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Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Qua Mar 08, 2017 7:15 pm
por Bolovo
knigh7 escreveu:Distorce e faz ataques pessoais em cima da distorção:
Knigh7 escreveu:Aliás é fácil procurar no youtube o pessoal da AAAe acertando o alvo com o Igla (na verdade só em 1 consegui ver o alvo, o resto foram explosões).
Aliás no último dos vídeos que o Bolovo pôs a explosão veio em prazo demorado e o pessoal não comemorou. Isso é porque eles se autodetonam um certo tempo depois que foram disparados. Não acertam o alvo, passa um tempo e se autodetonam.
O único vídeo teu que eu contestei foi este último.
No post em resposta ao Luís Henrique eu fiz um esclarecimento sobre o "alvo" que eu vejo nos vídeos do youtube.
Distorci o que?

Ah, knight. Para de se fazer dd coitado. Sempre que é contestado vem com essa de distorção. Oras, se vc acha que estou te atacando, é simples, denuncie o meu post a moderação e espere a resposta deles.

Suas teses já foram todas refutadas aqui.

Sinto muito.

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Qua Mar 08, 2017 9:42 pm
por juarez castro
MasterCaiafa escreveu:
Túlio escreveu:
Custei mas achei, é o BE 28/15, de 10/07/2015. Inteiro teor da Portaria 144:

PORTARIA N º 144-EME, DE 6 DE JULHO DE 2015.
Aprova a padronização do Sistema de Armas Míssil
de Baixa Altura Telecomandado (Sist A Msl Bx Altu
Tele Cmdo) RBS 70, da empresa SAAB Dynamics
AB.
O CHEFE DO ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO, no uso da delegação de
competência que lhe confere a alínea v do inciso IV do art. 1º da Portaria nº 727 do Comandante do
Exército, de 8 de outubro de 2007, tendo em vista o disposto no inciso XIX do art. 24 da Lei nº 8.666, de
21 de junho de 1993, e considerando o parecer da Comissão Especial para a padronização de materiais de
uso da Força Terrestre, criada pelo Decreto de 26 de dezembro de 1994, e nomeada pela Portaria nº 084-
EME, de 12 de setembro de 2008, resolve:
Art. 1º Aprovar a padronização, para o Exército Brasileiro, do Sistema de Armas Míssil de
Baixa Altura Telecomandado (Sist A Msl Bx Altu Tele Cmdo) RBS 70, da empresa SAAB Dynamics
AB.
Parágrafo único. A referida padronização é decorrente do Parecer nº 01/2015-Comissão
Especial, de 16 de junho de 2015, da Comissão Especial para a padronização de materiais de uso da Força
Terrestre.
Art. 2º Determinar que esta portaria entre em vigor na data de sua publicação.
Túlio, essa padronização do RBS 70 não elimina o IGLA, mas complementa. Como foi destacado aqui não me recordo por quem, o IGLA é a arma do cara a pé, mobilidade, pode estar em qualquer lugar, especialmente selva e fronteiras. O RBS 70, ainda mais com camuflagem multiespectral, vai ser a defesa de ponto portátil no terreno, na baixa altura, especialmente quando hover progressão para emprego em áreas urbanas. São dois tipos de armas distintas que se complementam. A coragem do EB, se é que tem de haver um corajoso nisso, é botar os dois para trabalhar juntos. Mais ou menos quando vi um SH-16 e um UH-15 no hangar do G-40 Bahia, ambos penteados e peiados. Pensei "Fã desse ou daquele helicóptero ficam se pegando antagonizando, e no entanto, ao dois aqui, trabalhando juntos e funcionando super bem". Para quem fez foto de SH-16 lançando Mk-46Mod5 tendo um UH-15 como plataforma, num sensacional voo parelho super fast, eu pelo menos já consegui entender o que a Marinha pensou quando escolheu os dois. Mesma coisa o Exército com o IGLA e RBS70. Eles não são concorrentes, um existe por causa do outro, aliás. Isso em termos de Brasil, evidentemente.
Caiafa o grifo é meu.

Quem te afirmou tacitamente que a MB escolheu os dois???
Só lembrando o amigo que o único que foi escolhido pela MB, para cumprir a lacuna deixada pelo "Rei do Mar, foi o SH16.
Se o amigo souber de algum documento oficial da MB aonde solicita um helicóptero com as características do UH 15 por gentileza, compartilhe conosco.

