Dúvida sobre Datalynk
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Mas na última edição da RFA página 50, onde há um artigo sobre SAM e etc, fala-se que para escapar de um SA-2 tem-se que estar à no mínimo 70m, onde a destruição do avião é certa, daí até 200m os danos eram variáveis com a distância obviamente. Isto para uma arma antiga. Os S-400 manobram à 20g à 35000pés graças a vetoração de empuxo, desconheço caça que tenha esta capacidade e se consegue isto, a baixa altura deve ser ainda maior. Ainda continuo achando muito difícil escapar de um destes mísseis modernos.
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A-29, o formato "Stealth" de um caça não expele as ondas para longe da fonte, ele faz com queo avião possua um RCS gigantesco em determindadas posições e um RCS mínimo em outras refletindo as ondas como se fosse um espelho, são poucas posições em que um caça Stealth possui um grande RCS de forma que é quase impossivel o AEW estar nessa posição, com 2 AEW e um iluminando o alvo para o outro as chances de um receber um sinal de retorno forte aumenta 3 vezes mas ainda é ridícula.
Carlos, o TVC não aumenta a carga G que um missel ou caça suporta, ele serve para que o objeto em questão consiga puxar o G em velocidades mais baixas, como eu disse no post anterior na velocidade citada para o S-400 o avião não precisaria nem manobrar para evitar o missel, ja que em uma velocidade tão alta e com um G máximo tão baixo o missel teria um raio de curva enorme.
Carlos, o TVC não aumenta a carga G que um missel ou caça suporta, ele serve para que o objeto em questão consiga puxar o G em velocidades mais baixas, como eu disse no post anterior na velocidade citada para o S-400 o avião não precisaria nem manobrar para evitar o missel, ja que em uma velocidade tão alta e com um G máximo tão baixo o missel teria um raio de curva enorme.
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
Péra aí, quer dizer que estes sistemas aster, patriot e outros são dinheiro jogado fora? Sim, pois se nem manobrar precisa para escapar então não há motivos para alarme, basta seguir em frente e pronto. Segundo eu tenho lido por aí, a coisa não funciona assim não, muitos dizem que é bem difícil escapar destas armas.
Voltando ao G, se um R-27 consegue acompanhar um alvo manobrando à 8g's e um R-77 um à 12g's, porque um míssil que puxa mais de 20 g's não acompanha nem uma curva simples? TVC não ajuda? Mas o ASRAAM, R-73, A-darter e outros a utilizam para diminuir drasticamente o raio de curva e alcançar mais rapidamente a trajetória do alvo, então se está gastando dinheiro à toa, que dirá o MICA que veio depois do R-73. Outra coisa, se um míssil é capaz de curvar à X g's, obviamente que ele aguenta pelo menos X g's.
Olha, eu imagino assim: meu alvo está lá na frente virando prá lá e prá cá, como está longe eu acompanho dentro de um campo de visão(radar) relativamente pequeno e mantenho ele na mira, como eu penso muito mais rápido que qualquer piloto humano(computadores digitais e etc), posso calcular o ponto futuro milésimos de seg após ele começar uma manobra, então a minha dificuldade só aumenta quando já próximo do impacto e por isso carrego uma carga de 150 kg na barriga, para que se ele conseguir livrar um impacto direto, eu explodo perto dele e lanço milhares de estilhaços em sua direção. Errei? Meu camarada lá no chão me diz que o alvo passou atráz à direita e me dá coordenadas matemáticas precisas e eu como tenho um inercial na cabeça não preciso virar para olhar, manobro e dou de cara com ele de novo e vejo meu alvo outra vez(radar), enfim, penso que essa de curva simples escapar de míssil moderno é meio esquisito. Sobre peso, imagino que um Flanker não consiga acompanhar nenhum caça então. Se você ler no Sistemas de armas o artigo sobre o KS-172, lá diz que ele acompanha alvos manobrando a até 12 g's, mais que qualquer caça atual pilotado pelo homem.
