Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar
Moderador: Conselho de Moderação
-
- Sênior
- Mensagens: 2627
- Registrado em: Dom Ago 02, 2009 1:16 pm
- Agradeceu: 203 vezes
- Agradeceram: 147 vezes
Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar
"Inguinorancia" minha. Não sabia que citar (quotar) dava esse problema todo.
Sou novo na área.
Sou novo na área.
Não é nada meu. Não é nada meu. Excelência eu não tenho nada, isso é tudo de amigos meus.
Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar
Bem, se você tem algum problema comigo eu não sei, só sei que comigo não existe problema nenhum no que aconteceu... isso é normal e acontece... Mas repito, o que você disse não causou problema algum. Tudo tranquilo que nem um grilo!nveras escreveu:"Inguinorancia" minha. Não sabia que citar (quotar) dava esse problema todo.
Sou novo na área.
[]'s.
"Apenas o mais sábio e o menos sábio nunca mudam de opinião."
-
- Sênior
- Mensagens: 2627
- Registrado em: Dom Ago 02, 2009 1:16 pm
- Agradeceu: 203 vezes
- Agradeceram: 147 vezes
Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar
Beleza. Ainda mais porque teremos sol em Joinville amanhã. Abraços.DELTA22 escreveu:Bem, se você tem algum problema comigo eu não sei, só sei que comigo não existe problema nenhum no que aconteceu... isso é normal e acontece... Mas repito, o que você disse não causou problema algum. Tudo tranquilo que nem um grilo!nveras escreveu:"Inguinorancia" minha. Não sabia que citar (quotar) dava esse problema todo.
Sou novo na área.
[]'s.
Não é nada meu. Não é nada meu. Excelência eu não tenho nada, isso é tudo de amigos meus.
Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar
nveras escreveu:Beleza. Ainda mais porque teremos sol em Joinville amanhã. Abraços.DELTA22 escreveu:Bem, se você tem algum problema comigo eu não sei, só sei que comigo não existe problema nenhum no que aconteceu... isso é normal e acontece... Mas repito, o que você disse não causou problema algum. Tudo tranquilo que nem um grilo!
[]'s.
"Apenas o mais sábio e o menos sábio nunca mudam de opinião."
- lelobh
- Sênior
- Mensagens: 1294
- Registrado em: Qua Set 21, 2005 11:48 am
- Localização: Belo Horizonte
- Agradeceu: 3 vezes
- Agradeceram: 14 vezes
Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar
Difícil tarefa chamar de golpista o presidente, eleito pelo povo, que tentava, através de um instrumento próprio da democracia direta, consultar a opinião da população.
É certo que não me agrada o seu chapéu estranho, seu bigode, seus pés ao ar em nossa embaixada, mas não somos consultores de moda ou etiqueta, e aquilo não é um desfile.
Alguns condenam o desejo do presidente deposto alterar a constituição. Não posso me manifestar sobre esse desejo, sequer sei qual era seu real interesse, e em verdade pouco me importa, atenho-me aos fatos. É fato que alguns guardam dois pesos e duas medidas para eventos semelhantes.
Aqui nessa terra de grandes contrastes, de golpes e golpistas (mesmo que fracassados), na qual a constituição apregoa que todo poder emana do povo (não dos militares, não dos políticos, não dos senadores e deputados, não dos jornalistas, não dos juízes...) vimos nossa constituição ser alterada recentemente sem utilização das ferramentas próprias para a democracia direta.
Enfim, aqui se aprovou a reeleição através do poder econômico e da democracia indireta. As vezes trata-se de utopia um dos alicerces da nação: "do poder emanar do povo.".
Prefiro fechar meus olhos para os usurpadores do Estado e acreditar na utopia.
E por essas e outras aquele presidente de Honduras, infeliz das escolhas políticas à vestimenta, é transformado pelos cegos do nosso reino de faz de conta em um golpista consumado, mesmo que tenha pleiteado fazer do povo o juiz dos seus atos.
A visão torpe não mudará toda história. Os poderes de Honduras, ao ignorarem os caminhos civilizados para impedimento de um presidente, atentaram contra seu próprio país e fizeram do espaço público algo privado.
A democracia é uma construção permanente e suas estruturas não permitem remendos, desvios, sob pena de levarmos toda obra à ruína.
As nações civilizadas se colocam ombro a ombro com nosso país em defesa dos alicerces da democracia, e condenam o golpe naquele país, mas ainda assim muitos dentre nós preferem filiar-se ao isolado governo de fato de Honduras.
Certamente, algo de nobre existe em defender o governo de fato. É o lado mais fraco, o mundo contra o pobre governo de Honduras, devem nossos grandes sábios travarem na verdade uma luta pelo equilíbrio da balança, apenas isso explica.
Não que seja correto concordar com muito dos absurdos nessa situação, inclusive aqueles cometidos pelo nosso governo, mas temeroso é pensar que ideologias questionáveis ainda cegam parte o nosso povo, até aqueles mais instruídos.
É impreterível que evitemos ao presidente deposto o uso da nossa embaixada como um palanque para suas atividades políticas. Que suas atividades fiquem restritas aos possíveis acordos com o governo de fato, e nada mais.
Devemos permanecer firmes em nossa posição, enquanto ela se ater a manutenção da democracia. A época dos mandatários depostos pela força passou. Honduras não nos remete apenas aos golpes na América do século XX, não, Honduras nos remete ao golpe que deu origem à nossa República. Zelaya, no final de seu mandato foi transformado, ao melhor estilo militar, em um D. Pedro II, deposto e expulso no meio na noite.
Devemos vigiar sempre para que o poder do povo não seja usurpado por quem quer que seja, independentemente de sua tendência, seja de direita ou esquerda, use chapéu ou não.
O Brasil, ainda com sua meia transformação, ainda com todos seus erros, deve zelar pelas democracia e impedir que os golpistas vejam nas terras das Américas horizontes para suas aventuras.
Não somos belicistas, não vamos à guerra, acreditamos nos organismos multilaterais, nas vantagens da paz mundial e na não intervenção militar.
Nenhum de nós, vejo, acredita seriamente em um ataque nosso, e espero que seja assim.
