Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Lord Nauta
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Re: Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF

#901 Mensagem por Lord Nauta » Qui Mar 12, 2015 9:04 pm

FIGHTERCOM escreveu:E pensar que a FAB foi achincalhada quando definiu que o FX-2 contemplaria 32 unidades e que a MB foi aplaudida de pé por ter definido um número de 30 escoltas. Realmente o tempo é o senhor da razão. Acho que agora era o momento ideal para um pedido de desculpas por parte desses colegas.


Abraços,

Wesley

Eu, não entendi direito o conteudo deste texto. E possível um esclarecimento.


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Re: Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF

#902 Mensagem por FIGHTERCOM » Sex Mar 13, 2015 6:17 pm

Lord Nauta escreveu:
FIGHTERCOM escreveu:E pensar que a FAB foi achincalhada quando definiu que o FX-2 contemplaria 32 unidades e que a MB foi aplaudida de pé por ter definido um número de 30 escoltas. Realmente o tempo é o senhor da razão. Acho que agora era o momento ideal para um pedido de desculpas por parte desses colegas.


Abraços,

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Eu, não entendi direito o conteudo deste texto. E possível um esclarecimento.


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Quando da definição do FX-2, que foi estabelecido que o mesmo contemplaria 36 unidades, muitos aqui no fórum afirmaram que a FAB estava pensando pequeno e que deveria elevar o número para mais de 100 unidades. Afirmavam ainda que a FAB deveria seguir o exemplo da MB com suas listagens (30 escoltas, 2 NAes, 15 subs, etc). No final, quem se mostrou estar certa foi a FAB, que apresentou um projeto mais coerente e passou longe dessas megalomanias. Todo aquele frenesie passou como uma chuva de verão e hoje estão aqui discutindo inclusive aquisições de oportunidade.


Abraços,

Wesley




"A medida que a complexidade aumenta, as declarações precisas perdem relevância e as declarações relevantes perdem precisão." Lofti Zadeh
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Re: Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF

#903 Mensagem por Lord Nauta » Sáb Mar 14, 2015 1:58 pm

FIGHTERCOM escreveu:
Lord Nauta escreveu:
Eu, não entendi direito o conteudo deste texto. E possível um esclarecimento.


Sds


Lord Nauta

Quando da definição do FX-2, que foi estabelecido que o mesmo contemplaria 36 unidades, muitos aqui no fórum afirmaram que a FAB estava pensando pequeno e que deveria elevar o número para mais de 100 unidades. Afirmavam ainda que a FAB deveria seguir o exemplo da MB com suas listagens (30 escoltas, 2 NAes, 15 subs, etc). No final, quem se mostrou estar certa foi a FAB, que apresentou um projeto mais coerente e passou longe dessas megalomanias. Todo aquele frenesie passou como uma chuva de verão e hoje estão aqui discutindo inclusive aquisições de oportunidade.


Abraços,

Wesley

Bingo. Desde 1900 os planos da MB contemplaram obtenção de meios além da capacidade de entendimento dos governos de ''bosta'' que sempre conduziram o país e do proprio cidadão comum. Embora as quantidades requeridas sempre foram compativeis com a maritimidade brasileira. Apesar desta maritimidade o povo brasileiro não tem vocação para o mar. Geralmente nossa vocação e ligação com o mar e ir a praia ver mulher gostosa de fio dental acompanhado por uma cerveja bem gelada, diferente de nossos primos ricos do hemisferio norte que utilizam e veem o mar como parte fundamental do Poder Nacional.
Considerando este histórico acredito que deveriamos ter estabelecido no ínicio deste século planos de modernização mais modestos para a MB. Já comentei aqui que a Espanha, Australia e mesmo a Italia deveriam ter sido uma referencia para a renovação do Poder Naval nacional. Entendo que pelo menos nos proxímos cinquenta anos será muito aquém da importância que o mar deveria ter para o Brasil.

