Wyllys se disse “muito feliz e emocionado pela oportunidade de visitar, pela primeira vez, esta cidade cheia de história, terra santa para as três religiões do livro [islamismo, judaísmo e cristianismo]”. O post incluía uma foto do deputado em frente à universidade. Nos últimos dias, Wyllys tem postado relatos de viagem em que comenta suas impressões sobre Israel.

As críticas à viagem e às publicações do deputado foram feitas inclusive por nomes proeminentes de seu partido, o PSOL. Segundo Milton Temer, um dos fundadores da legenda, as mensagens de Jean Wyllys seguiram uma “linha ilusória da existência de duas forças parelhas, e não a da ocupação por parte de uma potência regional nuclear contra um povo encarcerado em seu próprio território”.

Temer disse ainda que Jean Wyllys confundiu o grupo Hamas com o Exército Islâmico, o que “se não for equívoco por desinformação, já que são inimigos declarados, é puro efeito de lavagem cerebral da mídia conservadora sobre o deputado”.

Gilberto Maringoni, professor de Relações Internacionais da UFABC (Universidade Federal do ABC) e também membro do PSOL, disse, em seu Facebook, que “visitar Israel hoje é mais ou menos como visitar a Alemanha, em 1938 [época do governo nazista]”. Para Maringoni, “o problema é a opção de se ir até lá e a mensagem que isso passa”.

O PSOL apoia formalmente o movimento internacional BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções), que defende o boicote a produtos e empresas israelenses como via de pressão a Israel. Wyllys se manifestou contrário ao BDS, afirmando que todo tipo de bloqueio a um país se trata de um erro. Segundo ele, é uma “contradição imperdoável” o governo israelense apoiar o bloqueio econômico a Cuba imposto pelos EUA à ilha. “Aliás, por que não há boicote contra a Síria, cujo governo é responsável por dezenas de milhares de mortes, ou contra a ditadura iraniana, que enforca homossexuais? Será porque não são judeus?”, disse.

O diplomata Paulo Sérgio Pinheiro, presidente da Comissão Internacional Independente de Investigação para a Síria na ONU e um dos nomes à frente da Comissão da Verdade do Brasil, veiculou um vídeo na sua página do Facebook no qual questiona a atitude de Jean Wyllys. Pinheiro classificou como “lamentável” a postura do deputado, que, segundo ele, revela “uma crassa ignorância e uma total desinformação sobre a política dos direitos humanos em Israel nos dias de hoje”.

Em uma de suas publicações, Wyllys respondeu às críticas de Temer. “Embora eu sempre tenha defendido Milton Temer das acusações de antissemitismo, ele preferiu julgar precipitadamente minha viagem, exortando uma horda de homofóbicos de ‘esquerda’ a me insultar, do que me enviar uma mensagem me pedindo informações sobre os objetivos e o programa da visita”.

Em outra publicação, o deputado respondeu a críticas sem citar nomes. Wyllys disse que busca “ver, escutar, dialogar, analisar e discernir” e que foi alvo de “pressões e insultos” de pessoas que, segundo ele, desejam impor um “discurso pronto e ‘verdades perfeitas’”.
A reportagem de Opera Mundi não conseguiu entrar em contato com a assessoria do deputado Jean Wyllys até o momento de publicação desta matéria, apesar de diversas tentativas.

“Pinkwashing”

Jean Wyllys tem sido alertado por ativistas e também por seus apoiadores pró-Palestina de estar sendo influenciado pelo chamado “pinkwashing” (“lavagem rosa”, em tradução livre), método supostamente utilizado por Israel segundo o qual o país, ao vender a imagem de respeito aos direitos das pessoas lésbicas, gays, bissexuais e transgênero, busca apoio a suas políticas entre pessoas que defendem a causa LGBT. Único parlamentar abertamente homossexual do Brasil, Wyllys negou, em seu segundo relato de viagem, que este seja o caso, dizendo que isso se trata de “teoria da conspiração”, além de “desrespeito a nós, LGBTs”.