G abraço

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Qua Mar 08, 2017 9:48 pm
por knigh7
Ziba escreveu:
knigh7 escreveu:O que vc está tentando é restringir dentro do CLOS, e é justo ele é quem está caindo em desuso no ocidente. O Tamir, é o missul encarregado de fazer a defesa entre 4km e 17km. O Barak 1 e 8 estão restritos aos navios. O DGA encomendou o projeto do Mica VL para padronizar os misseis de defesa antiaérea, vai substituir o Crotalle (são dotados pela AdlA e não pelo Arméé). Do ocidente quem está mantendo mísiseis CLOS são os suecos...
É óbvio que CLOS está em desuso no ocidente, assim como qualquer SAM dedicado. Em sua maioria são mísseis ar-ar adaptados ou sistemas para uso em navios. Mas isso só acontece porque o ocidente sempre tem superioridade aérea, NATO, porta-aviões e etc.

Dentro da doutrina deles isso é razoável. Pergunto: Qual foi a última vez que EUA, França, Inglaterra sofreram SEAD? Nenhuma vez na história da guerra moderna, logo seria ilógico pensar nesses países utilizando soluções como TOR, Bamse, Spyder e etc.
A Defesa Antiaérea deles tem de lidar com adversários mais complicados: mísseis médio alcance, de velocidade supersônica, que fazem movimentos terminais, não utilizam trajetória balistíca e são colocados em Kaliningrado e Vladivostok para defender alvos de ataque que são logo ali: como é o caso do Iskander-M.
Ziba escreveu: Todavia estou discutindo a realidade do Brasil onde o chefe da FAB disse que 36 gripens são suficientes para nossa defesa. Temos capacidade de manter caças 24h no ar? temos capacidade de manter aeronaves de AEW&C 24h no ar? Principalmente se levando em consideração o tamanho do nosso território?

A minha opinião é NÃO, logo, não tem porque ficar pensando no que o Ocidente usa. Eu vou pensar no que outros países que tem muito mais a ver com o Brasil usaram e como usaram.

Eu vou pensar no Iraque, que tinha uma das defesas mais densas do mundo, segundo alguns perdia apenas para Moscou, e mesmo assim teve suas defesas exauridas nas primeiras horas da guerra, com um total de 2000 HARMs lançados pela Coalizão (fora o estoque de ALARM).

Eu vou pensar na Sérvia, que tinha meios parecidos com os Iraquianos, só que em menor número, mas foram muito mais inteligentes e conseguiram derrubar um F-117.

Eu vou pensar nos Árabes, no Vietnam.

Essa é a minha opinião. Não tem porque pensar em países que nada tem a ver conosco.

Ótimo vc ter citado a Sérvia. No conflito dos Bálcãs eles tinham MANPAD (9k32), mísseis de curto alcance 9k31 e a variante mais moderna 9k35, o Kub (Sa-6) de alcance de 24km e o Pechora de alcance de 35km.

Nada de míssil antiarmamento. Cada batalhão da brigada de mísseis podia se movimentar bastante dentro de área de atuação, porque a área de cobertura proporcionada pelos mísseis era grande. Exemplo, o 3º Batalhão responsável pela defesa de Belgrado percorreu 100mil km ao longo de 78 dias:
http://sistemasdearmas.com.br/ge/fur10anti5.html

Embora os mísseis antirradiação tenham dificuldade de atacar com precisão os radares de baixa frequência, isso por si só não era o suficiente. Os sérvios alternavam a utilização dos radares, enquanto uns funcionavam os outros mudavam de posição, e iam fazendo dentro de uma grande área por causa da cobertura relativamente grande proporcionada pelo Pechora(tem o dobro do alcance de um Panstir e o triplo de um Tor-M2E).
A propósito: depois do conflito dos Bálcâs, já na década de 2000, o Exército Sérvio, que teve uma tremenda experiência no conflito comprou o sistema Giraffe+Bofors 40mm.
O armamento de tubo é flexível: o Skyshield e o Skyguard podem ser colocados em cima de veículos. E podem ser complementados por mísseis. O ADATS que é uma opção para o Skyguard é um míssil duplo-propósito: é anticarro e antiaéreo. Não sei o valor dele, mas o Javelin, o mais caro anticarro que eu conheço custa USD 80 mil.
O exemplo da Sérvia acaba servindo a favor de um sistema antiaéreo como um Derby ou um Iris-T SLM. Com uma área de cobertura grande, permite que a Bia se mova dentro de uma grande área dada a ela para fazer a defesa. E eliminou a possibillidade de ataque aéreo de baixa altura. Eles tinham de usar armamento inteligente de longo alcance. Quando a OTAN ocupou Kosovo, em toda aquela região só encontraram 14 carcaças de blindados.
Ziba escreveu:
Quando eu penso em defesa aérea é isso:

