Caças na América do Sul - Atual e Futuro

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Luís Henrique
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Re: Caças na América do Sul - Atual e Futuro

#91 Mensagem por Luís Henrique » Ter Nov 14, 2017 11:16 am

FCarvalho escreveu:
Luís Henrique escreveu: Concordo em partes com seu raciocínio.
Ainda que também concordo em partes com a FAB, que a região que merece maior proteção é o Sul/Sudeste.
Eu faria mais ou menos o seguinte:
6 Esquadrões de caça com 18, totalizando 108.
1 na região Sul
1 na região Sudeste
1 na região Centro-Oeste
1 na região Nordeste
2 na região Norte
Os caças ficariam em uma base PRINCIPAL, por exemplo, na região Norte ficariam na base de manaus.
No centro-oeste na base de Anápolis, etc.
E as demais ALAS poderiam receber os caças. Portanto, a FAB possui algumas bases na região Norte, onde os 36 Gripen NG sediados em Manaus, poderiam aterrissar, receber apoio, armamentos, combustível e cumprir a missão.
Para mim, isso seria o mínimo.
Caso um 7º esquadrão fosse adquirido, elevando o número para 126 caças, eu o colocaria na região centro-oeste.
E caso um 8º esquadrão fosse adquirido, elevando o número para 144 caças, como você citou, eu o colocaria na região Norte, mais precisamente próximo de Belém para proteger a foz do Amazonas e possivelmente a 2ª base de fuzileiros navais e 2ª Esquadra da Marinha.
Olá Luis,

De certa maneira a sua proposta vai de encontro com o planejamento da FAB para 2041 no que concerne aos atuais 6 esquadrões que ela possui. Haverão apenas 6 bases aéreas com caças, até por isso aquele numero de 108 undes. isso é o que temos para hoje.

De minha parte eu tenho certeza que Manaus será contemplada com um esquadrão de Gripen E/F, e terá de se virar para dar conta de toda a região norte. Belém vai ficar sem OM's da FAB. Lá apenas o EB e a marinha terão bases. Quer dizer, na verdade, um dos 3 centros C2 do Cindacta 4 continuará por lá, mas a parte operacional aérea da FAB não.

A título de informação, Manaus são 1293 kms até Belém, e cerca de 885 km de Porto Velho, onde está o outro C2 do Cindacta 4. De Belém para Anápolis são 1964 kms, e para Natal são 1548 kms. Fora da região norte estas seriam, em tese, as bases aérea equipadas com caças de acordo com o planejamento da FAB.

Honestamente, eu tenho cá para mim que esses ditos 108 caças são apenas uma mera figuração de uma força aérea que sinceramente acredita que tão cedo verá um combate de verdade de seus caças contra outros. Ou seja, serve para treinamento, desfiles e formação/manutenção de doutrina. Para uma guerra mesmo, estamos muito, mas muito mesmo, longe de estarmos preparados. Talvez se estas 6 bases chegassem a sediar grupos ao invés de esquadrões de caças poderia dizer que teríamos um mínimo de dissuasão concreta, e não esse "me engana que eu gosto" politicamente correto que vemos todos os dias, com a FAB mais interessada em fazer GLO aéreo e táxi executivo do que outra coisa. E ainda sobre a mesma desculpa da integração nacional.

Fazer o quê.

abs

Sim. Para a dimensão do nosso país é pouco. Concordo.

Mas como eu disse, é um MÍNIMO.

Com 108 Gripen NG, para nosso TO, estaremos até que bem.

Como estamos falando de 6 esquadrões e o Brasil é dividido em 5 regiões, sobra 1 esquadrão para REFORÇAR uma das cinco regiões.

Como a região Sudeste e a região Sul são relativamente pequenas em comparação com a região Norte.
E como estão muito próximas. E como a FAB as considera como 1 única região de defesa, eu acredito que 1 Esquadrão no Sudeste e 1 esquadrão no Sul seria o suficiente, para poder colocar 1 esquadrão A MAIS NA REGIÃO NORTE.

Ai em Manaus teríamos 36 Gripen NG, em vez de 18.
O que daria para DISTRIBUÍ-LOS entre as ALAS, em Roraima, Rondonia e até para a região de Belém.


DEPOIS, se a visão for ampliada e o Brasil fizer a lição de casa, ai a FAB pode DOBRAR o número e caças e esquadrões, reforçando todas as regiões.

Um planejamento sério contemplaria o seguinte, em minha opinião:

108 Gripen NG (6 esquadrões com 18 caças)
6 Baterias antiaéreos de Longo Alcance (S-400, etc) - 1 para cada base principal
36 Sistemas Antiaéreos de Curto Alcance (Pantsir, etc) - 6 para cada base principal
6 aeronaves REVO de grande porte (Boeing 767, etc) - 1 para cada base principal
6 aeronaves AEWAC de grande porte (E-190, etc) - 1 para cada base principal
12 aeronaves REVO de médio porte (KC-390) - 2 para cada base principal

Com as bases secundárias, demais Alas, a FAB poderia enviar seus caças e demais vetores para áreas mais próximas da necessidade.
E poderia RECUAR seus vetores para bases mais afastadas, de acordo com as ameaças e estratégias adotadas.

Nas bases mais próximas ás fronteiras, VÁRIOS esquadrões de A-29 Super Tucanos.
E o apoio dos 5 E-99 AEWAC´s e dos 3 R-99 de Sensoriamento Remoto.

Esse planejamento, não é nenhum exagero.
São apenas 108 caças para um país continental, mas nos garantiria um Poder Aéreo muito respeitado.
Aliados com ARMAMENTOS MODERNOS E EM BOA QUANTIDADE e com BOM TREINAMENTO, teríamos uma capacidade dissuasória muito boa.

