Página 7 de 8
Enviado: Ter Mai 04, 2004 2:33 pm
por VICTOR
Balena escreveu:Fato já noticiado: O traficante tentou empregar o artefato bélico de nome granada de bocal contra a viatura da PM
“... Os policiais foram surpreendidos por um homem que, de cima de uma laje, tentou atingi-los com uma granada de bocal disparada por um fuzil FAL, de uso exclusivo das Forças Armadas. Segundo informaram os PMs, eles sobreviveram somente porque o marginal não sabia como empregar corretamente o armamento...” nas palavras da reportagem / A ignorância que o marginal possui acerca do seu armamento é tamanha, certamente tentou efetuar o disparo com a granada de bocal sem antes realizar algumas manobras básicas. Desconhece a existência de cartuchos de lançamento e a função do cilindro de gases no tiro com granada de bocal. Hehehehe!
- Fato já noticiado: Na tentativa de lançar uma granada contra a guarnição da PM...
“... Um marginal se feriu gravemente ontem na tentativa de lançar uma granada M1 (de uso do Exército) contra uma guarnição da PM no morro do Borel...” / Segundo apurei, o marginal havia lançado contra os policiais o grampo da granada (ou pino), ficando com a granada propriamente dita em seu poder até o momento da detonação / Sem comentários – detalhe, houve êxito letal (termo médico para morte) da lesão traumática. Hehehehe!
A que ponto chegamos... Já pensaram se o imbecil soubesse usar o dispositivo?!
Espero que as medidas de Lula (arregimentar mais gente para o EB) não acabem resultando na criação de um "estágio" em técnicas de combate para os bandidos.
Balena escreveu:“Tenho mais medo de homens vestidos de ´terno Armani` do que de “malacos” armados com fuzil”
Os primeiro matam muito mais - vide o quanto de dinheiro é roubado dos cofres públicos em favorecimento nas licitações e/ou nas obras superfaturadas. Imagine se esse dinheiro fosse investido na saúde. Quantas vidas poderia salvar? Imagina, agora, esse dinheiro investido também na educação. Quantas vidas iria salvar? Muito mais, eu acredito; pois, a ignorância também mata. Um povo ignorante não tem perspectivas para o futuro assim como não tem mobilidade social. A educação é uma das ferramentas que permite ao pobre ascender socialmente e vir a ocupar o lugar dos ricos.
Certeza. O que daria pra fazer com a grana que eles querem enfiar nos cargos desnecessários para vereador?
Enviado: Qua Mai 05, 2004 11:39 am
por Balena
Prezados colegas de fórum,
Fiquei profundamente incomodado com a manchete que apareceu hoje na Folha e em outros principais jornais do país:
"Exército atua no Rio em uma semana, diz ministro"
Preparem-se...
Na matéria da Folha, inclusive ele cita o emprego de 5.600 homens possivelmente oriundos da Bda Op Esp e da Bda Inf Pqdt, a matéria não faz menção ao emprego concomitante de fuzileiros navais.
O comando de todas operações a serem desenvolvidas no TO Urbano ficará nas mãos do Excelentíssimo General de Exército Manoel Luiz Valdevez de Castro que também deterá o comando operacional da PMERJ enquanto durarem as ações.
Os aspectos burocráticos da operação estão sendo negociados com a governadora do Rio (Rosinha Matheus) e com o secretário de Segurança Pública Anthony Garotinho que, já aceitaram a condição fundamental: "O controle das operações será do Comando Militar do Leste (CML)".
A matéria ainda cita que as ações do EB serão "pontuais" em conjunto com a PMERJ.
Hahahaha!
Perdemos o elemento surpresa por incompetência de cidadãos que nunca envergaram a farda de nossas FFAA e se dizem entendidos de operações militares.
:lol:Aguardem os resultados, vide eventos anteriores:lol:
O que realmente vai acontecer depois que a "banda" passar (em alusão à música "A Banda" de Chico Buarque de Hollanda):
1) Processos contra militares por invasão de domicílio.
