Jobim: viagem Paris-Rússia. Jogada de mestre!
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PRick escreveu:LEO escreveu:http://noticias.bol.uol.com.br/internacional/2008/02/12/ult34u199041.jhtm
Acordo entre Brasil e França para submarino nuclear causa debates na Europa
PARIS, 12 Fev 2008 (AFP) - A possibilidade de que o Brasil venha a construir submarinos nucleares com a cooperação com a França gera inquietação, principalmente devido aos riscos de proliferação nuclear, de danos ecológicos irreversíveis e de uma corrida armamentista, assinalou nesta terça-feira um especialista no jornal francês Liberation.
Jean-Marie Collin, pesquisador do Observatório Sobre o Armamento, acredita que, ao participar da construção de submarinos de ataque, a França transfere uma tecnologia ultra-sensível, protegida até agora por um acordo tácito entre as grandes potências nucleares.
Collin considera que o aluguel de um desses submarinos feito pela Rússia para a Índia em 2010, e agora a aliança estratégica, proposta pelo Brasil e aceita pela França, inicia uma primeira etapa no mercado de exportação desse tipo de embarcação.
"Apesar do Tratado de Não-Proliferação Nuclear não restringir esse tipo de transferência, essa abertura poderá ter conseqüências na luta contra a proliferação", adverte o pesquisador.
Da mesma maneira, ele alerta para o risco de danos irreversíveis para o ambiente marinho com a expansão dos equipamentos nucleares, que poderiam causar mais acidentes.
Collin considera também que a posse de um submarino nuclear por um país pode despertar antigas rivalidades e provocar a conseqüente corrida armamentista na região.
Inúmeras nações (Índia, Coréia do Sul, Argentina) desejam entrar no grupo das marinhas dotadas com arsenal nuclear e outras como Canadá e Taiwan ainda estão planejando, relembra.
Sobre essa premissa, Collin afirma que a ameaça de uma proliferação desses armamentos irá instalar-se, "a não ser que as grandes potências nucleares ratifiquem um tratado q proíba a Transferência e toda tecnologia, nuclear ou não".
Há alguns meses, os rumores sobre um acordo de cooperação nuclear entre o Brasil e a França já vinham se instalando, principalmente por diversas declarações de funcionários de alto grau dos dois países.
Em 26 de janeiro, o ministro da Defesa do Brasil, Nelson Jobim, visitou um submarino nuclear de ataque na base de Toulon, sul da França, antes de se reunir com o ministro da Defesa francês Hervé Morin e com o presidente Nicolas Sarkozy.
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Parece que as reações estão começando, vai ter muita gente da OTAN reclamando, e a resporta do Sarkozy vai gerar muita confusão. Deixaram a gente sozinhos, agora, o problema é de vocês, vamos fazer negócios com gente de fora para viabilizar nossa produção de armamento, independente. Nessas horas, o fato do Brasil ter a "ficha limpa", não invadir vizinhos, conversar sempre e negociar, mesmo que seja do tipo Morales e Chavez. Acaba revertendo a nosso favor.
[ ]´s
É bem por ai !
Jin
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Globo:
Lula e Sarkozy acertam cooperação
Acordo incluirá transferência de tecnologia e obras de ligação do Brasil à Guiana
Luiza Damé
SÃO JORGE DO OIAPOQUE (GUIANA FRANCESA). Os governos brasileiro e francês devem assinar em dezembro um acordo de cooperação estratégica, incluindo a área militar, que possibilitará a fabricação no Brasil de submarinos, aviões de combate e helicópteros. O presidente da França, Nicolas Sarkozy, disse ontem, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que os franceses estão dispostos a transferir tecnologia para que equipamentos militares sejam construídos no Brasil.
- Estamos dispostos a fazer com que um dos submarinos Scorpen seja fabricado no Brasil - disse Sarkozy.
Há 15 dias, os ministros Nelson Jobim (Defesa) e Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos) estiveram na França e na Rússia negociando a compra de equipamentos para as Forças Armadas brasileiras. O Scorpen é convencional, mas permite a adaptação à propulsão nuclear, que está sendo desenvolvida pela Marinha brasileira.
- Quanto aos helicópteros e caças, estamos dispostos a transferir tecnologia para que sejam fabricados no Brasil - disse Sarkozy. - Fazemos questão que a parceria não seja só entrega de material militar.
Os presidentes se encontraram ontem na Guiana Francesa, departamento ultramarino da França com cerca de 210 mil habitantes, na fronteira com o Amapá. Lula atravessou de lancha o Rio Oiapoque e foi recebido no cais por Sarkozy. Eles caminharam pelas ruas tomadas de brasileiros e franceses e se reuniram na prefeitura de São Jorge do Oiapoque. Enquanto Sarkozy vestia terno e gravata, Lula optou por um modelo mais esportivo, uma guaiabera (camisa típica caribenha) branca.
Segundo Lula, em dezembro, quando Sarkozy participará do encontro de cúpula Brasil-União Européia, em território brasileiro, os dois países assinarão um acordo de cooperação técnica em várias áreas, além da militar. Para Lula, os dois países devem trabalhar em conjunto nas áreas de educação, defesa e conhecimento tecnológico.
É uma relação estratégica maior do que apenas de compra e venda - afirmou Lula.
Os presidentes acham que é necessário democratizar organismos internacionais, especialmente a ONU. Eles defenderam a inclusão de nações emergentes, como Brasil, Índia, Rússia, China e África do Sul, no G-8 (grupo dos países mais ricos).
