Fórum Defesa Brasil

faterra escreveu: ↑Seg Mai 17, 2021 1:37 pm Uai! E os 500 milhões que o Bozo disponibilizou para a compra das duas? Demorou, dançou?
Não estava na mão?

Se fossem 500 milhões de dólares eu daria alguma atenção a ele, mas se ele falou em reais, então esquece. Isso não compra nem o CLS dos aviões

FCarvalho escreveu: ↑Seg Mai 17, 2021 1:55 pm

ECorreia escreveu: ↑Seg Mai 17, 2021 1:39 pm FCarvalho,
"aquisição de 02 (duas) aeronaves estratégicas de transporte e reabastecimento em voo"

Não está claro para você?

Está claro que a proposta é a compra de aeronaves que possam dispor da capacidade de transporte e reabastecimento.
Se isto puder ser feito de imediato com aviões 'KC' usados, ótimo. Mas se não for possível, bem, existem possibilidades outras como argumentei acima.
Claro que no que depender da FAB a melhor forma de resolver esta situação é a aquisição de um KC pronto. Mas, alguém sabe quanto o cmte da FAB tem no bolso para garantir esta solução neste momento?
Há recursos disponibilizados. O que não se sabe é de onde foram tirados e qual o valor.
Um A330 MRTT mesmo usado não custa menos do que US 250 milhões. Ou seja, onde foram buscar mais de 2,6 bilhões de reais - só os aviões - para esta aquisição? Como fizeram para o ministro da Fazenda aquiescer tal quantia? De onde saiu estes recursos que não estão previstos no orçamento da FAB e nem de longe passa pelo MD?

O Sr. está equivocado. Nos contratos de aquisição do A330 MRTT de 2015 em diante o custo unitário da aeronave nova ficou entre €240 e 275 milhões. O Diário Oficial da União foi claro sobre a aquisição de uma aeronave de transporte e reabastecimento em voo.

Eita!!!
Pelo andar da carruagem vai nem comprar 1!
R$ 500 milhões???? Não dá nem US$ 100 milhões!

Que pindaíba!
O jeito é se amarrar em uma rabiola e deixar arder! Se é que querem mesmo comprar 1 unidade.

Esses 500 milhões foi na live do presidente , mas não se sabe se houve mudanças de alocações de verbas , até pq é uma compra emergencial e de aviões usados...

ECorreia escreveu: ↑Seg Mai 17, 2021 3:01 pm O Sr. está equivocado. Nos contratos de aquisição do A330 MRTT de 2015 em diante o custo unitário da aeronave nova ficou entre €240 e 275 milhões. O Diário Oficial da União foi claro sobre a aquisição de uma aeronave de transporte e reabastecimento em voo.

Olá ECorreia.

A partir dos números apontados por si, em valores atualizados, um A330 MRTT novo estaria custando, genericamente, entre US$ 293 e US$ 335,5 milhões a unidade. Se considerarmos a inflação do período e outros pormenores econômicos influentes, então é possível que o que apontei antes está mais ou menos dentro da realidade a depender da aeronave em si e de sua procedência.
Dependendo de quem seja o fornecedor e a moeda oficial de negócio, se Euro ou Dólar, e aí penso que a comissão da FAB em Washington é que deve fazer o trabalho de negociação, não vamos gastar menos do que US$ 700 a 800 milhões de dólares em apenas duas aeronaves, ainda que usadas.
Ainda há de considerar que esta aquisição deva cobrir também um contrato adicional de CLS, tratado em separado, partes e peças suplementares para operação iniciail, treinamento e formação de pessoal técnico e equipagens de bordo. Tudo isso adiciona valores nada desprezíveis ao negócio.
Agora, transporte e reabastecimento é missão, e não a aeronave em si. A FAB quer aviões que possam desempenhar estas missões. Se elas virão já condicionadas para a realizar as mesmas de imediato, depende das propostas que serão ofertadas. Não disse que elas não seriam outra coisa, apenas alertei para o fato de que a depender dos recursos disponíveis e das ofertas que forem aceitas, podemos comprar aviões para uso em missões de transporte (pax/cargo), hoje na minha opinião a prioridade da FAB, e posteriormente aproveitá-los e transformar também em Revo. São questões meramente de contexto. Tudo depende do que será oferecido.
Não esquecer que teremos uma licitação internacional. Haverá mais de uma oferta, supõe-se. E sendo assim, e se esta compra não tratar-se de uma compra arranjada com antecedência, então teremos o que ver e pensar sobre o que nos for ofertado. E independente de quem, quanto e como nos chegar as mãos, certamente que todas as opções terminarão em aeronaves com capacidade de realizar transporte e reabastecimento em voo.
Só não sabemos, ainda, se com todas estas capacidades aferidas, ou se algo poderá ser acrescido mais para frente.

Do site da Airbus com informações sobre custos de aeronaves em 2018. A variação dos valores pode ser considerada pequena. E os efeitos da pandemia podem ter levado estes preços para baixo, ainda que aviões novos de fábrica.

A330-200 > US$ 238.5
A330-800 (neo) > US$ 259.9
A330-200 Freighter > US$ 241.7
A330-300 > US$ 264.2
A330-900 (neo) > US$ 296.4

Devidamente corrigida a informação.

FCarvalho escreveu: ↑Seg Mai 17, 2021 7:41 pm

ECorreia escreveu: ↑Seg Mai 17, 2021 3:01 pm O Sr. está equivocado. Nos contratos de aquisição do A330 MRTT de 2015 em diante o custo unitário da aeronave nova ficou entre €240 e 275 milhões. O Diário Oficial da União foi claro sobre a aquisição de uma aeronave de transporte e reabastecimento em voo.