Sds

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Re: Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF

#904 Mensagem por juarez castro » Sáb Mar 14, 2015 2:44 pm

FIGHTERCOM escreveu:E pensar que a FAB foi achincalhada quando definiu que o FX-2 contemplaria 32 unidades e que a MB foi aplaudida de pé por ter definido um número de 30 escoltas. Realmente o tempo é o senhor da razão. Acho que agora era o momento ideal para um pedido de desculpas por parte desses colegas.


Abraços,

Wesley
Infelizmente nobre colega, em se tratando de quem se trata, não haverá esta humilde retratação, porque:

Porque nestes seres iluminados a empáfia e a ideologia se sobre põe a inteligência e a razão, então......mas o tempo como tu bem dissestes é senhor e parceiro eterno da verdade e da realidade, e ela vem, há vem....

Grande abraço




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Re: Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF

#905 Mensagem por FCarvalho » Seg Mar 16, 2015 5:59 pm

Um adendo. A MB como as demais forças, em seus planos de reequipamento, traduziram em números suas necessidades materiais conforme o que se espera delas em termos de "prestação de serviço" na defesa nacional.

Nenhuma das forças apontou os quantitativos visto na END/PAED/PND que tanto se debateu aqui no fórum por simples e mera pretensão de querer ser o que não é. Ponto um.

Existe uma clara e óbvia necessidade de termos ffaa's do tamanho que a defesa de um país como o Brasil requer, sob todos os seus aspectos. E foi nisso que o planejamento militar se pautou. Ponto dois.

Se o poder público civil, que ao fim e ao cabo, é quem determina e manda o que temos de ter, e fazer, em ralação a defesa, não dá sustentabilidade aquilo que ele mesmo tomou como iniciativa realizar nos documentos que referenciam a defesa nacional, então isto é problema e responsabilidade estritamente dele, e não do planejamento efetuado pelas ffaa's. Ponto três.

Enfim, e portanto, não se pode imputar as ffaa's a pecha de querer dispor de meios e/ou recursos materiais além daquilo que somos capazes, enquanto país, de fornecer. Muito pelo contrário. O que há, e o que houve, é o de sempre. A propaganda política faz o seu trabalho na hora de assinar e produzir papéis para a defesa, e quando chega a hora de assinar o cheque, finge que não é consigo, que não agora a crise não deixa, o dinheiro tá curto, existem "outras prioridades", e assim vamos...

A MB precisa de 30 navios escoltas. Por que? Por que não somos o Uruguai. Mas também não somos a US Navy. Precisamos de um meio termo. E o meio termo, para as nossas necessidades, foi o indicado no PAEMB. Agora, se o governo depois de todo os estudos feitos, e de ter aprovado os mesmos, não libera o cheque para as coisas andarem, porra, isso não é culpa da MB, mas sim de quem sabendo do que foi solicitado e proposto, hipocritamente finge que não sabe de nada, e que nem quer saber.

Não existe defesa possível no Brasil, mesmo que nos concentremos em ter apenas uma guarda costeira, sem que o poder público civil assuma as suas responsabilidades. Porque mesmo que o PAEMB da marinha se restringisse a substituir pura e simplesmente o que temos aí, com certeza hoje teria alguém no GF, e aqui, questionando porque a MB quer tanto dinheiro para construir 12 NaPaOc, se com 5 Avimpa ela faria o mesmo serviço? :?

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Re: Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF

#906 Mensagem por Wingate » Seg Mar 16, 2015 6:47 pm

Apesar desta maritimidade o povo brasileiro não tem vocação para o mar. Geralmente nossa vocação e ligação com o mar e ir a praia ver mulher gostosa de fio dental acompanhado por uma cerveja bem gelada, diferente de nossos primos ricos do hemisferio norte que utilizam e veem o mar como parte fundamental do Poder Nacional.
Em se tratando de Defesa, esse nosso país é extremamente peculiar pois:

-Temos uma Marinha de Guerra (e tivemos um dia uma expressiva Mercante também) de brilhante tradição e uma invejável costa marítima e não conseguimos ainda desenvolver uma tradição marítima;
-Somos a pátria de Santos Dumont e de uma das maiores fabricantes de aeronaves do mundo e não desenvolvemos na população uma mentalidade voltada para a aeronáutica.Tirar um brevê de piloto privado é ainda façanha para poucos.