Nada comparável a mais de 300 caças do minúsculo país chamado Israel, mas MUITO melhor do que estamos hoje.




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Re: Caças na América do Sul - Atual e Futuro

#92 Mensagem por FCarvalho » Ter Nov 14, 2017 1:01 pm

Luís Henrique escreveu:Sim. Para a dimensão do nosso país é pouco. Concordo.
Mas como eu disse, é um MÍNIMO.
Com 108 Gripen NG, para nosso TO, estaremos até que bem.
Como estamos falando de 6 esquadrões e o Brasil é dividido em 5 regiões, sobra 1 esquadrão para REFORÇAR uma das cinco regiões.
Como a região Sudeste e a região Sul são relativamente pequenas em comparação com a região Norte.
E como estão muito próximas. E como a FAB as considera como 1 única região de defesa, eu acredito que 1 Esquadrão no Sudeste e 1 esquadrão no Sul seria o suficiente, para poder colocar 1 esquadrão A MAIS NA REGIÃO NORTE.
Ai em Manaus teríamos 36 Gripen NG, em vez de 18.
O que daria para DISTRIBUÍ-LOS entre as ALAS, em Roraima, Rondonia e até para a região de Belém.
DEPOIS, se a visão for ampliada e o Brasil fizer a lição de casa, ai a FAB pode DOBRAR o número e caças e esquadrões, reforçando todas as regiões.
Um planejamento sério contemplaria o seguinte, em minha opinião:
108 Gripen NG (6 esquadrões com 18 caças)
6 Baterias antiaéreos de Longo Alcance (S-400, etc) - 1 para cada base principal
36 Sistemas Antiaéreos de Curto Alcance (Pantsir, etc) - 6 para cada base principal
6 aeronaves REVO de grande porte (Boeing 767, etc) - 1 para cada base principal
6 aeronaves AEWAC de grande porte (E-190, etc) - 1 para cada base principal
12 aeronaves REVO de médio porte (KC-390) - 2 para cada base principal
Com as bases secundárias, demais Alas, a FAB poderia enviar seus caças e demais vetores para áreas mais próximas da necessidade.
E poderia RECUAR seus vetores para bases mais afastadas, de acordo com as ameaças e estratégias adotadas.
Nas bases mais próximas ás fronteiras, VÁRIOS esquadrões de A-29 Super Tucanos.
E o apoio dos 5 E-99 AEWAC´s e dos 3 R-99 de Sensoriamento Remoto.
Esse planejamento, não é nenhum exagero.
São apenas 108 caças para um país continental, mas nos garantiria um Poder Aéreo muito respeitado.
Aliados com ARMAMENTOS MODERNOS E EM BOA QUANTIDADE e com BOM TREINAMENTO, teríamos uma capacidade dissuasória muito boa.
Nada comparável a mais de 300 caças do minúsculo país chamado Israel, mas MUITO melhor do que estamos hoje.
Com o que temos hoje em termos de organização, os atuais esquadrões somados ao 1o/16o Gav redivivo em Anápolis, podemos sem maiores problemas dispor das 6 bases aéreas que a FAB se pretende operacionais com meios de defesa aérea.

Seria o caso de enviar o Adelphi para CG ou BLM, e redistribuir os dois esquadrões do 3o Gav para o NE e/ou para CG. Teríamos 7 esquadrões e cobriríamos todo o país. Isso é o mínimo que se pode esperar para efetivamente dispor-se de uma defesa aérea de verdade. Temos ainda o 5o Gav que por mim poderia ser transformado em caça no NE, liberando assim o 3o Gav para outras regiões. Enfim...

De qualquer forma, existiria um planejamento para dispor de mais KC-390 que supostamente seriam usados no 1o/7o Gav e no 1o/15o Gav.

No caso dos E/R-99 vamos ter que nos virar com a modernização deles, e num futuro ainda indefinido ver se os E-2 ganham a sua vez. Coisa para daqui uns 15/20 anos.

Quanto a AAe, bem, a FAB só outro dia começou a prestar mais atenção na sua infantaria. e por conseguinte na defesa de suas bases aéreas. Então, essa é uma questão que vai ser levada a pagode mesmo. Vamos a um passo de cada vez. Primeiro eles vão ter que aprender a lidar com AAe - os IGLA estão aí para isso - e depois, bem depois na verdade, nos viramos com sistemas mais complexos.

Não tem mistério. Com a atual disposição de OM's de caça, presente e futura, podemos ter algo bem mais substancial do que hoje, e quiçá, com alguma sorte - para quem acredita nela :roll: - ter um quantitativo de aeronaves de todos os tipos mais adequada a missão imposta à FAB por ela mesma.