Lutamos com as palavras, lutamos com ferramentas econômicas, pressionamos e nos mantemos firmes. Espero, com vivo desejo, que façamos da democracia a vitoriosa sem utilizarmos armas de guerra. Essa será a verdadeira vitória da racionalidade sobre a barbárie.
Não devolveremos democracia para um povo destruindo seu país.
Que nossas armas apenas sejam utilizadas para defender nosso povo das agressões injustas e severas.
Confesso que um orgulho bateu quando vi uma bandeira por detrás de todos aqueles. Lá estava a bandeira do Brasil tremulando ao vento, em defesa da democracia.
É só uma opinião, nada mais que uma opinião.
É certo que não me agrada o seu chapéu estranho, seu bigode, seus pés ao ar em nossa embaixada, mas não somos consultores de moda ou etiqueta, e aquilo não é um desfile.
Alguns condenam o desejo do presidente deposto alterar a constituição. Não posso me manifestar sobre esse desejo, sequer sei qual era seu real interesse, e em verdade pouco me importa, atenho-me aos fatos. É fato que alguns guardam dois pesos e duas medidas para eventos semelhantes.
Aqui nessa terra de grandes contrastes, de golpes e golpistas (mesmo que fracassados), na qual a constituição apregoa que todo poder emana do povo (não dos militares, não dos políticos, não dos senadores e deputados, não dos jornalistas, não dos juízes...) vimos nossa constituição ser alterada recentemente sem utilização das ferramentas próprias para a democracia direta.
Enfim, aqui se aprovou a reeleição através do poder econômico e da democracia indireta. As vezes trata-se de utopia um dos alicerces da nação: "do poder emanar do povo.".
Prefiro fechar meus olhos para os usurpadores do Estado e acreditar na utopia.
E por essas e outras aquele presidente de Honduras, infeliz das escolhas políticas à vestimenta, é transformado pelos cegos do nosso reino de faz de conta em um golpista consumado, mesmo que tenha pleiteado fazer do povo o juiz dos seus atos.
A visão torpe não mudará toda história. Os poderes de Honduras, ao ignorarem os caminhos civilizados para impedimento de um presidente, atentaram contra seu próprio país e fizeram do espaço público algo privado.
A democracia é uma construção permanente e suas estruturas não permitem remendos, desvios, sob pena de levarmos toda obra à ruína.
As nações civilizadas se colocam ombro a ombro com nosso país em defesa dos alicerces da democracia, e condenam o golpe naquele país, mas ainda assim muitos dentre nós preferem filiar-se ao isolado governo de fato de Honduras.
Certamente, algo de nobre existe em defender o governo de fato. É o lado mais fraco, o mundo contra o pobre governo de Honduras, devem nossos grandes sábios travarem na verdade uma luta pelo equilíbrio da balança, apenas isso explica.
Não que seja correto concordar com muito dos absurdos nessa situação, inclusive aqueles cometidos pelo nosso governo, mas temeroso é pensar que ideologias questionáveis ainda cegam parte o nosso povo, até aqueles mais instruídos.
É impreterível que evitemos ao presidente deposto o uso da nossa embaixada como um palanque para suas atividades políticas. Que suas atividades fiquem restritas aos possíveis acordos com o governo de fato, e nada mais.
Devemos permanecer firmes em nossa posição, enquanto ela se ater a manutenção da democracia. A época dos mandatários depostos pela força passou. Honduras não nos remete apenas aos golpes na América do século XX, não, Honduras nos remete ao golpe que deu origem à nossa República. Zelaya, no final de seu mandato foi transformado, ao melhor estilo militar, em um D. Pedro II, deposto e expulso no meio na noite.
Devemos vigiar sempre para que o poder do povo não seja usurpado por quem quer que seja, independentemente de sua tendência, seja de direita ou esquerda, use chapéu ou não.
O Brasil, ainda com sua meia transformação, ainda com todos seus erros, deve zelar pelas democracia e impedir que os golpistas vejam nas terras das Américas horizontes para suas aventuras.
Não somos belicistas, não vamos à guerra, acreditamos nos organismos multilaterais, nas vantagens da paz mundial e na não intervenção militar.
Nenhum de nós, vejo, acredita seriamente em um ataque nosso, e espero que seja assim.
Lutamos com as palavras, lutamos com ferramentas econômicas, pressionamos e nos mantemos firmes. Espero, com vivo desejo, que façamos da democracia a vitoriosa sem utilizarmos armas de guerra. Essa será a verdadeira vitória da racionalidade sobre a barbárie.
Não devolveremos democracia para um povo destruindo seu país.
Que nossas armas apenas sejam utilizadas para defender nosso povo das agressões injustas e severas.
Confesso que um orgulho bateu quando vi uma bandeira por detrás de todos aqueles. Lá estava a bandeira do Brasil tremulando ao vento, em defesa da democracia.
É só uma opinião, nada mais que uma opinião.
Editado pela última vez por lelobh em Sex Set 25, 2009 11:36 pm, em um total de 1 vez.
Dom Pedro II, quando da visita ao campo de Batalha, Guerra do Paraguai.
Rebouças, 11 de setembro de 1865: "Informou-me o Capitão Amaral que o Imperador, em luta com os ministros que não queriam deixá-lo partir, cortou a discussão dizendo: " (D. Pedro II) Ainda me resta um recurso constitucional: Abdicar, e ir para o Rio Grande como um voluntário da Pátria."
Rebouças, 11 de setembro de 1865: "Informou-me o Capitão Amaral que o Imperador, em luta com os ministros que não queriam deixá-lo partir, cortou a discussão dizendo: " (D. Pedro II) Ainda me resta um recurso constitucional: Abdicar, e ir para o Rio Grande como um voluntário da Pátria."
- Izaias Maia
- Sênior
- Mensagens: 843
- Registrado em: Seg Fev 12, 2007 5:51 am
- Localização: Eusébio -CE
- Agradeceu: 9 vezes
Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar
X2!!!
A morte do homem começa no instante em que ele desiste de aprender. (Albino Teixeira)
-
- Sênior
- Mensagens: 8577
- Registrado em: Seg Ago 18, 2008 1:23 am
- Agradeceu: 7 vezes
- Agradeceram: 28 vezes
Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar
Clermont escreveu:A HISTÓRIA ASSOMBRA HONDURAS.