2) Desmontagem temporária da estrutura do crime organizado que irá se retrair para áreas mais "seguras" ficando num estado hibernante pronto para despertar assim que a "cavalaria" passar. hahahaha
3) Desgaste da imagem de nossas já combalidas FFAA frente a opinião pública
4) Ridicularização das FFAA nos meios audiovisuais por parte da nossa imprensa dual e oportunista
5) Isso inclusive irá abrir espaço para que boçais intelectulóides teçam seus brilhantes comentários, sem mencionar os "analistas militares" convocados de última hora pra comentar as ações do EB no TO.
Vai dar muito espaço pra colunista de segunda e pra conversa de butiquim, aguardem.......
Eu sou da opinião de que pequenas ações de comandos pontuais seriam capazes de remover os "cabeças" e de tabela alguns dos seus comparsas que por azar se encontrarem no lugar errado.
Enviado: Qua Mai 05, 2004 9:34 pm
por Clermont
Segunda-feira que vem, três ministros federais (Justiça, Defesa e Articulação Política) estarão no Rio com nossa deliciosa governadora. Parece que o Exército vem aí, mesmo. Mas só vem com dois batalhões (o de FE, e o de "Comandos".)
Posso estar enganado (duvido!) mas tudo o que os cariocas terão, é mais um "7 de setembro" fora de época. Sem maiores conseqüencias. Não entra na minha cabeça o que é que uma força de menos de 2 mil homens (ainda que fossem o dobro, ou o triplo) pode fazer que a PM, com uns 30 mil homens; ou a Civil com uns 5 mil não estão conseguindo fazer.
Agora, o que mais me espanta é o seguinte: para uma força que irá compreender uns dois batalhões (talvez mais um terceiro da brigada de pára-quedistas) o Exército irá enviar de contra-peso, um general quatro-estrelas. E esse irá "comandar" as eventuais operações conjuntas.
Gostaria muito de que alguém tentasse me convencer da razão pela qual o atual comandante da PM (em minha opinião, muito fraco) que lidera mais de vinte batalhões, com mais de 25 mil homens precisa ser posto sob as ordens de um general que comanda dois ou três batalhões, com uns 2 mil. E eu também preciso ser convencido de que um general do Exército bisonho em ações policiais (e todos eles, sem exceções são bisonhos, pois nunca estiveram, de madrugada dando "batida" na Vila Mimosa) é mais competente do que um coronel da PM, que foi formado em ações nos piores buracos do Rio de Janeiro.
Vcs podem achar isso uma grande besteira. Mas eu lembro de um tenente veterano da PMERJ, que analisou o comportamento de uns homens da elite da PM de Minas Gerais, enviados para reforçar a Eco-92. Ele disse: "Pois é, fulano, se botar esses caras na "madruga" do Rio, eles não ficam vivos nem uma semana!" Por sinal, na época, um pessoal da Federal de Brasília, entrou onde não devia, e acabou cheio de balas. Seria preciso tempo, para que pessoas de fora da área, consigam se ambientar nas áreas de operação. E não sei se essa nova intervenção irá durar tanto assim.
E o mesmo valeria para o delegado que chefia a Polícia Civil. Nesse caso, então, é escandalosa a idéia de que um general possa lhe dar ordens.
Mas isso é bem feito para esses coronéis da PM. Toda vez que se menciona a possibilidade de se retirar as PM do controle do militares (acabando com essa tolice de "reservas do Exército"), eles matam essa idéia no Congresso, através dos seus "lobbies".
Alguém pode dizer: "Pô, Clermont, tu tá muito pessimista"! E não tenho motivos?
No mesmo dia em que se anunciam tais medidas, os bandidos que controlam a jogatina dos "bingos", conseguem que o Senado da República derrube uma das poucas coisas boas que a Administração Lula fez.
Amanhã, os "bingos" estão abertos, e a turma que usa "terno Armani" pode continuar suas operações de lavagem do dinheiro do tráfico de entorpecentes e de armas.