Nada mais de acordo com o país que ela tem que defender. Do jeito que ele precisa ser defendido. Nem mais e nem menos.

abs




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SUT
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Re: Caças na América do Sul - Atual e Futuro

#93 Mensagem por SUT » Ter Nov 14, 2017 1:50 pm

Sut, você sabe dizer se além dos U$ 10 mi pagos pelo primeiro lote de f-16 MLU, o Chile gastou mais dinheiro para essa modernização??
ciertamente son bastante mas que USD 10 millones. Hay varios programas corriendo a la vez en relacion a los F16MLU. El tema clave es que esos cazas son parte del programa EPAF ( European Partnership Airforces) de usuarios MLU, eso hace que solo se noten las grandes inversiones individuales, pero sea mucho mas dificil detectar inversiones recurrentes sobre el proceso regular de financiamiento
Pois o segundo lote eu sei que saiu mais caro...
si, el segundo lote fue sustancialmente mas caro ya que todos tenian realizado el Pacer Amstel ( solo dos cazas del primer lote lo traian instalado) y ya eran Tape 4.3.1. El primer lote llego en el estandar tape 2
Olá, SUT.
Hola!
Eu também não me preocupo com embargos americanos. Mas o que eu considero importante é a liberdade em trabalhar a plataforma e manutení-la.
para todos los efectos practicos, esa capacidad la da el F16. De hecho, el EPAF asegura una serie de opciones y alternativas

El tema clave es que, mas alla de la mera "libertad" se requiere ademas accesos a tecnologia. EPAF asegura eso, los israelies tambien. En el Gripen E pueden ser "libres" de hacerlo, pero puede terminar siendo tan brutalmente caro, que simplemente no valga la pena
Ademas, Uds corren el riesgo de desarrollar el prototipo. Eso es tiempo y MUCHO dinero

La Fach ya experimento ese camino con Mirage 50 en el protecto Bracket ( pantera) y con el F5E/F en el Proyecto Tiffany ( Tigre III+) el resultado fueron aviones poderosos y muy capaces, pero el precio, tiempo y costo oportunidad fue grande
Mejor que otros paguen el R&D....
Nós vamos ter conhecimento avançado para integrar sistemas ao GripenNG.
perfecto, no lo dudo....es solo que saldra caro y es muy lento...
cuantos cazas extra podrian haber comprado con ese dinero? cuantas horas de vuelo extra se podrian haber conseguido..
O overhaul da F414 será feita aqui no Brasil pela AVIO.
Una cosa es que la hagan en Brasi, otra cosa es que Avio o quien sea, igual tendra que tener la licencia de General Electric, calificar personal, tener las herramientas y bancos de prueba

Es decir, depender de USA
No contrato compramos spares e peças o suficiente para suprir o GripenNG por 5 anos.
si, los ciclos de compra de spares de cazas suelen ser de cinco años
Vamos fazer a manutenção até nível intermediário do radar Raven aqui pela empresa ATMOS.
Pero igualmente Atmos tiene que tener la licencia del proveedor europeo, quien a su vez depende de sus Gbnos
O Raven é um trabalho conjunto entre a Finmeccanica com a SAAB eletronics, onde os softwares desse radar são propriedade da empresa e Estado Sueco. Ou seja, aquilo que seria mais fácil ser embargado no caça, os suecos deixaram sob controle deles.
Un radar como Raven es extraordinariamente complejo. Basta que UN proveedor de las docenas que tienen que entregar componentes suspenda su apoyo para que estes en problema serio

La verdad, es que los europeos son mas puntillosos que los americanos en terminos de embargos...

Al final, un caza Gen 4,5 NO puede ser soportado solo en tu pais...NECESITAS apoyo del proveedor

sea chino, ruso, americano o europeo...
Com o Gripen NG e todo o seu projeto de implantação, teremos um nível de independência maior dos grandes países que muita gente não sabe.
a ver, ahi tengo una diferencia. Si, ciertamente uds tendran un nivel relativamente mayor de autnomia en el soporte dia a dia...pero si el proveedor DE VERDAD quiere suspender el soporte, pues...quedas en el aire.

Un Gen 4,5 es simplemente demasiado complicado para soportarlo autonomamente

la unica solucion al problema de embargo es usar cazas ligeros gen 3 modernizados ( como el F5, el JF17, etc) que realmente puedes soportarlos totalmente; un electronic Fighter, necesita del proveedor

La autarquia total en defensa no existe

Y, por lo demas, a menos que seas Korea del Norte, no se si realmente es necesaria

El Gripen E sera un caza formidable, pero no es gen5




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Túlio
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Re: Caças na América do Sul - Atual e Futuro

#94 Mensagem por Túlio » Ter Nov 14, 2017 2:14 pm

knigh7 escreveu:
SUT escreveu:

Sin pretender ser pesado, y manteniéndome en una postura simplemente fría, el punto es que Gripen E/F es tan vulnerable a embargos americanos como cualquier sistema del F16, e incluso mucho mas

La razón es el motor F414...dicho en simple; este motor esta mucho menos difundido que un F100 o F110, por lo que es totalmente dependiente de que General Electric provea soporte. Quizas en algún momento algún proveedor coreano lo produzca bajo licencia, si los planes de instalarlo en el FA50 fructifican

De la misma forma, tanto Suecia como UK, que son los proveedores de sistemas para el Gripen, son aliados MUY cercanos de EE.UU. y usan componentes Yankees en casi todos esos elementos. Desde Chips y cables hasta derechos y royalties sobre conceptos o tecnologias

Creer que el Gripen los hace inmunes a embargos, la verdad, no es razonable

Ahora, la verdad, en un mundo donde existe Kim Jong Un, los Iraníes, ISIS, Putin..

No veo que el drama del embargo Yankee sea tan apremiante como, eventualmente, tener que participar junto a los Yankees en preservar el interés propio de Brasil. Aca asumimos hace rato que EEUU es un socio comercial critico, que ademas sostiene posturas que nos son cercanas en el Pacifico

Dicho en simple, Washington es mas amable que Pyongyang o Teheran....o Caracas....


Cuando Brasil estaba en el Foro de Sao Paulo y recibir al Pdte Ahmadinejad, bueno...OK

Pero ahora que se supone que están haciendo las cosas mas ordenadamente, me parece que el tema es como conseguir el mejor caza que puedan mantener en mejores condiciones y, sobre todo, volar mas...
Olá, SUT.