Lula e Sarkozy acertaram a ligação de Macapá (AP) a Caiena, capital da Guiana Francesa. Além de parte das rodovias dos dois lados, falta construir uma ponte de 400 metros sobre o rio Oiapoque, orçada em R$38 milhões. A expectativa é que a licitação internacional seja lançada em breve para que a obra seja inaugurada em 2010.
Por dificuldade de vôos regulares, a repórter viajou em avião da FAB entre Macapá e Oiapoque
Lula e Sarkozy acertam cooperação
Acordo incluirá transferência de tecnologia e obras de ligação do Brasil à Guiana
Luiza Damé
SÃO JORGE DO OIAPOQUE (GUIANA FRANCESA). Os governos brasileiro e francês devem assinar em dezembro um acordo de cooperação estratégica, incluindo a área militar, que possibilitará a fabricação no Brasil de submarinos, aviões de combate e helicópteros. O presidente da França, Nicolas Sarkozy, disse ontem, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que os franceses estão dispostos a transferir tecnologia para que equipamentos militares sejam construídos no Brasil.
- Estamos dispostos a fazer com que um dos submarinos Scorpen seja fabricado no Brasil - disse Sarkozy.
Há 15 dias, os ministros Nelson Jobim (Defesa) e Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos) estiveram na França e na Rússia negociando a compra de equipamentos para as Forças Armadas brasileiras. O Scorpen é convencional, mas permite a adaptação à propulsão nuclear, que está sendo desenvolvida pela Marinha brasileira.
- Quanto aos helicópteros e caças, estamos dispostos a transferir tecnologia para que sejam fabricados no Brasil - disse Sarkozy. - Fazemos questão que a parceria não seja só entrega de material militar.
Os presidentes se encontraram ontem na Guiana Francesa, departamento ultramarino da França com cerca de 210 mil habitantes, na fronteira com o Amapá. Lula atravessou de lancha o Rio Oiapoque e foi recebido no cais por Sarkozy. Eles caminharam pelas ruas tomadas de brasileiros e franceses e se reuniram na prefeitura de São Jorge do Oiapoque. Enquanto Sarkozy vestia terno e gravata, Lula optou por um modelo mais esportivo, uma guaiabera (camisa típica caribenha) branca.
Segundo Lula, em dezembro, quando Sarkozy participará do encontro de cúpula Brasil-União Européia, em território brasileiro, os dois países assinarão um acordo de cooperação técnica em várias áreas, além da militar. Para Lula, os dois países devem trabalhar em conjunto nas áreas de educação, defesa e conhecimento tecnológico.
É uma relação estratégica maior do que apenas de compra e venda - afirmou Lula.
Os presidentes acham que é necessário democratizar organismos internacionais, especialmente a ONU. Eles defenderam a inclusão de nações emergentes, como Brasil, Índia, Rússia, China e África do Sul, no G-8 (grupo dos países mais ricos).
Lula e Sarkozy acertaram a ligação de Macapá (AP) a Caiena, capital da Guiana Francesa. Além de parte das rodovias dos dois lados, falta construir uma ponte de 400 metros sobre o rio Oiapoque, orçada em R$38 milhões. A expectativa é que a licitação internacional seja lançada em breve para que a obra seja inaugurada em 2010.
Por dificuldade de vôos regulares, a repórter viajou em avião da FAB entre Macapá e Oiapoque
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ESP:
Sarkozy promete a Lula fazer submarino
Francês anuncia disposição de assinar acordo militar até o fim do ano
Leonencio Nossa, SÃO JORGE DO OIAPOQUE
Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolas Sarkozy se comprometeram ontem a assinar, ainda neste ano, um amplo acordo na área militar e de defesa. Durante encontro em São Jorge do Oiapoque, pequena cidade da Guiana Francesa junto ao Rio Oiapoque e na fronteira de um dos extremos da região norte do Brasil, eles disseram estar dispostos a colocar em prática um intercâmbio tecnológico e militar que prevê troca de experiências e construção de submarinos, caças e helicópteros.
Em declaração à imprensa, Sarkozy chegou a se comprometer a construir no Brasil, caso o País decida reequipar suas Forças Armadas com material bélico francês, um submarino Scorpen, que tem casco especial.
O domínio da tecnologia de construção desse submarino permitiria aos técnicos brasileiros avançar no desenvolvimento de um modelo nuclear.
“Queremos uma parceria global, que não seja apenas uma entrega de material militar, mas uma estratégia maior que a relação de compra e venda”, disse o presidente francês. “Entre França e Brasil não existem tabus.” Lula disse que o acordo não pode ser “abstrato”. O presidente ouviu, em conversas com lideranças do Amapá, queixas quanto à falta de disposição política, tanto de um país quanto de outro, para colocar em prática acordos já firmados.
É o caso da ponte sobre o Rio Oiapoque, ligando o Estado à Guiana Francesa, orçada em R$ 38 milhões. Lula e Sarkozy prometeram abrir licitação para construir a obra.
FÓRUNS
A “relação estratégica” definida por Sarkozy incluiria acordos nas áreas ambiental e educacional e parceria em diálogos nos fóruns políticos e econômicos. O presidente francês defendeu um assento permanente do Brasil no Conselho de Segurança das Nações Unidas e participação no grupo dos países mais desenvolvidos, hoje formado por apenas oito nações. “O G-8 tem de se transformar no G-13”, disse Sarkozy, numa defesa também da presença no grupo do México, África do Sul, Índia e algum país árabe.
Sarkozy afirmou ainda que, em seu entender, o mundo precisa “que o Brasil ocupe o seu lugar no cenário internacional”. A atual composição do Conselho de Segurança, afirmou, é atrasada, pois não leva em conta a América do Sul e a África. “Só assim (com países emergentes) podemos enfrentar grandes questões do mundo”, prosseguiu o presidente francês. “O Brasil é uma potência democrática e amigo da França. Nós, franceses, somos transparentes com os amigos.”