Olá ECorreia.

A partir dos números apontados por si, em valores atualizados, um A330 MRTT novo estaria custando, genericamente, entre US$ 293 e US$ 335,5 milhões a unidade. Se considerarmos a inflação do período e outros pormenores econômicos influentes, então é possível que o que apontei antes está mais ou menos dentro da realidade a depender da aeronave em si e de sua procedência.

Como o Brasil irá adquirir aeronaves usadas é muito difícil quantificar o valor que pagará numa eventual aquisição do A330 MRTT se ocorrer. Vamos usar os da RAF como exemplo: há aeronaves já com 10 anos de operação e há aeronaves com apenas 5 anos.

Se os britânicos oferecessem Voyagers KC-2 com 10 anos de utilização num valor apenas 20% menor com relação a uma nova com certeza a FAB não aceitaria pelo custo-benefício. Valeria à pena ir atrás de outra opção.

Não conheço os proponentes do KC-X3. Fiz uma conjectura.

FCarvalho escreveu: ↑Ter Mai 18, 2021 8:52 pm Do site da Airbus com informações sobre custos de aeronaves em 2018. A variação dos valores pode ser considerada pequena. E os efeitos da pandemia podem ter levado estes preços para baixo, ainda que aviões novos de fábrica.

file:///C:/Users/Flavio%20Carvalho/Downloads/Airbus-Commercial-Aircraft-list-prices-2018.pdf

Túlio escreveu: ↑Ter Mai 18, 2021 10:38 pm

FCarvalho escreveu: ↑Ter Mai 18, 2021 8:52 pm Do site da Airbus com informações sobre custos de aeronaves em 2018. A variação dos valores pode ser considerada pequena. E os efeitos da pandemia podem ter levado estes preços para baixo, ainda que aviões novos de fábrica.

file:///C:/Users/Flavio%20Carvalho/Downloads/Airbus-Commercial-Aircraft-list-prices-2018.pdf

Se queres que a tigrada ENTRE nas buenas (no teu computador pra ler um PDF, não sintas MALDADE ) primeiro tens que abrir bem A BACKDOOR ...

ECorreia escreveu: ↑Ter Mai 18, 2021 10:15 pm Como o Brasil irá adquirir aeronaves usadas é muito difícil quantificar o valor que pagará numa eventual aquisição do A330 MRTT se ocorrer. Vamos usar os da RAF como exemplo: há aeronaves já com 10 anos de operação e há aeronaves com apenas 5 anos.
Se os britânicos oferecessem Voyagers KC-2 com 10 anos de utilização num valor apenas 20% menor com relação a uma nova com certeza a FAB não aceitaria pelo custo-benefício. Valeria à pena ir atrás de outra opção.
Não conheço os proponentes do KC-X3. Fiz uma conjectura.

Olá ECorreia.

Sem problema. A ideia aqui é debater, conjecturar. Toda fala, troca de opinião e pontos de vista é importante para um fórum de debates.
Até o presente momento, indiferentes as interpretações que se tenha sobre o descrito no DOU, fato é que a FAB quer um avião para substituir os KC-137 cobrindo as mesmas funções deles e quiçá algo mais.
No mercado, em termos práticos há o Boeing 767 e o Airbus A330-200 como opções. Se novos ou usados, prontos ou a depender de serem transformados agora ou no futuro, teremos que esperar pelas ofertas a serem recebidas. Então teremos maior claridade sobre valores e custos.
Como disse antes, Boeing, Airbus e IAI estão aptas a "produzirem" aviões do tipo KC a partir das células usadas ou novas. É provável que estas empresas apresentem propostas. Apesar de se estar cotando, no momento, apenas 2 aeronaves. Mas este julgo é apenas um passo inicial.
Por fora, seria até possível que a Rostec apresentasse o IL-78 mas sabemos que seria mais por questão de marketing político ou comercial do que propriamente por crer numa eventual(impossível) vitória.
Como reflexão, a FAB pode utilizar os mesmos parâmetros que lançou no KC-X2 onde os aviões teriam, grosso modo, até 10 anos de fabricação e 5 mil ciclos no máximo. Vou procurar a informação correta. Ainda é um referencia bastante exigente, mas ao contrário daquela então compra, hoje é possível antever mais e melhores opções dentro destes requisitos para a aquisição de aeronaves.
Temos mais opções agora do que antes. E por preços, quiçá menores do que os apresentados anteriormente naquela concorrência.
Que assim seja. Melhor para nós.

Se for um avião com 10 anos de uso , estamos no lucro ,os sucatões voaram por 40 anos ou mais ...

gogogas escreveu: ↑Qua Mai 19, 2021 2:30 pm Se for um avião com 10 anos de uso , estamos no lucro ,os sucatões voaram por 40 anos ou mais ...

Ah, a Fedex vai aposentar os seus DC-10 em 2023. Eles começaram a ser operados em 1986. Serão 37 anos de operação, e lucrando com isso!
O KC-137 morreu por impossibilidade de operar em vários aeroportos do mundo sem pagar multas de barulho e poluição, e pela falta de um programa de manutenção eficiente (talvez por falta de interesse, mas principalmente por falta de intere$$e).
Se esses eventuais A330 vierem com um pacote de manutenção decente firmado, eles vão chegar longe dentro da FAB.

Se fosse adquirido A330 MRTT com 10 anos de uso ficaria bastante satisfeito.

Se a RAF/Airbus nos venderem os 8 KC-330 da AirTanker ficarei imensamente satisfeito até o dia do meu enterro, daqui sabe-se lá quantos dias, semanas, meses ou anos. Com certeza estes aviões irão permanecer em serviço na FAB muito tempo depois que eu me for deste plano existencial excêntrico e complicado.