Eu também não me preocupo com embargos americanos. Mas o que eu considero importante é a liberdade em trabalhar a plataforma e manutení-la.
Nós vamos ter conhecimento avançado para integrar sistemas ao GripenNG. O overhaul da F414 será feita aqui no Brasil pela AVIO. No contrato compramos spares e peças o suficiente para suprir o GripenNG por 5 anos. Vamos fazer a manutenção até nível intermediário do radar Raven aqui pela empresa ATMOS.

O Raven é um trabalho conjunto entre a Finmeccanica com a SAAB eletronics, onde os softwares desse radar são propriedade da empresa e Estado Sueco. Ou seja, aquilo que seria mais fácil ser embargado no caça, os suecos deixaram sob controle deles.

O GripenNG manterá coisas interessantes, como o Ternav, que é um sistema de georreferenciamento, que é um sistema inercial com um sistema de reconhecimento de terreno bastante preciso, que torna quase dispensável a utilização do GPS (eles usam também o GPS por ser mais prático).

Com o Gripen NG e todo o seu projeto de implantação, teremos um nível de independência maior dos grandes países que muita gente não sabe.
SUT - Primeiro, se tem uma coisa que eu nunca vou entender é essa mania que tens, amigo SUT, de torcer dados. Para não me estender muito e sobretudo para evitar transtornos, fico num exemplo só: teimas em mencionar os F-16 MLU como block 20, quando a própria FACh os declara como block 15. Dúvidas? Revista Fuerza Aérea (publicação oficial da FACh), edição nº 257, capa e páginas 8 até 11. A matéria foi redigida por Maria José Pizarro, membro do Departamento Comunicacional da FACh, ou seja, só se sabes mais sobre os F-16 do que a tua própria Força Aérea (notar que a matéria apresenta outros exemplos disto, como a verdadeira Geração que a FACh considera ser a do F-16 MLU, e que não é 4+)... :roll: :roll: :roll: :roll:

Em segundo lugar, te desafio a mostrar no meu post que quotaste uma única menção à palavra "embargo". Creio que ficou bem claro que quando falei em independência, deixei evidente que me referia a alterações de software e agregação de novos hardwares; também ficou fácil de ver que eu me referia à integração de armamentos, coisa bem complicada se for com o F-16 (que o digam os EAU, os quais, após pagarem pelo desenvolvimento do F-16C/D-60, também conhecidos como F-16E/F, compraram à França centenas de mísseis de cruzeiro Storm Shadow, lá denominados como Black Shaheen, mas na hora de obter a integração dos mísseis aos F-16 - cujo desenvolvimento, repito, havia sido pago por eles - ouviram um sonoro "não" de Washington), o que não é o caso do Gripen E/F para nós, e isso por causa de garantias contratuais que já foram postadas várias vezes por Foristas como o Santiago e o Knigh7. Apenas isso, não estou interessado naqueles longos e xaroposos Super Trunfos de Brasil vs Chile, eis que nunca tivemos qualquer contencioso que fosse ligeiramente complicado, até por não compartilharmos fronteiras e ainda por cima termos os Andes entre nós.

Knigh7 - Cupincha, o que significa "5 anos de spares e peças já comprados"? 5 anos de quê? De voos em tempo de paz ou de guerra?




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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cabeça de martelo
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Re: Caças na América do Sul - Atual e Futuro

#95 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Nov 14, 2017 4:30 pm

Carvalho, aqui tens sobre as células:
cabeça de martelo escreveu:F-16 SUCEDE AO F-16

Imagem
Célula de F-16 em testes de resistência estrutural nas instalações da Lockheed Martin Foto: LMCO

No mesmo dia em que em Portugal se fala das opções que se colocam à Defesa Nacional, para a substituição do sistema de armas F-16, a Lockheed Martin (fabricante do modelo) divulga em comunicado de imprensa, a intenção da Força Aérea dos EUA (USAF) em ampliar o ciclo de vida da sua frota F-16, das 8000 horas de voo actuais, para as 12.000.

A dar razão ao documento de 2016 da Lei de Programação Militar referido no DN, que aponta a aquisição de caças de 5ª Geração como demasiado onerosa, relativamente ao "potencial de exploração ainda existente [na frota F-16 nacional]", está esta agora esta decisão da USAF, em ampliar a vida útil da sua frota de cerca de 300 células de F-16 em 50% da vida útil e até ao ano-horizonte de 2048.

Segundo pode ler-se no comunicado da Lockheed Martin (LMCO), "este feito [extensão de vida das células F-16 em 50%] é o resultado de sete anos de testes, desenvolvimento, projecto, análise e parceria entre a USAF e a Lockheed Martin". Segundo Susan Ouzts, vice-presidente da LMCO para o programa F-16, o Service Life Extention Program (SLEP) no qual são realizados os reforços estruturais, que permitem aumentar as horas de voo das células, em conjunto com os programas de modernização de equipamento electrónico como o F-16V, demonstram que "o [F-16] mantém-se uma opção de 4ª Geração altamente capaz e acessível para a USAF e clientes internacionais", ao mesmo tempo que as frotas de combate vão incorporando o F-35 Lightning II.

Ainda relativamente ao artigo de hoje do DN, na verdade o caso português é distinto dos seus congéneres europeus que operam o F-16A/B MLU. Bélgica, Dinamarca, Noruega e Países Baixos, todos têm frotas bastante mais desgastadas que a nacional, em virtude de terem iniciado a sua operação quase uma década e meia antes. Depois, com excepção da Bélgica (que ainda não se decidiu pelo F-35) estes estão empenhados no desenvolvimento do F-35 desde o início, tendo por isso interesses económicos a acautelar, relativos ao envolvimento da sua indústria no programa. Não é, mais uma vez, o caso português.
Depois, há ainda a incógnita, sobre o "prazo de validade" da supremacia do F-35, sobre a qual falámos no artigo publicado na revista Take-Off Sirius de Fevereiro transacto.