Por sua vez, Lula criticou o Fundo Monetário Internacional (FMI) que, segundo ele, deveria buscar o desenvolvimento dos países pobres e deixar de lado a política de ajuste fiscal. O presidente reclamou também das agências internacionais que criaram uma escala de risco de investimentos para os países emergentes.
“Todo dia vejo no computador que o risco Brasil caiu e a crise americana aumentou”, disse. “Mas só calculam o risco Brasil, e não o risco dos países que especulam.”
FRASES
Luiz Inácio Lula da Silva
Presidente
“Todo dia vejo no computador que o risco Brasil caiu e a crise americana aumentou. Mas só calculam o risco Brasil, e não o risco dos países que especulam”
Nicolas Sarkozy
Presidente da França
“Queremos uma parceria global, que não seja apenas uma entrega de material militar, mas uma estratégia maior que a relação de compra e venda”
Sarkozy promete a Lula fazer submarino
Francês anuncia disposição de assinar acordo militar até o fim do ano
Leonencio Nossa, SÃO JORGE DO OIAPOQUE
Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolas Sarkozy se comprometeram ontem a assinar, ainda neste ano, um amplo acordo na área militar e de defesa. Durante encontro em São Jorge do Oiapoque, pequena cidade da Guiana Francesa junto ao Rio Oiapoque e na fronteira de um dos extremos da região norte do Brasil, eles disseram estar dispostos a colocar em prática um intercâmbio tecnológico e militar que prevê troca de experiências e construção de submarinos, caças e helicópteros.
Em declaração à imprensa, Sarkozy chegou a se comprometer a construir no Brasil, caso o País decida reequipar suas Forças Armadas com material bélico francês, um submarino Scorpen, que tem casco especial.
O domínio da tecnologia de construção desse submarino permitiria aos técnicos brasileiros avançar no desenvolvimento de um modelo nuclear.
“Queremos uma parceria global, que não seja apenas uma entrega de material militar, mas uma estratégia maior que a relação de compra e venda”, disse o presidente francês. “Entre França e Brasil não existem tabus.” Lula disse que o acordo não pode ser “abstrato”. O presidente ouviu, em conversas com lideranças do Amapá, queixas quanto à falta de disposição política, tanto de um país quanto de outro, para colocar em prática acordos já firmados.
É o caso da ponte sobre o Rio Oiapoque, ligando o Estado à Guiana Francesa, orçada em R$ 38 milhões. Lula e Sarkozy prometeram abrir licitação para construir a obra.
FÓRUNS
A “relação estratégica” definida por Sarkozy incluiria acordos nas áreas ambiental e educacional e parceria em diálogos nos fóruns políticos e econômicos. O presidente francês defendeu um assento permanente do Brasil no Conselho de Segurança das Nações Unidas e participação no grupo dos países mais desenvolvidos, hoje formado por apenas oito nações. “O G-8 tem de se transformar no G-13”, disse Sarkozy, numa defesa também da presença no grupo do México, África do Sul, Índia e algum país árabe.
Sarkozy afirmou ainda que, em seu entender, o mundo precisa “que o Brasil ocupe o seu lugar no cenário internacional”. A atual composição do Conselho de Segurança, afirmou, é atrasada, pois não leva em conta a América do Sul e a África. “Só assim (com países emergentes) podemos enfrentar grandes questões do mundo”, prosseguiu o presidente francês. “O Brasil é uma potência democrática e amigo da França. Nós, franceses, somos transparentes com os amigos.”
Por sua vez, Lula criticou o Fundo Monetário Internacional (FMI) que, segundo ele, deveria buscar o desenvolvimento dos países pobres e deixar de lado a política de ajuste fiscal. O presidente reclamou também das agências internacionais que criaram uma escala de risco de investimentos para os países emergentes.
“Todo dia vejo no computador que o risco Brasil caiu e a crise americana aumentou”, disse. “Mas só calculam o risco Brasil, e não o risco dos países que especulam.”
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Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolas Sarkozy se comprometeram ontem a assinar, ainda neste ano, um amplo acordo na área militar e de defesa. Durante encontro em São Jorge do Oiapoque, pequena cidade da Guiana Francesa junto ao Rio Oiapoque e na fronteira de um dos extremos da região norte do Brasil, eles disseram estar dispostos a colocar em prática um intercâmbio tecnológico e militar que prevê troca de experiências e construção de submarinos, caças e helicópteros.
Em declaração à imprensa, Sarkozy chegou a se comprometer a construir no Brasil, caso o País decida reequipar suas Forças Armadas com material bélico francês, um submarino Scorpen, que tem casco especial.
O domínio da tecnologia de construção desse submarino permitiria aos técnicos brasileiros avançar no desenvolvimento de um modelo nuclear.
“Queremos uma parceria global, que não seja apenas uma entrega de material militar, mas uma estratégia maior que a relação de compra e venda”, disse o presidente francês. “Entre França e Brasil não existem tabus.” Lula disse que o acordo não pode ser “abstrato”. O presidente ouviu, em conversas com lideranças do Amapá, queixas quanto à falta de disposição política, tanto de um país quanto de outro, para colocar em prática acordos já firmados.
É o caso da ponte sobre o Rio Oiapoque, ligando o Estado à Guiana Francesa, orçada em R$ 38 milhões. Lula e Sarkozy prometeram abrir licitação para construir a obra.