Por Justin Raimondo – 1º de julho de 2009 - http://original.antiwar.com/justin/2009 ... -honduras/.
Sobre a crise em Honduras, vamos deixar claro desde o começo: o governo dos Estados Unidos não tem direito algum de dar lições aos hondurenhos sobre as virtudes da democracia. Afinal de contas, foi o Tio Sam que encorajou, até mesmo planejou, o predomínio dos militares que colore tantos capítulos na história de Honduras. Para o presidente dos Estados Unidos subir em seu cavalo e clamar pelo retorno do governo democrático é como os iranianos nos admoestando sobre Waco (massacre de fanáticos religiosos americanos há alguns anos atrás pelo FBI) – como eles fizeram recentemente – mesmo enquanto os bandidos do governo fuzilam civis desarmados nas ruas.
Dito isso, a questão sobre o quê, exatamente, está se passando em Honduras é sujeita a muita discussão – como é normal quando se trata de assuntos externos – o debate ocorre sem consideração pelo contexto: isto é, sem qualquer conhecimento das (ou aparentemente interesse pelas) condições específicas no interior do país.
Blogs de direita sustentam que a tomada do poder pelos militares não é, realmente, um golpe – porque, vejam, o presidente José Manuel “Mel” Zelaya Rosales estava violando a própria constituição, ao insistir num referendo nacional para alterar este documento. Após desafiar o Congresso hondurenho e a Suprema Corte, Zelaya emitiu ordens para os militares apoiá-lo na distribuição de urnas eleitorais. Quando o comandante recusou-se, foi sumariamente exonerado por Zelaya. Foi aí que os militares puseram-se em movimento. O palácio presidencial foi invadido, nas primeiras horas da manhã, e Zelaya foi enviado de avião para Costa Rica, onde chegou de pijamas.
Então, qual é a história verdadeira? Estarão os militares hondurenhos destruindo a democracia, como seus críticos afirmam, ou a salvando, como seus torcedores, na maioria estrangeiros, dizem? Com ambos os lados posando como defensores da democracia liberal, é difícil para qualquer um, não imerso na política e história hondurenhas, vir à público com uma resposta intermediária convincente. Como sempre, os comentaristas americanos mergulham nestes eventos sem qualquer real conhecimento do contexto no qual eles tem lugar – portanto, vamos nos educar, primeiro, e, então, tomar posição. (Epa, mas que novidade!)
A história da moderna Honduras é uma narrativa sobre a luta contra o militarismo como sistema sócio-político. Desde que Honduras emergiu como uma entidade separada do primeiro “império” mexicano, e de uma “Federação Centro-Americana” de vida curta, os militares hondurenhos tem tido o monopólio da vida econômica tanto quando da política na nação: a corrupção era desenfreada e o Exército governava com mão-de-ferro, ainda que não sem uma parcela de apoio popular. Nisto, ela não diferia de muitos de seus vizinhos.
Entretanto, Honduras, ao contrário de outros países centro-americanos onde os grandes proprietários monopolizavam terras escassas, passou por um, relativamente generoso programa de reforma agrária e um moderado estado de bem-estar social, que conseguiu tampar o descontentamento popular. Os militares também protegiam a classe empresarial da feroz competição desfechada pelos acordos regionais de livre-comércio. Nos anos 1970, entretanto, ocorreu um levante da parte de, praticamente, cada setor da sociedade contra a dominação militar: como J. Mark Ruhl expõe em “Militarism and Democratization in Troubled Waters”:
”O apoio camponês e operário foi erodido, enquanto a reforma social desacelerava, ao passo que o setor privado culpava a má-administração militar pelos crescentes déficits fiscais e a dívida externa.
A economia sob os generais estava em declínio, e o tumulto social e político que estava fervendo na região alcançou as ruas de Tegucigalpa, tanto com as áreas rurais.
A atual constituição hondurenha foi escrita e promulgada sob a pressão da administração Carter para ser feita uma transição rumo ao governo civil. Por décadas, o país tinha sido dominado por este ou aquele general ou junta: sob o general Policarpo Paz Garcia, o Exército movimentou-se para instalar sua própria versão da democracia, que consentia na realização de eleições, estabelecia um sistema constitucional tripartite – com um executivo, um legislativo nacional e uma Suprema Corte – e, ainda assim, mantinha uma quase completa autonomia das Forças Armadas.
A constituição de 1982 diz que os chefes das Forças Armadas devem ser escolhidos, não pelo presidente, mas pelo Congresso, de uma lista de candidatos fornecida pelo CONSUFFAA (Consejo Superior de las Fuerzas Armadas), o Conselho Supremo das Forças Armadas (constituído pelos oficiais superiores treinados nos Estados Unidos). A demissão do chefe do Exército exige um voto de dois-terços do Congresso.
E mais ainda, o general Paz insistiu num número de condições, antes de permitir que a constituição entrasse em vigor: o Exército exigiu, dos dois candidatos presidenciais, o poder de veto sobre nomeações do gabinete, controle completo do aparato de segurança interna, e, - talvez o mais importante – uma proibição de investigações sobre corrupção militar.
A ditadura militar de facto, recebeu uma maquiagem cosmética, mas o poder real continuou a ser mantido pelas Forças Armadas, que controlavam muito da infraestrutura tanto como supervisionavam suas instituições políticas. Este foi um ligeiro aperfeiçoamento, entretanto, sobre as constituições anteriores, que, explicitamente, declaravam que os militares tinham o direito de ignorar ordens presidenciais!
Com a ascenção de Ronald Reagan à Casa Branca, entretanto, a pressão americana para a democratização, acabou, e os militares reforçaram seu controle sobre a economia, tanto como sobre a política. Dezenas de milhões de ajuda militar foram despejados nos cofres dos generais, e o país foi utilizado como base para ações clandestinas dos Estados Unidos na região. Os alvo americano era a Nicarágua, que tinha caído nas mãos do movimento sandinista de esquerda. Honduras foi utilizada como base para os chamados contras em seus esforços para desestabilizar o regime sandinista. O presidente foi reduzido a uma figura de proa, enquanto o chefe do Exército, general Gustavo Alvarez Martinez, um anti-comunista fanático, mantinha o poder real.
