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Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Qua Nov 16, 2011 8:58 am
por binfa
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Será o TÚLIO ! :shock:

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Qua Nov 16, 2011 9:04 am
por PQD
tomar a rocinha e vidigal foi uma "UVA" em relação ao alemão, manter a rocinha será facil comparado a manter o complexo do alemão que em área da mais de 4 rocinhas em população e poderio de bandidagem e em área geografica.

"pra quem nao sabe a comunidade do alemão é uma coisa o complexo do alemão é outra, complexo é um conglomerado de favelas ajuntadas a comunidade do alemão."

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Qua Nov 16, 2011 9:27 am
por ZeRo4
Vale lembrar que a quantidade de Fuzis é exorbitante pois muitos bandidos acabaram se refugiando na Rocinha, sejam eles oriundos de unidades recém-pacificadas da área do Centro e Tijuca ou da guerra no Complexo da Maré, quando o TCP tomou todas as favelas dominadas pelo ADA.

Vale a pena salientar que toda essa apreensão se deu pela mudança na implantação da UPP, motivada pelas críticas que vários especialistas fizeram em ocupações anteriores (viu como criticar não é tão ruim assim, Carlos Mathias?), A Quantidade Fuzis pode até parecer muito e realmente é... mas para realidade de Complexos de Favelas como Alemão/Penha (em que se estimavam mais de 400 Fuzis apenas nas comunidades Vila Cruzeiro e Chatuba...), Maré e Senador Camará... não é tanta coisa assim.

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Qua Nov 16, 2011 9:34 am
por ZeRo4
PQD escreveu:"pra quem nao sabe a comunidade do alemão é uma coisa o complexo do alemão é outra, complexo é um conglomerado de favelas ajuntadas a comunidade do alemão."
Pois é... na verdade são 02 Complexos Vizinhos!

Complexo do Alemão composto por: Alemão, Baiana, Alvorada, Adeus, Grota, Pedra do Sapo, Fazendinha, Palmeiras e Nova Brasília.

Complexo da Penha composto por: Vila Cruzeiro, Chatuba, Fé, Caracol, 4 Bicas, Merendiba, Caixa D'água, Sereno, Rua 12 e Rua 14.

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Qua Nov 16, 2011 10:14 am
por PRick
PQD escreveu:
PRick escreveu:
ou de nossas policias, visto que no caso do EB uma arma roubada os caras tomam 15 morros pra recuperar um fuzil. Diga-se é a instituição com a maior percentagem de recuperação de armas desviadas.
Também, porém, o EB não recupera todos os Fuzis desaparecidos, agora, G3 só na FAB. O que apenas confirma que boa parte do armamento não vem do Paraguai. Temos ainda a presença de muita 0.30, uma metralhadora que o EB não usa mais, peça de museu que anda por aí, parece que ninguém controla essa sucata das FA´s.

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Qua Nov 16, 2011 10:15 am
por PQD
ZeRo4 escreveu:
PQD escreveu:"pra quem nao sabe a comunidade do alemão é uma coisa o complexo do alemão é outra, complexo é um conglomerado de favelas ajuntadas a comunidade do alemão."
Pois é... na verdade são 02 Complexos Vizinhos!

Complexo do Alemão composto por: Alemão, Baiana, Alvorada, Adeus, Grota, Pedra do Sapo, Fazendinha, Palmeiras e Nova Brasília.

Complexo da Penha composto por: Vila Cruzeiro, Chatuba, Fé, Caracol, 4 Bicas, Merendiba, Caixa D'água, Sereno, Rua 12 e Rua 14.
[009]

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Qua Nov 16, 2011 10:17 am
por PRick
Lembrem-se também que no Alemão não existiu um planejamento prévio, porque foi uma reação aos atos dos traficantes. Não havia planejamento para UPP para o Complexo na época.

Agora, cada vez será mais fácil desarticular o poder do estado paralelo. Conforme for sendo ocupado os morros restantes.