Só resta rezar que não venhamos a ter inimigos poderosos.

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Re: Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF

#907 Mensagem por juarez castro » Seg Mar 16, 2015 9:31 pm

FCarvalho escreveu:Um adendo. A MB como as demais forças, em seus planos de reequipamento, traduziram em números suas necessidades materiais conforme o que se espera delas em termos de "prestação de serviço" na defesa nacional.

[destacar]Carvalho me permita! Como traçar isto sem saber qual é a missão???[/destacar]

Nenhuma das forças apontou os quantitativos visto na END/PAED/PND que tanto se debateu aqui no fórum por simples e mera pretensão de querer ser o que não é. Ponto um.

[destacar]Muito bem foram traçados baseados em que missão????[/destacar]

Existe uma clara e óbvia necessidade de termos ffaa's do tamanho que a defesa de um país como o Brasil requer, sob todos os seus aspectos. E foi nisso que o planejamento militar se pautou. Ponto dois.

[destacar]Mais uma vez: Que defesa é esta que se deseja, se não ficou estabelecido qual é a missão.[/destacar]

Se o poder público civil, que ao fim e ao cabo, é quem determina e manda o que temos de ter, e fazer, em ralação a defesa, não dá sustentabilidade aquilo que ele mesmo tomou como iniciativa realizar nos documentos que referenciam a defesa nacional, então isto é problema e responsabilidade estritamente dele, e não do planejamento efetuado pelas ffaa's. Ponto três.

[destacar]Exatamente, porém este não definiu isto, então quantificaram baseados no que especificamente????[/destacar]
Enfim, e portanto, não se pode imputar as ffaa's a pecha de querer dispor de meios e/ou recursos materiais além daquilo que somos capazes, enquanto país, de fornecer. Muito pelo contrário. O que há, e o que houve, é o de sempre. A propaganda política faz o seu trabalho na hora de assinar e produzir papéis para a defesa, e quando chega a hora de assinar o cheque, finge que não é consigo, que não agora a crise não deixa, o dinheiro tá curto, existem "outras prioridades", e assim vamos...

[destacar]Bingo. e foi exatamente o que eu e outros deste espaço debates nos arrebentamos tentando mostrar a cinco anos atrás que estas "promessas" e delírios ufanistas de' Brapfil puthênfia" não iriam se materializar e quase fomos queimados na cruz, principalmente pelos mujahedins navais que acreditaram que iriam encontrar 1000 virgens dentro do SP.[/destacar]

A MB precisa de 30 navios escoltas. Por que? Por que não somos o Uruguai. Mas também não somos a US Navy. Precisamos de um meio termo. E o meio termo, para as nossas necessidades, foi o indicado no PAEMB. Agora, se o governo depois de todo os estudos feitos, e de ter aprovado os mesmos, não libera o cheque para as coisas andarem, porra, isso não é culpa da MB, mas sim de quem sabendo do que foi solicitado e proposto, hipocritamente finge que não sabe de nada, e que nem quer saber.

[destacar]Ok, mas o PAEMB se baseou em que diretriz de missão dada pelo governo???? Como chegaram um número de 30 escoltas se não sabiam qual era a missão??? Quando elaboraram o plano não definiram de one sairiam os recursos para projetar, construir, equipar e operar estes navios???[/destacar]


Não existe defesa possível no Brasil, mesmo que nos concentremos em ter apenas uma guarda costeira, sem que o poder público civil assuma as suas responsabilidades. Porque mesmo que o PAEMB da marinha se restringisse a substituir pura e simplesmente o que temos aí, com certeza hoje teria alguém no GF, e aqui, questionando porque a MB quer tanto dinheiro para construir 12 NaPaOc, se com 5 Avimpa ela faria o mesmo serviço? :?

