Ziba escreveu:Eu costumava entender um pouco de AAAe... mas vamos lá.
Luís Henrique escreveu:
1) TEMPO PARA ENTRAR EM COMBATE:
Cara, o Pantsir é uma estação completamente autônoma, mas pensada para trabalhar em camadas. O tempo para entrar em combate do Pantsir é quase zero, uma vez que ele dispara, inclusive, em movimento. Impossível fazer isso com o RBS 23. Tente desligar o sistema Sueco, mover a posição e ligar novamente... com o Pantsir você faz isso de maneira quase que imediata.
Luís Henrique escreveu:
2) CAPACIDADE DO POSTO DE COMANDO
Outro erro comum.
O Pantsir foi desenvolvido para trabalhar com C2 "superiores", com outros radares, enquanto o RBS 23 Bamse foi desenvolvido para trabalhar "sozinho". Tecnicamente falando, outros radares vão adquirir os alvos e passar para as baterias do Pantsir. Portanto, não cabe a ideia de que o Bamse conseguirá detectar ameaças antes do Pantsir.
Além disso, cada veículo Pantsir é um sistema completo, tanto de aquisição quanto de guiagem. No Bamse se você matar o radar de aquisição, mata toda a bateria que fica no escuro.
Luís Henrique escreveu:
3) CAPACIDADE DO MÍSSIL (ALCANCE E ALTITUDE)
Ai a questão engloba mais o tipo de alvo para que o sistema foi desenvolvido. O Pantsir foi desenvolvido, primariamente, para defender as baterias de S-300/S-400. Nesse caso isso também não faz tanta diferença.
Ambos os sistemas divulgam 20 km de alcance e 15 km de altitude.
Luís Henrique escreveu:
4) CAPACIDADE CONTRA ATAQUES DE SATURAÇÃO
Muita coisa do que tu falou também não vale aqui.
A questão da aquisição eu já tratei lá em cima.
Outro ponto que tu não atentou e que tem enorme vantagem para o Pantsir é o modo de guiagem usando EO, onde o veículo pode permanecer com os radares desligados. Em se tratando de um ataque de superação é o ideal.
Se você dispara um Harm contra uma bateria de Bamse, você tem duas opções se não conseguir lidar com o ataque de saturação. Desligar tudo e tentar meter o pé ou morrer.
Com guiagem EO o radar mais distante pode iluminar os alvos e passar para o Pantsir que vai engajá-los passivamente usando somente EO e com os radares desligados.
Sem falar no uso dos injetores AAe
Luís Henrique escreveu:
CONCLUSÃO: a primeira vista o Pantsir leva vantagem, pois dispara 4 mísseis contra 2 do BAMSE. Porém, levando em conta que o posto de comando do BAMSE é melhor e isto pode significar MAIS MCC disponíveis, levando em conta que o alcance efetivo do míssil do BAMSE é maior, que pode significar em disparar PRIMEIRO, e levando em conta que a duração de voo do míssil do BAMSE é MENOR, que pode significar que uma segunda salva de 2 mísseis será disparada antes da segunda salva do Pantsir, acaba não ficando tão evidente a vantagem do Pantsir neste quesito.
Eu colocaria o Pantsir um pouco à frente neste quesito por possuir mais mísseis (12) contra (6 do BAMSE) e também por possuir os canhões como último recurso. Mas acho extremamente exagerado falar que o BAMSE não presta neste quesito.
Muito pelo contrário, uma bateria completa poderia disparar 36 mísseis em pouco mais de 20 segundos. Acho uma tremenda capacidade contra um ataque de saturação.
Para acompanhar colunas de blindados, não tem o que discutir. O PANTSIR leva ampla vantagem.
Para a missão que o BRASIL prentede utilizar, os 2 sistemas são equivalentes. Ambos possuem vantagens e desvantagens.
O BAMSE ainda possui a vantagem de ser aerotrasnportado por kC-390 e poder realizar a proteção de OUTRA instalação estratégica, conforme a necessidade. O Pantsir leva mais mísseis e possui os canhões.
Eu ficaria muito feliz com qualquer um. Tomaria minha decisão pelo que oferecesse o maior grau de independência, acesso às tecnologias e o que custasse MAIS BARATO.
Tem que tentar entender para o que os dois foram projetados. São necessidades diferentes. O Sueco vai contar com um pequeno território para defender e a necessidade de aviões dando suporte as baterias. Os Russos foram projetados para sobreviver sozinhos, principalmente se em conjunto com sistemas de maior porte.
Abs.
Ziba, você parece entender do assunto, mas sabe também que todos os sistemas evoluem.
Talvez, algumas coisas que você postou aqui sobre o sistema sueco, foram divulgadas anos atrás. Ou talvez você esteja confundindo.
O fato é que atualmente, o que é divulgado no site oficial da SAAB é BEM diferente.
1) Sobre o tempo para entrar em combate:
Eu deixei bem claro que o PANTSIR possui vantagem
na missão de acompanhar colunas de blindados. Ele pode se deslocar com o radar ligado e disparar em movimento.
Para esta missão o veículo de combate operaria de forma AUTÔNOMA, contando com seu radar de 30 km de alcance.
Mas para a missão que o Brasil pretende, que é para proteger
instalações estratégicas fixas, tanto PANTSIR como BAMSE operariam de forma defensiva.