Voltando ao G, se um R-27 consegue acompanhar um alvo manobrando à 8g's e um R-77 um à 12g's, porque um míssil que puxa mais de 20 g's não acompanha nem uma curva simples? TVC não ajuda? Mas o ASRAAM, R-73, A-darter e outros a utilizam para diminuir drasticamente o raio de curva e alcançar mais rapidamente a trajetória do alvo, então se está gastando dinheiro à toa, que dirá o MICA que veio depois do R-73. Outra coisa, se um míssil é capaz de curvar à X g's, obviamente que ele aguenta pelo menos X g's.
Olha, eu imagino assim: meu alvo está lá na frente virando prá lá e prá cá, como está longe eu acompanho dentro de um campo de visão(radar) relativamente pequeno e mantenho ele na mira, como eu penso muito mais rápido que qualquer piloto humano(computadores digitais e etc), posso calcular o ponto futuro milésimos de seg após ele começar uma manobra, então a minha dificuldade só aumenta quando já próximo do impacto e por isso carrego uma carga de 150 kg na barriga, para que se ele conseguir livrar um impacto direto, eu explodo perto dele e lanço milhares de estilhaços em sua direção. Errei? Meu camarada lá no chão me diz que o alvo passou atráz à direita e me dá coordenadas matemáticas precisas e eu como tenho um inercial na cabeça não preciso virar para olhar, manobro e dou de cara com ele de novo e vejo meu alvo outra vez(radar), enfim, penso que essa de curva simples escapar de míssil moderno é meio esquisito. Sobre peso, imagino que um Flanker não consiga acompanhar nenhum caça então. Se você ler no Sistemas de armas o artigo sobre o KS-172, lá diz que ele acompanha alvos manobrando a até 12 g's, mais que qualquer caça atual pilotado pelo homem.
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Carlos, O Patrior, Aster, etc suportam mais de 20Gs e não voam a 7500km/h, e acompanhar um alvo manobrando a 8Gs não é manobrar a 20Gs, a força G é inversamente proporcional ao raio e proporcional ao quadrado da velocidade, como pode ver se a velocidade aumenta a força G aumenta muito, se o objeto não aguentar uma força G muito alta tera que aumentar o raio de curva.
A 7500km/h e suportando no máximo 20Gs seu raio de curva mínimo sera de 4km, as aletas de controle conseguem fazer isso tranquilamente, não adianta colocar TVC para tentar reduzir esse raio, se o raio diminuir o G aumenta e o missel se desmancha, o Mica possui TVC mas ele voa a metade da velocidade e suporta o dobro da carga, or esultado é um raio de curva mínimo de 500 metros, dependendo da altitude as aletas não conseguem fazer uma curva tão fechada e ai o TVC possui alguma utilidade.
Prever o caminho do alvo apenas com informações do radar não é nada facil, fazer meia volta para atacar o alvo idem, apesar de ser possivel essa tecnologia ainda não foi aplicada aos misseis.
Ogiva de 150kg não é tanta coisa assim, para danificar algo a 200 metros que nem esta dito na revista essa ogiva teria que ser nuclear, ou apenas uma grande cagada danificaria o alvo.
A 7500km/h e suportando no máximo 20Gs seu raio de curva mínimo sera de 4km, as aletas de controle conseguem fazer isso tranquilamente, não adianta colocar TVC para tentar reduzir esse raio, se o raio diminuir o G aumenta e o missel se desmancha, o Mica possui TVC mas ele voa a metade da velocidade e suporta o dobro da carga, or esultado é um raio de curva mínimo de 500 metros, dependendo da altitude as aletas não conseguem fazer uma curva tão fechada e ai o TVC possui alguma utilidade.
Prever o caminho do alvo apenas com informações do radar não é nada facil, fazer meia volta para atacar o alvo idem, apesar de ser possivel essa tecnologia ainda não foi aplicada aos misseis.
Ogiva de 150kg não é tanta coisa assim, para danificar algo a 200 metros que nem esta dito na revista essa ogiva teria que ser nuclear, ou apenas uma grande cagada danificaria o alvo.
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
Quer dizer que os caras da USAF estão por fora do assunto? Ah, sei...
Se guiar-se po radar é difícil, pelo olho humano deve ser fácil então? O problema aí é que um piloto não consegue reagir tão rápido quanto um sistema eletrônico, nem o Tom Cruizi lá no Top gun. Esta velocidade é inicial, obviamente que ao chegar na área do alvo esta já será bem menor, daí entram outros mísseis mais adequados a distâncias citadas, o S-400 usa dois tipos de vetores exatamente por isso. Marechal, tú tá respondendo muito rápido, mas agora eu vou comer, valeu? Vai pensando aí como derrotar meus mísseis.