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A “relação estratégica” definida por Sarkozy incluiria acordos nas áreas ambiental e educacional e parceria em diálogos nos fóruns políticos e econômicos. O presidente francês defendeu um assento permanente do Brasil no Conselho de Segurança das Nações Unidas e participação no grupo dos países mais desenvolvidos, hoje formado por apenas oito nações. “O G-8 tem de se transformar no G-13”, disse Sarkozy, numa defesa também da presença no grupo do México, África do Sul, Índia e algum país árabe.
Sarkozy afirmou ainda que, em seu entender, o mundo precisa “que o Brasil ocupe o seu lugar no cenário internacional”. A atual composição do Conselho de Segurança, afirmou, é atrasada, pois não leva em conta a América do Sul e a África. “Só assim (com países emergentes) podemos enfrentar grandes questões do mundo”, prosseguiu o presidente francês. “O Brasil é uma potência democrática e amigo da França. Nós, franceses, somos transparentes com os amigos.”
Por sua vez, Lula criticou o Fundo Monetário Internacional (FMI) que, segundo ele, deveria buscar o desenvolvimento dos países pobres e deixar de lado a política de ajuste fiscal. O presidente reclamou também das agências internacionais que criaram uma escala de risco de investimentos para os países emergentes.
“Todo dia vejo no computador que o risco Brasil caiu e a crise americana aumentou”, disse. “Mas só calculam o risco Brasil, e não o risco dos países que especulam.”
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Francês anuncia disposição de assinar acordo militar até o fim do ano
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Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolas Sarkozy se comprometeram ontem a assinar, ainda neste ano, um amplo acordo na área militar e de defesa. Durante encontro em São Jorge do Oiapoque, pequena cidade da Guiana Francesa junto ao Rio Oiapoque e na fronteira de um dos extremos da região norte do Brasil, eles disseram estar dispostos a colocar em prática um intercâmbio tecnológico e militar que prevê troca de experiências e construção de submarinos, caças e helicópteros.
Em declaração à imprensa, Sarkozy chegou a se comprometer a construir no Brasil, caso o País decida reequipar suas Forças Armadas com material bélico francês, um submarino Scorpen, que tem casco especial.
O domínio da tecnologia de construção desse submarino permitiria aos técnicos brasileiros avançar no desenvolvimento de um modelo nuclear.
“Queremos uma parceria global, que não seja apenas uma entrega de material militar, mas uma estratégia maior que a relação de compra e venda”, disse o presidente francês. “Entre França e Brasil não existem tabus.” Lula disse que o acordo não pode ser “abstrato”. O presidente ouviu, em conversas com lideranças do Amapá, queixas quanto à falta de disposição política, tanto de um país quanto de outro, para colocar em prática acordos já firmados.
É o caso da ponte sobre o Rio Oiapoque, ligando o Estado à Guiana Francesa, orçada em R$ 38 milhões. Lula e Sarkozy prometeram abrir licitação para construir a obra.
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A “relação estratégica” definida por Sarkozy incluiria acordos nas áreas ambiental e educacional e parceria em diálogos nos fóruns políticos e econômicos. O presidente francês defendeu um assento permanente do Brasil no Conselho de Segurança das Nações Unidas e participação no grupo dos países mais desenvolvidos, hoje formado por apenas oito nações. “O G-8 tem de se transformar no G-13”, disse Sarkozy, numa defesa também da presença no grupo do México, África do Sul, Índia e algum país árabe.
Sarkozy afirmou ainda que, em seu entender, o mundo precisa “que o Brasil ocupe o seu lugar no cenário internacional”. A atual composição do Conselho de Segurança, afirmou, é atrasada, pois não leva em conta a América do Sul e a África. “Só assim (com países emergentes) podemos enfrentar grandes questões do mundo”, prosseguiu o presidente francês. “O Brasil é uma potência democrática e amigo da França. Nós, franceses, somos transparentes com os amigos.”
Por sua vez, Lula criticou o Fundo Monetário Internacional (FMI) que, segundo ele, deveria buscar o desenvolvimento dos países pobres e deixar de lado a política de ajuste fiscal. O presidente reclamou também das agências internacionais que criaram uma escala de risco de investimentos para os países emergentes.
“Todo dia vejo no computador que o risco Brasil caiu e a crise americana aumentou”, disse. “Mas só calculam o risco Brasil, e não o risco dos países que especulam.”
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Luiz Inácio Lula da Silva
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“Todo dia vejo no computador que o risco Brasil caiu e a crise americana aumentou. Mas só calculam o risco Brasil, e não o risco dos países que especulam”
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Presidente da França
“Queremos uma parceria global, que não seja apenas uma entrega de material militar, mas uma estratégia maior que a relação de compra e venda”
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FSP:
Francês oferece a Lula tecnologia para a construção de submarino no Brasil
DO ENVIADO A SAINT-GEORGES DO OIAPOQUE (GUIANA FRANCESA)
Sem o anúncio de nenhum acordo importante, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolas Sarkozy se encontraram ontem na fronteira da Guiana Francesa com o Brasil para discutir cooperação na área militar, retomar o projeto de construção de uma ponte binacional sobre o rio Oiapoque e conversar sobre a crescente imigração ilegal brasileira.
A jornalistas Sarkozy disse que ofereceu ontem a Lula a construção de um submarino modelo Scorpen no Brasil. Segundo os presidentes, um acordo final só deve ser oficializado em dezembro, quando o francês visitará o Brasil.
"Eu disse ao presidente Lula que, na questão dos submarinos, estamos dispostos a fazer com que um dos submarinos Scorpen seja fabricado no Brasil", disse Sarkozy.
