FCarvalho escreveu: Dom Jul 08, 2018 1:27 pm
Concordo com você Junior. Mas antes tem de saber se franceses, ingleses e americanos não irão melar a iniciativa.
E eles nem precisam pressionar o Brasil para isso.
Abs
Olá,
Com relação a Argentina construir submarino nuclear, além de ser uma tolice midiática requentando noticias de 2010 da "ministra" Nilda Garré , este assunto sempre vem à tona detrás do inicio do projeto Carem25 que seria um reator para submarinos,o que não é verdade.
O pouco que conheço sobre o assunto energia nuclear, me indica que é todo um campo do conhecimento , onde cada nação ( salvo as muito desenvolvidas ) busca desenvolver capacidades dentro de suas necessidades ou visões estratégicas.
Assim, dificilmente a Coreia do Norte ou Paquistão estarão empenhados em desenvolver reatores de pesquisa e/ou medicina nuclear, mas bem enriquecimento de urânio para armas atômicas.
Da mesma forma, mesmo considerando os anos 70/80 , a Argentina, embora originalmente buscasse enriquecer urânio para armas,
numa corrida com o Brasil, por questões internas e pressões externas ( projeto condor, malvinas, fim ditadura, detente com Brasil etc ) acabou direcionando todo seu programa para uso civil e não exite um projeto de estado de reatores para submarinos.
Assim a CNEA, a Invap, etc desenvolvem ( e muito bem ) projetos de engenharia e reatores de pesquisa ( piscina aberta ) e o projeto Carem 25 que visa o desenvolvimento de pequenas centrais nucleares ( o 25 é 25 MW de potência, sendo que em uma usina "normal" varia de uns 700 a 1200 MW).
Mas mesmo o Carem que tem muitos dos seus sistemas como condensadores embutidos no vaso de pressão, necessita muito equipamento externo de contenção e sistemas secundários ( parte ) e de controle , tendo uns 3,5 metros de diâmetro por 11 metros de altura inviabilizando sua utilização em submarinos até mesmo pela baixa potência gerada ( acho que chega nuns 30 MW)
Mas existe uma distância ENORME entre um reator de pesquisa ( embora o seu projeto de engenharia demande um alto nível de conhecimentos em vários campos ) e um reator como o Carem 25.
A Argentina já exportou reatores de pesquisa como o Opal para a Austrália e projetos de melhoras em outros, mas só prevê terminar o Carem25 lá por volta de 2022 ( o projeto começou por volta de 1984 ) quase 40 anos!!
Sem contar que eles já não possuem mais nenhuma industria de base com capacidade de fundir e construir o vaso de pressão.
Usam sempre a mesma Industrias Pescarmona ( quase falimentar ) que subcontrata no exterior o s componentes do Vaso.
Ou seja, nem pensar em reatores compactos para submarinos.
Abraços