knigh7 escreveu:
Olha está havendo exagero nos custos por causa da cabeça de guiagem. Ela faz o míssil ser ais caro, mas não é tanto assim. O Tamir, que tem guiagem ARH, o valor dele é de cerca de USD 50 mil (até algumas apontam a partir de USD 20 mil, o que é um exagero, não acredito, impossivel do mesmo modo que atribuem USD 20 mil ao 57E6).
Não é uma questão de exagero. É uma questão de lógica. O Tamir pode ser barato? Sim! mas a lógica dele não é a mesma aplicada ao Derby, IRIS-T, Mica e etc. Como ele tem um desenvolvimento bem específico, a questão custo foi uma variável desde a concepção do projeto.
knigh7 escreveu:O que vc está tentando é restringir dentro do CLOS, e é justo ele é quem está caindo em desuso no ocidente. O Tamir, é o missul encarregado de fazer a defesa entre 4km e 17km. O Barak 1 e 8 estão restritos aos navios. O DGA encomendou o projeto do Mica VL para padronizar os misseis de defesa antiaérea, vai substituir o Crotalle (são dotados pela AdlA e não pelo Arméé). Do ocidente quem está mantendo mísiseis CLOS são os suecos...
É óbvio que CLOS está em desuso no ocidente, assim como qualquer SAM dedicado. Em sua maioria são mísseis ar-ar adaptados ou sistemas para uso em navios. Mas isso só acontece porque o ocidente sempre tem superioridade aérea, NATO, porta-aviões e etc.
Dentro da doutrina deles isso é razoável. Pergunto: Qual foi a última vez que EUA, França, Inglaterra sofreram SEAD? Nenhuma vez na história da guerra moderna, logo seria ilógico pensar nesses países utilizando soluções como TOR, Bamse, Spyder e etc.
Todavia estou discutindo a realidade do Brasil onde o chefe da FAB disse que 36 gripens são suficientes para nossa defesa. Temos capacidade de manter caças 24h no ar? temos capacidade de manter aeronaves de AEW&C 24h no ar? Principalmente se levando em consideração o tamanho do nosso território?
A minha opinião é NÃO, logo, não tem porque ficar pensando no que o Ocidente usa. Eu vou pensar no que outros países que tem muito mais a ver com o Brasil usaram e como usaram.
Eu vou pensar no Iraque, que tinha uma das defesas mais densas do mundo, segundo alguns perdia apenas para Moscou, e mesmo assim teve suas defesas exauridas nas primeiras horas da guerra, com um total de 2000 HARMs lançados pela Coalizão (fora o estoque de ALARM).
Eu vou pensar na Sérvia, que tinha meios parecidos com os Iraquianos, só que em menor número, mas foram muito mais inteligentes e conseguiram derrubar um F-117.
Eu vou pensar nos Árabes, no Vietnam.
Essa é a minha opinião. Não tem porque pensar em países que nada tem a ver conosco.
Quando eu penso em defesa aérea é isso:
Damasco em 2010
Um sistema complementando o outro. É isso que vai tonar difícil a condução de qualquer SEAD contra nossas defesas.
knigh7 escreveu:Quanto aos sistemas AAe baseados na artilharia de tubo, os sistemas estão avançando: o Boffors MKIII (que também existe versão terrestre) tem como radar de tiro Giraffe AESA. O canhões Oerlikon já estão na versão GDF-009 todo automatizado e trancamento por IR e radar (no caso o Skyguard III). O tempo de resposta do Skyshield entre detecção, traqueamento e primeiro tiro é de 4s. A rapidez entre a detecçao e o disparo é algo vem sendo reduzido nos sistemas modernos, e a artilharia de tubo não é exceção.
É importante acrescentar que esses sistemas que eu citei acompanham mísseis (ADATS, LKF NG, ou qq outro de guiagem IIR, laser, ou ARH de baixa altura).
Uma bomba de precisão propulsada (bunker buster ou utilizadas para a destruição de sítios de SAMs) atingem até 0.9mach, talvez para não prejudicar a precisão. E bombas de queda livre, lançadas a grande altitude, como a Tallboy entre 6 e 8 mil metros de altitude, tem velocidade terminal de 340m/s. A velocidade de 0,9 mach é de mísseis cruise. Os sistemas modernos reagem rápido, com projéteis de lançamento de boca de 1.030m/s ou com alcance efetivo de 4km.