É desse modo que os Poderes da República querem combater o banditismo?
Infelizmente, irá levar muitas décadas para que esse país se torne algo diferente. Com certeza, não vou estar vivo pra ver isso.
Uma pena...
Enviado: Qui Mai 06, 2004 12:16 am
por Balena
Prezado Clermont,
Concordo e discordo do senhor quando diz:
Posso estar enganado (duvido!) mas tudo o que os cariocas terão, é mais um "7 de setembro" fora de época. Sem maiores conseqüências. Não entra na minha cabeça o que é que uma força de menos de 2 mil homens (ainda que fossem o dobro, ou o triplo) pode fazer que a PM, com uns 30 mil homens; ou a Civil com uns 5 mil não estão conseguindo fazer.
Que vai ser mais um 7 de setembro vai, não pela simples presença da tropa, mas pela perda do elemento surpresa essencial em qualquer operação militar.
Quanto a fazer melhor que os Órgãos de Segurança Pública do seu Estado com apenas 2 mil homens como diz, eu acho possível. Vocês têm que entender que as tropas a serem empregadas são a Elite da Elite das nossas FFAA (não são Deuses), mas são bem melhores que o BOPE e CORE (não querendo menosprezá-los de forma alguma), por exemplo. A força é desproporcional, e pode saber, podem morrer até mais civis do que numa ação policial comum, pois as perdas de civis são efeitos colaterais previstos em qualquer operação de cunho MILITAR.
E na minha opinião, essa moçada do CV, TC, ADA e outros já fugiram há muito tempo e devem ta tudo com diarréia precoce numa hora dessas.
O problema é que o EB não poderá agir com Força Máxima pra cima dos "MALACO", fazendo pequenas e rápidas incursões para neutraliza-los (destruí-los). Isso é fruto das limitações impostas pela nossa sociedade, que pena...
Clermont escreveu: Gostaria muito de que alguém tentasse me convencer da razão pela qual o atual comandante da PM (em minha opinião, muito fraco) que lidera mais de vinte batalhões, com mais de 25 mil homens precisa ser posto sob as ordens de um general que comanda dois ou três batalhões, com uns 2 mil. E eu também preciso ser convencido de que um general do Exército bisonho em ações policiais (e todos eles, sem exceções são bisonhos, pois nunca estiveram, de madrugada dando "batida" na Vila Mimosa) é mais competente do que um coronel da PM, que foi formado em ações nos piores buracos do Rio de Janeiro.
Quanto à forma desrespeitosa como citou o Excelentíssimo General de Exército Manoel Luiz Valdevez de Castro, comandante do Comando Militar do Leste, qualificando-o de BISONHO em ações policiais eu digo que discordo. O General Castro não precisará participar diretamente dos combates se esses ocorrerem, pois não é sua função. Posso lhe dizer que os cursos de Estado Maior feitos na ECEME, na ESG e nas outras Forças Singulares, habilitam o General Castro ao comando de qualquer tipo de operação militar terrestre, de guerra e/ou policial. Isto também se aplica aos subordinados do General Castro que estarão no comando das tropas no TO.
Sou contra o emprego das FFAA, porque o inimigo não é digno de lutar contra os militares... Pra falar a verdade os Narcotraficantes já fugiram há muito tempo, eu acho que tiveram diarréia precoce. Hahahahaha! Semana que vem vamos ver se eles vão querer peitar o EB.
Clermont escreveu: Vcs podem achar isso uma grande besteira. Mas eu lembro de um tenente veterano da PMERJ, que analisou o comportamento de uns homens da elite da PM de Minas Gerais, enviados para reforçar a Eco-92. Ele disse: "Pois é, fulano, se botar esses caras na "madruga" do Rio, eles não ficam vivos nem uma semana!"
