Dúvida sobre Datalynk

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Carlos Mathias

#91 Mensagem por Carlos Mathias » Qua Ago 03, 2005 10:50 pm

Mas na última edição da RFA página 50, onde há um artigo sobre SAM e etc, fala-se que para escapar de um SA-2 tem-se que estar à no mínimo 70m, onde a destruição do avião é certa, daí até 200m os danos eram variáveis com a distância obviamente. Isto para uma arma antiga. Os S-400 manobram à 20g à 35000pés graças a vetoração de empuxo, desconheço caça que tenha esta capacidade e se consegue isto, a baixa altura deve ser ainda maior. Ainda continuo achando muito difícil escapar de um destes mísseis modernos.




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#92 Mensagem por Marechal-do-ar » Qui Ago 04, 2005 10:24 am

A-29, o formato "Stealth" de um caça não expele as ondas para longe da fonte, ele faz com queo avião possua um RCS gigantesco em determindadas posições e um RCS mínimo em outras refletindo as ondas como se fosse um espelho, são poucas posições em que um caça Stealth possui um grande RCS de forma que é quase impossivel o AEW estar nessa posição, com 2 AEW e um iluminando o alvo para o outro as chances de um receber um sinal de retorno forte aumenta 3 vezes mas ainda é ridícula.

Carlos, o TVC não aumenta a carga G que um missel ou caça suporta, ele serve para que o objeto em questão consiga puxar o G em velocidades mais baixas, como eu disse no post anterior na velocidade citada para o S-400 o avião não precisaria nem manobrar para evitar o missel, ja que em uma velocidade tão alta e com um G máximo tão baixo o missel teria um raio de curva enorme.




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#93 Mensagem por Carlos Mathias » Qui Ago 04, 2005 11:17 am

Péra aí, quer dizer que estes sistemas aster, patriot e outros são dinheiro jogado fora? Sim, pois se nem manobrar precisa para escapar então não há motivos para alarme, basta seguir em frente e pronto. Segundo eu tenho lido por aí, a coisa não funciona assim não, muitos dizem que é bem difícil escapar destas armas.


Voltando ao G, se um R-27 consegue acompanhar um alvo manobrando à 8g's e um R-77 um à 12g's, porque um míssil que puxa mais de 20 g's não acompanha nem uma curva simples? TVC não ajuda? Mas o ASRAAM, R-73, A-darter e outros a utilizam para diminuir drasticamente o raio de curva e alcançar mais rapidamente a trajetória do alvo, então se está gastando dinheiro à toa, que dirá o MICA que veio depois do R-73. Outra coisa, se um míssil é capaz de curvar à X g's, obviamente que ele aguenta pelo menos X g's.

Olha, eu imagino assim: meu alvo está lá na frente virando prá lá e prá cá, como está longe eu acompanho dentro de um campo de visão(radar) relativamente pequeno e mantenho ele na mira, como eu penso muito mais rápido que qualquer piloto humano(computadores digitais e etc), posso calcular o ponto futuro milésimos de seg após ele começar uma manobra, então a minha dificuldade só aumenta quando já próximo do impacto e por isso carrego uma carga de 150 kg na barriga, para que se ele conseguir livrar um impacto direto, eu explodo perto dele e lanço milhares de estilhaços em sua direção. Errei? Meu camarada lá no chão me diz que o alvo passou atráz à direita e me dá coordenadas matemáticas precisas e eu como tenho um inercial na cabeça não preciso virar para olhar, manobro e dou de cara com ele de novo e vejo meu alvo outra vez(radar), enfim, penso que essa de curva simples escapar de míssil moderno é meio esquisito. Sobre peso, imagino que um Flanker não consiga acompanhar nenhum caça então. Se você ler no Sistemas de armas o artigo sobre o KS-172, lá diz que ele acompanha alvos manobrando a até 12 g's, mais que qualquer caça atual pilotado pelo homem.