Sob o general Alvarez, um meticuloso pogrom “anti-subversivo” foi levado à cabo, e esquadrões da morte vagavam pelo país. Sindicalistas, dissidentes de todos os espectros, mesmo padres católicos, foram arrebanhados, encarcerados, torturados e assassinados. Treinado na Argentina, nas táticas da “guerra suja”, Alvarez foi implacável em sua ferocidade, e seu reino de terror, efetivamente, desligou a sociedade civil hondurenha – com aprovação entusiasmada da embaixada americana.
Alvarez estava determinado a provocar um choque fronteiriço com a Nicarágua, o que ele acreditava, levaria a uma invasão americana. Entretanto, ele foi deposto num golpe interno no Exército, e os militares começaram a se dividir em facções. Isto forneceu uma abertura para as forças mais liberais, no país, e, lenta mas seguramente, elas começaram a fazer progressos contra a dominação da sociedade hondurenha pelas Forças Armadas.
O Exército sempre havia feito recrutamento, simplesmente, entrando em aldeias e seqüestrando prováveis candidatos: isto foi terminado e as fileiras militares começaram a se sujeitar a algum encolhimento saudável. O orçamento militar foi cortado, pelos reformistas liberais, em mais de 30 porcento. Os reformistas começaram, também, a cortar os privilégios econômicos. A indústria de telecomunicações hondurenha, desde sua concepção, um bem militar, foi entregue ao controle civil e, mais tarde, parcialmente privatizada. Mesmo assim, as Forças Armadas ainda possuíam, completamente, certo número de grandes empreendimentos comerciais, constituindo-se no quinto lugar das maiores entidades econômicas no país.
Em acréscimo a estas reformas estruturais, os liberais iniciaram investigações sobre os abusos dos anos 1980, executados por Alvarez e seus sucessores contra elementos dissidentes. Isto levou a uma série de ataques à bomba, planejados e executados por oficiais da inteligência militar, aliados com exilados cubanos, e várias testemunhas morreram, subitamente, em circunstâncias muito suspeitas. Um setor inteiro dos militares caiu na criminalidade aberta: enquanto passavam os anos 1990, o típico ladrão de bancos, traficante de drogas e/ou seqüestrador era, com muita freqüência, um oficial do Exército hondurenho. Os cartéis de drogas bolivianos estenderam seus tentáculos sobre o Alto-Comando hondurenho, e a violência e repressão aumentaram.
Essa assustadora evolução levou os generais a caírem no descrédito popular, e o palco foi armado para o eclipse do predomínio militar, ao fim da Guerra Fria. A alegada ameaça à segurança, representada pelas insurgências apoiadas pelos soviéticos, por toda a América Central e do Sul, terminou, abruptamente, exceto no Peru, enquanto os guerrilheiros esquerdistas integravam-se às emergentes estruturas democráticas.
Em Honduras, onde a ajuda militar e econômica americana tinha sido, drasticamente cortada, a influência dos militares começou a se desvanecer, e a embaixada dos Estados Unidos, ao invés de ser o epicentro da repressão, tornou-se uma força para mudança positiva. Quando um coronel do Exército cometeu um medonho estupro e assassinato, e foi deixado impune, o embaixador americano denunciou o escândaldo, o que desfechou uma onda de rebelião popular contra os anos de desgoverno militar.
Mesmo assim, a supremacia civil não provou ser uma panacéia: a democracia degenerou, em Honduras, num sistema de cartas marcadas, e os políticos, desde esta época, não tem inspirado mais apoio do que os militares, pois ambos são percebidos como antros de corrupção. Além disso, o Exército nunca aceitou sua subordinação formal à classe política – como mostrou o recente golpe.
Apesar disto tudo, entretanto, o tecido da sociedade hondurenha tem permanecido, largamente, intacto, já que o país evitou a profunda polarização experimentada por outros estados na região. Ele não teve nenhuma insurreição guerrilheira e nenhum golpe contra um presidente empossado desde 1978. O que levou ao fim esta tênue estabilidade foi a entrada de um fator externo – a crescente influência do presidente da Venezuela, Hugo Chavez.
A entrada de Honduras na ALBA, a versão chavista da Área de Livre Comércio das Américas dos Estados Unidos, foi um ponto de virada, politicamente, para o antigamente esquerdista moderado Zelaya, e isto enfureceu os militares, além do limite. Com seu esquema de um referendo popular para reformar a constituição – não, necessariamente, para estender seu mandato no cargo, mas, primordialmente, para acabar com a autonomia institucional do Exército, de uma vez por todas – apresentou um formidável desafio para o poder político e econômico das Forças Armadas. Quando Zelaya demitiu o chefe do Exército, uma velha – e muito profunda – ferida foi reaberta. Agora, a sangria já começou...
Um elemento de comédia, ainda que negra, foi exibido pelo novo “presidente”, nomeado pelo Congresso controlado pelos militares, quando ele declarou que a democracia tinha sido “restaurada” pelos soldados, a quem ele saudou como “heróis” – isto, mesmo enquanto todas as comunicações eram desligadas, incluindo mensagens SMS, tanto como os jornais da oposição e todas, menos duas, estações de televisão (com estas duas limitadas a exibirem jogos de futebol). Igualzinho ao Irã! Exceto que, as reações foram invertidas – com a “Esquerda” (incluindo a administração Obama) denunciando o golpe, e a Direita (por exemplo, The Wall Street Journal e nossos neocons) o apoiando.
A desonestidade destes últimos é, particularmente, abrasiva neste caso, porque a constituição hondurenha, dificilmente, é um documento sacrossanto devotado à liberdade individual, e, dificilmente, pode ser considerada ao mesmo nível de nossa própria. Certos itens chaves são – “legalmente” – permanentes e não podem ser emendados, nem mesmo pelo voto unânime do Congresso, que dirá do povo 1. Nenhum documento criado por humanos é perfeito, muito menos a constituição hondurenha, e a idéia de que realizar um referendo popular sobre a questão é uma “violação” da democracia só poderia ganhar aceitação num mundo bizarro – ou na página de editorial do ”War” Street Journal.