A própria LMCO, que numa primeira fase desinvestiu no F-16, de modo a tornar mais apetecível o F-35, acabou por vir a apresentar novas alternativas para um mercado que, ou não pode, ou não quer comprar o F-35 e onde a concorrência (principalmente o Gripen da Saab, mas também F-18 da Boeing, Rafale da Dassault, Typhoon da Eurofighter) estava a conseguir entrar. Seja através dos kits de modificação F-16V para as células existentes, ou de aeronaves novas no padrão Bloco 70/72, a LMCO promete colocar os sistemas do F-16 totalmente compatíveis com os caças de 5ª Geração e com radar ao mesmo nível.
Apenas a furtividade (stealth) fica de fora. O que a médio prazo poderá até ser irrelevante, se alguns avanços na tecnologia anti-stealth se concretizarem.

Por tudo isto e algo mais, é extremamente provável que o sucessor do F-16 em Portugal seja.... o F-16.

:arrow: http://www.passarodeferro.com/2017/04/f ... 52017.html




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

https://i.postimg.cc/QdsVdRtD/exwqs.jpg
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Re: Caças na América do Sul - Atual e Futuro

#96 Mensagem por Luís Henrique » Ter Nov 14, 2017 7:41 pm

FCarvalho escreveu:
Luís Henrique escreveu:Sim. Para a dimensão do nosso país é pouco. Concordo.
Mas como eu disse, é um MÍNIMO.
Com 108 Gripen NG, para nosso TO, estaremos até que bem.
Como estamos falando de 6 esquadrões e o Brasil é dividido em 5 regiões, sobra 1 esquadrão para REFORÇAR uma das cinco regiões.
Como a região Sudeste e a região Sul são relativamente pequenas em comparação com a região Norte.
E como estão muito próximas. E como a FAB as considera como 1 única região de defesa, eu acredito que 1 Esquadrão no Sudeste e 1 esquadrão no Sul seria o suficiente, para poder colocar 1 esquadrão A MAIS NA REGIÃO NORTE.
Ai em Manaus teríamos 36 Gripen NG, em vez de 18.
O que daria para DISTRIBUÍ-LOS entre as ALAS, em Roraima, Rondonia e até para a região de Belém.
DEPOIS, se a visão for ampliada e o Brasil fizer a lição de casa, ai a FAB pode DOBRAR o número e caças e esquadrões, reforçando todas as regiões.
Um planejamento sério contemplaria o seguinte, em minha opinião:
108 Gripen NG (6 esquadrões com 18 caças)
6 Baterias antiaéreos de Longo Alcance (S-400, etc) - 1 para cada base principal
36 Sistemas Antiaéreos de Curto Alcance (Pantsir, etc) - 6 para cada base principal
6 aeronaves REVO de grande porte (Boeing 767, etc) - 1 para cada base principal
6 aeronaves AEWAC de grande porte (E-190, etc) - 1 para cada base principal
12 aeronaves REVO de médio porte (KC-390) - 2 para cada base principal
Com as bases secundárias, demais Alas, a FAB poderia enviar seus caças e demais vetores para áreas mais próximas da necessidade.
E poderia RECUAR seus vetores para bases mais afastadas, de acordo com as ameaças e estratégias adotadas.
Nas bases mais próximas ás fronteiras, VÁRIOS esquadrões de A-29 Super Tucanos.
E o apoio dos 5 E-99 AEWAC´s e dos 3 R-99 de Sensoriamento Remoto.
Esse planejamento, não é nenhum exagero.
São apenas 108 caças para um país continental, mas nos garantiria um Poder Aéreo muito respeitado.
Aliados com ARMAMENTOS MODERNOS E EM BOA QUANTIDADE e com BOM TREINAMENTO, teríamos uma capacidade dissuasória muito boa.
Nada comparável a mais de 300 caças do minúsculo país chamado Israel, mas MUITO melhor do que estamos hoje.
Com o que temos hoje em termos de organização, os atuais esquadrões somados ao 1o/16o Gav redivivo em Anápolis, podemos sem maiores problemas dispor das 6 bases aéreas que a FAB se pretende operacionais com meios de defesa aérea.

Seria o caso de enviar o Adelphi para CG ou BLM, e redistribuir os dois esquadrões do 3o Gav para o NE e/ou para CG. Teríamos 7 esquadrões e cobriríamos todo o país. Isso é o mínimo que se pode esperar para efetivamente dispor-se de uma defesa aérea de verdade. Temos ainda o 5o Gav que por mim poderia ser transformado em caça no NE, liberando assim o 3o Gav para outras regiões. Enfim...

De qualquer forma, existiria um planejamento para dispor de mais KC-390 que supostamente seriam usados no 1o/7o Gav e no 1o/15o Gav.

No caso dos E/R-99 vamos ter que nos virar com a modernização deles, e num futuro ainda indefinido ver se os E-2 ganham a sua vez. Coisa para daqui uns 15/20 anos.

Quanto a AAe, bem, a FAB só outro dia começou a prestar mais atenção na sua infantaria. e por conseguinte na defesa de suas bases aéreas. Então, essa é uma questão que vai ser levada a pagode mesmo. Vamos a um passo de cada vez. Primeiro eles vão ter que aprender a lidar com AAe - os IGLA estão aí para isso - e depois, bem depois na verdade, nos viramos com sistemas mais complexos.

