Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Enviado: Dom Set 09, 2012 10:04 pm
Prezados Colegas,
Os Senhores devem ter percebido que já faz algum tempo que não tenho sido constante neste importante espaço de debates. Este fato tem duas causas, a principal a falta de tempo com qualidade e a secundaria a falta de motivação. Já faz algum tempo escrevi que haveria grandes dificuldades para que o PAEMB fosse executado mesmo que parcialmente. Infelizmente as informações objetivas que temos em relação ao trato do GF com as questões de defesa vão corroborando a minha visão prospectiva.
As noticias referentes a construção de exemplares da Barroso modificada refletem alterações quanto a execução do PROSUPER planejada inicialmente.Em breve as fragatas da classe Greenhalgh serão retiradas de serviço sem uma real indicação da possibilidade de suas substituições no momento adequado por navios novos, as fragatas de 6.000 ton.
Acredito que ao considerar esta possibilidade de postergação do PROSUPER a MB tomou a decisão de construir as corvetas citadas para preencherem um hiato perigoso a capacidade operativa e a credibilidade da Esquadra.
As primeiras noticias e que o projeto do casco será o mesmo da Barroso, sem alterações. As avaliações operacionais deste navio demonstraram que o projeto apresenta boas qualidades marinheiras, o que já e muito bom. Entretanto em varias paginas observei varias opiniões que vão desde ao reprojeto total do navio (o que seria de fato uma nova classe) como a instalação de VLS, operação com SH-70 ...etc.
Em minha opinião a utilização do casco da Barroso e amplamente defensável, em especial com os bons resultados das avaliações já realizadas, para obtenção de economia de escala e redução de tempo de construção dos navios. O reprojeto do casco demandaria em precioso tempo que a MB não dispõe.Acredito que a MB deveria estabelecer um teto de US$ 180/200 milhões por cada unidade da nova classe. Esta classe ficaria limitada a quatro navios no máximo que deveriam estar todos em serviço em 2020.
E preciso também entender a missão desta classe de navio. A Barroso como suas futuras irmas tem como principal missão ações de guerra ASW na proteção do trafego marítimo ao longo da costa brasileira (cabotagem) e nas áreas de explotação de petróleo. Considerando a principal missão destes navios sou da opinião que:
1) O sistema de propulsão deve continuar sendo do tipo CODOG, com dois motores diesel de geração atual e maior potencia e uma turbina GE LM2500;
2) Deveria ser instalado um sistema anti-torpedo (referências: Nixie AN/SLQ25A ou Contralto V) completando os sistemas de Guerra Eletrônica: Jammer CME ET/SLQ-2 integrado ao MAGE B1BW e ao SLDM (Sistema de Lançamento de Despistadores de Mísseis)chaff, ou flare anti-IR e torpedo. No caso do SLDM e importante o desenvolvimento do foguete anti-torpedo. A instalação do sistema anti-torpedo demandaria um importante estudo de engenharia visando a sua incorporação ao casco do navio;
3) Otimizar a transferência dos torpedos do paiol para os lançadores triplos (nacionais) de torpedos leves. Seria desejável encurtar o prazo para construção no país de torpedos leves;
4) Atualizar se necessário itens de operação do sonar EDO Corp. 997(F) de pesquisa ativa/ataque;
5) Introduzir sistemas para ações de guerra assimetrica ( sistema acústico, metralhadoras, remax...etc). Estes sistemas seriam empregados em missões anti-terrorismo e pirataria, por exemplo, ao largo da costa africana.
Quanto ao armamento tenho algumas considerações especificas:
Considerando a principal missão das corvetas a guerra ASW ao longo do litoral brasileiro e plataforma continental e em missões anti-terrorismo e pirataria sob mandato da ONU a defesa AAé destes navios deve ser a de ponto. Estes navios não engajarão aviões lançados por NAe ou de litorais fortemente defendidos protegendo GT's de projeção de poder sobre terra. Para esta missão haverá as fragatas de 6.000 ton na versão AAé.