Segundo fontes do governo brasileiro, o modelo interessa porque pode ser adaptado ao combustível nuclear -projeto militar considerado prioritário.
"Quanto aos helicópteros e caças, estamos dispostos a transferir tecnologia para que sejam fabricados no Brasil", disse o francês.
Sarkozy também voltou a defender a entrada do Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança.
Os dois se comprometeram a retomar o projeto de uma ponte sobre o rio Oiapoque, parado há 12 anos. Sarkozy propôs que a ponte esteja pronta até 2010, antes do fim do mandato do presidente Lula. Segundo o governo francês, a obra custará R$ 45,7 milhões.
Os presidentes mencionaram a situação dos seqüestrados pelas Farc, que incluem a ex-candidata presidencial franco-colombiana Ingrid Betancourt. Sarkozy agradeceu a Lula por ajudar nas gestões para soltá-la.
(FABIANO MAISONNAVE)
Francês oferece a Lula tecnologia para a construção de submarino no Brasil
DO ENVIADO A SAINT-GEORGES DO OIAPOQUE (GUIANA FRANCESA)
Sem o anúncio de nenhum acordo importante, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolas Sarkozy se encontraram ontem na fronteira da Guiana Francesa com o Brasil para discutir cooperação na área militar, retomar o projeto de construção de uma ponte binacional sobre o rio Oiapoque e conversar sobre a crescente imigração ilegal brasileira.
A jornalistas Sarkozy disse que ofereceu ontem a Lula a construção de um submarino modelo Scorpen no Brasil. Segundo os presidentes, um acordo final só deve ser oficializado em dezembro, quando o francês visitará o Brasil.
"Eu disse ao presidente Lula que, na questão dos submarinos, estamos dispostos a fazer com que um dos submarinos Scorpen seja fabricado no Brasil", disse Sarkozy.
Segundo fontes do governo brasileiro, o modelo interessa porque pode ser adaptado ao combustível nuclear -projeto militar considerado prioritário.
"Quanto aos helicópteros e caças, estamos dispostos a transferir tecnologia para que sejam fabricados no Brasil", disse o francês.
Sarkozy também voltou a defender a entrada do Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança.
Os dois se comprometeram a retomar o projeto de uma ponte sobre o rio Oiapoque, parado há 12 anos. Sarkozy propôs que a ponte esteja pronta até 2010, antes do fim do mandato do presidente Lula. Segundo o governo francês, a obra custará R$ 45,7 milhões.
Os presidentes mencionaram a situação dos seqüestrados pelas Farc, que incluem a ex-candidata presidencial franco-colombiana Ingrid Betancourt. Sarkozy agradeceu a Lula por ajudar nas gestões para soltá-la.
(FABIANO MAISONNAVE)
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Francês oferece a Lula tecnologia para a construção de submarino no Brasil
DO ENVIADO A SAINT-GEORGES DO OIAPOQUE (GUIANA FRANCESA)
Sem o anúncio de nenhum acordo importante, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolas Sarkozy se encontraram ontem na fronteira da Guiana Francesa com o Brasil para discutir cooperação na área militar, retomar o projeto de construção de uma ponte binacional sobre o rio Oiapoque e conversar sobre a crescente imigração ilegal brasileira.
A jornalistas Sarkozy disse que ofereceu ontem a Lula a construção de um submarino modelo Scorpen no Brasil. Segundo os presidentes, um acordo final só deve ser oficializado em dezembro, quando o francês visitará o Brasil.
"Eu disse ao presidente Lula que, na questão dos submarinos, estamos dispostos a fazer com que um dos submarinos Scorpen seja fabricado no Brasil", disse Sarkozy.
Segundo fontes do governo brasileiro, o modelo interessa porque pode ser adaptado ao combustível nuclear -projeto militar considerado prioritário.
"Quanto aos helicópteros e caças, estamos dispostos a transferir tecnologia para que sejam fabricados no Brasil", disse o francês.
Sarkozy também voltou a defender a entrada do Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança.
Os dois se comprometeram a retomar o projeto de uma ponte sobre o rio Oiapoque, parado há 12 anos. Sarkozy propôs que a ponte esteja pronta até 2010, antes do fim do mandato do presidente Lula. Segundo o governo francês, a obra custará R$ 45,7 milhões.
Os presidentes mencionaram a situação dos seqüestrados pelas Farc, que incluem a ex-candidata presidencial franco-colombiana Ingrid Betancourt. Sarkozy agradeceu a Lula por ajudar nas gestões para soltá-la.
(FABIANO MAISONNAVE)
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Vejam o infinitivo SE:
França propõe parceria
Em reunião com Lula na Guiana Francesa, Nicolas Sarkozy oferece transferência de tecnologia militar se o Brasil adquirir submarinos, caças e helicópteros
Daniel Pereira
Enviado Especial
São Jorge do Oiapoque (Guiana Francesa) — O presidente da França, Nicolas Sarkozy, prometeu ontem transferir tecnologia para o Brasil caso o governo brasileiro compre submarinos, caças e helicópteros de fabricação francesa. A declaração reforça a posição da França na disputa travada, entre outros, com a Rússia, para o fornecimento de equipamento militar às Forças Armadas brasileiras. Além disso, dá fôlego à intenção anunciada por Sarkozy e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de anunciarem, em dezembro, um acordo estratégico entre os dois países, com prioridade na área da defesa.