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#94 Mensagem por Marechal-do-ar » Qui Ago 04, 2005 11:35 am

Carlos, O Patrior, Aster, etc suportam mais de 20Gs e não voam a 7500km/h, e acompanhar um alvo manobrando a 8Gs não é manobrar a 20Gs, a força G é inversamente proporcional ao raio e proporcional ao quadrado da velocidade, como pode ver se a velocidade aumenta a força G aumenta muito, se o objeto não aguentar uma força G muito alta tera que aumentar o raio de curva.
A 7500km/h e suportando no máximo 20Gs seu raio de curva mínimo sera de 4km, as aletas de controle conseguem fazer isso tranquilamente, não adianta colocar TVC para tentar reduzir esse raio, se o raio diminuir o G aumenta e o missel se desmancha, o Mica possui TVC mas ele voa a metade da velocidade e suporta o dobro da carga, or esultado é um raio de curva mínimo de 500 metros, dependendo da altitude as aletas não conseguem fazer uma curva tão fechada e ai o TVC possui alguma utilidade.
Prever o caminho do alvo apenas com informações do radar não é nada facil, fazer meia volta para atacar o alvo idem, apesar de ser possivel essa tecnologia ainda não foi aplicada aos misseis.
Ogiva de 150kg não é tanta coisa assim, para danificar algo a 200 metros que nem esta dito na revista essa ogiva teria que ser nuclear, ou apenas uma grande cagada danificaria o alvo.




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#95 Mensagem por Carlos Mathias » Qui Ago 04, 2005 12:03 pm

Quer dizer que os caras da USAF estão por fora do assunto? Ah, sei...

Se guiar-se po radar é difícil, pelo olho humano deve ser fácil então? O problema aí é que um piloto não consegue reagir tão rápido quanto um sistema eletrônico, nem o Tom Cruizi lá no Top gun. Esta velocidade é inicial, obviamente que ao chegar na área do alvo esta já será bem menor, daí entram outros mísseis mais adequados a distâncias citadas, o S-400 usa dois tipos de vetores exatamente por isso. Marechal, tú tá respondendo muito rápido, mas agora eu vou comer, valeu? Vai pensando aí como derrotar meus mísseis. :D :D :D :D




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#96 Mensagem por Marechal-do-ar » Qui Ago 04, 2005 12:43 pm

Não entendi o que a USAF tem a ver com o assunto...
Se guiar por radar é dificil por causa do tipo de informação que você tem, dentro do alcance visual é bem mais facil se guiar pelo olho humano, até os UAVs (mesmo os autônomos) possuem cameras de TV para facilitar a vida.




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#97 Mensagem por Carlos Mathias » Qui Ago 04, 2005 10:16 pm

Falei da USAF porque eles sentiram e viveram o que é ser atingido por um SAM SA-2 e se eles dizem que por experiência própria a distância de segurança é de 200m no mínimo, então eles devem ter alguma razão, né não? Pode ser difícil para uma pessoa guiar-se por radar, mas para computadores digitais e etc não deve ser assim tão complicado, afinal é a guiagem escolhida na maioria dos mísseis de longo/médio alcançe tipo AIM-120, R-77, Derby, MICA, Meteor e etc.




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#98 Mensagem por César » Sáb Ago 06, 2005 11:15 pm

Fala pessoal,

Voltando a falar de Datalink, tenho uma grande dúvida: Bem, pelo pouco que sei, o funcionamento de um Datalink é muito similar ao do rádio. Usa uma certa variedade de frequências para transmitir dados de um avião para o outro, certo?

A minha dúvida é: O rádio sempre foi famoso pela sua falta de segurança, tendo em vista que podia ser facilmente interferido e, quando usado, denunciava a posição do avião que o usou(tanto que silêncio de rádio é obrigatório em várias missões). Porém, tudo que leio sobre Datalinks mostra que eles são seguros, difíceis de interferir e que a sua utilização não denuncía a sua posição(do avião).

Pois então, por quê? Qual é o real funcionamento do Datalink que o permite transmitir dados de forma tão segura e sigilosa?

Abraços

César




"- Tú julgarás a ti mesmo- respondeu-lhe o rei - É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio."

