Sobre o futuro Reg de Cavalaria Blindado em Roraima

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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gabriel219
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Re: Sobre o futuro Reg de Cavalaria Blindado em Roraima

#91 Mensagem por gabriel219 » Sáb Ago 03, 2013 8:26 pm

sapao escreveu:
gabriel219 escreveu:Um Mi-26T2 não precisa pousar para despachar suprimentos, alguns blindados. Isso pode ser feito usando um cabo externo, como o EUA já fez no Vietnam, com seus CH-47.
Na carga externa? Você vai ter uma aeronave que já é lenta e com pouca manobrabilidade em uma situação em que ela vai estar ainda com MENOS manobrabilidade e velocidade!!!
Só para citar, normalmente quando com carga externa o helicóptero fica limitado a algo em torno de 60 kt e a 15 graus de inclinação. Claro que isso varia, mas nada muito diferente disso devido ao momento gerado e para evitar que a carga fica pendulando.
gabriel219 escreveu:Onde estava "poucas", deveria estar "pousar".
Estava escrevendo no celular.
Voltando...
Não precisa pousar para despachar suprimentos e blindados, cabos externos podem ser usados.
Sim, mas de qualquer maneira vai ter que pairar para poder alijar a carga; e esse pairado normalmente causa muito mais impacto para quem está em volta e dificuldades para quem está dentro da aeronave do que o pouso em si, já que para este ultimo existem técnicas para evitar o aumento da potencia necessária na fase final de aproximação.
Mas ai teria a escolta dos AH-2 do EB ou dos A-29A/B da FAB.
Mesmo assim, deixaria para ser usado em ambientes de baia intensidade, quando a situação no local já esteja controlada por nossas tropas.
gabriel219 escreveu:
Não entendi sobre o Haiti.
O EUA quis subestimar uma milicia e quis combater de uma forma que não se pode combater contra uma milícia, principalmente em uma missão de paz e em área urbana. O Assad deve está percebendo isso em algumas cidades, onde seus blindados estão sendo destruídos.
Como um amigo meu me falou: quiseram botar a cara para levar um soco para tentar dar dois, mas acabaram levando muito mais que isso.
Ou seja, subestimar um inimigo.
Foi o que eu disse: o problema na Somália NÃO foi a Doutrina de emprego e sim a falta de vontade em vencer do americano.

gabriel219 escreveu: Por caças ou por mísseis terra-ar?
Se for assim, iremos suprir nossa tropa com o que? Um C-130 ou C-390 tem RCS maior.
Se for por caças, lembro que, em minha sugestão, há Pantsir-S1 e SPYDER-MR em jogo. Se for mísseis Terra-Ar, lembro que há Astros 2020 em jogo, então o caminho estaria limpo para os Mi-26T2.
Além do mais, como iriam saber que nossos Mi-26T2 estariam lá, levando em conta que suas aeronaves estariam nas bases e não possuem nenhuma aeronave AEW&C?
Por qualquer meio. Você acha que é possível deslocar um helicóptero do tamanho do C-130 sem que ninguém perceba?
Iriam saber simplesmente porque iria ver a preparação, principalmente porque eles teriam que operar de Boa Vista. Não dá para montar uma operação assim em questão de horas do dia para a noite, na própria preparação para a mobilização eles (o inimigo) já estariam cientes.
Bem, não poderiam usar aeronaves para tentar observar ago, já que estaríamos com 2 baterias de Spyder-MR. Por terra? Também acho difícil, já que teríamos VANT's e artilharia o suficiente para derrotar qualquer coisa que se aproxime de Boa Vista.
Por isso sou a favor de CB-90, armados com morteiros AMOS. Há um rio perto de Boa Vista, o que pode ser uma bela posição de fogo contra alguém que venha de lá.

gabriel219 escreveu:Se você consegue mover artilharia em poucas horas com helicópteros médios e pesados, ainda mais em uma região como aquela, isso lhe dá um poder excelente.
Sim, para os dois lados.
Só que como eu disse, a parte elevada do terreno fica do outro lado da fronteira então a Artilharia, de quem quer que fosse, teria muito mais vantagem sobre a nossa pela condição Geográfica. Ai vamos transportar inúmeros equipamentos em varias saídas de helicópteros e o povo vai ficar lá em cima do morro só olhando?
Como assim?