“Quanto aos helicópteros e aos caças, estamos dispostos a transferir tecnologia para que sejam fabricados no Brasil. Mas fazemos questão de que essa parceria global não seja apenas uma entrega de material militar”, disse Sarkozy. “Essa missão vai muito além. Queremos construir e intervir juntos, agir juntos a serviço da paz no mundo”, acrescentou. Minutos antes, a fim de dar credibilidade à promessa, o presidente francês declarou que, se o acordo for selado, pelo menos um submarino Scorpen será construído no Brasil.
Apesar de convencional, o modelo é cobiçado pelo governo brasileiro por conta da tecnologia de seu casco, que permite a evolução para um sistema nuclear, objeto de desejo de Lula e do ministro da Defesa, Nelson Jobim. “Queremos assinar um acordo mais amplo. Penso que Brasil e França podem dar uma contribuição inestimável para a questão da segurança e da paz”, declarou Lula. Bem-humorado, o presidente brasileiro foi afagado durante breve comunicado à imprensa.
Ouviu Sarkozy reafirmar o apoio do governo francês à pretensão brasileira de conquistar uma cadeira de integrante permanente do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). O anfitrião também empunhou bandeiras de Lula ao defender a inclusão de países emergentes, como o Brasil e a África do Sul, no chamado G-8 (grupo que reúne os países mais industrializados e a Rússia), o qual se transformaria em G-13, e uma guinada nas prioridades do Fundo Monetário Internacional (FMI), que passaria a centrar forças no desenvolvimento, e não em ajuste fiscal. “É inaceitável discutir questões mundiais sem convidar países da América do Sul e da África. Essa idéia é muito pouco sensata. Brasil e França têm a mesma idéia de que todos são iguais e têm o mesmo valor”, argumentou Sarkozy.
Amazônia
Segundo o presidente Lula, o acordo estratégico em negociação permitirá aos dois países discutirem a questão da biodiversidade amazônica. O discurso é antigo: aproveitar o potencial econômico da região sem devastá-la. “Não somos daqueles que defendem a Amazônia como um santuário da humanidade. Quase 25 milhões de pessoas estão no lado brasileiro e querem trabalhar, comer e ter acesso a bens materiais. O desafio é compatibilizar uma política de desenvolvimento por toda a Amazônia levando em conta a preservação ambiental”, afirmou Lula.
O presidente acrescentou ser um “privilégio” debater com Sarkozy porque a França possui autoridade para tanto, por ter território na região. Os dois protagonistas do encontro também festejaram a possibilidade de a parceria render frutos nas negociações para a libertação de reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia. “Faço questão de agradecer a Lula pelos esforços que ele tem realizado pela libertação de Ingrid Betancourt”, disse Sarkozy, referindo-se à franco-colombiana que está em poder da guerrilha desde 2002. “O Brasil está disposto a participar de qualquer esforço para que, num ato humanitário, a gente consiga libertar os seqüestrados”, arrematou Lula.
O primeiro encontro bilateral dos presidentes teve como pano de fundo o anúncio da construção de uma ponte de 400 metros unindo as cidades de São Jorge do Oiapoque, na Guiana Francesa, e Oiapoque, no Brasil. Orçada em R$ 40 milhões pelo governo brasileiro, a obra já havia sido anunciada nos governos de José Sarney, que ontem integrava a comitiva brasileira, e de Fernando Henrique Cardoso. “A ponte é falada há anos sem ninguém fazer nada. Começará a ser construída neste ano”, prometeu o francês. “O presidente Sarkozy prometeu que voltará para inaugurarmos a ponte antes de terminar meu mandato”, concluiu Lula.
Vejam o infinitivo SE:
França propõe parceria
Em reunião com Lula na Guiana Francesa, Nicolas Sarkozy oferece transferência de tecnologia militar se o Brasil adquirir submarinos, caças e helicópteros
Daniel Pereira
Enviado Especial
São Jorge do Oiapoque (Guiana Francesa) — O presidente da França, Nicolas Sarkozy, prometeu ontem transferir tecnologia para o Brasil caso o governo brasileiro compre submarinos, caças e helicópteros de fabricação francesa. A declaração reforça a posição da França na disputa travada, entre outros, com a Rússia, para o fornecimento de equipamento militar às Forças Armadas brasileiras. Além disso, dá fôlego à intenção anunciada por Sarkozy e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de anunciarem, em dezembro, um acordo estratégico entre os dois países, com prioridade na área da defesa.
“Quanto aos helicópteros e aos caças, estamos dispostos a transferir tecnologia para que sejam fabricados no Brasil. Mas fazemos questão de que essa parceria global não seja apenas uma entrega de material militar”, disse Sarkozy. “Essa missão vai muito além. Queremos construir e intervir juntos, agir juntos a serviço da paz no mundo”, acrescentou. Minutos antes, a fim de dar credibilidade à promessa, o presidente francês declarou que, se o acordo for selado, pelo menos um submarino Scorpen será construído no Brasil.
Apesar de convencional, o modelo é cobiçado pelo governo brasileiro por conta da tecnologia de seu casco, que permite a evolução para um sistema nuclear, objeto de desejo de Lula e do ministro da Defesa, Nelson Jobim. “Queremos assinar um acordo mais amplo. Penso que Brasil e França podem dar uma contribuição inestimável para a questão da segurança e da paz”, declarou Lula. Bem-humorado, o presidente brasileiro foi afagado durante breve comunicado à imprensa.
Ouviu Sarkozy reafirmar o apoio do governo francês à pretensão brasileira de conquistar uma cadeira de integrante permanente do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). O anfitrião também empunhou bandeiras de Lula ao defender a inclusão de países emergentes, como o Brasil e a África do Sul, no chamado G-8 (grupo que reúne os países mais industrializados e a Rússia), o qual se transformaria em G-13, e uma guinada nas prioridades do Fundo Monetário Internacional (FMI), que passaria a centrar forças no desenvolvimento, e não em ajuste fiscal. “É inaceitável discutir questões mundiais sem convidar países da América do Sul e da África. Essa idéia é muito pouco sensata. Brasil e França têm a mesma idéia de que todos são iguais e têm o mesmo valor”, argumentou Sarkozy.