Você num lembra da época em que os policiais civis do DEOESP daqui libertaram seqüestrado de cativeiro lá no Rio. E olha que foi desse mesmo DEOESP que o tal Fernandinho Beira Mar fugiu pela porta da frente. Hahahahaha! Uma engraçada contradição não acha??? Aliás esse cara era problema do Estado do Rio de Janeiro não era??? Ninguém quer ficar com ele, coitadinho, ele vai ficar sozinho. Kkkkkkk!!!
Clermont escreveu:E o mesmo valeria para o delegado que chefia a Polícia Civil. Nesse caso, então, é escandalosa a idéia de que um general possa lhe dar ordens.
Não acho nada escandaloso, se for preciso as FFAA vão intervir onde for necessário... O delegado chefe da Polícia Civil também sabe que o General Castro também cumpre ordens e que também não irá trata-lo como um militar subordinado. E tem mais, eu não vi em lugar nenhum falando que o EB iria comandar a Polícia Civil, eu vi que ele iria controlar a PMERJ somente enquanto durarem as operações no TO Urbano.
Clermont escreveu: Mas isso é bem feito para esses coronéis da PM. Toda vez que se menciona a possibilidade de se retirar as PM do controle do militares (acabando com essa tolice de "reservas do Exército"), eles matam essa idéia no Congresso, através dos seus "lobbies".
Pra acabar com status de Força Auxiliar da PM, a mesma tem que ser desmilitarizada, mas isso dá discussão pra outro fórum que considero bem interessante.
Clermont escreveu:Alguém pode dizer: "Pô, Clermont, tu tá muito pessimista"! E não tenho motivos?
Eu também to pessimista quanto à operação, mas não por causa da possível incompetência do EB em ações policiais e sim pela perda do elemento surpresa.
Posso até estar equivocado...
Enviado: Qui Mai 06, 2004 1:14 am
por Vinicius Pimenta
Acho o seguinte.
O Exército não pode ficar sob o comando da PM. Se a PM do Rio quer chamar as tropas federais, isso em tese significa que ela não pode dar conta do recado. Se os federais estão aqui, já que foram chamados, eles devem comandar tudo mesmo. É uma intervenção. Se as tropas federais tiveram que ser chamadas, isso mostra que a incompetência da Sr. "Governadora" e de sua PM passou dos limites. Então é necessário que gente de fora assuma as rédeas da situação.
Outra, querendo ou não o BOPE é muito mais bem preparado para invadir favelas do que o BFEsp. Por que? Simples, o BFEsp tem o treinamento de destruição, de matar, de ser usado como EXÉRCITO, já o BOPE tem o treinamento de POLÍCIA.
Espero que os governos não se arrependam de mandar o EB, e que depois, se der alguma m, a bomba não venha estourar nas mãos do nosso Exército. Continuo sendo radicalmente contra a presença do Exército no Rio enquanto ele tiver que atuar como Polícia! Agora, se ele puder atuar como EXÉRCITO, aí ele é bem vindo.
Recomendo o filme "Nova York Sitiada", mostra bem o que é um atuação de Exército.
Enviado: Qui Mai 06, 2004 7:25 am
por Slip Junior
Clermont escreveu:Mas eu lembro de um tenente veterano da PMERJ, que analisou o comportamento de uns homens da elite da PM de Minas Gerais, enviados para reforçar a Eco-92. Ele disse: "Pois é, fulano, se botar esses caras na "madruga" do Rio, eles não ficam vivos nem uma semana!" Por sinal, na época, um pessoal da Federal de Brasília, entrou onde não devia, e acabou cheio de balas. Seria preciso tempo, para que pessoas de fora da área, consigam se ambientar nas áreas de operação. E não sei se essa nova intervenção irá durar tanto assim.
Clermont, parece que o pessoal do EB sabe disso...
06/05/2004 - 04h26
Exército diz que não subirá o morro no Rio
IGOR GIELOW
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O Exército não participará de operações ofensivas --o popular "subir no morro"- para trocar tiros com bandidos, no Rio de Janeiro. Irá concentrar-se em ações de inteligência, apoio à polícia, cerco e eventual ocupação e varredura das favelas após conflitos.