Sendo assim sou da opinião que o armamento deveria contemplar os seguintes sistemas:
a) Canhão de 76 mm OtoBreda SR, apto a tiro de superfície e AAé;
b) Lançador de Sea RAM em substituição ao canhão MK.3 de 40 mm;
c) Lançadores de MSS (8x1) MAN; e
d) Helicóptero Super Lynx/Wild Cat. Estes helicópteros são compatíveis a operarem com segurança a partir da Barroso. Podem efetuar ataques ASW vetorados e anti-navios com mísseis anti-navio. Devemos lembrar que a quantidade de SH 70 será sempre pequena para atender de forma eficiente os A12 e futuramente pelo menos um NMP.
Quanto aos sensores acredito que novos radares de navegação, vigilância aérea/superfície e diretoras de tiro devam ser introduzidos e integrados ao Sistema de Controle Tático, Comando e Controle SICONTA Mk III do IPqM .
Quanto aos aspectos gerais da nova classe penso que as baleeiras devem ser substituídas por embarcações pneumaticas de casco semi rígido de alta-performance lançadas ao mar por guinchos de alta-velocidade. Poderia também ser adotadas cortinas a bombordo e boreste fechando as laterais abertas das embarcações e dos TLT.
Quanto ao PROSUPER sou da opinião que deveria ser reconfigurado da seguinte forma:
a) Serem retirados os 5 NaPaOc do mesmo. Estes passariam a fazer parte de um novo programa da MB o PROPRATULHA, que incluiria os napa 500 e napaflu ...etc. Como já temos os três navios da BAE Systems os novos navios seriam construídos com base neste projeto ...e pronto.
b) O PROSUPER (1ª fase) ficaria destinado a construção das fragatas de 6.000 ton e os NaApLo, neste caso devido a demora em seu inicio o mesmo deveria ser ampliado para 6 fragatas e 2 NaApLo. A 2ª fase do mesmo poderia contemplar mais 4 fragatas e 2 NaApLo.
Sds
Lord Nauta
Os Senhores devem ter percebido que já faz algum tempo que não tenho sido constante neste importante espaço de debates. Este fato tem duas causas, a principal a falta de tempo com qualidade e a secundaria a falta de motivação. Já faz algum tempo escrevi que haveria grandes dificuldades para que o PAEMB fosse executado mesmo que parcialmente. Infelizmente as informações objetivas que temos em relação ao trato do GF com as questões de defesa vão corroborando a minha visão prospectiva.
As noticias referentes a construção de exemplares da Barroso modificada refletem alterações quanto a execução do PROSUPER planejada inicialmente.Em breve as fragatas da classe Greenhalgh serão retiradas de serviço sem uma real indicação da possibilidade de suas substituições no momento adequado por navios novos, as fragatas de 6.000 ton.
Acredito que ao considerar esta possibilidade de postergação do PROSUPER a MB tomou a decisão de construir as corvetas citadas para preencherem um hiato perigoso a capacidade operativa e a credibilidade da Esquadra.
As primeiras noticias e que o projeto do casco será o mesmo da Barroso, sem alterações. As avaliações operacionais deste navio demonstraram que o projeto apresenta boas qualidades marinheiras, o que já e muito bom. Entretanto em varias paginas observei varias opiniões que vão desde ao reprojeto total do navio (o que seria de fato uma nova classe) como a instalação de VLS, operação com SH-70 ...etc.
Em minha opinião a utilização do casco da Barroso e amplamente defensável, em especial com os bons resultados das avaliações já realizadas, para obtenção de economia de escala e redução de tempo de construção dos navios. O reprojeto do casco demandaria em precioso tempo que a MB não dispõe.Acredito que a MB deveria estabelecer um teto de US$ 180/200 milhões por cada unidade da nova classe. Esta classe ficaria limitada a quatro navios no máximo que deveriam estar todos em serviço em 2020.