Amazônia
Segundo o presidente Lula, o acordo estratégico em negociação permitirá aos dois países discutirem a questão da biodiversidade amazônica. O discurso é antigo: aproveitar o potencial econômico da região sem devastá-la. “Não somos daqueles que defendem a Amazônia como um santuário da humanidade. Quase 25 milhões de pessoas estão no lado brasileiro e querem trabalhar, comer e ter acesso a bens materiais. O desafio é compatibilizar uma política de desenvolvimento por toda a Amazônia levando em conta a preservação ambiental”, afirmou Lula.
O presidente acrescentou ser um “privilégio” debater com Sarkozy porque a França possui autoridade para tanto, por ter território na região. Os dois protagonistas do encontro também festejaram a possibilidade de a parceria render frutos nas negociações para a libertação de reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia. “Faço questão de agradecer a Lula pelos esforços que ele tem realizado pela libertação de Ingrid Betancourt”, disse Sarkozy, referindo-se à franco-colombiana que está em poder da guerrilha desde 2002. “O Brasil está disposto a participar de qualquer esforço para que, num ato humanitário, a gente consiga libertar os seqüestrados”, arrematou Lula.
O primeiro encontro bilateral dos presidentes teve como pano de fundo o anúncio da construção de uma ponte de 400 metros unindo as cidades de São Jorge do Oiapoque, na Guiana Francesa, e Oiapoque, no Brasil. Orçada em R$ 40 milhões pelo governo brasileiro, a obra já havia sido anunciada nos governos de José Sarney, que ontem integrava a comitiva brasileira, e de Fernando Henrique Cardoso. “A ponte é falada há anos sem ninguém fazer nada. Começará a ser construída neste ano”, prometeu o francês. “O presidente Sarkozy prometeu que voltará para inaugurarmos a ponte antes de terminar meu mandato”, concluiu Lula.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Ué !
Porque temiam ?
Ou alguém aqui que achava q. os FR iriam transferir tecnologia de um SSN só por causa do BR ter comprado 2 Scorpene. Então o Chile também vai querer o seu SSN de brinde.
Os Franceses estão certos, o problema é q. o BR não tem "CULHÕES" p/ assumir tamanho compromisso.
Já venho falando aqui faz tempo. Nós vamos acabar entrando na loja de R$ 1,99 do Tio " Salim " Sam e vamos fazer a feirenha ( e na hora da Xepa )
Na melhor das hipóteses, vamos fazem a dobradinha q. fizemos a 30 anos atrás, ou seja 24 Rafales e mais uns tantos F-16 usados.
Assim todos saem ganhando, e fica tudo como era antes no quartel de Abrantes.....
E para os sonhadores ideológicos
Jin
Porque temiam ?
Ou alguém aqui que achava q. os FR iriam transferir tecnologia de um SSN só por causa do BR ter comprado 2 Scorpene. Então o Chile também vai querer o seu SSN de brinde.
Os Franceses estão certos, o problema é q. o BR não tem "CULHÕES" p/ assumir tamanho compromisso.
Já venho falando aqui faz tempo. Nós vamos acabar entrando na loja de R$ 1,99 do Tio " Salim " Sam e vamos fazer a feirenha ( e na hora da Xepa )
Na melhor das hipóteses, vamos fazem a dobradinha q. fizemos a 30 anos atrás, ou seja 24 Rafales e mais uns tantos F-16 usados.
Assim todos saem ganhando, e fica tudo como era antes no quartel de Abrantes.....
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Bem... Após as últimas postagens de matérias de nossa imprensa, acho que todos agora acreditam no que eu disse: o "pacotão" franceses.
Frase que mais aparece nas matérias: "Sarkozy prometeu ontem transferir tecnologia para o Brasil CASO o governo brasileiro compre submarinos, caças e helicópteros de fabricação francesa."
Só não vê quem não quer, a coisa já está aí. Agora aguardem os próximos movimentos (pode demorar um pouquinho mais), onde será dito que a linha de montagem do Rafale virá integralmente para o Brasil.
O que me preocupa (já havia falado isso antes) é a forma condicional que os franceses colocam para nos vender submarinos para produção local e com algum grau de transferência de tecnologia.
Pra mim está claríssimo, só levamos os subs se comprarmos hélis e caças (Rafale). Quanto aos hélis, já dou a coisa como certa, apesar de não gostar do Cougar, não é um modelo de tudo ruim, digamos que seria "aceitável", talvez não existirão resistências das três Forças.
Quanto aos caças (Rafale)... Aí a porca torce o rabo.
Repito, nada contra o Rafale, nada contra termos este caça na FAB. O problema pode estar nos custos, ou seja, quanto teremos que pagar por ele para termos realizada a prioridade do Governo que é ter um sub nuclear no Brasil.
Vejo um lado bom, se tudo ocorrer como o imaginado: uma linha de montagem no Brasil, não existindo mais na França, implica que os Rafale-M serão produzidos aqui também. Isto significa que mais adiante haverá pressão para que compremos os mesmos, isto é, Rafale-M para a MB.
Se não me engano, a Embraer chegou a oferencer (ou pensou em projetar) uma versão naval do AMX, mas que não foi adiante por causa dos custos. Então não me surpreenderia se os Rafale-M forem oferecidos à MB, pois já estarão finalizados e sendo produzidos aqui no País. Mais uma vez a questão é: por quanto?