Damasco em 2010

Imagem

Um sistema complementando o outro. É isso que vai tonar difícil a condução de qualquer SEAD contra nossas defesas.
Eu também gostaria de um sistema tão complexo e variado.
Mas se formos ou "8 ou 80" a gente fica sem nada aqui e a aquisição seja de um míssil nacional ou Spyder, ou Iris-T, ou CAMM-L não exclui um equipamento de baixa altura, e como eu disse, os GAAAe manterão 1 bia de tubo. O que precisa é modernizá-los.
Ziba escreveu:
knigh7 escreveu:Quanto aos sistemas AAe baseados na artilharia de tubo, os sistemas estão avançando: o Boffors MKIII (que também existe versão terrestre) tem como radar de tiro Giraffe AESA. O canhões Oerlikon já estão na versão GDF-009 todo automatizado e trancamento por IR e radar (no caso o Skyguard III). O tempo de resposta do Skyshield entre detecção, traqueamento e primeiro tiro é de 4s. A rapidez entre a detecçao e o disparo é algo vem sendo reduzido nos sistemas modernos, e a artilharia de tubo não é exceção.
É importante acrescentar que esses sistemas que eu citei acompanham mísseis (ADATS, LKF NG, ou qq outro de guiagem IIR, laser, ou ARH de baixa altura).

Uma bomba de precisão propulsada (bunker buster ou utilizadas para a destruição de sítios de SAMs) atingem até 0.9mach, talvez para não prejudicar a precisão. E bombas de queda livre, lançadas a grande altitude, como a Tallboy entre 6 e 8 mil metros de altitude, tem velocidade terminal de 340m/s. A velocidade de 0,9 mach é de mísseis cruise. Os sistemas modernos reagem rápido, com projéteis de lançamento de boca de 1.030m/s ou com alcance efetivo de 4km.
Para ameaças mais sérias, como é o caso de mísseis antirradar, que são supersônicos, aí entram os mísseis desses sistemas.
Muito embora sejam modernos em relação ao que utilizam, não são móveis. Mobilidade é a chave da palavra, foi isso que fez os Americanos suarem na Sérvia.

Enquanto as defesas Iraquianas foram tiradas do ar nas primeiras horas de combate, em 1999, na Sérvia, após vários dias de missões, a degradação da defesa aérea deles foi mínima. Os meios eram bastante parecidos, a diferença? Mobilidade...
Se o cliente quiser montar um canhão na carroceria de um caminhão para dar mais mobilidade, eles montam.
Imagemimagen
Ziba escreveu:
knigh7 escreveu: Temos o A-Darter, que é um excelente míssil. Pode-se colocar um booster para aumentar o alcance, algo comum quando se missil ar-ar e adapta-se como SAM. Quanto ao preço dele, ninguém ainda sabe. Mas a FAB aposta nesse projeto. Tendo 2 versões, o preço tende a cair pela economia de escala.
Isso resolve nosso problema de produção local... show de bola!

Mas não resolve o nosso problema de ter um sistema entre os VSHORAD (Iglas, RBS, Mistral, Tubo e etc.) e o médio alcance. É esse sistema que vai dar persistência a defesa caso não possamos contar com aviões patrulhando o espaço aéreo sem interrupção.

A equação é simples. Ou você tem um sistema dedicado a isso ou coloca aviões no ar.
Colocaram um booster no Python V para ele atingir os 15km de altura, acho que a Avibrás consegue fazer isso com o A-Darter e resolver o problema de média altura.

Eu passei a ter preferência por um sistema 100% nacional a partir de 2015, quando os testes na Africa do Sul foram bem sucedidos e o míssil passou para a fase de industrialização. A SAAF começará a receber a encomenda neste ano.