O golpe, parece, suspeitamente, como um complô do repertório do finado general Alvarez – encontrado morto em 1989, naquilo que pareceu muito com uma morte por vingança – que, lembrem-se, buscava provocar uma incursão dos sandinistas no território hondurenho, que, por sua vez, deslancharia uma intervenção militar americana. Apenas que, desta vez, são os chavistas ao invés dos sandinistas, e a alegada ameaça provém da Venezuela, ao invés da Nicarágua.
Entendido no contexto da história hondurenha, o esforço de Zelaya para mudar a constituição deve ser visto como um esforço para arrancar o poder dos militares e investi-lo no setor civil, não uma busca por poder pessoal. O que está ocorrendo em Honduras é ainda outro capítulo na prolongada luta contra o poder irrestrito – econômico como político – dos militares, e, desta forma, a causa de Zelaya é justa.
A administração Obama está ameaçando cortar toda a ajuda para Honduras. Ela deve parar de falar e, simplesmente, fazer. De outro lado, a retórica “pró-democracia” vinda da Casa Branca, acompanhada por exigências da volta de Zelaya, tem pouco, se qualquer, efeito: na verdade, se fazem algo é aumentar o apoio popular para os líderes do golpe. Ações falam mais alto do que palavras.
O que estamos vendo em Honduras é, ainda outro, “tiro pela culatra” da era da Guerra Fria – antigos “aliados” (neste caso, as Forças Armadas hondurenhas) na batalha contra o comunismo, ficaram lelés da cuca e se tornaram perigosos. Apesar das ameaças vazias de Chavez, de que irá derrubar o regime militar hondurenho, a Venezuela dificilmente seria capaz de desfechar uma invasão anfíbia, e, em qualquer caso, Chavez, sem dúvida, está, somente, blefando de qualquer modo, já que ele não faria isto.
Na era Bush, os Estados Unidos desfecharam uma operação “clandestina”, curiosamente aberta, visando a mudança de regime na Venezuela. Embora nunca recorressem a táticas intervencionistas escancaradas de uma era anterior, quando os Fuzileiros Navais americanos desembarcavam em praias sul e centro americanas ao seu bel-prazer, havia outros métodos para derrubar governos, como as revoluções de “veludo” patrocinadas pelos Estados Unidos, na antiga União Soviética nos ensinaram tão bem. Apesar de – ou, talvez, em grande medida por causa disto – um clone bandidesco de Castro conseguiu ficar no poder, apesar de nossos melhores esforços. Chavez, um político astuto, é muito bom em manipular os instintos nacionalistas de seu povo. Até que ponto estas mesmas políticas de desestabilização estão sendo executadas sob a administração Obama, não sabemos ao certo – mas, se eu fosse Chavez, certamente presumiria desta forma, e ficaria contente com isto, também. Sem o bicho-papão do imperialismo ianque, a revolução “bolivariana” da Venezuela teria ido à lona na crise econômica. No pé em que as coisas estão, ele tem a vantagem moral e, muito provavelmente, não cometerá o equívoco de intervir, diretamente, em Honduras, por nenhum meio militar.
Na tradição latina de gestos grandiosos, Zelaya está planejando retornar à Honduras, acompanhado pela presidente da Argentina, Cristina Kirchner e uma crescente horda de dignatários latino-americanos, incluindo o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos, na quinta-feira. Os líderes do golpe, incluindo o novo “presidente”, Roberto Micheletti, ameaçaram prendê-lo. O que quer que aconteça, esta semana promete mais dramas do que uma radionovela hondurenha.
____________________________
1 : Se não me falha a memória, tem um outro país por aí que também tem dessas coisas, tipo, não pode existir prisão perpétua, pena de morte, trabalhos forçados. E não se pode botar na cadeia nenhum menor de 18 anos. São cláusulas pétreas... Só não consigo me lembrar do nome do país, acho que começa com “B”. Botswana? Burundi? Botucatuca?
-
- Sênior
- Mensagens: 2627
- Registrado em: Dom Ago 02, 2009 1:16 pm
- Agradeceu: 203 vezes
- Agradeceram: 147 vezes
Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar
Dom Pedro II, quando da visita ao campo de Batalha, Guerra do Paraguai.
Rebouças, 11 de setembro de 1865: "Informou-me o Capitão Amaral que o Imperador, em luta com os ministros que não queriam deixá-lo partir, cortou a discussão dizendo: " (D. Pedro II) Ainda me resta um recurso constitucional: Abdicar, e ir para o Rio Grande como um voluntário da Pátria."
Eu sei que é uma discussão inócua, mas peguei este texto que sempre te acompanha para mostrar que até D Pedro II zelava pela constituição. Enquanto Zelaya não. Até rimou.
Mas digo que, não senti orgulho de ver a nossa bandeira metida por lá, acho que hondurenhos é que devem descascar as suas bananas.
Essa política de salvar a democracia é americana, nuca fez parte da nossa política internacional. Mais estranho ainda é que não vi o nosso governo pregar a democracia em Cuba. Mas também acho que é problema dos cubanos. Dois pesos , duas medidas.
Rebouças, 11 de setembro de 1865: "Informou-me o Capitão Amaral que o Imperador, em luta com os ministros que não queriam deixá-lo partir, cortou a discussão dizendo: " (D. Pedro II) Ainda me resta um recurso constitucional: Abdicar, e ir para o Rio Grande como um voluntário da Pátria."
Eu sei que é uma discussão inócua, mas peguei este texto que sempre te acompanha para mostrar que até D Pedro II zelava pela constituição. Enquanto Zelaya não. Até rimou.
Mas digo que, não senti orgulho de ver a nossa bandeira metida por lá, acho que hondurenhos é que devem descascar as suas bananas.
Essa política de salvar a democracia é americana, nuca fez parte da nossa política internacional. Mais estranho ainda é que não vi o nosso governo pregar a democracia em Cuba. Mas também acho que é problema dos cubanos. Dois pesos , duas medidas.
Não é nada meu. Não é nada meu. Excelência eu não tenho nada, isso é tudo de amigos meus.