Abraços,
Orestes
Frase que mais aparece nas matérias: "Sarkozy prometeu ontem transferir tecnologia para o Brasil CASO o governo brasileiro compre submarinos, caças e helicópteros de fabricação francesa."
Só não vê quem não quer, a coisa já está aí. Agora aguardem os próximos movimentos (pode demorar um pouquinho mais), onde será dito que a linha de montagem do Rafale virá integralmente para o Brasil.
O que me preocupa (já havia falado isso antes) é a forma condicional que os franceses colocam para nos vender submarinos para produção local e com algum grau de transferência de tecnologia.
Pra mim está claríssimo, só levamos os subs se comprarmos hélis e caças (Rafale). Quanto aos hélis, já dou a coisa como certa, apesar de não gostar do Cougar, não é um modelo de tudo ruim, digamos que seria "aceitável", talvez não existirão resistências das três Forças.
Quanto aos caças (Rafale)... Aí a porca torce o rabo.
Repito, nada contra o Rafale, nada contra termos este caça na FAB. O problema pode estar nos custos, ou seja, quanto teremos que pagar por ele para termos realizada a prioridade do Governo que é ter um sub nuclear no Brasil.
Vejo um lado bom, se tudo ocorrer como o imaginado: uma linha de montagem no Brasil, não existindo mais na França, implica que os Rafale-M serão produzidos aqui também. Isto significa que mais adiante haverá pressão para que compremos os mesmos, isto é, Rafale-M para a MB.
Se não me engano, a Embraer chegou a oferencer (ou pensou em projetar) uma versão naval do AMX, mas que não foi adiante por causa dos custos. Então não me surpreenderia se os Rafale-M forem oferecidos à MB, pois já estarão finalizados e sendo produzidos aqui no País. Mais uma vez a questão é: por quanto?
Abraços,
Orestes
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Túlio escreveu:Pois eu fico pensando é, no suposto caso da produção de caças Rafale na Embraer, na fatia acionária que a Francesada vai querer adquirir desta vez: já haviam fincado o pé dentro, foram contidos por uma brilhante manobra de pulverização de ações, agora a poeira baixou e há tecnologias sensíveis no horizonte, o quê eles quererão em troca, especificamente da EMBRAER? Olhem que a gringalhada anda comprando tudo o que presta em setores de Defesa e tecnologia avançada no Brasil...
Bobear e teremos a EMFRAER (Dassault Embraer do Brasil S/A) do véio Talha...
Túlio, isso é muito, mas muito difícil de acontecer. Está certo que não é impossível, mas isso obrigaria a Embraer a sair do Novo Mercado. Significaria uma considerável desvalorização das ações, além da perda de confiança de muitos clientes. Muito complicado, improvável.
No entanto, os franceses podem criar uma empresa em conjunto com a Embraer em que eles tenham o controle acionário.
Lembrando que os franceses estão nos devendo uma, desde o incidente da avião francês detido em Manaus. Não que esse fato explique a generosidade francesa, mas pode explicar a confiança deles conosco.
- Túlio
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Sei lá, não sou economista, mas não entendo como a entrada de capital e tecnologia possa desvalorizar as ações de uma empresa...
Aliás, pelo que tenho lido por aí, o simples interesse de uma empresa em outra leva o preço das ações às alturas...
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“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Centurião escreveu:Túlio escreveu:Pois eu fico pensando é, no suposto caso da produção de caças Rafale na Embraer, na fatia acionária que a Francesada vai querer adquirir desta vez: já haviam fincado o pé dentro, foram contidos por uma brilhante manobra de pulverização de ações, agora a poeira baixou e há tecnologias sensíveis no horizonte, o quê eles quererão em troca, especificamente da EMBRAER? Olhem que a gringalhada anda comprando tudo o que presta em setores de Defesa e tecnologia avançada no Brasil...
Bobear e teremos a EMFRAER (Dassault Embraer do Brasil S/A) do véio Talha...
Túlio, isso é muito, mas muito difícil de acontecer. Está certo que não é impossível, mas isso obrigaria a Embraer a sair do Novo Mercado. Significaria uma considerável desvalorização das ações, além da perda de confiança de muitos clientes. Muito complicado, improvável.
No entanto, os franceses podem criar uma empresa em conjunto com a Embraer em que eles tenham o controle acionário.
Lembrando que os franceses estão nos devendo uma, desde o incidente da avião francês detido em Manaus. Não que esse fato explique a generosidade francesa, mas pode explicar a confiança deles conosco.
Não, Centurião, não é impossível e nem quase impossível, é muito provável. Existe um estudo feito no Brasil (acho que da FGV com mais alguém) onde se mostra efetivamente por "números" que a Embraer deixará de ser uma empresa brasileira, isto no máximo em 10 anos.
Ainda não entrei neste mérito aqui porque não conheço o assunto a fundo, apenas recebi as informações superficiais de um amigo que participou dos estudos. Se eu tiver mais detalhes, podemos até discutir.
No momento eu sugiro que isso não se transforme em uma batalha, até porque eu não sei os detalhes dos estudos (2º semestre de 2007), melhor ficarmos frios sobre isso.
Abraços,
Orestes
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zela escreveu:Oras mas não se tem nada de novidade nesse pacotão francês. Eles tentaram vender esse pacote pro Marrocos e se deram mal.
Tinha uma diferença: o Marrocos iria comprar, prateleira, e não fabricar nada. Sem transferência de tecnologia (sem discutir níveis).
Se não me engano, chegou a comprar fragatas FREMM.