[destacar]Concordo, por isto este assunto deve ser regulamentado com seriedade, racionalidade, amplo debate para que se possa sair do mundo sonhos e vir para o mundo real e que metas seja traçadas e cumpridas principalmente através de um orçamento impositivo e que as políticas não mudem aos sabor do humor de seus comandantes.[/destacar]

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Re: Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF

#908 Mensagem por FCarvalho » Ter Mar 17, 2015 12:45 pm

juarez castro escreveu:
FCarvalho escreveu:Um adendo. A MB como as demais forças, em seus planos de reequipamento, traduziram em números suas necessidades materiais conforme o que se espera delas em termos de "prestação de serviço" na defesa nacional.
[destacar]Carvalho me permita! Como traçar isto sem saber qual é a missão???[/destacar]
Bem Juarez, aqui temos que nos perguntar: qual o conceito de missão que se está usando? No caso da ffaa's, no meu entender, ela está bem ajuizada e definida no art 142 da CF88, e que é a defesa do Brasil, dos brasileiros e de seus interesses, onde quer que eles estejam; é a partir dessa "missão política" que as ffaa's, via MD, tem de indicar ao poder público os meios e as condições ideais para que possam exercer tal missão. E isto foi feito via PND, END, PAED e LBD. Agora, estes documentos são de caráter político-estratégico, e não tático, ou seja, eles apenas indicam a direção e a forma como o estado brasileiro deve buscar atingir seus os objetivos por meio das ffaa's em termos de defesa nacional. É o porque da missão. O como, onde, quando da missão foi traçado por cada ffaa em seus planos de reequipamento. Esta é a "missão tática" que deve estar muito clara nos livros de doutrina das ffaa's. Ela está? :roll:
Nenhuma das forças apontou os quantitativos visto na END/PAED/PND que tanto se debateu aqui no fórum por simples e mera pretensão de querer ser o que não é. Ponto um.
[destacar]Muito bem foram traçados baseados em que missão????[/destacar]
Segundo a missão aportada e estabelecida por cada uma das ffaa's em seus referenciais doutrinários. Como disse, a missão política está definida e clara na CF. É o porque da missão. A definição do onde, quando e como da missão, é problema das escolas, institutos e estudiosos militares, e do MD, definir. Isto foi ou está sendo feito?
Existe uma clara e óbvia necessidade de termos ffaa's do tamanho que a defesa de um país como o Brasil requer, sob todos os seus aspectos. E foi nisso que o planejamento militar se pautou. Ponto dois.
[destacar]Mais uma vez: Que defesa é esta que se deseja, se não ficou estabelecido qual é a missão.[/destacar]
A missão é clara. O que não está claro Juarez é como cumprí-la sem a devida responsabilidade de todos os envolvidos nela, desde o presidente até o cabo que guarda a porta do PEF em Querarí.
Se o poder público civil, que ao fim e ao cabo, é quem determina e manda o que temos de ter, e fazer, em ralação a defesa, não dá sustentabilidade aquilo que ele mesmo tomou como iniciativa realizar nos documentos que referenciam a defesa nacional, então isto é problema e responsabilidade estritamente dele, e não do planejamento efetuado pelas ffaa's. Ponto três.
[destacar]Exatamente, porém este não definiu isto, então quantificaram baseados no que especificamente????[/destacar]
Naquilo que é necessário ser e ter, segundo o ambiente operacional de cada ffaa. A MB tem o Atlântico Sul como TO de missão. O EB as fronteiras e litoral. A FAB os 13 milhões de km2 de espaço aéreo nacional e/ou sob nossa responsabilidade. Nossa missão não é pequena. Pequena é a visão que a sociedade e os políticos temos dela.