A afirmação é do chefe do Centro de Comunicação Social do Exército, general Augusto Heleno Ribeiro Pereira. Para ele, "não há solução militar" para o crime organizado no Rio, mas "o Exército fará sua parte" na tentativa de minimizar o problema.
A declaração de Pereira dá contornos técnicos ao discurso do governo federal, que tenta dar uma resposta política à questão da segurança pública no Rio por considerar que o ônus de imagens como a de um corpo em carrinho de mão acaba recaindo sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ainda que, constitucionalmente, o assunto seja estadual.
Ou seja, os militares podem até subir o morro, mas não querem fazer isso atirando --esse será trabalho da polícia. De todo modo, o formato final da operação será apresentado na semana que vem, e prevê a ação imediata.
Em nota divulgada ontem, o Ministério da Defesa afirma que, "eventual e episodicamente", poderão ser realizadas ações conjuntas com as polícias "em regiões previamente delimitadas, com o objetivo de resgatar armamentos das quadrilhas organizadas que atuam na cidade".
O Exército sempre se opôs a essas ações, mas a escalada da violência levou à percepção política de que é necessário fazer algo. Se os militares vão cuidar da força de paz da ONU no Haiti, que coincidentemente deverá ser coordenada pelo mesmo general Heleno, por que não fazer nada no Rio?
De qualquer forma, os militares querem limitar seus riscos. Heleno argumenta baseado na experiência da Operação Rio, em 1994, quando o Exército ocupou favelas. "Não é conveniente subir morro. A operação urbana para a qual somos treinados é de guerra, na qual você pode fazer qualquer coisa com o inimigo, jogar uma granada na casa e entrar atirando. Não é o caso no Rio."
Segundo Heleno, o Exército terá o chamado controle operacional da ação, mas isso não significa que fará o trabalho da polícia. "Quem vai subir o morro é a polícia, porque eles conhecem a situação", diz. O Rio tem cerca de 40 mil policiais. O Exército prevê que serão utilizados os cerca de 4.000 soldados que haviam sido pedidos pela governadora Rosinha Matheus (PMDB).
Serão todos baseados no Rio, e, segundo Heleno, não haverá participação de batalhões de outros Estados, como chegou a ser especulado. A Brigada de Operações Especiais do Rio deverá colaborar com a maior parte dos soldados.(*)
O general vê um fantasma pairando sobre todo o planejamento: o das conseqüências jurídicas, já que o Exército só pode exercer funções de polícia em casos de exceção, como estados de sítio ou quando um governador diz ter esgotado seus recursos.
Nos meios militares, há a preocupação com a possibilidade de, eventualmente, soldados matarem inocentes na ação --como na ocasião em que um professor foi morto num bloqueio quando o Exército foi às ruas no Rio.
Fonte:
Folha Online
(*): A Brigada de Operações Especiais não fica em Goiânia?!
Abraços
Enviado: Qui Mai 06, 2004 11:39 am
por Vinicius Pimenta
Fica, eles confundiram com o Brigada Páraquedista.
O mais engraçado foi o que eu li ontem. Em vez de escrever Brigada de Infantaria Pára-quesdista, um jornalista esreveu: "e atuarão no Rio apenas soldados profissionais da Brigada de Infantaria e da Pára-quedista! hahah, são duas...
Enviado: Qui Mai 06, 2004 12:00 pm
por Clermont
O Exército não pode ficar sob o comando da PM. Se a PM do Rio quer chamar as tropas federais, isso em tese significa que ela não pode dar conta do recado. Se os federais estão aqui, já que foram chamados, eles devem comandar tudo mesmo. É uma intervenção. Se as tropas federais tiveram que ser chamadas, isso mostra que a incompetência da Sr. "Governadora" e de sua PM passou dos limites. Então é necessário que gente de fora assuma as rédeas da situação.
Mas há uma diferença fundamental:
não é uma intervenção, no sentido estrito do termo. O governo federal não está substituindo o governo estadual. As tropas federais estão chegando à pedido da Governadora Rosinha.