Não tem mistério. Com a atual disposição de OM's de caça, presente e futura, podemos ter algo bem mais substancial do que hoje, e quiçá, com alguma sorte - para quem acredita nela :roll: - ter um quantitativo de aeronaves de todos os tipos mais adequada a missão imposta à FAB por ela mesma.

Nada mais de acordo com o país que ela tem que defender. Do jeito que ele precisa ser defendido. Nem mais e nem menos.

abs

A FAB já declarou publicamente que não adianta nada possuir um caça NOVO, super moderno da geração 4,5 SE não possuir os melhores armamentos.
E por isto, estão empenhados em adquirir ótimos armamentos para nossos Gripen.

Eu estou muito confiante na aquisição do Meteor e do RBS-15 ER.
Que junto com Iris-T e A-darter completam um pacote TOP DE LINHA.

Agora o que a FAB não divulgou e que PREOCUPA, é sobre a proteção dessas aeronaves EM SOLO.

Um ataque surpresa pode acabar com caças CARÍSSIMOS.

A IAF já mostrou o que acontece com quem não faz a lição de casa.

Portanto, para proteger um patrimônio de BILHÕES de dólares que também é nossos PODER AÉREO, a FAB deve iniciar estudos O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL, sobre sistemas antiaéreos de curto e longo alcance.




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Re: Caças na América do Sul - Atual e Futuro

#97 Mensagem por Luís Henrique » Ter Nov 14, 2017 7:43 pm

SUT escreveu:
Sut, você sabe dizer se além dos U$ 10 mi pagos pelo primeiro lote de f-16 MLU, o Chile gastou mais dinheiro para essa modernização??
ciertamente son bastante mas que USD 10 millones. Hay varios programas corriendo a la vez en relacion a los F16MLU. El tema clave es que esos cazas son parte del programa EPAF ( European Partnership Airforces) de usuarios MLU, eso hace que solo se noten las grandes inversiones individuales, pero sea mucho mas dificil detectar inversiones recurrentes sobre el proceso regular de financiamiento
Pois o segundo lote eu sei que saiu mais caro...
si, el segundo lote fue sustancialmente mas caro ya que todos tenian realizado el Pacer Amstel ( solo dos cazas del primer lote lo traian instalado) y ya eran Tape 4.3.1. El primer lote llego en el estandar tape 2

Sut, eu me expressei mal.

Os U$ 10 mi a que me refiro é para CADA F-16 MLU.
OU seja, foram U$ 180 mi a aquisição dos 18 f-16 MLU iniciais.

O segundo lote saiu por U$ 18 mi o valor UNITÁRIO.

Minha dúvida é a seguinte: Além dos U$ 180 mi pela aquisição de 18 F-16 MLU do 1º lote, a FACH PAGOU MAIS PARA MODERNIZÁ-LOS?
Ou, pelo preço acertado JÁ CONTEMPLAVA a modernização na Enaer??

Abraço.




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Simplesmente um GRANDE caça.
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Re: Caças na América do Sul - Atual e Futuro

#98 Mensagem por Penguin » Ter Nov 14, 2017 8:42 pm

O segundo lote foi de F16A MLU M4, mais caros que o 1o lote (M2).
Depois o Chile através da ENAER realizou um programa de modernização do 1o lote:
http://www.defensa.com/chile/fuerza-aer ... ernizacion




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Re: Caças na América do Sul - Atual e Futuro

#99 Mensagem por knigh7 » Ter Nov 14, 2017 9:05 pm

Túlio escreveu:
Knigh7 - Cupincha, o que significa "5 anos de spares e peças já comprados"? 5 anos de quê? De voos em tempo de paz ou de guerra?
A FAB não chegou a esclarecer a esse nível, Túlio.

Vou colocar aqui o trecho da matéria:
20/11/2014 05h38 - Atualizado em 21/11/2014 13h42
Conheça a 'versão personalizada' do caça sueco que o Brasil comprou

(...)

Outro fator que interferiu na escolha do sueco em comparação com os demais concorrentes no processo FX-2, segundo a Aeronáutica, foi a facilidade de manutenção.
O contrato logístico assinado com a Saab terá duração de 5 anos, a partir do início da entrega da primeira aeronave operacional, e prevê suporte em todos os sistemas. O Brasil, de acordo com a FAB, também comprou "todas as peças necessárias para operação por 5 anos", além de dois simuladores completos, que serão instalados na base de Anápolis (Goiás), que formará um esquadrão para receber o avião.
http://g1.globo.com/politica/noticia/20 ... mprou.html




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Re: Caças na América do Sul - Atual e Futuro

#100 Mensagem por knigh7 » Ter Nov 14, 2017 9:18 pm

Luís Henrique escreveu:
Eu estou muito confiante na aquisição do Meteor e do RBS-15 ER.
Que junto com Iris-T e A-darter completam um pacote TOP DE LINHA.

Agora o que a FAB não divulgou e que PREOCUPA, é sobre a proteção dessas aeronaves EM SOLO.

Um ataque surpresa pode acabar com caças CARÍSSIMOS.

A IAF já mostrou o que acontece com quem não faz a lição de casa.
Não sei atualmente, mas até fins da década de 90 a FAB fazia um exercício de alerta de ataque adversário no qual todas aeronaves da base aérea disponíveis deveriam estar no ar em até no máximo 10 minutos.