Não seria um único Veículo de Combate Pantsir ou BAMSE, seria uma BATERIA COMPLETA e em forma DEFENSIVA, ou seja, POSICIONADAS de forma estratégica.
Operariam com a ajuda de um Posto de Controle, com radar muito maior e mais capaz.
Qualquer Posto de Controle, tanto do BAMSE como do PANTSIR precisam de mais tempo para entrar em operação e também para desligar.
E não ficam andando de um lado para outro. É estrategicamente posicionado. Assim como os veículos de combate também não precisam ficar andando sem parar. Se posicionam de forma fixa.
Apenas após uma ameaça, podem utilizar táticas de disparar 1 ou 2 salvas e MUDAR A POSIÇÃO.
Nesta missão, a bateria COMPLETA precisa se posicionar no terreno. O PANTSIR não vai operar autonomamente, apenas com os veículos que transportam os mísseis, denominados VEÍCULOS DE COMBATE. Isto diminui sua eficácia para esta missão drasticamente, pois usando apenas os radares dos veículos de combate, ele só poderá detectar alvos a 30 km de distância.
Dependendo do alvo, BEM MENOS que 30 km de distância.
O Veículo Unidade de Controle opera dois radares, bem mais capazes, com capacidade para detecção superior a 80 km e capacidade para acompanhar 40 alvos simultaneamente.
Uma bateria completa de PANTSIR é composta por:
Veículos de combate (até 6 por bateria)
Veículo Posto de Controle
(que demora 5 minutos para desdobramento e 5 minutos para desligar)
Veículos de Carga (transporta 24 mísseis e 2.800 munições de 30mm, suficiente para recarregar um Veículo de Combate 2x)
Veículo de Manutenção Eletrônica
Veículo de Manutenção Mecânica
Veículo de Peças
Veículo de Ajustes
Veículo de Manutenção Eletrônica do Posto de Controle
Veículo de Manutenção Mecânica do Posto de Controle
Portanto, temos em torno de 20 veículos em uma única bateria.
De acordo com a ameaça, todos esses veículos vão se posicionar.
É este TEMPO de DESDOBRAMENTO que é inferior a 10 minutos tanto para PANTSIR como para BAMSE.
Outro erro comum.
O Pantsir foi desenvolvido para trabalhar com C2 "superiores", com outros radares, enquanto o RBS 23 Bamse foi desenvolvido para trabalhar "sozinho". Tecnicamente falando, outros radares vão adquirir os alvos e passar para as baterias do Pantsir. Portanto, não cabe a ideia de que o Bamse conseguirá detectar ameaças antes do Pantsir.
Além disso, cada veículo Pantsir é um sistema completo, tanto de aquisição quanto de guiagem. No Bamse se você matar o radar de aquisição, mata toda a bateria que fica no escuro.
Desculpe, mas o erro é seu.
O BAMSE também possui capacidade para operar de forma autônoma.
Esta informação de que se o radar do Posto de Controle for atingido, toda bateria fica inútil está errada.
Cada Veículo de Combate, denominado MCC (até 6 por bateria), possui um radar próprio com capacidade para adquirir alvos a até 30 km de distância.
Capacidade MUITO SEMELHANTE ao do Veículo de Combate do PANTSIR.
A única diferença é que o MCC do BAMSE precisa parar, levantar um mastro com 8m de altura para poder utilizar seu radar e disparar os mísseis.
O Pantsir rastreia e dispara mísseis em movimento. Por isso leva muita vantagem para acompanhar colunas de blindados, mas o BAMSE não é dependente da Unidade de Controle, pode operar de forma autônoma exatamente como o PANTSIR.
Sobre detectar a ameaça antes, ambos os sistemas podem receber informações externas.
Eu coloquei que o Giraffe pode acompanhar 150 alvos simultaneamente e ainda receber + 80 alvos de outras fontes, como AEW ou outros radares de fora da bateria.
O que estou comparando é a capacidade da BATERIA de cada sistema.
Utilizando um radar com +80 km de alcance e capacidade de rastrear 40 alvos, o Posto de Controle do PANTSIR fica um pouco inferior ao Posto de Controle do BAMSE, que detecta alvos a 120 km de distância e rastreia 150 alvos simultaneamente.
Foi isso o que eu disse. O que da uma vantagem para os demais veículos da bateria poderem se posicionar de acordo com a estratégia, pois a ameaça será detectada ANTES.
Ambos os sistemas divulgam 20 km de alcance e 15 km de altitude.
Sim. Mas o BAMSE tem um míssil bem mais pesado, com 2 estágios PROPULSADOS. Ou seja, possui 2 motores. Quando 1 desliga o segundo liga.
O Pantsir utiliza apenas 1 estágio, quando este desliga o míssil continua em direção ao alvo SEM PROPULSÃO, ou seja, vai perdendo a velocidade com o tempo.
Contra um alvo pouco manobrável, ele possui 20 km de alcance efetivo, mas contra um alvo altamente manobrável o alcance EFETIVO é bastante inferior à 20 km.
Já o BAMSE possui alcance EFETIVO de 20 km contra alvos altamente manobráveis.
Esta é a sutil diferença.
Com guiagem EO o radar mais distante pode iluminar os alvos e passar para o Pantsir que vai engajá-los passivamente usando somente EO e com os radares desligados.
Sem falar no uso dos injetores AAe
Sim. Concordo. São 2 excelentes vantagens do PANTSIR.
Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.