E preciso também entender a missão desta classe de navio. A Barroso como suas futuras irmas tem como principal missão ações de guerra ASW na proteção do trafego marítimo ao longo da costa brasileira (cabotagem) e nas áreas de explotação de petróleo. Considerando a principal missão destes navios sou da opinião que:
1) O sistema de propulsão deve continuar sendo do tipo CODOG, com dois motores diesel de geração atual e maior potencia e uma turbina GE LM2500;
2) Deveria ser instalado um sistema anti-torpedo (referências: Nixie AN/SLQ25A ou Contralto V) completando os sistemas de Guerra Eletrônica: Jammer CME ET/SLQ-2 integrado ao MAGE B1BW e ao SLDM (Sistema de Lançamento de Despistadores de Mísseis)chaff, ou flare anti-IR e torpedo. No caso do SLDM e importante o desenvolvimento do foguete anti-torpedo. A instalação do sistema anti-torpedo demandaria um importante estudo de engenharia visando a sua incorporação ao casco do navio;
3) Otimizar a transferência dos torpedos do paiol para os lançadores triplos (nacionais) de torpedos leves. Seria desejável encurtar o prazo para construção no país de torpedos leves;
4) Atualizar se necessário itens de operação do sonar EDO Corp. 997(F) de pesquisa ativa/ataque;
5) Introduzir sistemas para ações de guerra assimetrica ( sistema acústico, metralhadoras, remax...etc). Estes sistemas seriam empregados em missões anti-terrorismo e pirataria, por exemplo, ao largo da costa africana.
Quanto ao armamento tenho algumas considerações especificas:
Considerando a principal missão das corvetas a guerra ASW ao longo do litoral brasileiro e plataforma continental e em missões anti-terrorismo e pirataria sob mandato da ONU a defesa AAé destes navios deve ser a de ponto. Estes navios não engajarão aviões lançados por NAe ou de litorais fortemente defendidos protegendo GT's de projeção de poder sobre terra. Para esta missão haverá as fragatas de 6.000 ton na versão AAé.
Sendo assim sou da opinião que o armamento deveria contemplar os seguintes sistemas:
a) Canhão de 76 mm OtoBreda SR, apto a tiro de superfície e AAé;
b) Lançador de Sea RAM em substituição ao canhão MK.3 de 40 mm;
c) Lançadores de MSS (8x1) MAN; e
d) Helicóptero Super Lynx/Wild Cat. Estes helicópteros são compatíveis a operarem com segurança a partir da Barroso. Podem efetuar ataques ASW vetorados e anti-navios com mísseis anti-navio. Devemos lembrar que a quantidade de SH 70 será sempre pequena para atender de forma eficiente os A12 e futuramente pelo menos um NMP.
Quanto aos sensores acredito que novos radares de navegação, vigilância aérea/superfície e diretoras de tiro devam ser introduzidos e integrados ao Sistema de Controle Tático, Comando e Controle SICONTA Mk III do IPqM .
Quanto aos aspectos gerais da nova classe penso que as baleeiras devem ser substituídas por embarcações pneumaticas de casco semi rígido de alta-performance lançadas ao mar por guinchos de alta-velocidade. Poderia também ser adotadas cortinas a bombordo e boreste fechando as laterais abertas das embarcações e dos TLT.
Quanto ao PROSUPER sou da opinião que deveria ser reconfigurado da seguinte forma:
a) Serem retirados os 5 NaPaOc do mesmo. Estes passariam a fazer parte de um novo programa da MB o PROPRATULHA, que incluiria os napa 500 e napaflu ...etc. Como já temos os três navios da BAE Systems os novos navios seriam construídos com base neste projeto ...e pronto.
b) O PROSUPER (1ª fase) ficaria destinado a construção das fragatas de 6.000 ton e os NaApLo, neste caso devido a demora em seu inicio o mesmo deveria ser ampliado para 6 fragatas e 2 NaApLo. A 2ª fase do mesmo poderia contemplar mais 4 fragatas e 2 NaApLo.
Sds
Lord Nauta