Fórum Defesa Brasil

Do ponto de vista prático, advogo a transformação do ministério da segurança pública em ministério do interior, responsável pela gestão da segurança pública de todo o país. Posto isso:

Centralizar planejamento, finanças e gestão da segurança pública;
Submeter PRF, polícia ferroviária e portuária federal e Força Nacional em uma só instituição federal;
Deixar o DPF fazendo o que sabe melhor, ser polícia judiciária e só;
Criar o Corpo de Carabineiros com PRF, FN, e demais forças policiais federais,
Criar Guarda Costeira a partir da estrutura e pessoal da MB;

Este é um primeiro passo. O segundo é:

Tirar do papel todos os projetos de meios materiais e recursos financeiros elencados nos últimos anos na indústria nacional via MD e ffaa's.
Sisfront integrado a sistema nacional de inteligência e informação de segurança pública; Sigaaz e Sisceab o mesmo;
Permitir que os estados e municípios fronteiriços possam utilizar PM e Guarda Civil na proteção efetiva da fronteira dentro dos limites de sua responsabilidade;

Esta é uma agenda simples e factível que qualquer governo pode fazer, se tiver vontade.

Os custos são relativamente baixos e o maior investimento teria de ser feito na compra de novos e melhores equipamentos e infraestrutura. Em 10 anos teríamos uma organização enxuta e efetiva. Talvez não no tamanho mais adequado, mas com certeza eficiente no que deve ser.

Abs

Na minha região, os rios são a linha natural de fronteira. Em grande parte do ano são navegáveis por embarcações de pequeno a médio calado. Na estação seca em determinados trechos só com voadeiras e lanchas pequenas.
Neste sentido precisamos de um tudo um pouco.
No lugar das voadeiras seria interessante colocar lanchas leves e pequenas, de preferência artilhadas com metralhadora 7,62 MAG ou similar.
Estas podem ser usadas em patrulhas diurnas tanto por forças policiais como militares em rios e igarapés. As Guardian e versões são exemplos do tipo.
Um outro tipo são botes de borracha, do mesmo tipo usados por FE's e/ou tropas logísticas. Existem muitos modelos no mercado, nacionais e importados. Os da DGS são exemplos.
Quanto a navios, eu entendo que deve haver uma separação clara entre os projetos da MB e de uma eventual guarda costeira/Fluvial.
Estes últimos podem e devem ser orientados no sentido de que sua função é apoiar as ações de prevenção e combate aos ilícito nas fronteiras. Para tanto, devem ser de porte médio e leve, capazes de sustentar ações ribeirinhas de pequeno porte, através de embarcações próprias ou meios auxiliares.
Um navio derivado do NaPa 500 BR vejo como um ponto de partida interessante. Os modelos NaPa 200 também são um investimento importante.
Enfim, as alternativas são muitas e variadas.
Se os recursos do FMM forem bem utilizados, é possível garantir longevidade e regularidade as investimentos necessários.

Abs

Em relação a patrulha fluvial na Amazônia uma alternativa simples seria o deslocamento dos NaPa classe Grajaú (modernizados/adaptados) para aquela região a partir do momento que forem sendo incorporados os NaPa 500 Macaé e CPN-BR, a exemplo da classe Piratini quando da chegada dos NaPa 200 ton da referida classe.

Sds


Lord Nauta

Concordo. A atualização do projeto pelo CPN também é algo a ser buscado no médio e longo prazo, já que são navios importantes na patrulha naval. E sua presença, principalmente, nas 12 milhas de mar territorial é indispensável.
Um NaPaFlu derivado dele, penso, é um projeto que podemos bancar por aqui mesmo. Em paralelo ao que foi proposto pelo CPN para o 4o DN. Seriam a base qualquer frota de patrulha Fluvial já que são navios pequenos e leves o suficiente para navegar e apoiar o ano inteiro os rios da fronteira.
Navios do porte da NaPa BR para cima seriam exclusivos da MB na região, e mais adequados ao seu papel de navio de guerra.

Abs

O modelo de lanchas que os americanos utilizaram nos rios do Vietnam não seria apropriado para uso no Brasil. Poderíamos desenvolver um projeto nacional similar, dentro das peculiaridades de nossas bacias fluviais e com motorização nacional. Temos bons construtores de lanchas de passeio, por que não desenvolver então um projeto economicamente viável (i.e., barato) e 100% nacional?




Wingate

Wingate escreveu: ↑Dom Ago 12, 2018 10:17 am O modelo de lanchas que os americanos utilizaram nos rios do Vietnam não seria apropriado para uso no Brasil. Poderíamos desenvolver um projeto nacional similar, dentro das peculiaridades de nossas bacias fluviais e com motorização nacional. Temos bons construtores de lanchas de passeio, por que não desenvolver então um projeto economicamente viável (i.e., barato) e 100% nacional?




Wingate

Túlio escreveu: ↑Dom Ago 12, 2018 3:20 pm

Wingate escreveu: ↑Dom Ago 12, 2018 10:17 am O modelo de lanchas que os americanos utilizaram nos rios do Vietnam não seria apropriado para uso no Brasil. Poderíamos desenvolver um projeto nacional similar, dentro das peculiaridades de nossas bacias fluviais e com motorização nacional. Temos bons construtores de lanchas de passeio, por que não desenvolver então um projeto economicamente viável (i.e., barato) e 100% nacional?




Wingate

É tri, cupincha véio, mas todo mundo sempre esquece de um País que também tem Amazônia, lá a encrenca nos rios é das mais FEROZES e por isso mesmo criou um estaleiro - COTECMAR - que desenvolve, fabrica e opera diversos tipos de barcos para esta finalidade, com apoio (feedback) de quem tem que andar e lutar nos inúmeros rios, ou seja, Armada, Guarda Costeira/Fluvial, Ejército e Federales: A COLÔMBIA! Aliás, parece que estão inclusive desenvolvendo uma CORVETA com características similares às pedidas para a tale de CV-3. Mas não, nem convidamos, vamos buscar mais longe, junto a quem nunca teve Amazônia pra cuidar...

Bingo. A expertise do COTECMAR e que deveria ser a base de apoio para o desenvolvimento de meios fluviais da MB. A Armada colombiana e a que possui experiencia recente de combate neste ambiente, sendo assim os meios navais produzidos trazem a avaliação operacional desta emprego em condições reais de conflito.

Sds

Lord Nauta

Aqui um bom motivo para a conversa sobre guarda-costeira ser levada a sério, enquanto nossa marinha senha em ser a USNAVY, não conseguimos ser nem uma coisa nem outra.

http://www.defesaaereanaval.com.br/pira ... sta-de-sp/

J.Ricardo escreveu: ↑Seg Ago 13, 2018 11:51 am Aqui um bom motivo para a conversa sobre guarda-costeira ser levada a sério, enquanto nossa marinha senha em ser a USNAVY, não conseguimos ser nem uma coisa nem outra.

http://www.defesaaereanaval.com.br/pira ... sta-de-sp/

Olá J.Ricardo e amigos do fórum,

Entendendo os argumentos contra ( em particular do Tomador de Mate (amigo Túlio)) , acho que deveria existir, sim, uma guarda costeira não só para patrulhar as zonas de portos , mas também para fiscalizar embarcações e pesca ilegal ( embora o Brasil não seja exatamente um prodígio em áreas de pesca).
O fato de todos lamentarmos o estado atual de nossa amada Marinha e , em particular, sua distribuição geográfica, não é justificativa para se avançar, ainda que lentamente, na implantação da Guarda-Costeira Brasileira que, ao meu ver, deveria estar subordinada à própria Marinha, no que tange a comando e doutrina de emprego porém , com um orçamento à parte . Poderia ser uma boa oportunidade para dar trabalho aos estaleiros do porte da INACE com lanchas e pequenos barcos que não demandariam muita grana.
Ir formando quadros e um meio de campo com a Policia Federal e demais órgãos de segurança, liberando a Marinha pra pensar em coisas mais "águas azuis".

Um abraço a todos e boa semana

J.Ricardo escreveu: ↑Seg Ago 13, 2018 11:51 am Aqui um bom motivo para a conversa sobre guarda-costeira ser levada a sério, enquanto nossa marinha senha em ser a USNAVY, não conseguimos ser nem uma coisa nem outra.

http://www.defesaaereanaval.com.br/pira ... sta-de-sp/

Aqui no Brasil é assim, depois que o criminoso tem a ideia brilhante ela se alastra rápido e sem controle.

Lembro como se fosse ontem do primeiro caixa eletrônico explodido, há dez anos atrás. De lá para cá virou moda.

Agora segurem essa bomba, traficantes perceberam o vácuo de fiscalização no mar. Salve-se quem puder!!!!

No mínimo que se espera agora é o dinheiro do Fundo da Marinha Mercante para as Patrulhas da MB, já que agora a Marinha Mercante percebeu que vai dar MERDA das grandes!!!!

Me lembro da chuva de críticas que a MB recebeu por ter comprado aquelas patrulhas da Colômbia.

E a gloriosa preocupada com pirataria na costa atlântica africana, kkk... enquanto isso no país do sonho, faz de conta que está tudo seguro...

Sds.

O Brasil não vem desenvolvendo um navio de patrulha fluvial com a Cotecmar?

Fábio Machado escreveu: ↑Seg Ago 13, 2018 8:44 pm O Brasil não vem desenvolvendo um navio de patrulha fluvial com a Cotecmar?

E com o Peru, que vem crescendo de forma constante.


https://www.marinha.mil.br/emgepron/pt- ... -amazonico

Fábio Machado escreveu: ↑Seg Ago 13, 2018 8:44 pm O Brasil não vem desenvolvendo um navio de patrulha fluvial com a Cotecmar?

E com o Peru, que vem crescendo de forma constante.


https://www.marinha.mil.br/emgepron/pt- ... -amazonico