- lelobh
- Sênior
- Mensagens: 1294
- Registrado em: Qua Set 21, 2005 11:48 am
- Localização: Belo Horizonte
- Agradeceu: 3 vezes
- Agradeceram: 14 vezes
Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar
Só para deixar claro, eu também não concordo com a situação de Cubanveras escreveu:Dom Pedro II, quando da visita ao campo de Batalha, Guerra do Paraguai.
Rebouças, 11 de setembro de 1865: "Informou-me o Capitão Amaral que o Imperador, em luta com os ministros que não queriam deixá-lo partir, cortou a discussão dizendo: " (D. Pedro II) Ainda me resta um recurso constitucional: Abdicar, e ir para o Rio Grande como um voluntário da Pátria."
Eu sei que é uma discussão inócua, mas peguei este texto que sempre te acompanha para mostrar que até D Pedro II zelava pela constituição. Enquanto Zelaya não. Até rimou.
Mas digo que, não senti orgulho de ver a nossa bandeira metida por lá, acho que hondurenhos é que devem descascar as suas bananas.
Essa política de salvar a democracia é americana, nuca fez parte da nossa política internacional. Mais estranho ainda é que não vi o nosso governo pregar a democracia em Cuba. Mas também acho que é problema dos cubanos. Dois pesos , duas medidas.
Dom Pedro II, quando da visita ao campo de Batalha, Guerra do Paraguai.
Rebouças, 11 de setembro de 1865: "Informou-me o Capitão Amaral que o Imperador, em luta com os ministros que não queriam deixá-lo partir, cortou a discussão dizendo: " (D. Pedro II) Ainda me resta um recurso constitucional: Abdicar, e ir para o Rio Grande como um voluntário da Pátria."
Rebouças, 11 de setembro de 1865: "Informou-me o Capitão Amaral que o Imperador, em luta com os ministros que não queriam deixá-lo partir, cortou a discussão dizendo: " (D. Pedro II) Ainda me resta um recurso constitucional: Abdicar, e ir para o Rio Grande como um voluntário da Pátria."
-
- Sênior
- Mensagens: 8577
- Registrado em: Seg Ago 18, 2008 1:23 am
- Agradeceu: 7 vezes
- Agradeceram: 28 vezes
Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar
Magnífico post! Notável...lelobh escreveu:Difícil tarefa chamar de golpista o presidente, eleito pelo povo, que tentava, através de um instrumento próprio da democracia direta, consultar a opinião da população.
É certo que não me agrada o seu chapéu estranho, seu bigode, seus pés ao ar em nossa embaixada, mas não somos consultores de moda ou etiqueta, e aquilo não é um desfile.
Alguns condenam o desejo do presidente deposto alterar a constituição. Não posso me manifestar sobre esse desejo, sequer sei qual era seu real interesse, e em verdade pouco me importa, atenho-me aos fatos. É fato que alguns guardam dois pesos e duas medidas para eventos semelhantes.
Aqui nessa terra de grandes contrastes, de golpes e golpistas (mesmo que fracassados), na qual a constituição apregoa que todo poder emana do povo (não dos militares, não dos políticos, não dos senadores e deputados, não dos jornalistas, não dos juízes...) vimos nossa constituição ser alterada recentemente sem utilização das ferramentas próprias para a democracia direta.
Enfim, aqui se aprovou a reeleição através do poder econômico e da democracia indireta. As vezes trata-se de utopia um dos alicerces da nação: "do poder emanar do povo.".
Prefiro fechar meus olhos para os usurpadores do Estado e acreditar na utopia.
E por essas e outras aquele presidente de Honduras, infeliz das escolhas políticas à vestimenta, é transformado pelos cegos do nosso reino de faz de conta em um golpista consumado, mesmo que tenha pleiteado fazer do povo o juiz dos seus atos.
A visão torpe não mudará toda história. Os poderes de Honduras, ao ignorarem os caminhos civilizados para impedimento de um presidente, atentaram contra seu próprio país e fizeram do espaço público algo privado.
A democracia é uma construção permanente e suas estruturas não permitem remendos, desvios, sob pena de levarmos toda obra à ruína.
As nações civilizadas se colocam ombro a ombro com nosso país em defesa dos alicerces da democracia, e condenam o golpe naquele país, mas ainda assim muitos dentre nós preferem filiar-se ao isolado governo de fato de Honduras.
Certamente, algo de nobre existe em defender o governo de fato. É o lado mais fraco, o mundo contra o pobre governo de Honduras, devem nossos grandes sábios travarem na verdade uma luta pelo equilíbrio da balança, apenas isso explica.
Não que seja correto concordar com muito dos absurdos nessa situação, inclusive aqueles cometidos pelo nosso governo, mas temeroso é pensar que ideologias questionáveis ainda cegam parte o nosso povo, até aqueles mais instruídos.
É impreterível que evitemos ao presidente deposto o uso da nossa embaixada como um palanque para suas atividades políticas. Que suas atividades fiquem restritas aos possíveis acordos com o governo de fato, e nada mais.
Devemos permanecer firmes em nossa posição, enquanto ela se ater a manutenção da democracia. A época dos mandatários depostos pela força passou. Honduras não nos remete apenas aos golpes na América do século XX, não, Honduras nos remete ao golpe que deu origem à nossa República. Zelaya, no final de seu mandato foi transformado, ao melhor estilo militar, em um D. Pedro II, deposto e expulso no meio na noite.
Devemos vigiar sempre para que o poder do povo não seja usurpado por quem quer que seja, independentemente de sua tendência, seja de direita ou esquerda, use chapéu ou não.
O Brasil, ainda com sua meia transformação, ainda com todos seus erros, deve zelar pelas democracia e impedir que os golpistas vejam nas terras das Américas horizontes para suas aventuras.
Não somos belicistas, não vamos à guerra, acreditamos nos organismos multilaterais, nas vantagens da paz mundial e na não intervenção militar.
Nenhum de nós, vejo, acredita seriamente em um ataque nosso, e espero que seja assim.
Lutamos com as palavras, lutamos com ferramentas econômicas, pressionamos e nos mantemos firmes. Espero, com vivo desejo, que façamos da democracia a vitoriosa sem utilizarmos armas de guerra. Essa será a verdadeira vitória da racionalidade sobre a barbárie.