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Qua Nov 16, 2011 10:34 am
por brasil70
Eu não sei a origem dos fuzis da Rocinha, mas aqui no Complexo, em alguns dos FAL's era possivel encontrar o nome do Exército boliviano.
E como o Zero lembrou, só da Chatuba e Vila cruzeiro, atravessaram para o Complexo algo em torno de 400/500 fuzis e no Complexo era mais que o dobro que se encontrava na Penha. A contenção das bocas de fumo do Complexo era em torno de 10 fuzis cada, em sua grande maioria o FAL.
E alguém viu ontem o programa da Band "A Liga"? "Ex-Traficantes" como o Mister M apareceram na filmagem anparados pelo Afroreegae. E caso alguém tenha visto, eu afirmo que o EB não tenta impor a "ditadura" que muitos comentam no documentario, 1 ano de ocupação e nunca vi nada além do normal praticado pelo EB.

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Qua Nov 16, 2011 10:56 am
por helio
De novo no noticiário vem carregado por um monte de besteiras sobre armamento.
Ontem ,a noticia de destaque foi da famosa arma .30 (alguns noticiaram como .50) apreendida que tem capacidade para derrubar helicopteros.
Ao ver as imagens no noticiario vemos um antigo Browning BAR como sendo esta fantastica arma, que foi produzido nos EUA após a I Guerra Mundial, e utilizada pelos gangsters de Chicago ainda nos anos 20( era a arma predileta de Dillinger).
Além da BAR deu pra ver na pilha de fuzis apreendidos uma Garand!
Dá a entender que tanto a Garand como a BAR foram parar lá fruto de algum furto de um colecionador.
Para os senhores que trabalham nas forças policiais gostaria de saber quem é da assessoria de imprensa que propaga estas besteiras.

Abraços

Hélio

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Qua Nov 16, 2011 11:04 am
por brasil70
NÃO SE DEIXE ENGANAR PELA MÍDIA COOPTADA.

É IMPERATIVO QUE SE DESNUDEM AS INTENSÕES DOS NOSSOS POLÍTICOS CORRUPTOS E APÁTRIDAS.

O Exército foi sistematicamente sabotado em sua operação de cerco e repressão ao narcovarejo no Complexo do Alemão, durante os nove meses de “ocupação”. Sempre que montou “zonas de exclusão”, com acesso restrito a pontos onde dificilmente deixaram de ocorrer venda de drogas nos morros daquela região, os militares foram obrigados a deter policiais civis, PMs e até maus elementos da elitizada tropa do Bope que insistiam em furar o cerco para levar aos bandidos drogas e armas ou para apanhar propina.

A divulgação sobre estas dezenas de detenções foi cuidadosamente censurada pela cúpula de segurança do Governo Sérgio Cabral – que faz marketagem política com a triste farsa das UPPs (Unidades de Policiamento Pacificadoras). Em conluio com o governo Fluminense do vascaíno Cabralzinho, que é aliado da petralhada em política e negócios, o Ministério da Defesa não dá autorização para que o Exército exiba tudo que registrou (gravando em áudio e/ou vídeo) nas operações do Alemão. O EB fez um brilhante trabalho de inteligência, aplicando sua doutrina de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), mas não existe vontade política de combater o tráfico, para valer, no Alemão e adjacências.

Os governos federal e estadual do RJ não gostaram, mas foram obrigados a engolir ontem a dura verdade revelada pelo Comandante Militar do Leste. O General Adriano Pereira Júnior admitiu que traficantes ainda vendem drogas em bocas de fumo itinerantes no Morro do Alemão. Contrariando a vontade da turma do Cabral, o General Adriano avisou que o EB volta a revistar suspeitos de tráfico de drogas na comunidade. Em entrevista no Comando Militar do Leste (CML), o General até identificou quem é o “agente do quarto elemento” responsável pelos ataques ao EB: o traficante Paulo Rogério de Souza Paz, o Mica, foragido da Vila Cruzeiro.

A verdade completa que o General Adriano conhece bem, mas não pode proclamar é: Toda vez que o esquema de poder vigente é questionado popularmente, seus esquemas mafiosos são desnudados, estouram sinais de crise econômica e o sistema no poder teme sofrer um golpe, o Governo do Crime Organizado escala o chamado “quarto elemento” para desafiar as Forças Armadas. Criminosos politicamente orientados atacam os militares que cumprem a missão de Garantia da Lei e da Ordem.