Quando o EB for modernizar a artilharia de tubo (ou moderniza ou ela morre), acredito que tenha um espaço para colocar um míssil ali que não seja caro. Até porque o EB vai pensar nisso...

Ziba escreveu:
knigh7 escreveu: Pensa fora da caixa dos comunas! Veja o exemplo de Israel, que vive tomando mísseis de insurgentes na cabeça, é rodeado de países que tem mísseis de médio alcance e o atacam (como ocorreu na invasão do Iraque). E o sistema antiaéreo em camadas dele deles não contemplam mísseis CLOS (apenas ainda os navios). E o míssil de médio alcance deles (que é de ARH) é barato. O custo da cabeça de guiagem não é tanto assim.
Eu não estou falando de mísseis, foguetes e etc. Estou falando SEAD/DEAD, Israel não vai enfrentar ninguém lançando 500 mísseis anti-radiação em um dia em suas defesas.

A questão não é pensar fora da caixa e sim pensar nos cenários possíveis. Falei lá em cima e vou falar novamente. Esses países não servem como parâmetro para a gente porque:
A OTAN/Israel tem de enfrentar problemas piores com mísseis que só a aviação deles não resolvem. O clássico armamento de médio alcance balístico está deixando de ser uma solução. Os mais modernos se não voam baixo para acompanhar o terreno, voam a média altura e rápido.

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Qua Mar 08, 2017 11:31 pm
por Túlio
MasterCaiafa escreveu: Túlio, essa padronização do RBS 70 não elimina o IGLA, mas complementa. Como foi destacado aqui não me recordo por quem, o IGLA é a arma do cara a pé, mobilidade, pode estar em qualquer lugar, especialmente selva e fronteiras. O RBS 70, ainda mais com camuflagem multiespectral, vai ser a defesa de ponto portátil no terreno, na baixa altura, especialmente quando hover progressão para emprego em áreas urbanas. São dois tipos de armas distintas que se complementam. A coragem do EB, se é que tem de haver um corajoso nisso, é botar os dois para trabalhar juntos.

Caiafa véio, em momento algum sequer dei a entender que o RBS iria substituir o Igla; nem teria como, um é MANPADS e o outro VSHORAD. O Igla poderia ser substituído por Stinger, Anza e outros, inclusive seu substituto na própria Rússia, o estupendo Verba. Para mim, este só perderia para o infelizmente não-concluído STINGER 2, com sensor de imagem termal do AIM-9X, este sim, seria tiro dado, bugio deitado, o Rei de todos os MANPADS! E MANPADS significa MAN (não MEN) Portable Air Defense System. Se precisa mais de um, é VSHORAD.

O RBS-70 Mk II comprado pelo EB é VSHORAD e seu sistema de operação é muitíssimo diferente dos acima citados. Basta dizer que a guiagem dele é SACLOS, ou seja, só acaba o trabalho do Operador após um impacto ou erro comprovado, até isto acontecer ele tem que ficar ali, firme na paçoca, guiando manualmente o Msl (e sei pouco sobre essa camuflagem antitudo dos Suecos mas me parece que, após ser efetuado um disparo, foi-se camuflagem, vai haver fumo e calor suficientes para excitar qualquer MAWS, FLIR e/ou patrulha que esteja de bobeira pelas redondezas) até o fim. Qualquer ataque a ele significa a perda do alvo. Já com um fire and forget como os citados no parágrafo anterior, bueno, se a kôza estiver feia o índio joga longe o lançador e vira em perna! E notes, nem assim a sobrevivência é garantida, tem vez que se metem com os caras errados: na Líbia um grupo de Apaches Ingleses (essa gente é SODAS!) foi engajado não por um mas por TRÊS Iglas; os bifes encheram o céu de decoys (que, em boa quantidade, funcionam contra SAMs e AAMs como as granadas de fumaça protegem os Bldos) e os enfiaram entre eles e os mísseis, que perderam os alvos. Depois deram a volta e exterminaram os Operadores, que deviam ter dado no pé só de ver o cocar do British Army... :lol: :lol: :lol: :lol:

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Qua Mar 08, 2017 11:51 pm
por knigh7
O RBS70 MARK2 atinge mach2. O atirador terá de manter a mira depois do disparo por no máximo 12 segundos pois é o limite da autonomia do míssil.