Não devolveremos democracia para um povo destruindo seu país.
Que nossas armas apenas sejam utilizadas para defender nosso povo das agressões injustas e severas.
Confesso que um orgulho bateu quando vi uma bandeira por detrás de todos aqueles. Lá estava a bandeira do Brasil tremulando ao vento, em defesa da democracia.
É só uma opinião, nada mais que uma opinião.
-
- Sênior
- Mensagens: 2627
- Registrado em: Dom Ago 02, 2009 1:16 pm
- Agradeceu: 203 vezes
- Agradeceram: 147 vezes
Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar
Outro adendo. não esqueçamos que Zé Mala foi deposto pelos dois outros poderes, após, como Cmdt Chefe das FFAA dar uma ordem julgada inconstitucional.
A Câmara dos Deputados, pelo que eu saiba é a maior representante do povo , mesmo no sistema presidencialista, haja vista que tem o poder até de derrubar um veto do presidente e fazer valer uma lei.
A Câmara dos Deputados, pelo que eu saiba é a maior representante do povo , mesmo no sistema presidencialista, haja vista que tem o poder até de derrubar um veto do presidente e fazer valer uma lei.
Não é nada meu. Não é nada meu. Excelência eu não tenho nada, isso é tudo de amigos meus.
Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar
Tem mais mãos nisso aí, antes da nossa.
Ambos os lados do debate deveriam colocar a mão na consciência e analisar se a ideologia e pendores políticos estão afetando o julgamento da situação.
Descarga, plizzz!!!!
Ambos os lados do debate deveriam colocar a mão na consciência e analisar se a ideologia e pendores políticos estão afetando o julgamento da situação.
Descarga, plizzz!!!!
- lelobh
- Sênior
- Mensagens: 1294
- Registrado em: Qua Set 21, 2005 11:48 am
- Localização: Belo Horizonte
- Agradeceu: 3 vezes
- Agradeceram: 14 vezes
Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar
Permita-me discordar um pouco.nveras escreveu:
A Câmara dos Deputados, pelo que eu saiba é a maior representante do povo , mesmo no sistema presidencialista, haja vista que tem o poder até de derrubar um veto do presidente e fazer valer uma lei.
Não creio que exista a figura de "maior representante do povo", pelo que me lembro. De certo o povo exerce primordialmente a democracia indireta, através dos seus representantes. O Senado representa os Estados e a Câmara dos Deputados o povo, mas isso é mais um conceito do que um fato. Aqui não existe diferença quanto as matérias sujeitas à análise de cada casa, um equívoco no meu entender...
Em verdade quem derruba o veto do presidente é o congresso nacional, presidido pelo Presidente do Senado Federal, votação que conta com quórum qualificado. É extremamente complicado derrubar o veto de um presidente, desde que ele tenha a mínima base de apoio.
De todo o modo está meio distante do tema central esse assunto.
Editado pela última vez por lelobh em Sáb Set 26, 2009 12:38 am, em um total de 3 vezes.
Dom Pedro II, quando da visita ao campo de Batalha, Guerra do Paraguai.
Rebouças, 11 de setembro de 1865: "Informou-me o Capitão Amaral que o Imperador, em luta com os ministros que não queriam deixá-lo partir, cortou a discussão dizendo: " (D. Pedro II) Ainda me resta um recurso constitucional: Abdicar, e ir para o Rio Grande como um voluntário da Pátria."
Rebouças, 11 de setembro de 1865: "Informou-me o Capitão Amaral que o Imperador, em luta com os ministros que não queriam deixá-lo partir, cortou a discussão dizendo: " (D. Pedro II) Ainda me resta um recurso constitucional: Abdicar, e ir para o Rio Grande como um voluntário da Pátria."
- Dieneces
- Sênior
- Mensagens: 6524
- Registrado em: Seg Abr 09, 2007 1:50 pm
- Localização: São Gabriel , RS
- Agradeceu: 9 vezes
- Agradeceram: 10 vezes
Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar
Estou gostando do debate agora . Está menos para emocionalismos dos bananeiros terceiro-mundistas e suas baby-sitters da sinistra de botequim e suas rabugices ideológicas e mais para os elementos norteadores da democracia "latu sensu" e para uma aguerrida e dedicada exegese dos marcos legais hondurenhos , mormente de sua lei maior . Eis aqui o fulcro-mor da questão hondurenha e , o que nos interessa sobremaneira , a INGERÊNCIA DO GOVERNO DO LULA (LÁ) , no país centroamericano. Analisando do ponto de vista legal , já restou cristalina a constitucionalidade do ato de destituição de Manuel Zelaya do poder . Se a lei de lá não é politicamente correta ou não está em acordo com os mandamentos preconizados pela cartilha bolivariana de plebiscitar constantemente , não me parece tempestivo nem adequado analisar . Embora possa render material para simpósios e seminários... Voltemos ao nosso Líder . Luis Inácio dizer que não sabia dos passos de Zelaya e do plano urdido e implementado pelo Palácio de Miraflores , de desovar o presidente deposto em nossa embaixada tegucigalpenha , soa no mínimo risível e dá a impressão de que alguém pensa que somos todos uma manada de Bocós . Os fatos já estão a comprovar em contrário , o Chávez , o Zelaya e o próprio Lula já deixaram transparecer...aliás a turma do Foro de São Paulo tava demorando para fazer uma operação em conjunto . E que operação! A César o que é de César . A Lula restam sofismas , como dizer que plebiscitos constitucionais são regras universais .Em Honduras não é .Tá na lei de lá . O Governo Brasileiro tá com uma batata quente nas mãos . Nosso mandatário maior está pregando de forma clara e enfática , para quem quiser ver e ouvir , que Zelaya tem de voltar ao trono , mesmo que a lei local o tenha afastado conforme determinam suas formalidades e protocolos . Lula só trata aos novos governantes como golpistas , isso que Micheletti é o legítimo sucessor presidencial de Zelaya . Resumo dessa ópera bufa :LULA ESTÁ PREGANDO GOLPE DE ESTADO EM HONDURAS!!!