Os soldados e seus comandantes, quando reagem, voltam a ser, injustamente, alvos de suspeitas de “violações dos direitos humanos”. Bandidos, os chefes deles, o Ministério Público e a Mídia cumprem a missão de estigmatizar o Exército. Por isso, o Alerta Total pergunta, sem cansar: Até quando nossos militares aceitarão cair nesta armadilha da guerra assimétrica promovida pelo sistema de Governo do Crime Organizado? Quem quiser entender melhor como ocorre a guerra psicológica contra o EB, basta dar uma olhada no organograma:

O medo do Governo do Crime Organizado é a alta qualidade das informações que os estrategistas do EB colhem nesta operação. Por isso, a ordem é intensificar os ataques assimétricos, na mídia, contra as Forças Armadas. A tática do inimigo é simplória e manjada. Geram-se assuntos desviantes da atenção, para irritar os militares, como a Comissão da Verdade. Ao mesmo tempo, usa-se o Ministério Público para fiscalizar a ação de GLO do EB, sob a desculpa de “evitar eventuais excessos praticados pelos militares contra a comunidade”. Na mídia, sempre que possível, reforça-se a imagem dos militares como autoritários, abusando de uma inocente população carente.


Esta é uma comunicação oficial do Em Direita Brasil.

Reenvie imediatamente esta mensagem para toda a sua lista, o Brasil agradece.
Fonte: Endireita Brasil

by: Plano Brasil

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Qua Nov 16, 2011 11:29 am
por Matheus
Solução para os problemas de segurança pública do Rio:


Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Qua Nov 16, 2011 11:36 am
por Sávio Ricardo
:lol: :lol: :lol: :lol: :lol:

[003] [003] [003] [003]

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Qua Nov 16, 2011 11:38 am
por Matheus
É CN da India! resolve na cintada e no tapa na cara!

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Qua Nov 16, 2011 11:48 am
por ZeRo4
Mais um brilhante artigo do Abdala!

Considerações sobre a ocupação da Rocinha

A ocupação da Rocinha tem merecido espaço considerável na mídia nacional, nos últimos dias. Até mesmo em canais internacionais, como a rede de TV americana CNN. Afinal, a ocupação da Rocinha é, para os cariocas, tão simbólica quanto a do Complexo do Alemão, em virtude da grande quantidade de notícias negativas surgidas nessas favelas em anos passados.

A Rocinha nunca foi tão violenta quanto o Complexo do Alemão. Mas quando episódios de violência ocorriam na favela, como as esporádicas operações policiais ou as sucessivas tentativas de invasão por quadrilhas rivais, principalmente nos anos 2004 e 2005, as notícias estampavam capas de jornais e revistas e ocupavam espaços consideráveis nos telejornais.

O motivo é simples: a Rocinha localiza-se num dos bairros com metro quadrado mais caro do Rio, São Conrado, e fica inconvenientemente posicionada sobre a principal via de ligação do bairro nobre da Barra da Tijuca com os mais nobres ainda Leblon, Gávea e Lagoa.

Tiroteios, que eram e continuam sendo comuns em várias partes do estado do Rio de Janeiro, tornavam-se, para a imprensa e o governo, inaceitáveis quando atingiam o carro de um morador que paga “IPTUs altíssimos” e “compra os produtos anunciados nos jornais e nas TVs”. Ou simplesmente quando, de tão intensos, os confrontos provocavam o fechamento do túnel que passa sob a Rocinha e impediam esses cidadãos de “primeira classe” a chegar em casa ou no trabalho.

A ocupação da Rocinha pela Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) era certa, até mesmo antes da acidental ocupação do Complexo do Alemão. Era uma demanda contínua da imprensa e dos moradores da zona sul.

Sua ocupação só demorou porque a Secretaria de Segurança estava juntando know-how suficiente para lidar com uma favela daquelas dimensões. A política de instalação das UPPs começou por favelas menores e mais fáceis de controlar (com exceção da Cidade de Deus, que a Secretaria de Segurança provavelmente se arrepende de ter ocupado tão cedo, no início de 2009).

Um erro na Rocinha provocaria a cabeça do secretário de Segurança e talvez até do governador Sérgio Cabral. Não cabia ali um laboratório como o que foi feito no Dona Marta ou no Chapéu Mangueira/Babilônia. Ao entrar na Rocinha, a polícia teria que ter experiência suficiente para que nada desse errado.

A Rocinha provavelmente seria ocupada depois da finalização do cinturão de segurança da Tijuca/Centro da cidade. Nos meus cálculos, a Rocinha seria ocupada entre o segundo semestre deste ano e o primeiro semestre de 2012.