Se fosse mesmo uma intervenção federal, de acordo com os ditames da Constituição, nada a discutir. A força federal assume. Como não é o caso, eu continuo não concordando, por princípio, com a idéia de um general (e continuo afirmando, bisonho) dando ordens à policiais.
E tem mais: na minha opinião, se houvesse intervenção federal, ainda iria preferir que as ordens de Brasília viessem pelas mãos de algum chefe experiente da Polícia Federal. Daí que seria bom, tratar logo de reorganizar esse órgão; e criar uma força de segurança ostensiva dentro dele, conforme sugestão do próprio Balena, em outro tópico.
Eu acredito que soldados são soldados, e policiais são policiais.
Enviado: Qui Mai 06, 2004 1:07 pm
por Vinicius Pimenta
Aí que está Clermont. Acabei de ver no RJTV, teria que ser decretada uma intervenção federal no Rio para que as tropas viessem.
De qualquer forma, continuo com a minha opinião, se eles estão sendo chamados é porque o governo carioca não dá conta, então, eles (os federais) devem comandar tudo mesmo.
Até porque, onde já se viu tropas federais ficarem subordinadas a um governo estadual? Estaríamos mais ainda desviando a função do Exército. Ele estaria sendo comandado como se fosse uma polícia. Isso não tem cabimento.
Enviado: Dom Mai 09, 2004 10:51 pm
por Spetsnaz
Domingo, 9 de maio de 2004, 17h36 Atualizada às 18h20
Exército começa a operar nesta segunda no RJ
Ainda sem uma forma de atuação definida, as Forças Armadas brasileiras iniciam o trabalho de combate ao narcotráfico e à violência na cidade do Rio de Janeiro nesta segunda-feira. A presença o Exército na cidade foi um pedido da governadora Rosinha Matheus (PMDB) ao governo Federal.
Porém, às vésperas do início do trabalho, o ministro da Defesa, José Viegas, procurou deixar claro que a presença das tropas federais no Rio de Janeiro não representa intervenção no Estado.
Nesta segunda-feira, haverá um encontro, no Palácio Guanabara, de representantes do Exército e do governo estadual para definir as operações. Os ministros da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e da Articulação Política, Aldo Rebelo, também participam da reunião.
Neste domingo, a governadora Rosinha Matheus, se disse otimista com a presença das Forças Armadas no auxílio ao combate ao crime em seu Estado.
"Será uma ação integrada, em que o Governo Federal auxiliará na fiscalização das fronteiras, na liberação de verbas para a contrução de quatro novos presídios e em áreas que são da sua alçada no combate ao crime", disse.
Segundo o Viegas, a atuação do Exército se dará em conjunto com as polícias Civil e Militar do Estado. Viegas admitiu que, além da Brigada de Infantaria de Pára-Quedistas, outras tropas poderão ser usadas.
De acordo com Viegas, a colaboração, em um primeiro momento, se dará em operações específicas e na elaboração de estratégias de combate ao crime, a serem utilizadas pela força policial do Rio de Janeiro.
A chegada das forças federais no Rio de Janeiro foram requisitadas a partir do confronto entre traficantes do Morro do Vidigal e da favela da Rocinha, iniciados há exatamente um mês no Rio de Janeiro. Somente nos primeiros dias, foram mais de dez mortos, entre traficantes e civis.
No dia 14 de abril, Luciano Barbosa da Silva, o Lulu, que segundo a polícia era o chefe do tráfico de drogas na favela da Rocinha, foi morto por policiais, após denúncia anônima que apontou o lugar onde ele se escondia no morro.
No final de abril, a governadora Rosinha pediu diretamente ao presidente Lula o envio das forças armadas para ajudar no combate à violência no Rio, ainda que de forma provisória.
Redação Terra
Enviado: Sex Jun 11, 2004 12:58 pm
por Balena
No Rio, tráfico tem 2.500 fuzis
DA SUCURSAL DO RIO
Folha de São Paulo
A Polícia Civil do Rio de Janeiro estima que os traficantes das 80 principais favelas e complexos da capital tenham, juntos, pelo menos 2.500 fuzis em seus arsenais.