Se guiar-se po radar é difícil, pelo olho humano deve ser fácil então? O problema aí é que um piloto não consegue reagir tão rápido quanto um sistema eletrônico, nem o Tom Cruizi lá no Top gun. Esta velocidade é inicial, obviamente que ao chegar na área do alvo esta já será bem menor, daí entram outros mísseis mais adequados a distâncias citadas, o S-400 usa dois tipos de vetores exatamente por isso. Marechal, tú tá respondendo muito rápido, mas agora eu vou comer, valeu? Vai pensando aí como derrotar meus mísseis.
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Não entendi o que a USAF tem a ver com o assunto...
Se guiar por radar é dificil por causa do tipo de informação que você tem, dentro do alcance visual é bem mais facil se guiar pelo olho humano, até os UAVs (mesmo os autônomos) possuem cameras de TV para facilitar a vida.
Se guiar por radar é dificil por causa do tipo de informação que você tem, dentro do alcance visual é bem mais facil se guiar pelo olho humano, até os UAVs (mesmo os autônomos) possuem cameras de TV para facilitar a vida.
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
Falei da USAF porque eles sentiram e viveram o que é ser atingido por um SAM SA-2 e se eles dizem que por experiência própria a distância de segurança é de 200m no mínimo, então eles devem ter alguma razão, né não? Pode ser difícil para uma pessoa guiar-se por radar, mas para computadores digitais e etc não deve ser assim tão complicado, afinal é a guiagem escolhida na maioria dos mísseis de longo/médio alcançe tipo AIM-120, R-77, Derby, MICA, Meteor e etc.
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Fala pessoal,
Voltando a falar de Datalink, tenho uma grande dúvida: Bem, pelo pouco que sei, o funcionamento de um Datalink é muito similar ao do rádio. Usa uma certa variedade de frequências para transmitir dados de um avião para o outro, certo?
A minha dúvida é: O rádio sempre foi famoso pela sua falta de segurança, tendo em vista que podia ser facilmente interferido e, quando usado, denunciava a posição do avião que o usou(tanto que silêncio de rádio é obrigatório em várias missões). Porém, tudo que leio sobre Datalinks mostra que eles são seguros, difíceis de interferir e que a sua utilização não denuncía a sua posição(do avião).
Pois então, por quê? Qual é o real funcionamento do Datalink que o permite transmitir dados de forma tão segura e sigilosa?
Abraços
César
Voltando a falar de Datalink, tenho uma grande dúvida: Bem, pelo pouco que sei, o funcionamento de um Datalink é muito similar ao do rádio. Usa uma certa variedade de frequências para transmitir dados de um avião para o outro, certo?
A minha dúvida é: O rádio sempre foi famoso pela sua falta de segurança, tendo em vista que podia ser facilmente interferido e, quando usado, denunciava a posição do avião que o usou(tanto que silêncio de rádio é obrigatório em várias missões). Porém, tudo que leio sobre Datalinks mostra que eles são seguros, difíceis de interferir e que a sua utilização não denuncía a sua posição(do avião).
Pois então, por quê? Qual é o real funcionamento do Datalink que o permite transmitir dados de forma tão segura e sigilosa?
Abraços
César
"- Tú julgarás a ti mesmo- respondeu-lhe o rei - É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio."
Antoine de Saint-Exupéry
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César, do que você leu sobre datalink a segurança é a única verdadeira, os dados são criptografados e por isso é dificil de alguem saber o que esta sendo transmitido, de resto é apenas propaganda, eles denunciam a posição do avião e podem ser interferidos, denunciar a posição do avião não é um grande problema ja que o datalink serve justamente para transmitir os dados do radar, sendo assim o radar ja tinha denunciado a posição do avião muito antes, a interferência é um problema, mesmo que o interferidor não consiga fazer o missel voltar a quem o lançou (com os dados criptografados o interferidor não sabe o que mandar) ele consegue invalidar o sinal, isso é um grande problema porque inutiliza o datalink.