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#99 Mensagem por Marechal-do-ar » Dom Ago 07, 2005 2:15 pm

César, do que você leu sobre datalink a segurança é a única verdadeira, os dados são criptografados e por isso é dificil de alguem saber o que esta sendo transmitido, de resto é apenas propaganda, eles denunciam a posição do avião e podem ser interferidos, denunciar a posição do avião não é um grande problema ja que o datalink serve justamente para transmitir os dados do radar, sendo assim o radar ja tinha denunciado a posição do avião muito antes, a interferência é um problema, mesmo que o interferidor não consiga fazer o missel voltar a quem o lançou (com os dados criptografados o interferidor não sabe o que mandar) ele consegue invalidar o sinal, isso é um grande problema porque inutiliza o datalink.




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#100 Mensagem por A-29 » Dom Ago 07, 2005 8:02 pm

De que maneira ocorre a interferência nas ondas de rádio que carregam as informações criptografadas via datalynk? E do outro lado, como se torna as transmissões por datalynk mais seguras e imunes a interferências eletrônicas???




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#101 Mensagem por Marechal-do-ar » Dom Ago 07, 2005 8:16 pm

A-29,
O interferidor só precisa mudar alguns bits para a informação se tornar inutil, é só colocar um aparelho que emita ondas na mesma frequência com um padrão de dados parecido, o resultado é que o missel receberia a combinação dos dois sinais e o resultado seira lago inválido.




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#102 Mensagem por Slip Junior » Dom Ago 07, 2005 8:35 pm

É extremamente complicado interferir em um enlace digital. Existe todo um sistema de sinalização e características de salto em frequência que o tornam quase que imunes à interferências. Um interferidor não tem como colocar um bit em uma palavra; a única coisa que pode fazer é tentar saturar aquela banda de forma a tornar a SNR (relação sinal-ruído) tão baixa que não possa ser aproveitada, mas é para isso que existe a característica de salto em frequência.

A detecção da existência do enlace é possível mas pouco provável, especialmente em um cenário latino-americano aonde o avanço na área de guerra eletrônica é ainda modesto. No padrão atual, as comunicações do datalink brasileiro são feitas apenas à nível tático em faixas de U/VHF em conecções P2P. No futuro, as informações poderão ser disseminadas de uma forma mais abrangente através de uma rede TDMA via SATCOM na banda L.

Abraços




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#103 Mensagem por A-29 » Dom Ago 07, 2005 8:39 pm

Mas, se as ondas de rádio do datalynk são codificados por meio de uma chave criptográfica, o receptor de dados de datalynk não seria capaz de diferenciar as ondas de rádio que foram ou não codificadas pela chave criptográfica? A minha concepção de interferência eletrônica é o interferidor gerar a maior quantidade possível de emissões eletromagnéticas para tentar confundir o receptor do sinal de rádio com um volume muito grande de ondas diferentes de rádio.
Com o advento da criptografia, com chaves cada vez maiores (não sei qual o padrão militar, mas o comercial é de 128 bits, o que significa que os dados são codificados por meio de uma fórmula com 128 variáveis), creio que o receptor de datalynk seria capaz de diferenciar a onda de rádio que lhe interessa daquelas que não passam de interferência, pois somente a onda originada por sua fonte de dados (um r-99, por exemplo), estaria "carimbada" com a chave criptográfica gravada no receptor. Bom, mas isso são só suposições, não sei se os aparelhos de datalynk são realmente capazes disso...




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#104 Mensagem por Marechal-do-ar » Dom Ago 07, 2005 9:23 pm

A-29, o fato de estar criptografado não ajuda a evitar interferências, o receptor vai receber o sinal combinado do interferidor e do avião, ele não é capaz de separar esses sinais, sendo assim se alguns pedaços do sinal forem alterados a informação se torna inútil.




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#105 Mensagem por César » Seg Ago 08, 2005 10:41 pm

Tá certo, continuo confuso: Qual é a diferença do funcionamento do Datalink para o rádio?

O que é esse enlace digital, que sempre quiz saber o que é, mas nunca tive coragem de perguntar? 8-]

O Data-link é seguro e sigiloso, ou apenas seguro?

Vou perguntar tudo agora! :)

Abraços!

César




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