“Se outro deputado do PSOL tivesse viajado a Israel, não teria sido subestimado e visto como sensível à ‘lavagem rosa’”, afirmou ele. “Os direitos conquistados pelos LGBTs israelenses são uma luz numa região dominada pelo fundamentalismo, o totalitarismo, a misoginia e a homofobia, e eu parabenizo esse povo por seus avanços. Contudo, isso não me impede de ser solidário com outros oprimidos nessa terra, como os palestinos, por exemplo, da mesma forma que muitos judeus israelenses o são”.

“De fato, eu também gostaria de ir a outros países do Oriente Médio, mas não posso, porque em muitos deles poderia ser enforcado ou preso por ser gay”, afirmou o deputado em uma de suas mensagens no Facebook. Segundo ele, a esquerda não deveria fechar os olhos para a opressão contra LGBTs em países islâmicos e nem para as “conquistas democráticas em Israel”.

Ida à Palestina

Em seu quarto relato de viagem, Wyllys contou sobre sua visita a campos de refugiados palestinos na Cisjordânia, onde conheceu o militante palestino Jamil El Kassas, que participou da primeira intifada, foi preso e perdeu um irmão no conflito. Segundo o deputado, Jamil disse ter mudado de opinião ao longo dos anos e não defende mais a reação violenta, mas de diálogo e de convivência entre os povos, posicionamento semelhante ao de Wyllys.

Algumas pessoas que vinham criticando o deputado por seus relatos supostamente entusiasmados por Israel apontaram que ele incluiu a Palestina ao roteiro de viagem por conta da pressão que sofreu nas redes sociais. Um assessor de Wyllys afirmou ao site norte-americano The Intercept que o deputado não tinha planos de visitar a Cisjordânia ou a Faixa de Gaza, de acordo com um artigo do site. Em uma publicação no mesmo dia, diz o artigo, Wyllys afirmou que visitaria “Belém e talvez Hebron”. Em seu Facebook, o deputado escreveu que desde o início estava prevista uma viagem à Palestina.

Em um vídeo veiculado em seu perfil do Facebook, o professor da Universidade de Brown (EUA) e historiador norte-americano James Green afirmou que esteve na casa de Paulo Sérgio Pinheiro e na oportunidade informou o diplomata que Jean Wyllys faria uma viagem a Israel e também aos territórios ocupados da Palestina. “O senhor sabe, meu caro amigo [Pinheiro], como eu tenho uma posição claramente contra a ocupação. Como você pode imaginar que eu vou levar um deputado brasileiro para Israel para não mostrar essa realidade para ele?”, disse Green. O deputado Jean Wyllys compartilhou o vídeo em sua página.


Viagem de Jean Wyllys a Israel causa controvérsia entre apoiadores e companheiros de partido
Matheus Pimentel | São Paulo - 09/01/2016 - 16h48
Relatos de viagem do deputado do PSOL-RJ têm sido criticados por suposta 'desinformação' sobre realidade palestina sob a ocupação israelense
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O deputado federal Jean Wyllys, do PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) do Rio de Janeiro, tem sido alvo de críticas de políticos e intelectuais de esquerda brasileiros nos últimos dias por sua viagem a Israel, anunciada no perfil do Facebook do deputado na última terça-feira (05/01). Desde então, quando publicou post informando a seus seguidores que estava em Jerusalém, o deputado tem sido criticado também por pessoas que o acompanham nas redes sociais por suas declarações que supostamente demonstram “desinformação” sobre a realidade palestina sob a ocupação israelense.
Segundo o post publicado pelo deputado na última terça-feira, ele foi a Israel para ministrar uma palestra na quarta-feira (06/01) sobre antissemitismo, racismo, homofobia e política na Universidade Hebraica de Jerusalém, a convite da instituição. Wyllys se disse “muito feliz e emocionado pela oportunidade de visitar, pela primeira vez, esta cidade cheia de história, terra santa para as três religiões do livro [islamismo, judaísmo e cristianismo]”. O post incluía uma foto do deputado em frente à universidade. Nos últimos dias, Wyllys tem postado relatos de viagem em que comenta suas impressões sobre Israel.
Reprodução/Facebook Jean Wyllys