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Qui Mar 09, 2017 12:10 am
por FCarvalho
jauro escreveu:
Em 94 o RBS-70 já existia. Por quê o EB não se interessou por ele na época e somente agora?
Em 94 não existia dinheiro para comprar comida, combustível e nem munição 7,62mm.
Estamos em 2017. O que mudou de fato sobre isso desde então?

Eu acho que nada. Continuamos sem comida, sem combustível, sem munição e sem misseis.

A vida pode até ser bela, mas continua dura... muito dura. :roll:

abs.

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Qui Mar 09, 2017 11:51 am
por Ziba
knigh7 escreveu:A Defesa Antiaérea deles tem de lidar com adversários mais complicados: mísseis médio alcance, de velocidade supersônica, que fazem movimentos terminais, não utilizam trajetória balistíca e são colocados em Kaliningrado e Vladivostok para defender alvos de ataque que são logo ali: como é o caso do Iskander-M.
O assunto, até então, não é de defesa contra mísseis balísticos, entre outras coisas e sim defesa contra aviões lançando bombas e mísseis cruise. Além do mais, não dá pra comparar a capacidade de P&D dos Israelenses com a nossa.
knigh7 escreveu:Ótimo vc ter citado a Sérvia. No conflito dos Bálcãs eles tinham MANPAD (9k32), mísseis de curto alcance 9k31 e a variante mais moderna 9k35, o Kub (Sa-6) de alcance de 24km e o Pechora de alcance de 35km.

Nada de míssil antiarmamento. Cada batalhão da brigada de mísseis podia se movimentar bastante dentro de área de atuação, porque a área de cobertura proporcionada pelos mísseis era grande. Exemplo, o 3º Batalhão responsável pela defesa de Belgrado percorreu 100mil km ao longo de 78 dias:
http://sistemasdearmas.com.br/ge/fur10anti5.html

Embora os mísseis antirradiação tenham dificuldade de atacar com precisão os radares de baixa frequência, isso por si só não era o suficiente. Os sérvios alternavam a utilização dos radares, enquanto uns funcionavam os outros mudavam de posição, e iam fazendo dentro de uma grande área por causa da cobertura relativamente grande proporcionada pelo Pechora(tem o dobro do alcance de um Panstir e o triplo de um Tor-M2E).
O sucesso dos Sérvios não tem nenhuma relação com o alcance do SA-3. Até porque o alcance dos HARMs é de 150km e mesmo do ALARM é de quase 100km. O sucesso dos Sérvios se deve a disciplina na utilização de radares e grande movimentação das tropas, tudo isso aprendido depois da guerra do Iraque, onde os Iraquianos, nos primeiros dias, deixavam os seus radares ligados e tomaram uma chuva de HARMs na cabeça e com o passar dos dias a emissão dos radares Iraquianos caiu 95%.

O próprio link que você mandou confirma a preocupação com os HARMs e diz que o Pechora foi apontado com câmeras térmicas e telêmetro laser. Curiosamente o sistema que foi mais bem sucedido foi o SA-6, com poucas baterias destruídas ao contrário do SA-2/3.

Quanto as armas antimunição, ainda era um conceito novo e embrionário. O requerimento das forças Russas se deu, justamente, após a guerra do Iraque. Começando estudos em 1991 e terminando em 1995 com o primeiro protótipo do Pantsir.

