O pessoal está "
Deganzando" demais!!! Ou seja, pega uma coisa que foi dita, mistura com outra que acha, junta outro dado que não tem nada a ver e no final diz que está tudo errado!!!
Estão misturando FAB com EB, H-1 com Pantera e com Mi-35... Putz!!!
Vamos tentar clarear, deixar tudo bem explicadinho aos poucos (de novo):
Hoje está para sair a compra de Mi-17 e Mi-35
para a FAB.
Os Mi-17 vão substituir TODOS os H-1 e H-34, sendo que estes últimos, os Super Puma, apesar de serem amados por muitos, já contam com mais de 20 anos de serviço. São novos helicópteros de transporte/emprego geral de peso médio, com mais capacidade de carga, espaço interno e facildades para carregar/decarregar que os modelos atualmente em uso e que visam, entre outras coisas, possibilitar a operação em bases descentralizadas, principalmente na região Amazônica, como a FAB vem treinando ultimamente. lembre-se que para operar fora da Base principal você precisa transportar para a nova localidade (normalmente inacessível por terra) todo o pessoal de segurança, apoio, manutenção, mais comida, água, suprimentos diversos, munição, combustível, etc., etc... Considerem que dá para enfiar uma turbina de caça dentro de um Mi-17, pela rampa traseira
Os Mi-35 vão preencher um novo nicho, insubstituível e irrelizável por qualquer outra aeronave similar, por isso a imprecidibilidade e urgência de sua compra: sua missão será levar a PF para passear pela Amazônia de forma segura e agradável
Agora falando sério, a função que me parece mais clara para os Mi-35 é o suporte em operações CSAR: você poder "voar um carro de combate" até a área de resgate é algo de valor imensurável para o sucesso da operação, principalmente numa região de cobertura vegetal muito densa como a Amazônia, onde uma aeronave de asa fixa fazendo passagens a cerca de 300-400 km/h teria MUITA dificuldade de localizar um alvo, prestar apoio, etc. Já um Mi-35 é bem mais blindado que um A-29, por exemplo, pode pairar/voar lentamente a uma certa distância que o deixe imune ao fogo de armas leves (fuzis e metralhadoras), localizar e individualizar o alvo com precisão usando o FLIR e a TV com zoom, e então disparar com precisão seu canhão de 30mm e os foguetes de 70mm... Uma capacidade desta num resgate de uma tripulação abatida em território controlado pelas FARC , por exemplo, é simplesmente essencial... E épara isso que a FAB está se preparando. No mais, com as novas bases aéreas de dispersão construídas tão dentro da floresta e tão próximas da fronteira, nada melhor que um Mi-35 com um canhão de 30mm e 76 foguetes de 70mm para fazer a proteção e repelir qualquer incursão inimiga, seja por terra ou rio...
O EB vai substituir seus Pantera de qualquer maneira, pois são aeronaves que já contam com 20 anos de uso ininterrupto. Para isso vai ser necessário um helicóptero maior. É o que se deseja. Nada mais interessante que uma aeronave que já esteja, à época, em uso em grande quantidade nas FFAA, com infra-estrutura de suporte local e com possibilidade de, havendo nova encomenda, ter sua montagem/produção parcial localmente, como será o caso do Mi-17, com pelo menos 24 unidades em uso na FAB, Parque de Manutenção instalado, produção local de componentes, etc.
Antes pensava-se em fazer isto com os Cougar, mas ante à nova realidade, nada mais lógico que com o Mi-17: primeiramente porque serão, à época, mais Mi-17 em operação nas FFAA do que Cougar; segundo porque a aeronave russa é a metade do peço da francesa;1 e terceiro porque a infra-estrutura de manutenção profunda já estaria instalada e operando, podendo passar, como dito,para a produção local.
Afrancesada vendeu os Cougar do EB prometendo isso, mas não foipara frenteporque eles queriam os olhos da cara mais o braço direito para enfiar uma fábrica aqui - e ainda sem garantir a exclusividade de serviços de manutenção na AL!!! Obviamente, não foi para frente. O que irrita é que, justamente por esta eventual fábrica local, os Cougar foram comprados no lugar dos Blackhawk com preços 15% maiores que o do helicóptero americano que já estava em uso no EB!!! Ou seja, abriu-se a tal "nova linha logística", diferente do que já havia no EB, e não ganhamos nada em troca. Tem também uma história de finaciamento de campanha de eleição para presidente do Serra, a ser feita pelos franceses, que seria atrelada à garantia de compra destes helicópteros, seguindo uma determinação do FHC, mas isto já é outra história...E agora estão aí os Cougar com os mesmos problemas de seus similares em uso nas outras FFAA: manuteção caríssima e demorada, envio de peças para a França para fazer o que se poderia fazer por aqui (os do EB ainda não estão nesta fase, ao contrário dos da FAB), etc..., ou seja, mais ou menos o que aconteceu com a operação dos Mirage III: precisa revisar, manda para a França...
No mais, minha opinião em relação
à FUTURA substituição dos Pantera no EBé a seguinte: se temos 8 Cougar novos e 24 Mi-17 novos em operação no Brasil, fora os Mi-35 que usam a mesma mecânica do Mi-17, num total de quase 40 aeronaves, quem está "sobrando", o Mi-17/35 com quarenta unidades ou o Cougar com oito? Se é para padronizar, vamos fazer de maneira inteligente...