O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) foi convidado a dar uma palestra na Universidade Hebraica de Jerusalém
As críticas à viagem e às publicações do deputado foram feitas inclusive por nomes proeminentes de seu partido, o PSOL. Segundo Milton Temer, um dos fundadores da legenda, as mensagens de Jean Wyllys seguiram uma “linha ilusória da existência de duas forças parelhas, e não a da ocupação por parte de uma potência regional nuclear contra um povo encarcerado em seu próprio território”.
Temer disse ainda que Jean Wyllys confundiu o grupo Hamas com o Exército Islâmico, o que “se não for equívoco por desinformação, já que são inimigos declarados, é puro efeito de lavagem cerebral da mídia conservadora sobre o deputado”.
Gilberto Maringoni, professor de Relações Internacionais da UFABC (Universidade Federal do ABC) e também membro do PSOL, disse, em seu Facebook, que “visitar Israel hoje é mais ou menos como visitar a Alemanha, em 1938 [época do governo nazista]”. Para Maringoni, “o problema é a opção de se ir até lá e a mensagem que isso passa”.
Palestinos criticam racismo após passageiros abandonarem avião a pedido de israelenses

Por que o assassinato de um bebê indígena passou despercebido pelos meios de comunicação brasileiros?

Livro que auxilia líderes a obter imunidade em tribunais foi o mais pedido na biblioteca da ONU em 2015

O PSOL apoia formalmente o movimento internacional BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções), que defende o boicote a produtos e empresas israelenses como via de pressão a Israel. Wyllys se manifestou contrário ao BDS, afirmando que todo tipo de bloqueio a um país se trata de um erro. Segundo ele, é uma “contradição imperdoável” o governo israelense apoiar o bloqueio econômico a Cuba imposto pelos EUA à ilha. “Aliás, por que não há boicote contra a Síria, cujo governo é responsável por dezenas de milhares de mortes, ou contra a ditadura iraniana, que enforca homossexuais? Será porque não são judeus?”, disse.
O diplomata Paulo Sérgio Pinheiro, presidente da Comissão Internacional Independente de Investigação para a Síria na ONU e um dos nomes à frente da Comissão da Verdade do Brasil, veiculou um vídeo na sua página do Facebook no qual questiona a atitude de Jean Wyllys. Pinheiro classificou como “lamentável” a postura do deputado, que, segundo ele, revela “uma crassa ignorância e uma total desinformação sobre a política dos direitos humanos em Israel nos dias de hoje”.


Em uma de suas publicações, Wyllys respondeu às críticas de Temer. “Embora eu sempre tenha defendido Milton Temer das acusações de antissemitismo, ele preferiu julgar precipitadamente minha viagem, exortando uma horda de homofóbicos de ‘esquerda’ a me insultar, do que me enviar uma mensagem me pedindo informações sobre os objetivos e o programa da visita”.
Em outra publicação, o deputado respondeu a críticas sem citar nomes. Wyllys disse que busca “ver, escutar, dialogar, analisar e discernir” e que foi alvo de “pressões e insultos” de pessoas que, segundo ele, desejam impor um “discurso pronto e ‘verdades perfeitas’”.
A reportagem de Opera Mundi não conseguiu entrar em contato com a assessoria do deputado Jean Wyllys até o momento de publicação desta matéria, apesar de diversas tentativas.