Brotei no Ventre da Pampa,que é Pátria na minha Terra/Sou resumo de uma Guerra,que ainda tem importância/Sou Raiz,sou Sangue,sou Verso/Sou maior que a História Grega/Eu sou Gaúcho e me chega,p'ra ser Feliz no Universo.
-
- Sênior
- Mensagens: 13539
- Registrado em: Sáb Jun 18, 2005 10:26 pm
- Agradeceu: 56 vezes
- Agradeceram: 201 vezes
Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar
Este debate acalorado http://www.elheraldo.hn/index.php/conte ... ll/259497/ se deu em função da notícia que o gov de fato em honduras passaria a exigir visto dos brasileiros para entrar no país, como medida de estrita reciprocidade.
Opinião de dois Hondurenhos acerca do posicionamento do Brasil nesta bananeira crise:
Opinião de dois Hondurenhos acerca do posicionamento do Brasil nesta bananeira crise:
Segunda opnião:21 | BESSY ARCHULETA 05.09.2009 01:20pm
DESGRACIADAMENTE TENEMOS QUE ACTUAR COMO LULA ACTUA, LAMENTAMOS POR NUESTROS PUEBLO Y EL PUEBLO DE BRAZIL QUE REALMENTE NO ES CULPA DE ELLOS QUE TENGAN UN PRESIDENTE QUE NO CUIDA SUS INTERESES NI RESPETA SU PUEBLO. PUEBLO BRAZILENOS, NO TENEMOS NADA EN CONTRA DE UDS, PERO SI CONTRA SU GOBIERNO IZQUIERDISTA QUE SE APROVECHA DE LA SITUACION DE HONDURAS PARA UNDIR A NUESTRA PATRIA. PERO NO PASARAN
E finalmente a terceira opnião:30 | Maty 05.09.2009 05:00pm
samba#10 y Barbosa #18...Si, somos un país subdesarrollado y pobre, pero no por eso vamos a permitir que cualquier cabrón como ustedes y su presidente Lula vengan a pisotearnos e imponernos sus ideas retrogradas comunistas y al corrupto Zelaya, que el 90% de la población rechaza. OK. ustedes se creen orgullosos de pertenecer a un país mas rico que el nuestro, nosotros somos 7 millones de habitantes y ustedes cuantos son? 170 millones de habitantes, extensión territorial de Honduras son un poco mas 112 mil KM 2 y Brasil son creo 8 m. de Km2, por lo tanto las comparaciones que ustedes hacen son ridículas y estupidas, ustedes son dos seres completamente engreídos e ignorantes, llenos de prepotencia y engrandecidos por pertenecer a un país que a pesar de sus riquezas y su gran extensión territorial no es por eso el mas desarrollado del mundo, ni el mas rico del mundo y catalogados como tercer mundista y país emergente como Honduras a si es que no se de que se creen, Brasil, país cuyas ciudades son consideradas las mas peligrosas y violentas del mundo, espero ustedes han visitado Honduras y sobre todo cuando Zelaya era el presidente, por que si les hablo de Brasil es por que lo conozco muy bien, reconozco que hoy la economía esta mejor porque cuando estuve allí a pesar de sus riquezas la economía era terrible, la inflación era insoportable ya que la moneda hoy tenia un precio, al día siguiente era otro, la gente estaba desesperada, que vergüenza pase esto no? en un país con tanta riqueza. Nos llaman entupidos, ignorantes por haber sacado del poder a un corrupto que ni estudios hizo, a pesar de pertenecer a una familia con recursos económicos y que gano con solo 23% de votos y con fraude, locos son ustedes por que creen todas las mentiras que a nivel internacional el, sus aliados del ALBA, la OEA y CIDH dicen de Honduras y SIIIIIIII, somos pobres, pero con gran corazón pero y ustedes que me dicen de su país, en donde existe la mayor diferencias de clases en el mundo país en donde están bien, bien, remarcadas las diferencias entre la clase rica y la pobre mas que en cualquier otro lado en el mundo, mientras en Honduras todavía tenemos el sentido de la solidaridad y el amor a nuestro prójimo. Que me dicen de la corrupción a grandes escalas nacional y federal de Brasil? Pues yo les digo esa es una de las razones que sacamos a Zelaya de Honduras porque era insoportable permitirle su corrupción. Que me dicen de la deforestación y asesinato de indígenas en el Amazona que de forma inmisericorde ustedes dejan pasar y lo único que hacen es cerrar los ojos para no ver la realidad? Nosotros aquí fue otra de las razones por las que sacamos a Zelaya por la explotación de forma ilegal y corrupta que el permitía, por el asesinato y rapto, amenazas, venganzas, acoso de varios periodistas y personas civiles que se oponían a el o criticaban sus robos o su forma de gobierno ahhh eso la comunidad Internacional no lo saben verdad? Hasta la OEA HIZO OIDOS SORDOS cuando antes del 28 de junio el congreso pidió una comisión de derechos humanos para que vinieran a ver lo que estaba pasando en Honduras, pero claro!! como iban a venir si ellos también querían lo mismo que Chávez para mi país. Y sus famosas “FAVELAS” que me dicen de ellas? Pienso esto puede considerarse como la vergüenza mas grande de Brasil a nivel internacional, aun a pesar del plan de ayuda de Lula y lo peor hasta tours turísticos tienen para que los turistas las vayan a visitar y ellos solo ven la miseria, asesinatos y narcotráfico que esa pobre gente vive. Otra de las razones por las que sacamos al ex presidente mas corrupto de la historia de Honduras Zelaya, por narcotraficante, por el robo que el y sus ex ministros ahora huyendo de la justicia hondureña hicieron a todo el dinero de las ayudas de las ONG’s (internacionales) que dieron durante su gobierno para la erradicación de la pobreza en Honduras. Então, faz favor, não lhe confere a voces o direito de interferença nos problemas internos do meu pais e melhor ficar a dançar a samba no seu pais e preparse para vosso proximo carnaval, que nos ja estamos preparados para o proximo novo governo en Janeiro 2010 . OBRIGADA
9 | Pedro Pablo 05.09.2009 11:00am
Lo que hacen los gobiernos extranjeros no refleja el sentir de la gente de sus pueblos. Apuesto que el pueblo de Brasil está con nosotros. Viva la Democracia, abajo el comunismo chavistamelista!
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...