O levantamento foi elaborado com base em informações prestadas pelo serviço de inteligência da corporação e de informantes da polícia que moram nas comunidades carentes.
Os maiores arsenais estariam concentrados nas favelas consideradas quartéis-generais das principais facções criminosas.
De acordo com o estudo, o complexo de favelas do Alemão, na zona norte carioca -tido como base do CV (Comando Vermelho)-, possui o maior arsenal, com 200 fuzis.
Considerada a favela que registra o maior faturamento com o comércio de drogas no Rio de Janeiro (cerca de R$ 50 milhões mensais), a Rocinha, na nobre região de São Conrado (zona sul), contaria com o segundo maior arsenal (180 fuzis).
O mesmo número desse tipo de armamento teriam as favelas de Senador Camará (zona oeste), como o Rebu e a Coréia, controladas pelo traficante Róbson André da Silva, o Robinho Pinga, chefe do TCP (Terceiro Comando Puro).
Foi em uma casa em Senador Camará que, no dia 20 de abril, a polícia encontrou um arsenal com oito minas terrestres, 161 granadas e 19 mil munições.
Em terceiro lugar aparece o complexo da Maré, na zona norte, com 170 fuzis. O complexo é formado por 17 favelas nas quais o tráfico é dividido entre três facções criminosas inimigas.
Os policiais encarregados da pesquisa admitiram a possibilidade de o número de fuzis ser maior ou menor do que o calculado porque é grande o deslocamento de armas de uma favela para outra.
Origem no Paraguai
De acordo com as investigações, grande parte dos fuzis foi contrabandeada do Paraguai e começou a ser adquirida pelo tráfico no início da década de 1990. Nos últimos anos, no entanto, os traficantes também passaram a invadir quartéis das Forças Armadas e a atacar policiais nas ruas para obter novas armas.
Em maio, por exemplo, traficantes invadiram um depósito da Aeronáutica na zona norte do Rio de Janeiro. Levaram 22 fuzis.
Enviado: Sex Jun 11, 2004 1:08 pm
por Balena
Prezados colegas,
Somente o EB possui atualmente 169.978 homens em armas.
O armamento leve (pistolas, fuzis e metralhadoras de mão) é calculado em aproximadamente 500 mil unidades; sendo que, desses, aproximadamente 300 mil são de Fuzis.
Se necessário for colocaremos todo este patrimônio do povo brasileiro à disposição do mesmo para a organização da campanha militar terrestre e imediata destruição de um inimigo comum: os narcotraficantes fluminenses.
Não há como deter o avanço do EB. Ninguém deterá!!!
Principalmente quando se trata de um inimigo fraco tática, técnica e moralmente.
Como está a situação da PMERJ em armamentos??? Será que ela poderá evitar um futuro envolvimento das FFAA???
Tomara que sim...
Enviado: Sex Jun 11, 2004 6:23 pm
por Vinicius Pimenta
Não tenho números certos mas imagino que a PMERJ conta com mais do que 2.500 fuzis que supostamente teriam os bandidos.
Apreender os fuzis é o de menos. Fuzis são apreendidos com freqüencia. O pior é evitar o abastecimento de fuzis e munição. Não adianta a PMERJ apreender todos esses fuzis hoje, se amanhã novos forem chegar. Tem-se que evitar que eles cheguem no Rio. Isso deve ser feito nas fronteiras, estradas, portos e aeroportos pelo Brasil.
Enviado: Sáb Jun 12, 2004 12:30 am
por Balena
Prezados Colegas,
Infelizmente o Paraguai tem atuado como uma nação irresponsável, pois se tornou um dos grandes fornecedores de armamento leve para os movimentos de narcoguerrilha como as FARC e de narcotraficantes que afetam o Estado do Rio de Janeiro principalmente. Vide procedência de armamentos em uso por tais grupos e entenderá o que estou dizendo. As nações do Cone Sul devem, por sua vez, cobrar mais responsabilidade e atuação das autoridades paraguaias no sentido de evitar que este tipo de problema afete o restante do continente. Mas enquanto isso não ocorre, sugiro que blindemos a fronteira com o Paraguai empregando tropas federais e forças policiais. Outro ponto importante que seria importante passa pela urgente aprovação da "lei do abate", pois só assim os caças da FAB poderão neutralizar aeronaves hostis que se aventuram impunemente em nosso espaço aéreo. Sou contra atacar o Paraguai, mas frente uma nação irresponsável como eles, sugiro que sanções sejam adotadas afim de se evitar o live trânsito de material bélico pela fronteira.
Esta é minha opinião.
Enviado: Qui Jun 24, 2004 3:05 pm
por Slip Junior
Exército prepara tropa para atuar nas ruas
A 11ª Brigada de Infantaria do Exército, com sede em Campinas (95 km de SP), será a primeira unidade no país a ser adaptada para oferecer treinamento a militares que atuarão em problemas com a segurança pública, fazendo o trabalho de polícia estadual.
A tropa de Campinas contará com 4.500 homens. Há no país, além de companhias da Polícia do Exército, outros nove batalhões que possuem treinamentos semelhantes, mas não específicos para a atuação do Exército nas ruas.
Juntos, os batalhões e as companhias contam com 5.000 homens e estão em nove capitais (Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Recife, Brasília, Manaus, Campo Grande, Curitiba e Salvador).
O plano do Exército é treinar os homens em Campinas para atuar em casos de greve de policiais estaduais e também no auxílio da Polícia Militar, para o controle da ordem pública --como os bloqueios de estradas.
De acordo com o major Carlos Henrique Teixeira Costa, as intervenções do Exército serão esporádicas e ocorrerão por um curto espaço de tempo.
A alteração faz parte do plano de reestruturação do Exército brasileiro e deve começar a ser implementada em dezembro deste ano. O processo deve ser concluído em 2007.
Para atender à determinação do Comando do Exército, em Brasília, a 11ª Brigada de Campinas elaborou um projeto que prevê, por exemplo, a compra de novos armamentos. Saem os fuzis e as munições letais e agregam-se capacetes, armas de baixo calibre e munições de borracha.
A localização estratégica da cidade no país --com a facilidade de deslocamento e a proximidade com o Cavex (Comando de Aviação do Exército), em Taubaté-- e a infra-estrutura foram os principais fatores para a escolha da brigada de Campinas.
O plano de reestruturação prevê ainda o aumento do número de homens na Polícia do Exército e a concentração das unidades blindadas nos Estados do Sul.
Segundo o major, hoje, no Brasil, a unidade de Caçapava, no interior de São Paulo, é a única treinada para atuar internamente, mas não com funções da PM.
Pedidos de envio
De acordo com o Comando do Exército, o número de solicitações de atuação militar em grandes centros urbanos tem crescido. Só neste ano, o Exército já foi solicitado em três casos.
No Rio de Janeiro, o Exército brasileiro foi convocado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para atuar com força de polícia estadual.
A cidade vivia, há dois meses, uma guerra entre traficantes de morros rivais. O Exército foi acionado e cercou os morros.
Nas outras duas ocasiões, o Exército interveio a pedido dos governadores e sob a ordem da Presidência da República em situações de greve de policiais militares. Uma foi no Piauí e a outra foi em Minas Gerais, na semana passada.
A paralisação da PM mineira foi suspensa anteontem pelo comando de greve depois que saiu uma decisão judicial que considerou a greve ilegal.
A atuação do Exército como polícia é prevista no artigo 142 da Constituição Federal. No entanto as tropas não tinham treinamento específico para tal fim.
Segundo o Comando do Exército em Brasília, não se trata de criar uma nova grande unidade, e sim aproveitar a reestruturação em curso para também atender às novas demandas, de ações de garantia da lei e da ordem.
Fonte:
Folha Online
Abraços