“Pinkwashing”

Jean Wyllys tem sido alertado por ativistas e também por seus apoiadores pró-Palestina de estar sendo influenciado pelo chamado “pinkwashing” (“lavagem rosa”, em tradução livre), método supostamente utilizado por Israel segundo o qual o país, ao vender a imagem de respeito aos direitos das pessoas lésbicas, gays, bissexuais e transgênero, busca apoio a suas políticas entre pessoas que defendem a causa LGBT. Único parlamentar abertamente homossexual do Brasil, Wyllys negou, em seu segundo relato de viagem, que este seja o caso, dizendo que isso se trata de “teoria da conspiração”, além de “desrespeito a nós, LGBTs”.

“Se outro deputado do PSOL tivesse viajado a Israel, não teria sido subestimado e visto como sensível à ‘lavagem rosa’”, afirmou ele. “Os direitos conquistados pelos LGBTs israelenses são uma luz numa região dominada pelo fundamentalismo, o totalitarismo, a misoginia e a homofobia, e eu parabenizo esse povo por seus avanços. Contudo, isso não me impede de ser solidário com outros oprimidos nessa terra, como os palestinos, por exemplo, da mesma forma que muitos judeus israelenses o são”.

“De fato, eu também gostaria de ir a outros países do Oriente Médio, mas não posso, porque em muitos deles poderia ser enforcado ou preso por ser gay”, afirmou o deputado em uma de suas mensagens no Facebook. Segundo ele, a esquerda não deveria fechar os olhos para a opressão contra LGBTs em países islâmicos e nem para as “conquistas democráticas em Israel”.

Placa alerta que passagem para o lado palestino é contra a lei de Israel e a vida de cidadãos israleneses se encontra em risco

Ida à Palestina

Em seu quarto relato de viagem, Wyllys contou sobre sua visita a campos de refugiados palestinos na Cisjordânia, onde conheceu o militante palestino Jamil El Kassas, que participou da primeira intifada, foi preso e perdeu um irmão no conflito. Segundo o deputado, Jamil disse ter mudado de opinião ao longo dos anos e não defende mais a reação violenta, mas de diálogo e de convivência entre os povos, posicionamento semelhante ao de Wyllys.

Algumas pessoas que vinham criticando o deputado por seus relatos supostamente entusiasmados por Israel apontaram que ele incluiu a Palestina ao roteiro de viagem por conta da pressão que sofreu nas redes sociais. Um assessor de Wyllys afirmou ao site norte-americano The Intercept que o deputado não tinha planos de visitar a Cisjordânia ou a Faixa de Gaza, de acordo com um artigo do site. Em uma publicação no mesmo dia, diz o artigo, Wyllys afirmou que visitaria “Belém e talvez Hebron”. Em seu Facebook, o deputado escreveu que desde o início estava prevista uma viagem à Palestina.

Em um vídeo veiculado em seu perfil do Facebook, o professor da Universidade de Brown (EUA) e historiador norte-americano James Green afirmou que esteve na casa de Paulo Sérgio Pinheiro e na oportunidade informou o diplomata que Jean Wyllys faria uma viagem a Israel e também aos territórios ocupados da Palestina. “O senhor sabe, meu caro amigo [Pinheiro], como eu tenho uma posição claramente contra a ocupação. Como você pode imaginar que eu vou levar um deputado brasileiro para Israel para não mostrar essa realidade para ele?”, disse Green. O deputado Jean Wyllys compartilhou o vídeo em sua página.

Universidade Hebraica de Jerusalém

Uma carta aberta de 2013, que conta com a assinatura de mais de 300 acadêmicos, diz que “enquanto todas as universidades israelenses são grandes cúmplices da ocupação, do colonialismo e do apartheid, a Universidade Hebraica de Jerusalém é particularmente notável”. Entre os motivos expressos na carta, estão o tratamento desigual dado pela universidade entre alunos israelenses e palestinos e o não reconhecimento de credenciais acadêmicas da universidade palestina de Al-Quds.