Enfim, e portanto, não se pode imputar as ffaa's a pecha de querer dispor de meios e/ou recursos materiais além daquilo que somos capazes, enquanto país, de fornecer. Muito pelo contrário. O que há, e o que houve, é o de sempre. A propaganda política faz o seu trabalho na hora de assinar e produzir papéis para a defesa, e quando chega a hora de assinar o cheque, finge que não é consigo, que não agora a crise não deixa, o dinheiro tá curto, existem "outras prioridades", e assim vamos...
[destacar]Bingo. e foi exatamente o que eu e outros deste espaço debates nos arrebentamos tentando mostrar a cinco anos atrás que estas "promessas" e delírios ufanistas de' Brapfil puthênfia" não iriam se materializar e quase fomos queimados na cruz, principalmente pelos mujahedins navais que acreditaram que iriam encontrar 1000 virgens dentro do SP.[/destacar]
Então, a quem devemos responsabilizar pelo que não foi feito? As ffaa's que simplesmente fizeram o que foi mandado, ou aos ideários transloucados de um suposto Brasil potência que nunca existiu, e nem existirá, de fato?
A MB precisa de 30 navios escoltas. Por que? Por que não somos o Uruguai. Mas também não somos a US Navy. Precisamos de um meio termo. E o meio termo, para as nossas necessidades, foi o indicado no PAEMB. Agora, se o governo depois de todo os estudos feitos, e de ter aprovado os mesmos, não libera o cheque para as coisas andarem, porra, isso não é culpa da MB, mas sim de quem sabendo do que foi solicitado e proposto, hipocritamente finge que não sabe de nada, e que nem quer saber.
[destacar]Ok, mas o PAEMB se baseou em que diretriz de missão dada pelo governo????[/destacar]
Há um capítulo sob as hipóteses de emprego na END que responde a essa pergunta.
[destacar]Como chegaram um número de 30 escoltas se não sabiam qual era a missão???[/destacar]
A missão é conhecida Juarez, e dispõem-se em político-estratégica e tática, como já aludi acima. A MB conhece a ambas. E baseado nelas chegou aos 30 escoltas. Que na minha visão, ainda está bem longe do que realmente nos é necessário. Mas a realidade contrasta as necessidades desde sempre em defesa. E como não há vontade, e nem consciência para mudar isso...
[destacar]Quando elaboraram o plano não definiram de onde sairiam os recursos para projetar, construir, equipar e operar estes navios???[/destacar]
Sim, tudo foi amplamente discutido, demonstrado e calculado em termos de investimentos e origens de recursos. Mas, como sempre, quem assina o cheque na hora do vamos ver fez beicinho...
Não existe defesa possível no Brasil, mesmo que nos concentremos em ter apenas uma guarda costeira, sem que o poder público civil assuma as suas responsabilidades. Porque mesmo que o PAEMB da marinha se restringisse a substituir pura e simplesmente o que temos aí, com certeza hoje teria alguém no GF, e aqui, questionando porque a MB quer tanto dinheiro para construir 12 NaPaOc, se com 5 Avimpa ela faria o mesmo serviço? :?
[destacar]Concordo, por isto este assunto deve ser regulamentado com seriedade, racionalidade, amplo debate para que se possa sair do mundo sonhos e vir para o mundo real e que metas seja traçadas e cumpridas principalmente através de um orçamento impositivo e que as políticas não mudem aos sabor do humor de seus comandantes.[/destacar]
Juarez, todos os planos de reequipamento das ffaa's estão imbuídos de seriedade e racionalidade. E primam por solicitar ao poder público apenas e tão somente o estabelecimento de condições para exercer dignamente o que lhes impõe a missão constitucional. Metas foram propostas e traçadas. Está tudo no papel. Até mesmo a proposição via PL de um orçamento obrigatório para a defesa foi elaborada via MD. No entanto, tudo isso foi solenemente ignorado e engavetado pelo próprio autor da proposta... o governo. Independente dos comandos miliares e de seus esforços ao longo dos últimos 7 anos. Como mudar isso? Eu não sei. Talvez nem se a desgraça vier bater a nossa porta seguidamente responda a essa pergunta.abs.
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Re: Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF

#909 Mensagem por Alcantara » Ter Mar 17, 2015 2:02 pm

17 de março de 2015
Ciente do agravamento da crise, Marinha não descarta navio-doca menor

Roberto Lopes
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ImagemDiante da possibilidade de agravamento do já difícil cenário econômico, os oficiais do Estado-Maior da Armada e do Comando de Operações Navais mantém como opção, nos seus estudos para a obtenção de uma unidade de projeção de força, o porta-helicópteros da classe San Giusto, construído há pouco mais de 20 anos para operar como navio de assalto anfíbio pelo estaleiro Fincantieri, de Riva Trigoso (norte da Itália).

O San Giusto desloca 8.300 toneladas a plena carga, o que representa 75% do tamanho do barco francês Siroco, vistoriado em dezembro por uma comitiva militar brasileira, e apenas a metade do deslocamento da unidade-doca americana Whidbey Island, outra embarcação que, por suas qualidades marinheiras – e préstimos em proveito de um destacamento anfíbio –, chama a atenção da Força Naval do Brasil.

Ocorre que, a exemplo dos navios francês e americano, o italiano San Giusto possui propulsão a diesel, um dos requisitos considerados mais importantes pela Marinha no âmbito de seu Programa de Obtenção de Navios Anfíbios (PRONANF), em desenvolvimento desde 2011 (Ver “Navios de propósitos múltiplos: vetor anfíbio do futuro”, publicado pelo Poder Naval, a 10 de março último, reprodução do texto de autoria do CF(FN) José Carlos Silva Gioseffi, publicado na Revista “Âncoras e Fuzis”, nº 45, de dezembro de 2014).

Imagem
MH-16 Seahawk da MB a bordo do USS America


Venezuela - A informação, obtida por este blog junto a uma fonte da Esquadra, ressalta, porém, que uma eventual prioridade ao projeto do San Giusto representará sempre a última opção, porque, na comparação com unidades do porte do Whidbey Island ou do Siroco, o modelo do estaleiro Fincantieri exibe capacidade inferior, seja no transporte de pessoal, de equipamentos, ou mesmo em sua autonomia.

O barco pode operar, simultaneamente, até três helicópteros médios tipo MH-16 (na US Navy, MH-60R) – ou SH-3D Sea King –, e ainda carregar, sob o convés de voo, 30 tanques do porte do SK 105 Kuerassier, 350 combatentes completamente equipados e meia dúzia de lanchas, sendo três do tipo LCM, para o transporte de viaturas militares até o ponto de abicagem.

Mas a fonte ouvida pelo Poder Naval não deixa de lembrar: a grande vantagem deste meio é que ele representa uma opção menos dispendiosa, caso os chefes navais assistam seu orçamento minguar ainda mais.

Em 2010, o então comandante da Armada Bolivariana da Venezuela, almirante (FN) Carlos Aniasi Turchio – um ex-Ajudante de Ordens do presidente Hugo Chávez –, visitou algumas bases e navios da esquadra italiana, para dar o seu aval à compra do San Giusto. Mas como o navio transportava dezenas de sistemas de navegação, controle e de armas fabricados nos Estados Unidos, o governo Barack Obama bloqueou a transação.


Imagem
A Armada peruana comprou o modelo sul-coreano Makassar

Ao contrário da Marinha peruana, que encomendou um navio de assalto anfíbio novo (classe Makassar) a indústria naval sul-coreana, a Força Naval brasileira tende a adquirir, por “compra de oportunidade”, algum navio de assalto anfíbio usado, juntamente com os planos de fabricação do barco.

O objetivo desse plano é permitir que uma segunda unidade do mesmo tipo possa ser construída em estaleiro brasileiro – talvez até no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (depois que essa organização militar for modernizada, na metade inicial da próxima década).