Mais uma vez se nota aqui a importância de armas para contrapor HARMs e PGMs. Se os Sérvios/Iraquianos tivessem equipamentos como Bamse, TOR, Pantsyr, teriam dificuldade e muito o trabalho da Coalizão.
knigh7 escreveu: A propósito: depois do conflito dos Bálcâs, já na década de 2000, o Exército Sérvio, que teve uma tremenda experiência no conflito comprou o sistema Giraffe+Bofors 40mm.
Seguindo o conceito que eu já havia falado lá trás: vSHORAD > SHORAD > Médio/Longo Alcance.
knigh7 escreveu: O armamento de tubo é flexível: o Skyshield e o Skyguard podem ser colocados em cima de veículos. E podem ser complementados por mísseis. O ADATS que é uma opção para o Skyguard é um míssil duplo-propósito: é anticarro e antiaéreo. Não sei o valor dele, mas o Javelin, o mais caro anticarro que eu conheço custa USD 80 mil.
O ADATS não vai funcionar bem porque é guiado a Laser e teria problemas para engajar múltiplos alvos. O Skyguard é muito bom, mas falando do ideal não vejo porque adquirir um sistema que possui mísseis e injetores separados se podemos adquirir tudo no mesmo pacote.
knigh7 escreveu:O exemplo da Sérvia acaba servindo a favor de um sistema antiaéreo como um Derby ou um Iris-T SLM. Com uma área de cobertura grande, permite que a Bia se mova dentro de uma grande área dada a ela para fazer a defesa. E eliminou a possibillidade de ataque aéreo de baixa altura. Eles tinham de usar armamento inteligente de longo alcance. Quando a OTAN ocupou Kosovo, em toda aquela região só encontraram 14 carcaças de blindados.
Você está misturando os conceitos completamente. É justamente o contrário. Muito embora tenham abatido dois aviões e tenho dado trabalho a Coalizão, fazendo com que seus aviões voassem sempre dentro do limite de engajamento dos SA-2/3/6, a missão foi cumprida. A Coalizão neutralizou as defesas fazendo com que os Sérvios mantivessem os seus radares a maior parte do tempo desligados.

Um sistema com Derby ou Iris-T é completamente vulnerável a um ataque com HARMs e PGMs e ainda que esses sistemas consigam engajá-los, estará gastando mais para se defender do que o atacante para atacar e um sistema de defesa aéreo visa, justamente, o contrário, se utilizando da persistência em combate e fazendo com que seja custoso para o atacante atacar.
knigh7 escreveu: Eu também gostaria de um sistema tão complexo e variado.
Mas se formos ou "8 ou 80" a gente fica sem nada aqui e a aquisição seja de um míssil nacional ou Spyder, ou Iris-T, ou CAMM-L não exclui um equipamento de baixa altura, e como eu disse, os GAAAe manterão 1 bia de tubo. O que precisa é modernizá-los.
Não é complexo e nem variado. É um sistema simples e em camada como todo sistema AAe deve ser. Já temos o básico composto por Manpads e injetores AAé. A próxima aquisição deveria ser de sistemas de defesa de ponto de curto alcance para só depois investirmos em sistemas de médio/longo alcance.
knigh7 escreveu: Se o cliente quiser montar um canhão na carroceria de um caminhão para dar mais mobilidade, eles montam.
Imagemimagen
Podem até montar, mas nunca vão disparar em movimento. Para a FAB é dispensável, mas para o EB é crucial.
knigh7 escreveu: Colocaram um booster no Python V para ele atingir os 15km de altura, acho que a Avibrás consegue fazer isso com o A-Darter e resolver o problema de média altura.

Eu passei a ter preferência por um sistema 100% nacional a partir de 2015, quando os testes na Africa do Sul foram bem sucedidos e o míssil passou para a fase de industrialização. A SAAF começará a receber a encomenda neste ano.

Quando o EB for modernizar a artilharia de tubo (ou moderniza ou ela morre), acredito que tenha um espaço para colocar um míssil ali que não seja caro. Até porque o EB vai pensar nisso...
Eu sou a favor desde os Rolands do EB. Por isso pontuo aqui que o mais importante de tudo é ter a capacidade de fabricar os mísseis, sem isso não adianta muita coisa. Quanto ao A-Darter, sou completamente a favor, não vejo nem o porquê de se adquirir um sistema de média altura agora. Todavia, isso não resolve o nosso problema do anel inferior, de curto alcance. Seria interessante as FAs desenvolverem algo e colocar junto com o Skyshield, mas acho melhor, de certa maneira, comprar logo pronto.
knigh7 escreveu: A OTAN/Israel tem de enfrentar problemas piores com mísseis que só a aviação deles não resolvem. O clássico armamento de médio alcance balístico está deixando de ser uma solução. Os mais modernos se não voam baixo para acompanhar o terreno, voam a média altura e rápido.
[/quote]

A mesma coisa que eu falei lá em cima, cara. Míssil Balístico é outro papo! é assunto pra S-300V, THAAD e etc.

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Qui Mar 09, 2017 3:58 pm
por jauro
Eu acho que nada.
[destacar]Continuamos sem comida, sem combustível, sem munição e sem misseis.[/destacar]

Com exceção dos mísseis, o seu Achismo está exacerbado e desatualizado.
Há muito tempo que estes óbices estão superados.
Vá a um quartel do EB, visite-o e tire suas conclusões. Muita internet cega e tira o discernimento correto.