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
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A-29,
O interferidor só precisa mudar alguns bits para a informação se tornar inutil, é só colocar um aparelho que emita ondas na mesma frequência com um padrão de dados parecido, o resultado é que o missel receberia a combinação dos dois sinais e o resultado seira lago inválido.
O interferidor só precisa mudar alguns bits para a informação se tornar inutil, é só colocar um aparelho que emita ondas na mesma frequência com um padrão de dados parecido, o resultado é que o missel receberia a combinação dos dois sinais e o resultado seira lago inválido.
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É extremamente complicado interferir em um enlace digital. Existe todo um sistema de sinalização e características de salto em frequência que o tornam quase que imunes à interferências. Um interferidor não tem como colocar um bit em uma palavra; a única coisa que pode fazer é tentar saturar aquela banda de forma a tornar a SNR (relação sinal-ruído) tão baixa que não possa ser aproveitada, mas é para isso que existe a característica de salto em frequência.
A detecção da existência do enlace é possível mas pouco provável, especialmente em um cenário latino-americano aonde o avanço na área de guerra eletrônica é ainda modesto. No padrão atual, as comunicações do datalink brasileiro são feitas apenas à nível tático em faixas de U/VHF em conecções P2P. No futuro, as informações poderão ser disseminadas de uma forma mais abrangente através de uma rede TDMA via SATCOM na banda L.
Abraços
A detecção da existência do enlace é possível mas pouco provável, especialmente em um cenário latino-americano aonde o avanço na área de guerra eletrônica é ainda modesto. No padrão atual, as comunicações do datalink brasileiro são feitas apenas à nível tático em faixas de U/VHF em conecções P2P. No futuro, as informações poderão ser disseminadas de uma forma mais abrangente através de uma rede TDMA via SATCOM na banda L.
Abraços
Mas, se as ondas de rádio do datalynk são codificados por meio de uma chave criptográfica, o receptor de dados de datalynk não seria capaz de diferenciar as ondas de rádio que foram ou não codificadas pela chave criptográfica? A minha concepção de interferência eletrônica é o interferidor gerar a maior quantidade possível de emissões eletromagnéticas para tentar confundir o receptor do sinal de rádio com um volume muito grande de ondas diferentes de rádio.
Com o advento da criptografia, com chaves cada vez maiores (não sei qual o padrão militar, mas o comercial é de 128 bits, o que significa que os dados são codificados por meio de uma fórmula com 128 variáveis), creio que o receptor de datalynk seria capaz de diferenciar a onda de rádio que lhe interessa daquelas que não passam de interferência, pois somente a onda originada por sua fonte de dados (um r-99, por exemplo), estaria "carimbada" com a chave criptográfica gravada no receptor. Bom, mas isso são só suposições, não sei se os aparelhos de datalynk são realmente capazes disso...
Com o advento da criptografia, com chaves cada vez maiores (não sei qual o padrão militar, mas o comercial é de 128 bits, o que significa que os dados são codificados por meio de uma fórmula com 128 variáveis), creio que o receptor de datalynk seria capaz de diferenciar a onda de rádio que lhe interessa daquelas que não passam de interferência, pois somente a onda originada por sua fonte de dados (um r-99, por exemplo), estaria "carimbada" com a chave criptográfica gravada no receptor. Bom, mas isso são só suposições, não sei se os aparelhos de datalynk são realmente capazes disso...
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A-29, o fato de estar criptografado não ajuda a evitar interferências, o receptor vai receber o sinal combinado do interferidor e do avião, ele não é capaz de separar esses sinais, sendo assim se alguns pedaços do sinal forem alterados a informação se torna inútil.
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Tá certo, continuo confuso: Qual é a diferença do funcionamento do Datalink para o rádio?
O que é esse enlace digital, que sempre quiz saber o que é, mas nunca tive coragem de perguntar?
O Data-link é seguro e sigiloso, ou apenas seguro?
Vou perguntar tudo agora!
Abraços!
César
O que é esse enlace digital, que sempre quiz saber o que é, mas nunca tive coragem de perguntar?
O Data-link é seguro e sigiloso, ou apenas seguro?
Vou perguntar tudo agora!
Abraços!
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