Na Região Norte eu tenho a opinião que a FAB só deveria deixar os caças em Manaus mesmo. Longe das pistas para operação de um caça adversário, se quiserem (qq país fronteiriço) atacar de modo supersônico não conseguiriam voltar.

Há alguns anos atrás, quando o Rossato era Chefe do COMGAR, disse numa entrevista que a FAB em caso de conflito planejava operar com os caças espalhados apoiados por C-130 e futuros KC390. Porque ela considera as bases seriam alvos preferenciais.

Isso é interessante pois é mais um fator a favor do Gripen.

P.S.: Como a Argentina só tem bagulho pode manter a base em Canoas...




Editado pela última vez por knigh7 em Ter Nov 14, 2017 9:44 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Caças na América do Sul - Atual e Futuro

#101 Mensagem por knigh7 » Ter Nov 14, 2017 9:37 pm

Aliás, como eu havia escrito há algumas semanas atrás no Terrestres sobre a necessidade de flutuabilidade do M113, e vale para agora, é sempre importante saber como uma força armada pensa, com as suas especificidades, em utilizar um vetor.




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Re: Caças na América do Sul - Atual e Futuro

#102 Mensagem por FCarvalho » Ter Nov 14, 2017 9:44 pm

cabeça de martelo escreveu:Carvalho, aqui tens sobre as células:
cabeça de martelo escreveu:F-16 SUCEDE AO F-16
Imagem
Célula de F-16 em testes de resistência estrutural nas instalações da Lockheed Martin Foto: LMCO
Valeu Cabeça pela informação.
Pelo andar da carruagem, vamos ver F-16 por aí ainda por muito tempo. Quiçá para além da segunda metade deste século, se a USAF concretizar seus planos, pois para eles 12 mil horas pode até ser útil, mas para a maioria dos usuários do caça, levá-lo até as 16 mil horas será algo quase que imperativo. Agora as vendas dos novos Blocks que ainda podem ser alcançadas.
Nada mal para um 'velhinho' de seus trinta e poucos. :wink:

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Re: Caças na América do Sul - Atual e Futuro

#103 Mensagem por Túlio » Ter Nov 14, 2017 9:45 pm

knigh7 escreveu: É por isso que na minha opinião na Região Norte a FAB só deveria deixar os caças em Manaus mesmo. Longe das pistas para operação de um caça adversário, se quiserem (qq país fronteiriço) atacar de modo supersônico não conseguiriam voltar.

Há alguns anos atrás, quando o Rossato era Chefe do COMGAR, disse numa entrevista que a FAB em caso de conflito planejava operar com os caças espalhados apoiados por C-130 e futuros KC390. Porque ela considera as bases seriam alvos preferenciais.

Isso é interessante pois é mais um fator a favor do Gripen.


P.S.: Como a Argentina só tem bagulho pode manter a base em Canoas...
Não vejo razão para surpresa se montarmos outras peças no quebra-cabeça, cupincha véio: quando o Rossato ainda era um Oficial Subalterno a FAB já experimentava técnicas de dispersão com Xavante, depois AMX; desde o primeiro FX, o do FFHH, ela sempre optou pelo Gripen (cuja capacidade de operar disperso e com poucos recursos humanos e materiais é um dos pontos mais fortes desde a versão A) em 1º lugar; os BinfAs têm unidades específicas para proteger caças em dispersão já faz décadas - mesmo que a FAB morra negando, na próxima década, com o Gripen entrando de vez em serviço ativo, isso ficará evidente demais para ser desmentido - and so on and so on and so on...




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Re: Caças na América do Sul - Atual e Futuro

#104 Mensagem por FCarvalho » Ter Nov 14, 2017 10:02 pm

Luís Henrique escreveu:
FCarvalho escreveu:Com o que temos hoje em termos de organização, os atuais esquadrões somados ao 1o/16o Gav redivivo em Anápolis, podemos sem maiores problemas dispor das 6 bases aéreas que a FAB se pretende operacionais com meios de defesa aérea.
Seria o caso de enviar o Adelphi para CG ou BLM, e redistribuir os dois esquadrões do 3o Gav para o NE e/ou para CG. Teríamos 7 esquadrões e cobriríamos todo o país. Isso é o mínimo que se pode esperar para efetivamente dispor-se de uma defesa aérea de verdade. Temos ainda o 5o Gav que por mim poderia ser transformado em caça no NE, liberando assim o 3o Gav para outras regiões. Enfim...
De qualquer forma, existiria um planejamento para dispor de mais KC-390 que supostamente seriam usados no 1o/7o Gav e no 1o/15o Gav.
No caso dos E/R-99 vamos ter que nos virar com a modernização deles, e num futuro ainda indefinido ver se os E-2 ganham a sua vez. Coisa para daqui uns 15/20 anos.
Quanto a AAe, bem, a FAB só outro dia começou a prestar mais atenção na sua infantaria. e por conseguinte na defesa de suas bases aéreas. Então, essa é uma questão que vai ser levada a pagode mesmo. Vamos a um passo de cada vez. Primeiro eles vão ter que aprender a lidar com AAe - os IGLA estão aí para isso - e depois, bem depois na verdade, nos viramos com sistemas mais complexos.
Não tem mistério. Com a atual disposição de OM's de caça, presente e futura, podemos ter algo bem mais substancial do que hoje, e quiçá, com alguma sorte - para quem acredita nela :roll: - ter um quantitativo de aeronaves de todos os tipos mais adequada a missão imposta à FAB por ela mesma.
Nada mais de acordo com o país que ela tem que defender. Do jeito que ele precisa ser defendido. Nem mais e nem menos.
abs
A FAB já declarou publicamente que não adianta nada possuir um caça NOVO, super moderno da geração 4,5 SE não possuir os melhores armamentos.
E por isto, estão empenhados em adquirir ótimos armamentos para nossos Gripen.
Eu estou muito confiante na aquisição do Meteor e do RBS-15 ER.
Que junto com Iris-T e A-darter completam um pacote TOP DE LINHA.
Agora o que a FAB não divulgou e que PREOCUPA, é sobre a proteção dessas aeronaves EM SOLO.
Um ataque surpresa pode acabar com caças CARÍSSIMOS.
A IAF já mostrou o que acontece com quem não faz a lição de casa.
Portanto, para proteger um patrimônio de BILHÕES de dólares que também é nossos PODER AÉREO, a FAB deve iniciar estudos O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL, sobre sistemas antiaéreos de curto e longo alcance.
Luís, a FAB com certeza reconhece a importância e a prioridade que deve ser a defesa de suas bases aéreas, mas como vivemos em um país em que guerra só a nas estrelas, é muito complicado se conseguir um equilíbrio entre defesa aérea e defesa do poder aéreo. Infelizmente não tem como dar o mesmo tratamento, e orçamento, para ambas as coisas.