O problema é que, em termos financeiros, “o mar não está para peixe” – como diz o ditado popular.

Após receber dos oficiais que viajaram à França, três meses atrás, um relatório aconselhando a compra do Siroco, a cúpula da Marinha está encontrando muitas dificuldades para reunir 140 milhões de Euros (cerca de 486 milhões de Reais) para ficar com o navio.

http://www.naval.com.br/blog/2015/03/17 ... oca-menor/




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Re: Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF

#910 Mensagem por Carlos Lima » Ter Mar 17, 2015 2:52 pm

Nossa... ele é bem... simples! :shock:

http://www.seaforces.org/marint/Italian-Navy/Amphibious-Ship/San-Giorgio-class-Dateien/image019.jpg

[]s
CB_Lima




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Re: Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF

#911 Mensagem por FCarvalho » Ter Mar 17, 2015 3:00 pm

Eu simplesmente duvido que a MB compra qualquer coisa esse ano, usada ou nova. Simplesmente não haverá dinheiro para isso.
Já não estão pagando direito nem a merreca que eu recebo para formar professores nas minhas férias, que se dirá comprar navios... [001]

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Re: Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF

#912 Mensagem por Vagner Oliveira » Ter Mar 17, 2015 6:00 pm

FIGHTERCOM escreveu:E pensar que a FAB foi achincalhada quando definiu que o FX-2 contemplaria 32 unidades e que a MB foi aplaudida de pé por ter definido um número de 30 escoltas. Realmente o tempo é o senhor da razão. Acho que agora era o momento ideal para um pedido de desculpas por parte desses colegas.


Abraços,

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Comparação entre duas coisas diferentes.
A MB disse que precisa de 30 escoltas no seu PAED, cuja versão da FAB determinou a necessidade, se não me falha a memória, de 120 caças.

No caso, o paralelo correto com o FX2 de 36 caças seria o PROSUPER da MB, que prevê a aquisição de 5 escoltas.

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Re: Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF

#913 Mensagem por ABULDOG74 » Ter Mar 17, 2015 8:32 pm

Alcantara escreveu:17 de março de 2015
Ciente do agravamento da crise, Marinha não descarta navio-doca menor

Roberto Lopes
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ImagemDiante da possibilidade de agravamento do já difícil cenário econômico, os oficiais do Estado-Maior da Armada e do Comando de Operações Navais mantém como opção, nos seus estudos para a obtenção de uma unidade de projeção de força, o porta-helicópteros da classe San Giusto, construído há pouco mais de 20 anos para operar como navio de assalto anfíbio pelo estaleiro Fincantieri, de Riva Trigoso (norte da Itália).

O San Giusto desloca 8.300 toneladas a plena carga, o que representa 75% do tamanho do barco francês Siroco, vistoriado em dezembro por uma comitiva militar brasileira, e apenas a metade do deslocamento da unidade-doca americana Whidbey Island, outra embarcação que, por suas qualidades marinheiras – e préstimos em proveito de um destacamento anfíbio –, chama a atenção da Força Naval do Brasil.

Ocorre que, a exemplo dos navios francês e americano, o italiano San Giusto possui propulsão a diesel, um dos requisitos considerados mais importantes pela Marinha no âmbito de seu Programa de Obtenção de Navios Anfíbios (PRONANF), em desenvolvimento desde 2011 (Ver “Navios de propósitos múltiplos: vetor anfíbio do futuro”, publicado pelo Poder Naval, a 10 de março último, reprodução do texto de autoria do CF(FN) José Carlos Silva Gioseffi, publicado na Revista “Âncoras e Fuzis”, nº 45, de dezembro de 2014).

Imagem
MH-16 Seahawk da MB a bordo do USS America


Venezuela - A informação, obtida por este blog junto a uma fonte da Esquadra, ressalta, porém, que uma eventual prioridade ao projeto do San Giusto representará sempre a última opção, porque, na comparação com unidades do porte do Whidbey Island ou do Siroco, o modelo do estaleiro Fincantieri exibe capacidade inferior, seja no transporte de pessoal, de equipamentos, ou mesmo em sua autonomia.