Mas aí, nesse meio tempo, veio a ocupação do Complexo do Alemão, algo que a Secretaria de Segurança foi obrigada a fazer, sem muito planejamento, no final de 2010, depois do caos que bandidos daquela comunidade instauraram nas ruas do Rio de Janeiro. A “pacificação” do Alemão foi uma resposta das autoridades para a violência que eles não tiveram a capacidade de evitar.

O Alemão foi ocupado no meio do processo de pacificação da Tijuca, no meio da ocupação do Morro dos Macacos (outra favela simbólica) e antes das favelas São João/Matriz, Mangueira/Tuiuti e os complexos de São Carlos e Rio Comprido.

Tão logo essas favelas menores fossem concluídas, era certo que a Rocinha e o Vidigal, últimos grandes bastiões da criminalidade na zona sul seriam alvos da UPP.

Mas o Alemão complicou as coisas, porque exigiu a formação, a toque de caixa, de mais de dois mil novos policiais militares, ao mesmo tempo em que se formavam PMs para as UPPs da Tijuca e Centro.

Diante de tamanho pepino, era esperado que a Secretaria de Segurança não ocupasse a Rocinha tão cedo. Pelo menos, não pelos próximos meses. Afinal, a UPP da Rocinha vai exigir um efetivo semelhante ao do Alemão (cerca de dois mil homens). Será preciso tempo para formar tantos homens.

Então, era de se esperar que a Secretaria de Segurança só ocupasse a Rocinha a partir de março de 2012, quando os policiais militares começassem a substituir o Exército no Complexo do Alemão, liberando a força armada para atuar em outra ocupação de longo prazo.

Segundo o Estado-Maior da Polícia Militar, hoje há 1.500 policiais militares formados, esperando para começar a atuar nas Unidades de Polícia Pacificadora (UPP). Contando que outros 1.200 policiais foram formados para atuar em outras UPPs instaladas neste ano, a PM conseguiu formar,no máximo, 2.700 homens para as UPPs em um ano.

Para formar os outros 700 policiais que faltam para ocupar o Complexo do Alemão e mais os 2 mil da Rocinha, serão necessários mais 12 meses. O que me leva a crer que a UPP da Rocinha só deverá ser inaugurada a partir de novembro de 2012 (se nenhuma outra favela for ocupada nesse meio tempo).


Nesse período, quem ficará ocupando a comunidade? O Exército? Os fuzileiros navais? Será o Bope e o Choque (que têm funções específicas dentro da estrutura da PM e não podem liberar tantos homens de suas funções primordiais para empreender uma ocupação de longo prazo)? Isso ainda não ficou muito claro. E a imprensa não parece estar muito preocupada com isso.

Quando fiz essa pergunta para o coronel Pinheiro Neto, chefe do Estado-Maior da PM, dentro do QG, na última semana, ele não me respondeu. Disse apenas que esse era um “desafio que ele teria que superar”. “Afinal, esse é a minha função, tornar possíveis essas operações”, respondeu-me o oficial, sem me esclarecer muita coisa.

Será que a opção da Secretaria de Segurança será inverter a ordem das ocupações? Destinar os primeiros 2 mil formandos para a UPP da Rocinha e fazer o Alemão esperar mais alguns meses pela instalação da Unidade de Polícia Pacificadora, aproveitando que o Exército já está no Alemão?

Nesse caso, a Rocinha poderia ganhar uma UPP logo nos primeiros meses de 2012. Nesse cenário, talvez a PM espremesse seu quadro de pessoal e fizesse uma força-tarefa meio precária, junto com a Polícia Civil, para fazer a ocupação temporária nesses próximos meses.

Mas nesse cenário, de ocupação meio precária, será que a Polícia conseguiria consolidar seu controle sobre o território, antes da chegada dos neófitos da UPP? O Exército está há um ano, com sua “mão forte” e sua doutrina de garantia da lei e da ordem, tentando, com 1.800 homens atuando quase em tempo integral, consolidar seu controle do Complexo do Alemão, sem sucesso. Tiroteios e assassinatos continuam ocorrendo no Alemão “pacificado”.