Como disse, só muito recentemente a infantaria passou por uma revisão doutrinária e organizacional e ainda está praticamente engatinhando em termos de evolução operacional dentro da FAB. Isso vai levar muito tempo para chegar ao patamar que desejamos e que a FAB creia ser coerente.

No mais, as prioridades seguem sendo três a saber, a caça com o Gripen E/F, o KC-390, e a atualização;modernização do SISCEAB. Depois vem o resto.

Com relação aos armamentos, lamento que não haja aqui dentro uma iniciativa do MD e das próprias ffaa's em relação ao apoio no desenvolvimento de projetos nacionais, sejam em cooperação ou não. Ademais, é patente verificar que os quantitativos adquiridos até agora sequer dão para equipar um mísero grupo de caça para combate de verdade, quando e se muito, apenas fazer treinamento e dizer que possui. Nada mais. Nossos estoques e variedades de armamento inteligente é praticamente uma incógnita, apesar de sabermos que eles com certeza estão muito aquém do necessário. E isso não é qualquer novidade.

Perdemos o bonde em relação a parcerias com a Africa do Sul e os diversos projetos que eles tem lá, assim como com outros países em desenvolvimento, como o exemplo do míssil BVR Marlin que eles estavam tentando desenvolver. Vamos comprar mísseis já prontos, mas nada relativo a seguir na parceira com eles no Marlin que da mesma forma do A-Darter podeira nos subsidiar em termos efetivos em uma área crítica para qualquer força armada. E eu nem vou falar das bombas inteligentes que poderíamos estar fazendo aqui mas a FAB sequer consegue ou quer investir. Projetos e iniciativas não faltam.

Enfim, temos muito o que aprender, e mudar, aqui antes de ficar pensando em autonomia tecnológica aeroespacial quando não fazemos nem o dever de casa direito.

abs.




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Re: Caças na América do Sul - Atual e Futuro

#105 Mensagem por knigh7 » Ter Nov 14, 2017 10:10 pm

Túlio escreveu:
knigh7 escreveu: É por isso que na minha opinião na Região Norte a FAB só deveria deixar os caças em Manaus mesmo. Longe das pistas para operação de um caça adversário, se quiserem (qq país fronteiriço) atacar de modo supersônico não conseguiriam voltar.

Há alguns anos atrás, quando o Rossato era Chefe do COMGAR, disse numa entrevista que a FAB em caso de conflito planejava operar com os caças espalhados apoiados por C-130 e futuros KC390. Porque ela considera as bases seriam alvos preferenciais.

Isso é interessante pois é mais um fator a favor do Gripen.


P.S.: Como a Argentina só tem bagulho pode manter a base em Canoas...
Não vejo razão para surpresa se montarmos outras peças no quebra-cabeça, cupincha véio: quando o Rossato ainda era um Oficial Subalterno a FAB já experimentava técnicas de dispersão com Xavante, depois AMX; desde o primeiro FX, o do FFHH, ela sempre optou pelo Gripen (cuja capacidade de operar disperso e com poucos recursos humanos e materiais é um dos pontos mais fortes desde a versão A) em 1º lugar; os BinfAs têm unidades específicas para proteger caças em dispersão já faz décadas - mesmo que a FAB morra negando, na próxima década, com o Gripen entrando de vez em serviço ativo, isso ficará evidente demais para ser desmentido - and so on and so on and so on...
Deixa eu te falar uma coisa interessante que eu ouvi há alguns meses atrás de um oficial da FAB que está relacionado ao Gripen no Brasil: a FAB está estudando a filosofia de logística e operações do Gripen na Flygvpnet.

Lá as aeronaves não pertencem a um esquadrão. Elas ficam subordinadas a unidades logísticas que as liberam de acordo com as necessidades anuais determinadas previamente ou necessidades extraordinárias.

O mais importante é que não se raciocina só com esquadrão. E nisso dos suecos espalharem caças todos ligados em rede, inclusive entre os abrigos e alterarem de lugar. Isso faz com que o inimigo dificulte a noção de quantos caças suecos ele está lidando naquela área.
São táticas que os suecos desenvolveram ao longo do tempo. Lembrar que o vovô do Gripen, o Draken, já tinha data-link, terem desenvolvido um navegador preciso sem ser satelital, o TerNav , o trem de pouso mais reforçado que o necessário para aguentar estradar ordinárias, etc, para lutar contra uma força aérea mais forte que era a URSS, e essas táticas podem ajudar,e muito ao Brasil.




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