Fórum Defesa Brasil

Deixa eu perguntar a opinião dos colegas aqui. Com a aparente possibilidade da montagem dos Mil Mi-171 aqui no Brasil, e o EB querendo ao menos uns 20 Black Hawks para suprir o programa Proteger, e sabendo-se os custos que tal fato poderia gerar aos cofres públicos, e sabendo-se, também, que politicamente a abertura de uma linha de produção no Brasil deste helos tem de ser justificada de forma plausível e financeira, frente a população, a fim de conseguir corroborar o investimento, que tipo de modificação/adaptações poderiam ser exigidas por nós naquele helo, a fim de deixá-lo o mais nacionalizado e padronizado possível, com o material já existente nas ffaa's, de forma a este programa concorrer em termos de ganhos "tecnológicos", operacionais e financeiros com os EC-725 e BH's, já que quantitativamente eles superariam ambos?

abs.

Carvalho na minha opinião se for construir os helis mi-171 não precisa mais comprar os Black Hawk,agora o BH é minha preferencia. Carvalho e os 3 mi-35 restantes sabes quando chegam?

FABIO escreveu:Carvalho na minha opinião se for construir os helis mi-171 não precisa mais comprar os Black Hawk,agora o BH é minha preferencia. Carvalho e os 3 mi-35 restantes sabes quando chegam?

Acredito que o Mi-171 está na categoria do EC-725, e não do Black Hawk.

A diferença de categoria é muito pequena.

Ambos são do porte médio.

Não precisa ter os dois tipos.
Se fosse eu, padronizaria tudo com apenas 1 modelo.

Eu vejo o BH como sendo um helicóptero mais tático, ou seja, mais apto para missões de combate. Já o EC-725 e o Mi-171 considero melhores para transporte logístico e de tropas, em ambientes de conflitos de menor densidade, devido suas cabines serem bem mais espaçosas.

Em suma, se for para transportar militares para ambientes de combate pesado, o heli a ser utilizado será o UH-60!

Eu pensando aqui com os meus botões sobre o cenário de uso dos Mi-17 nas FAs (não acho possível vendo as coisas da maneira que estão hoje), eu os colocaria na função de pau para toda obra e transporte de tudo um pouco no dia-a-dia e deixaria os EC para C-SAR e os BH para transporte tático de tropas.

Passaria os EC que sobrassem para SAR e espalharia pelo Brasil para executar essas missões ao mesmo tempo que passaria alguns Mi-17 para a PF.

Mas esse sou eu totalmente viajando na maionese...

[]s
CB_Lima

Não duvido que acabe sendo algo assim. Os homens não trouxeram a linha de montagem e manutenção por nada. Eles tinham conversas e se aproveitar do lobby da carne e dos russos. Pelo menos helis de ataque terão um monte.

FABIO escreveu:E quando chegarão os tres MI-35 restantes para FAB?

Fabio, o acordado seria entregar os últimos 3 até 31 de Dezembro, vamos aguardar, para os próximos dias devem chegar, Abraço.

Pensei na possibilidade dos Mi-171 nas ffaa's até porque, atualmente, no mercado civil brasileiro ele teria uma vida bem difícil, como já comentado aqui pelo Linx. E como a Oderbecht não daria ponto sem nó, no sentido de trazer uma linha de montagem para cá, sem ter a certeza de uma encomenda, no mínimo, no mesmo valor dos custos de implantação da linha, então é bem plausível que comecemos a pensar nesta hipótese. Até porque, como disse acima, o proteger do EB tem a necessidade de 20 helos, segundo requisitos do EB. Alguém acha que o governo iria gastar 360 milhões de dólares para comprar reles 20 helos, e ainda por cima americanos, podendo fazer a mesma coisa, e ainda gastar muitíssimo menos, com os Mi-171 travestidos de investimento na industria nacional? Só para lembrar um Mi-17 sai a 4,5 milhões x 20 = US 90 milhões. Os outros 270 ficam pro bolso da titia.

abs.

FCarvalho escreveu:Deixa eu perguntar a opinião dos colegas aqui. Com a aparente possibilidade da montagem dos Mil Mi-171 aqui no Brasil, e o EB querendo ao menos uns 20 Black Hawks para suprir o programa Proteger, e sabendo-se os custos que tal fato poderia gerar aos cofres públicos, e sabendo-se, também, que politicamente a abertura de uma linha de produção no Brasil deste helos tem de ser justificada de forma plausível e financeira, frente a população, a fim de conseguir corroborar o investimento, que tipo de modificação/adaptações poderiam ser exigidas por nós naquele helo, a fim de deixá-lo o mais nacionalizado e padronizado possível, com o material já existente nas ffaa's, de forma a este programa concorrer em termos de ganhos "tecnológicos", operacionais e financeiros com os EC-725 e BH's, já que quantitativamente eles superariam ambos?

abs.