No ano passado, os músicos baianos Caetano Veloso e Gilberto Gil foram criticados por incluir Tel Aviv, capital israelense, na turnê de shows que celebrou os 50 anos de carreira dos dois artistas. A apresentação em Israel foi realizada e, meses depois, em um artigo escrito por Caetano que foi publicado na Folha de S.Paulo, o cantor disse acreditar que não voltaria mais a Israel.

http://operamundi.uol.com.br/conteudo/n ... tido.shtml




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Re: Geopolítica Brasileira

#980 Mensagem por FCarvalho » Seg Jan 11, 2016 12:53 pm

Vou ser bem honesto. Só no Brasil mesmo para uma besta quadrada como este sujeito aí, saído de um show de tv da pior espécie, consegue se eleger deputado. Ele é tão, ou até mais, imbecil dos que os que agora o provocam e insultam. Está apenas provando da mesma sanha e ignorância costumeira, 'rotularória' e ideológica de seus discursos por aqui.

Como dizem por aí, "pimenta nos olhos dos outros é refresco."

abs.




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Re: Geopolítica Brasileira

#981 Mensagem por mmatuso » Seg Jan 11, 2016 12:56 pm

Não temos salvação a não ser:
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Re: Geopolítica Brasileira

#982 Mensagem por FCarvalho » Seg Jan 11, 2016 12:59 pm

Opções há, e estão aparecendo por aí. Resta saber se conseguirão se tornar viáveis. Veremos.

abs.




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Re: Geopolítica Brasileira

#983 Mensagem por Bourne » Seg Jan 11, 2016 1:14 pm

O bolso mito pode se encaixar nesse perfil. Apesar de existirem outros candidatos do mesmo nível.

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Re: Geopolítica Brasileira

#984 Mensagem por FCarvalho » Seg Jan 11, 2016 2:23 pm

Quem é?

abs.




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Re: Geopolítica Brasileira

#985 Mensagem por Bourne » Seg Jan 11, 2016 2:30 pm

:o :shock:

O casal KK: Cristina e Néstor Kirchner




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Re: Geopolítica Brasileira

#986 Mensagem por FCarvalho » Seg Jan 11, 2016 4:53 pm

Praticamente irreconhecíveis sem a maquiagem. :lol:
Este é aquele tipo de foto de álbum família tirada domingo de manhã sem maiores pretensões eleitorais...

abs.




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Re: Geopolítica Brasileira

#987 Mensagem por mmatuso » Seg Jan 11, 2016 5:05 pm

Nem de longe parece a Dilma Argentina nessa foto.




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Re: Geopolítica Brasileira

#988 Mensagem por Viktor Reznov » Seg Jan 11, 2016 5:11 pm

Bourne escreveu:O bolso mito pode se encaixar nesse perfil. Apesar de existirem outros candidatos do mesmo nível.

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Consertaram o olho murcho do Nestor Cerveró? [003]




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Re: Geopolítica Brasileira

#989 Mensagem por JT8D » Seg Jan 11, 2016 5:34 pm

Bourne escreveu:O bolso mito pode se encaixar nesse perfil. Apesar de existirem outros candidatos do mesmo nível.

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Bolsonaro é só uma caricatura. A probabilidade dele chegar ao poder é a mesma do Donald Trump, ou seja, zero.
O perigo não está nesses indivíduos folclóricos, mas sim nos que se fazem de bons moços pra depois nos baterem a carteira.

Abs,

JT




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Re: Geopolítica Brasileira

#990 Mensagem por Wingate » Seg Jan 11, 2016 7:23 pm

Viktor Reznov escreveu:
Bourne escreveu:O bolso mito pode se encaixar nesse perfil. Apesar de existirem outros candidatos do mesmo nível.

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Consertaram o olho murcho do Nestor Cerveró? [003]
Não, nobre colega, é proibido. O Sr. Nestor Cerveró foi considerado patrimônio artístico da humanidade pela UNESCO, já que o único Picasso ambulante (e falante, por demais, convenhamos) existente no mundo das artes.

Wingate :roll:




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