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Qui Mar 09, 2017 4:27 pm
por joao fernando
jauro escreveu:
Eu acho que nada.
[destacar]Continuamos sem comida, sem combustível, sem munição e sem misseis.[/destacar]

Com exceção dos mísseis, o seu Achismo está exacerbado e desatualizado.
Há muito tempo que estes óbices estão superados.
Vá a um quartel do EB, visite-o e tire suas conclusões. Muita internet cega e tira o discernimento correto.
Ué, então está bom?

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Sex Mar 10, 2017 3:40 am
por knigh7
Outra boa proposta:

Matéria de fins de 2014 sobre a proposta do CAMM da MBDA para AAAe de média altura.
Obs: existe a versão ER do SeaCeptor, com alcance de 45km.
Ou seja: tanto da Rafael (Spyder), quanto Dihel(Iris-T) e MBDA (CAMM) dispõe como opção os mesmos mísseis com alcance estendido.


IRIS-T SLS alcance 25km SLM: 40KM
SeaCeptor: alcance 25km ER: 45KM
Derby alcance 35km ER: 50km

MBDA e AVIBRAS anunciam projeto de Defesa Antiaérea de média altura
Nelson During
Editor-chefe DefesaNet

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O consórcio europeu MBDA e a brasileira AVIBRAS Aeroespacial anunciam desenvolvimento conjunto na área de defesa antiaérea de média altura. As duas empresas, com vários desenvolvimentos em conjunto, anunciam pela primeira vez a solução desenvolvida em conjunto para o projeto de defesa antiaérea de média altura: a adaptação do sistema CAMM (Common Anti-Air Modular Missile), produto de última geração da MBDA, para emprego pelas Forças Armadas Brasileiras.

O conceito apresentado envolve o desenvolvimento de um míssil brasileiro a partir do sistema CAMM – inicialmente chamado de AV-MMA, e o aproveitamento de todas as tecnologias e veículos já desenvolvidos para o Sistema ASTROS 2020, um dos produtos mais bem-sucedidos da AVIBRAS. O projeto conta com cerca de 70% de conteúdo nacional.

O CAMM representa a nova geração de sistemas de mísseis para defesa antiaérea da MBDA, oferecendo proteção completa contra todos os alvos aéreos conhecidos ou previstos. É chamado de modular por conta da possibilidade de utilização do mesmo sistema pelas três Forças, o que reduz custos de desenvolvimento, manutenção, suporte e logística.

“Esta é mais uma ação de fortalecimento da indústria brasileira de Defesa que a MBDA promove em parceria com a AVIBRAS, por meio da qual proporcionamos o desenvolvimento de tecnologias nacionais a partir de sistemas de alta tecnologia”, diz Ricardo Mantovani, executivo regional de Vendas da MBDA.

O sistema CAMM já foi contratado pela Real Marinha Britânica e pela Marinha Real Neozelandesa, e está atualmente em análise por outros países também para utilização naval. Suas versões para Terra e Ar estarão disponíveis a partir de 2016.

Performance do CAMM

O CAMM é um projeto de defesa antiaérea de média altura multiplataforma.Tanto para emprego Naval como Terrestre. Substituirá o míssil Rapier (terrestre) e o Sea Wolf (Naval).

O modo de lançamento é vertical o que o torna habilitado para emprego em plataformas navais.

Alcance Máximo + 25 km
Alcance Mínimo < 1km
Velocidade > Mach 2,5
Terrestre - Veículo 4 t capacidade
Naval - Módulos único ou quadruplo


O Projeto AV-MMA

A decisão das duas empresas em apresentar o que seria o AV-MMA (Míssil Média Altura) está no sentimento de que o projeto PANTSIR-S1 não sair do status de projeto.

A sempre negada, mas com rumores crescentes, da associação ou compra da AVIBRAS pela Odebrecht Defesa e Tecnologia leva a que o atual projeto do CAMM / AV-MMA seja adotado pelas Forças Armadas brasileiras. (Ver matéria Link)

Em um canto discreto de seu chalé, na LAAD 2013, a AVIBRAS tinha já o estudo conceitual do AV-MMA. Longe dos olhos da imprensa e só para convidados a Diretoria da empresa, liderada por Sami Hassuani, apresentava o projeto para os comandantes militares e o ministro da Defesa.

