Eu por mim, consideraria as
Pará (
Garcia) brasileiras claramente fragatas, tal como as
Niteroi.
As nossas VdG ou as futuras
Perry serão claramente fragatas, embora umas sejam mais para luta anti-submarina e outras para defesa aérea, o que não significa que as VdG não possam ser consideradas multi-usos, e se tiverem um dia o VLS, possam também passar a ter a valência da defesa aérea.
Mas acho que nunca deixariam de ser consideradas "fragatas", dado o seu deslocamento e comprimento.
As
Santa Maria espanholas, por serem OHP, eu considera-las-ia fragatas, tal como as velhas
Baleares.
Mas quanto às F-100, dado o deslocamento e capacidade bélica, eu por mim quase que me atrevia a chamá-las "destroier's", ou quanto muito, "destroier's ligeiros", embora esta designação não exista.
Nos anos 60 em Portugal as nossas corvetas foram chamadas carinhosamente de "fragatinhas", o que o Ferrol chamou de "fragata ligeira" que de facto é, mas dado o deslocamento e menor capacidade bélica as remete para a terminologia "corveta".
As futuras
Horizon, ou as futuras
Type-45 serão "fragatas pesadas", ou "destroiers".
Creio que a diferenciação passa por um misto de capacidade bélica, peso, deslocamento e dimensões e que depois de tudo ponderado dá a classificação.
Mas cada país adopta essa classificação de acordo com os seus critérios.
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Comparemos uma
Arleigh Burke, com uma F-100:
Arleigh Burke
DDG 55 - USS Stout
Classe: Arleigh Burke ( Flight I ), [DDG]
Construtor: Ingalls Shipbuilding
data de lançamento: 16 de Outubro de 1992
data de incorporação: 13 de Agosto de 1994
Deslocamento: 8.422 ton.
Dimensões: 153,8 x 20,4 x 6,3 m.
Propulsão: 4 x turbinas de gás GE LM 2500 ( 105.000 cv )
Velocidade: 32 nós
Autonomia: 4.400 milhas a 22 nós
Guarnição: 303 ( 23 oficiais )
DDG 57 USS Mitcher
Armamento:
1 x FMC 127mm Mk 45 Mod 1 o 2; 2 x GE GD 20 mm Vulcan Phalanx Mk 15
Misseis: 56 x GDC/Hughes Tomahawk; 8 x McDonell Douglas Harpoon en dos montajes cuádruples; GDC Standard SM-2MR Block 4; Honeywell ASROC
Torpedos 6 x tubos de 324mm Mk 32 Mod 14 en dois tubos triplos; 36 x Honeywell Mk 46 Mod 5
Radar Ar: Raytheon SPY 1D, operando nas bandas E/F; Superficie: Norden SPS 67(V)3, banda G; Navegação: Raytheon SPS 64(V)9, banda I; Controle de Fogo: 3 x Raytheon/RCA SPG62A, bandas I/J; TACAN: URN 25, IFF Mk XII AIMS UPX-29
Sónar Gould/Raytheon/GE SQQ89(V)3 combinado con um sonar activo de casco SQS53C, y un SQR 19 passivo rebocado.
Contramedidas: 2 x Loral Hycor SRBOC Mk 36 Mod 12; Bengalas infra-vermelhas e chaff; Sonda rebocada para torpedos SLQ25 Nixie; ESM/ECM: Raytheon SLQ32(V)2
Helicóptero 1 x SH60B/F LAMPS III. Sem hangar. ~
Alvaro de Bazán
F-102 Alm Alvaro de Bazán
Classe: A. de Bazán, [FFG]
Constructor: Izar, Ferrol
data de lançamento: 28 de Fevereiro de 2002
data de incorporação: 3 de Dezembro de 2003
Deslocamento: 5.802 ton.
Dimensões: 146,72 x 18,6 x 4,75 m.
Propulsão: CODOG: 2 x turibnas de gás GE LM-2500 ( 46.648 cv ), 2 x diesel Bazán-Caterpillar 3600 ( 12.000 cv )
Velocidade: 28,5 nós
Autonomia: 5.000 milhas a 18 nós
Guarnição: 240 ( 35 oficiais )
Armamento:
1 x 127mm/54 Mk 45 Mod. 2. 2 x 20mm/120.
Misiles SSM: 8 x McDonnell Douglas Harpoon. SAM: 32 x Standard SM-2 Block IV y 64 x RIM-7PTC Evolved Sea Sparrow, desde 48 lançadores verticais Mk 41.
Torpedos 4 x tubos de 324mm. Mk32 Mod 9. Honeywell Mk 46 mod 5.
Radar de busca aérea: Lockheed Martin SPY-1D 3-D de controle de armamento e assuinatura de objetivos; Busca superficie: Raytheon SPS-67(V)4; Controle de Tiro: Sistema AEGIS, 2 x iluminadores para brancos Raytheon SPG-62 (Mk99); 1 x FABA DORNA ( radar RTN-30 ) ; Navegação: Thales Scout.
Sónar ENOSA-Raytheon DE 1160LF (I) montado no casco.
Contramedidas:
4 x lançadores FMC SRBOC Mk 36; Sonda rebocada para torpedos SLQ-25A Enhanced Nixie; ECM/ESM: Indra SLQ-380 Aldebarán interceptador / perturbador; CESELSA Elnath Mk 9000 comms intercept. Sistema de detecção laser e de contramedidas.
Helicóptero: 1 x SH60B Seahawk
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Como se pode ver, apesar do deslocamento das AB ser muito maior (perto de 8.500 ton, para as 5.800 ton das F-100), as dimensões em termos de comprimento serão idênticas, bem como em termos de guarnição.
Ambas possuem peça de proa, sistema com AEGIS, radares similares e futuramente as F-100 poderão perar mísseis de cruzeiro, tal como as actuais AB americanas.
De notar que em Espanha, a designação para as F-70, para as F-80 e agora para as F-100 é igual: FFG.