Poderia ser utilizado algo que já vai estar disponivel para o 725, por exemplo.
Se não em engano, a montagem da turbina vai ser feita no Brasil, bem como dos avionicos, alguns sistemas embarcados e o simulador.
Acho que seria no MINIMO preferivel que houvesse uma comunalidade do 171 com o 725 nesse sentido.

henriquejr escreveu:Eu vejo o BH como sendo um helicóptero mais tático, ou seja, mais apto para missões de combate. Já o EC-725 e o Mi-171 considero melhores para transporte logístico e de tropas, em ambientes de conflitos de menor densidade, devido suas cabines serem bem mais espaçosas.

Em suma, se for para transportar militares para ambientes de combate pesado, o heli a ser utilizado será o UH-60!

Entendo o ponto de vista, mas lembre-se que a capacidade de sobrevivencia em combate depende tambem dos sistemas embarcados.
Mas em linhas gerais eu concordo com você!

sapao escreveu:

FCarvalho escreveu:Deixa eu perguntar a opinião dos colegas aqui. Com a aparente possibilidade da montagem dos Mil Mi-171 aqui no Brasil,...

Poderia ser utilizado algo que já vai estar disponivel para o 725, por exemplo.
Se não em engano, a montagem da turbina vai ser feita no Brasil, bem como dos avionicos, alguns sistemas embarcados e o simulador.
Acho que seria no MINIMO preferivel que houvesse uma comunalidade do 171 com o 725 nesse sentido.

eu acho que a lógica do negócio tem de ir quase que obrigatoriamente por aí, até para haver alguma concordância com atual práxis governamental com o setor.
sem isso, seria mais uma jogada de oportunismo. e d'outra forma não creio que o governo iria se disponibilizar a "pagar" este investimento nos mesmos moldes do EC-725. até porque, como disse, os Mi-171 tem sua principal vantagem nos custos de aquisição, que no fundo é o que interessa à parte política do negócio; o resto é pano de fundo.
agora vamos ver até onde vai, e como, o encontro da vontade com a necessidade.
eu, particularmente, não ficaria surpreso se o governo resolvesse gastar os pouco mais de trezentos milhões em 90 Mi-171 para o EB, ou dividí-los entre as ffaa's, ou alocar os vinte que o EB deseja, e repassar o restante para outros órgãos do governo, já que o proteger vai bem além da mera questão militar.
acho que aí, esses helos, com componentes nacionais, já começariam a ser realmente um bom negócio.
quem sabe a FAB, MB e EB depois não se empolgam, e arruma um jeitinho de trazer a montagem dos sucessores para cá também.

abs

sapao escreveu:

henriquejr escreveu:Eu vejo o BH como sendo um helicóptero mais tático, ou seja, mais apto para missões de combate. Já o EC-725 e o Mi-171 considero melhores para transporte logístico e de tropas, em ambientes de conflitos de menor densidade, devido suas cabines serem bem mais espaçosas.
Em suma, se for para transportar militares para ambientes de combate pesado, o heli a ser utilizado será o UH-60!

Entendo o ponto de vista, mas lembre-se que a capacidade de sobrevivencia em combate depende tambem dos sistemas embarcados.
Mas em linhas gerais eu concordo com você!

henriquejr, acho que tu te equivocas ao avaliar o Mi-171 em suas aptidões.
A família de helos militares Mi-8/17 é a mais produzida e mais utilizada no mundo, até hoje. E este helo praticamente participou de alguma maneira de todos os grandes conflitos ao redor do mundo nos últimos 50 anos para cá, e tem sido usado em todos os tipos e níveis de guerra que possamos ter conhecimento. E tudo isso sem ter metade dos arroubos tecnológicos do que os mais afamados do que qualitativos falcão negro.
suas maiores qualidades são justamente a simplicidade, robustez e flexibilidade, que fizeram deles um verdadeiro fenômeno no campo da aviação militar, e mesmo os militares e estudiosos do assunto no ocidente reconhecem isso.
então dizer que este helo é menos apto a ambientes/missões de combate e/ou que servem mais a ações logísticas, ou em ambientes de guerra menos densos, é no mínimo desconhecer a história do próprio helo, ou a história das guerras de que ele faz parte.
diga-se de passagem, guerras nada leves.
então, se vamos usá-los, creia-me, eles, com tecnologia ou sem tecnologia, com ou sem insumos nacionais, eles cumprirão qualquer missão que lhes for dada, dentro da perspectivas hoje arrazoadas à Avex, ao 8o Gav e a Aviação Naval.

abs.

Eu acho que as FFAA podem conciliar EC 725 e Mi-171, a Marinha mexicana faz isso.
Ademais, quem tem dois, tem um. Se der problema de fábrica em um modelo e esse precisar groundear todas suas unidades até o problema ser resolvido, o outro estará a postos.

É importante ressaltar que as entregas dos últimos 3 Sabres estão atrasadas, eram para estar em sólo Brasileiro até o final de Dezembro.