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Mensagem
por FCarvalho » Ter Abr 26, 2016 11:44 am
Até o inicio dos anos 2000 a Embraer não teria como pensar em algo assim tendo em vista que internamente seu mercado era praticamente zero. Mas hoje, com a introdução da nova geração dos E-2 cobrindo vários nichos de mercado, e laureados pelos investimentos da Azul, e em estudos até mesmo por TAM/GOL e Avianca, este tipo de conceito passa a ser extremamente atraente para o mercado interno, no sentido inclusive de viabilizar comercialmente um produto.
O mercado de aviação comercial no Brasil vinha em uma crescente muito maior que o próprio crescimento do país, e apesar da pausa da pausa recente neste crescimento, ela ainda tem uma uma tremenda possibilidade de expansão, com inúmeras rotas internas nas quais poderiam ser usados estes conceitos novos.
Talvez uma parceria entre as 4 grandes e a Embraer pudesse ser o lastro necessário para a empresa investir mais concretamente nestes novos conceitos e dialogar em outras condições com o mercado internacional. Quem já viajou nos E-190/195 da Azul, e eu faço isso várias vezes no ano, por gosto e por falta de opção mesmo, sabe do que falo. Entre um E-195 e Airbus / Boeing entre MAO-GRU, eu declaradamente nem penso duas vezes em optar pelo primeiro, mesmo sendo menor e mais acanhado. Mas em termos de conforto e experiencia de voo, é outra coisa. A Embraer sabe projetar seus aviões. Mesmo não sendo eles "tipos regionais".
Um modelo com esta proposta de 2 + 2 + 2 seria algo realmente muito interessante, e como disse, um produto bem fora da curva do já manjado 3 + 3 dos jatos atuais jatos. Ademais, temos rotas internas com demandas reprimidas em que aviões com capacidade maiores do que um A320/737-8, ou mesmo da serie A321/737-9 seriam muito bem vindos. Falo isso principalmente pensando no futuro a médio/longo prazo, principalmente nas rotas inter-regionais de médio/longo curso, que apresentam uma relação pax-carga muito atraente. E mesmo para nossas rotas aqui na AS, e diria até para o continente africano.
A frota da aviação comercial de hoje está sendo revista e modernizada, com os NEO, Max e E-2. Para várias delas, diria a maioria na verdade, os 3 modelos de aeronaves da Embraer são mais que indicadas, e as 4 grandes sabem disso. O problema sempre foi outro. Tentar catalizar algumas dessas possibilidades para se investir em novos produtos e parcerias poderia ser um bom começo para alavancarmos, também, novas idéias e conceitos em termos de avião comercial. Basta todos os envolvidos enxergarem um pouco mais além do próprio nariz. E o governo não atrapalhar.
abs.
Carpe Diem