O barco pode operar, simultaneamente, até três helicópteros médios tipo MH-16 (na US Navy, MH-60R) – ou SH-3D Sea King –, e ainda carregar, sob o convés de voo, 30 tanques do porte do SK 105 Kuerassier, 350 combatentes completamente equipados e meia dúzia de lanchas, sendo três do tipo LCM, para o transporte de viaturas militares até o ponto de abicagem.

Mas a fonte ouvida pelo Poder Naval não deixa de lembrar: a grande vantagem deste meio é que ele representa uma opção menos dispendiosa, caso os chefes navais assistam seu orçamento minguar ainda mais.

Em 2010, o então comandante da Armada Bolivariana da Venezuela, almirante (FN) Carlos Aniasi Turchio – um ex-Ajudante de Ordens do presidente Hugo Chávez –, visitou algumas bases e navios da esquadra italiana, para dar o seu aval à compra do San Giusto. Mas como o navio transportava dezenas de sistemas de navegação, controle e de armas fabricados nos Estados Unidos, o governo Barack Obama bloqueou a transação.


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A Armada peruana comprou o modelo sul-coreano Makassar

Ao contrário da Marinha peruana, que encomendou um navio de assalto anfíbio novo (classe Makassar) a indústria naval sul-coreana, a Força Naval brasileira tende a adquirir, por “compra de oportunidade”, algum navio de assalto anfíbio usado, juntamente com os planos de fabricação do barco.

O objetivo desse plano é permitir que uma segunda unidade do mesmo tipo possa ser construída em estaleiro brasileiro – talvez até no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (depois que essa organização militar for modernizada, na metade inicial da próxima década).

O problema é que, em termos financeiros, “o mar não está para peixe” – como diz o ditado popular.

Após receber dos oficiais que viajaram à França, três meses atrás, um relatório aconselhando a compra do Siroco, a cúpula da Marinha está encontrando muitas dificuldades para reunir 140 milhões de Euros (cerca de 486 milhões de Reais) para ficar com o navio.

http://www.naval.com.br/blog/2015/03/17 ... oca-menor/

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ABULDOG74
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Re: Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF

#914 Mensagem por ABULDOG74 » Ter Mar 17, 2015 9:35 pm

Carlos Lima escreveu:Nossa... ele é bem... simples! :shock:

http://www.seaforces.org/marint/Italian-Navy/Amphibious-Ship/San-Giorgio-class-Dateien/image019.jpg

[]s
CB_Lima
Olá camaradas, se chegarmos a esse ponto..... por que não o SAN GIORGIO ao invés do SAN GIUSTO, que tem uma capacidade aérea um pouco maior....

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juarez castro
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Re: Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF

#915 Mensagem por juarez castro » Ter Mar 17, 2015 9:47 pm

FCarvalho escreveu:
juarez castro escreveu: Grande abraço
abs.
Carvalho, me desculpe, a missão até hoje não foi definida., e ainda durante a elaboração da EN e do Livro Branco não foram estabelecidos as rubrica de onde sairiam os recursos para comprar manter e operar, se tu me apontar aonde está escrito isto lá te pago um churrasco.
Carvalho os que alguns chefes militares fizeram , na minha modesta opinião foi se atirar que nem porco em lavagem quando viram o Babalorixá de Garanhuns prometer a mundos e fundos a todos, mas alguns mais céticos e realistas foram com muita calma ao pote e deu no que deu, qualquer um destes comandantes com cursos de estado maior, estratégia, EGN, Nasa, Administração e pqp não sei mais o que sabiam perfeitamente aonde estavam pisando, agora aguentem.....Tenho muita pena do Almirante Leal, é um bom homem montado num rabo de foguete.....

Grande abraço




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