Neste artigo são publicadas fotos exclusivas tiradas quando da visita do Ministro da Defesa ao chalé da AVIBRAS. Observar que o perfil do míssil lembra muito o do MBDA MICA VL. Então uma possibilidade de o míssil MBDA BVR MICA ser escolhido como míssil BVR caso no Programa F-X2 o Brasil optasse pelo caça Rafale.

O conceito da AVIBRAS ainda está em desenvolvimento incluindo a parte de canhões da Rheinmetall (sucessora do grupo suíço de canhões Oerlikon)

Todos os sistema serão montados em plataformas do ASTROS 2020.
Atualmente está em uso o chassi da empresa Tcheca TATRA. Há opções para trocar por outra plataforma, mas a experiência negativa com o boicote da Mercedes-Benz, na venda à Malásia tem impedido a opção pela também alemã MAN e a sua associação com a Rheinmetall, criando a RMMV.

Informalmente as empresas MBDA e AVIBRAS Aeroespacial anunciaram o projeto durante evento em Brasília sobre segurança de grandes eventos, em outubro passado.

http://www.defesanet.com.br/terrestre/n ... ia-altura/

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Sex Mar 10, 2017 2:48 pm
por J.Ricardo
PqP, o debate esta tão bom de se ver, mas de repente tudo descamba e perde a graça...

Vamos manter o nível pessoal, pra quem não entende muito como eu, é um desperdício o tempo que se perde com briguinha...

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Sex Mar 10, 2017 3:33 pm
por Túlio
De fato. Usuários Kirk e Knight7 temporariamente suspensos (art 8.2 - SUSPENSÃO TEMPORÁRIA) por até 03 (três) dias, durante os quais serão julgados pelo Conselho. Este tópico NÃO será trancado nem os posts prejudiciais deletados, isto resultará (ou não) do discernimento do CMFDB. Por enquanto, solicitamos aos Colegas que ignorem os malfeitos e sigam postando a partir do que presta.

Túlio - Site Admin

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Sex Mar 10, 2017 4:55 pm
por jauro
joao fernando escreveu:
jauro escreveu: [destacar]Continuamos sem comida, sem combustível, sem munição e sem misseis.[/destacar]

Com exceção dos mísseis, o seu Achismo está exacerbado e desatualizado.
Há muito tempo que estes óbices estão superados.
Vá a um quartel do EB, visite-o e tire suas conclusões. Muita internet cega e tira o discernimento correto.
Ué, então está bom?
Está ótimo. O que não pode, é ficar comparando a década de 1990 com a década atual, quando nem Mss Igla havia nas FA e muito menos no EB.

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Sex Mar 24, 2017 9:55 am
por Túlio
Sobre AAAe, a Avibrás propôs faz algum tempo usar os mesmos veículos do ASTROS em um sistema para mísseis de lançamento vertical (seria tão difícil assim fazê-lo também conteirável, digamos uns 180º, com as tubeiras voltadas para o hemisfério traseiro/lateral, limite imposto para não danificar a parte frontal tripulada?). Tinha uma dessas parcerias caracu com a MBDA, quer entrava com o filé (mísseis sistemas de direção). Parece que ficou por isso mesmo, embora existam desenhos no Site da empresa:

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Bueno, juntando a isso o SABER 200 e tecnologias para mísseis que já temos (ou estão em desenvolvimento, como o Ramjet do X-14 e o sensor IIR do A-Darter), daria uma senhora capacidade de defesa antiaérea/antimíssil, muitíssimo superior a qualquer coisa que já tenhamos usado ou sequer sonhado em ter...

OBS.: o FILA já me parece pra lá de obsoleto.

EDIT - Tinha esquecido, parece que a Avibrás vai "herdar" boa parte da tecnologia desenvolvida pela falecida MECTRON, a chamada "missilehouse do Brasil). É só juntar as peças...

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Sex Mar 24, 2017 5:19 pm
por Marechal-do-ar
Túlio escreveu:seria tão difícil assim fazê-lo também conteirável, digamos uns 180º, com as tubeiras voltadas para o hemisfério traseiro/lateral, limite imposto para não danificar a parte frontal tripulada?
Explique melhor por favor.