Com poucos meses de ocupação temporária, a polícia não conseguiu impor controle sobre as favelas dos complexos do São Carlos e do Rio Comprido, territorialmente bem inferiores à Rocinha. Hoje, os policiais da UPP precisam lidar com tiroteios rotineiros, já que bandidos continuam controlando porções dessas favelas, com o apoio de alguns segmentos da população e de policiais corruptos da própria UPP.
A Rocinha certamente não apresenta os desafios do Alemão. A favela da zona norte é maior, está localizada em área hostil (cercada por várias favelas ainda controladas por quadrilhas armadas). O número de acessos e vias de fuga do Alemão é muito maior do que os da Rocinha. A negligência dos governos com as favelas do subúrbio sempre foi muito maior do que com aquelas da zona sul. Historicamente, os episódios de violência no Alemão foram muito mais numerosos e contundentes do que aqueles da Rocinha.

No entanto, a polícia pode ter grandes problemas na Rocinha, sim. Principalmente, se fizer um trabalho de ocupação temporária (pré-UPP) apressado e pouco criterioso. A Rocinha é uma favela gigante, propícia à formação de bolsões controlados por criminosos, é um ponto de vendas de drogas geograficamente bem localizado (e, por isso, extremamente lucrativo).

Por ser lucrativo, o ponto de venda de drogas pode atrair a cobiça de outros bandidos. A defesa desses pontos de venda de drogas, que nas UPPs costuma ser feito sem a ostensividade de armas, pode ser diferente na Rocinha. Para defender lucrativos pontos de venda de drogas, os bandidos podem ter que recorrer a mais armas e fazer mais uso delas (como nos Complexos do São Carlos e do Rio Comprido e como no Alemão).

Como disse, aqui neste blog, durante os primeiros dias de ocupação do Complexo do Alemão, é preciso esperar para ver. Não acho que a UPP da Rocinha será tão problemática, mas certamente não será um mar de rosas. A Secretaria de Segurança precisa ser muito criteriosa na preparação do terreno, antes da implantação da UPP, e precisa acompanhar muito de perto o andamento da UPP.

Não sei se o governo do Rio resolveu antecipar a ocupação da Rocinha, visando melhorar sua imagem combalida diante de episódios recentes (a manipulação das estatísticas criminais, a violência nas favelas “pacificadas”, o assassinato do cinegrafista da Band, o exílio do deputado Marcelo Freixo) e buscando preparar terreno para a reeleição de Eduardo Paes à prefeitura.

Mas independentemente do motivo que levou o governo a apressar a coisas, é preciso ter cautela nesse processo de pacificação da Rocinha e não deixar que agendas políticas ditem o ritmo das ações de segurança pública.

De resto, desejo sucesso à UPP da Rocinha, e continuo cobrando da Secretaria de Segurança uma política de segurança mais ampla, que atenda a todo o estado do Rio de Janeiro (e as mais de 1.500 favelas fluminenses controladas por criminosos que não têm nem terão UPP) e não apenas a algumas favelas simbólicas.

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Qua Nov 16, 2011 11:54 am
por ZeRo4
Não é difícil entender a Política de Segurança do RJ, basta ser imparcial e ficar de olhos abertos (principalmente para as ações de Marketing...). Como já havia calculado há algum tempo atrás, percebemos que o efetivo da PMERJ já está praticamente fechado até o final de 2012 em relação as UPPs, não se fala de outros tipos de patrulhamento como eu tbm sempre cito.

Nessa brincadeira, ainda faltam o Complexo da Maré e do Caju e importantes favelas que ficam às margens da Av. Brasil (Vigário, Parada de Lucas, Cidade Alta, Amarelinho, Acari...) Fora o Complexo da Pedreira e o Chapadão além dos morros de Madureira (Cajueiro e Serrinha principalmente) que se tornaram verdadeiros barris de pólvora.

Notem que eu nem mencionei as favelas de Senador Camará e nem a Vila Kennedy (palcos constante de uma guerra que já dura meses!). E tem gente achando que vai ter UPP pra todo mundo, basta fechar a conta com cerca de 3.000 Policiais por ano até 2015 para perceber que a conta não fecha, não falei em Ilha do Governador, Niterói/São Gonçalo, Baixada e muito menos em favelas menores aqui na Zona Norte.

Então, Sr. Governador e Secretário, quais são os planos na Segurança Pública, fora as UPPs?