Para ameaças mais sérias, como é o caso de mísseis antirradar, que são supersônicos, aí entram os mísseis desses sistemas.
Muito embora sejam modernos em relação ao que utilizam, não são móveis. Mobilidade é a chave da palavra, foi isso que fez os Americanos suarem na Sérvia.
Enquanto as defesas Iraquianas foram tiradas do ar nas primeiras horas de combate, em 1999, na Sérvia, após vários dias de missões, a degradação da defesa aérea deles foi mínima. Os meios eram bastante parecidos, a diferença? Mobilidade...
knigh7 escreveu:
Temos o A-Darter, que é um excelente míssil. Pode-se colocar um booster para aumentar o alcance, algo comum quando se missil ar-ar e adapta-se como SAM. Quanto ao preço dele, ninguém ainda sabe. Mas a FAB aposta nesse projeto. Tendo 2 versões, o preço tende a cair pela economia de escala.
Isso resolve nosso problema de produção local... show de bola!
Mas não resolve o nosso problema de ter um sistema entre os VSHORAD (Iglas, RBS, Mistral, Tubo e etc.) e o médio alcance. É esse sistema que vai dar persistência a defesa caso não possamos contar com aviões patrulhando o espaço aéreo sem interrupção.
A equação é simples. Ou você tem um sistema dedicado a isso ou coloca aviões no ar.
knigh7 escreveu:
Pensa fora da caixa dos comunas! Veja o exemplo de Israel, que vive tomando mísseis de insurgentes na cabeça, é rodeado de países que tem mísseis de médio alcance e o atacam (como ocorreu na invasão do Iraque). E o sistema antiaéreo em camadas dele deles não contemplam mísseis CLOS (apenas ainda os navios). E o míssil de médio alcance deles (que é de ARH) é barato. O custo da cabeça de guiagem não é tanto assim.
Eu não estou falando de mísseis, foguetes e etc. Estou falando SEAD/DEAD, Israel não vai enfrentar ninguém lançando 500 mísseis anti-radiação em um dia em suas defesas.
A questão não é pensar fora da caixa e sim pensar nos cenários possíveis. Falei lá em cima e vou falar novamente. Esses países não servem como parâmetro para a gente porque:
1) Não temos a capacidade de P&D que eles tem.
2) Não temos a capacidade aérea que eles tem.
3) As ameaças que eles enfrentam são muito diferente das ameaças que nós enfrentaríamos.
knigh7 escreveu:
As FFAA brasileras pensam num sistema de médio alcance (30km horizontal e 15 de altura). Até os cachorros sabem que reduziram para 20km encaixar o Pantsir. Os participantes que tinham mísseis maiores incluíriam, mesmo que fossem mais caros e os requisitos tivessem mudado. (Derby para o Spyder e Iris-t SLM (versão de maior alcance desse míssil)).
E o EB, como os FN vão continuar mantendo a artilharia de tubo. No caso do EB 1 bia em todos os 9 GAAAe. O que se precisa é modernizá-los ou substituí-los por sistemas que eu exemplifiquei acima, encaixando um míssil de curto alcance que poderia ser o mesmo A-Darter sem o booster.
A FAB no tocante a baixa altura é meio deficiente, mas na minha opinião apenas deveria prover cobertura de baixa altura para proteção das unidades dela.
Dentro desse quadro, as FFAA não estão se equivocando com os requisitos do sistema de média altura. Não vai ter problema algum adquirir o Spyder, o IrisT SLM, BAMSE, CAMM-L ou uma solução nacional com o A-Darter. Basta o EB renovar a defesa antiaérea de tubo com algum dos sistemas que eu citei.
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Eu também não vejo problema algum. Qualquer um desses sistemas terá um desempenho parecido e será colocado fora do ar com imensa facilidade se não tivermos um sistema mais fechado e dedicado a conter aquilo que realmente importa hoje, mas é claro que eu tenho uma predileção pelo A-Darter porque pode ser produzido aqui.
Mas como tudo no Brasil funciona mal... não me espantaria aparecer um sistema gringo desses e ter o mesmo destino que tiveram os Roland do EB. Pior de tudo é uma força que não conhece a sua própria história: