Enviado: Sáb Abr 29, 2006 12:11 pm
E se tinham tanta pressa e necesidade de maior proteção, os M-41C dariam conta com bastante folga, sem gastar estes preciosos 10 mi.
Vinicius Pimenta escreveu:Mas que dificuldade de enteder. Que mané Charrua, M-41C. Eles precisam de blindados sobre RODAS. Não existe NENHUM PROJETO NACIONAL DO TIPO.
Luiz Bastos escreveu:... Ao que parece todos entendem que o CFN necessitam de um veiculo sobre rodas, apenas nao concordam com a pressa dos fuzileiros em comprar um produto importado e caro, ,quando poderiam usar os seus proprios urutus que estao encostados no quartel de Nicit (Niteroi).
O que a galera ta reclamando é da falta de apoio dos Fuzilecos à industria nacional, preferindo comprar produtos prontos e importados.
Luiz Bastos escreveu:Por acaso nós nao teriamos algum empresario ou empresarios patriotas o bastante para dar uma forçinha às forças armada, ja que o governo ta cagando para elas? Em outros paises eu sei que exitem.
artenobre escreveu:compram fora porque simplesmente nao existe nada similar sendo construido ou projetado por aqui
Porque não modernizaram os Urutus "navalizados" que já possuem (nem precisavam pedir emprestado ao EB) para mandar ao Haiti, como modelo provisório, até o projeto nacional (Urutu III) estar pronto?
Meu camarada.
Nao entrando no merito da questao, que alias parece que fui eu que levantei, poucas vezes eu li algo tao bem elaborado e apaixonante nos foruns que frequento. Voce está de parabens .
Piranha III 8x8 para o Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha Brasileira?
Expedito Carlos Stephani Bastos
Partindo do dito popular onde “há fumaça há fogo”, cogita-se que a Marinha do Brasil está adquirindo cinco veículos blindados sobre rodas 8x8 MOWAG Piranha III, sendo um na versão socorro e quatro para transporte de tropas diretamente dos Estados Unidos.
Há quem diga que os veículos são novos e outros que são usados e que serão enviados para o Haiti, onde opera o CFN – Corpo de Fuzileiros Navais.
Nada contra o veículo em questão, até porque ele é um sucesso internacional e gerou a família Striker operada em larga escala pelos Estados Unidos na guerra do Iraque junto com versões do modelo Piranha III em uso por outros integrantes das forças de coalizão que lá operam.
Raio X do Piranha III transporte de tropas e a versão socorro. A versão PIRANHA III transporte de tropas, foi testada pelo Exército Brasileiro durante um ano, entre 2000 e 2001, chegando a operar em conjunto com os nossos Cascavéis e Urutus em algumas manobras realizadas por algumas unidades, principalmente no sul do país.
Piranha III em testes no Exército Brasileiro em 2001, acompanhado de um EE-11 Urutu e um EE-9 Cascavel. O custo de cinco destes veículos é extremamente alto, visto que cada um deles hoje está na faixa de dois milhões e oitocentos mil dólares e sua manutenção e cadeia logística será um fardo a mais para o já combalido orçamento da Marinha Brasileira, dado também ao pequeno número a ser comprado e para o tipo de operação a que se pretente.
Nossa experiência no Haiti demonstrou que o veículo blindado EE-11 Urutu, 6x6, está tendo um excelente resultado, sendo inclusive operado também pela Jordânia, numa versão bem mais moderna que os repotenciados pelo Arsenal de Guerra de São Paulo e praticamente 50% dos mais modernos em operação no Exército Brasileiro lá se encontram, além de toda a infra-estrutura montada para dar suporte a estes veículos. (ver artigo: BLINDADOS SOBRE RODAS “MADE IN BRAZIL” NO HAITI – http://www.defesa.ufjf.br/arq/Art274.htm).
Em breve sairá um novo edital de concorrência para um blindado 6x6 que deverá equipar o Exército Brasileiro, com previsão de projeto, protótipos e pré-séries, tendo como base o nosso Urutu. Por que a Marinha não pode fazer parte e vir até a adquirir algumas unidades que sem dúvida servirão para as Missões de Paz e para outro tipo de emprego, barateando custos e tendo uma só cadeia logística?
Por que não adquirir seis unidades do EE-11 Urutu, zero quilômetro, que se encontram em poder da firma Universal, Importação e Comércio Ltda, do Rio de Janeiro, adquiridos da então massa falida da Engesa nos anos 90 e que estavam na linha de montagem para atender a um pedido da Jordânia?
Os veículos estão completos, e podem facilmente serem convertidos para a versão transporte de tropas, visto que foram fabricados para a versão porta-morteiro, que nem o EB possui. Eles são bem diferentes do modelo da amarga experiência da Marinha – primeira versão - nos anos 70, quando foram adquiridas seis unidades. Muitos dos problemas foram sanados e esta versão é bem superior àquela empregada pelo CFN e o tipo de operação também difere muito.
Os seis Urutus são zero quilômetro e poderiam muito bem atender às necessidades do CFN no Haiti até uma compra maior de novos blindados sobre rodas. É muito mais barato e atenderia de imediato a uma situação que se perdurará por mais alguns anos, como é o caso Haiti, facilitando em muito os custos logísticos, usando um produto nacional, concebido e fabricado por brasileiros que continua em operação em diversas partes do planeta nas mais variadas missões de paz conduzidas pelas Nações Unidas, empregados na Costa do Marfim, em Kosovo, etc.
Realmente não dá para entender certas opções de compra, a sofisticação é válida, mas ela é boa para quem possui muitos recursos financeiros, que não é o nosso caso, e como vai ser desenvolvida uma Nova Família de Blindados sobre Rodas, por que não ter uma versão que atenda a outras forças?
Nos anos 70 e 80 várias empresas brasileiras estavam no caminho certo para nos dar uma grande independência em diversos itens militares, produzia desde caminhões a carros de combate, mas que a nossa falta de visão estratégica e uma política adversa, não nos permitiu enxergar a longo prazo. Mas ainda há tempo...
Expedito Carlos Stephani Bastos é pesquisador de Assuntos Militares da Universidade Federal de Juiz de Fora (MG). Correio eletrônico: expedito@defesa.ufjf.br.
Fonte: http://www.inforel.org
e sua manutenção e cadeia logística será um fardo a mais para o já combalido orçamento da Marinha Brasileira, dado também ao pequeno número a ser comprado e para o tipo de operação a que se pretente.
Sideshow escreveu:
Expedito Carlos Stephani Bastos
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Por que não adquirir seis unidades do EE-11 Urutu, zero quilômetro, que se encontram em poder da firma Universal, Importação e Comércio Ltda, do Rio de Janeiro,
Fonte: http://www.inforel.org