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Re: Sobre o futuro Reg de Cavalaria Blindado em Roraima

#92 Mensagem por sapao » Sáb Ago 03, 2013 9:46 pm

gabriel219 escreveu:
Mas ai teria a escolta dos AH-2 do EB ou dos A-29A/B da FAB.
Mesmo assim, deixaria para ser usado em ambientes de baia intensidade, quando a situação no local já esteja controlada por nossas tropas.
A escolta em si não seria de grande valia, pois mais perigoso estaria no solo e não no ar.
gabriel219 escreveu:
Bem, não poderiam usar aeronaves para tentar observar ago, já que estaríamos com 2 baterias de Spyder-MR. Por terra? Também acho difícil, já que teríamos VANT's e artilharia o suficiente para derrotar qualquer coisa que se aproxime de Boa Vista.
Por isso sou a favor de CB-90, armados com morteiros AMOS. Há um rio perto de Boa Vista, o que pode ser uma bela posição de fogo contra alguém que venha de lá.
Depende da época do ano, pois a região acima de Caracarai, incluindo Boa Vista, fica com a navegação extremamente prejudicada na época da seca.
gabriel219 escreveu: Sim, para os dois lados.
Só que como eu disse, a parte elevada do terreno fica do outro lado da fronteira então a Artilharia, de quem quer que fosse, teria muito mais vantagem sobre a nossa pela condição Geográfica. Ai vamos transportar inúmeros equipamentos em varias saídas de helicópteros e o povo vai ficar lá em cima do morro só olhando?
Como assim?
A vantagem da altitude fica sempre do outro lado da fronteira naquela região. Alguém progredindo de BV para o Norte teria que se deslocar contra posições mais altas, e por conseguinte, em desvantagem.
abraço




[justificar]“ Se não eu, quem?
Se não agora, quando?”[/justificar]
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Re: Sobre o futuro Reg de Cavalaria Blindado em Roraima

#93 Mensagem por FCarvalho » Sáb Ago 03, 2013 9:59 pm

gitanoba escreveu:
FCarvalho escreveu:Robson, até onde se sabe, de público, é que até o presente momento não existe um consenso entre os cavalarianos do EB sobre como e em que termos (re)organizar a arma da cavalaria...
Prezado FCarvalho,
Concordo quase plenamente com estas idéias, contudo sou obrigado a tecer uma consideração, q de certa forma, vai em sentido oposto (ou complementar) ao q vc escreveu.
A END (e por conseguinte está na PND) já definiu contra quem e o que devemos (o Brasil) nos preparar para oferecer resistência armada: forças de poder militar (similar) igual ou superior ao nosso.
Tais forças (por extrapolação) caracterizam: (1o) na América Latina, a Venezuela e a Argentina, sendo q esta última enfrenta grave crise econômica e é País com o qual mantemos cordiais e pacíficas relações, (2o) as potências europeias, que apresentam capacidade de projeção de poder, ou seja, França e Inglaterra, e em parte Alemanha, esta última sem possibilidade de projetar poder efetivo sem apoio,por não ter submarinos nucleares nem um porta-aviões, (3o) o próprio Estados unidos da América do Norte, não tanto rival, mas q defende seus interesses com unhas e dentes, de forma nem sempre "leal" ou previsível, e q está aui perto,por assim dizer, e (4o) a China (Zhongguo) e a Rússia, esta últimas distantes demais e com limitações de unidades militares, além de, se tentarem, esbarrarem com sérios problemas logísticos.
Acho q o recado está dado... não ?
Em tempo: esta opinião é de domínio e unânime nos círculos militares, e certamente irá aparecer novamente durante os debates sobre a Defesa da Amazônia, tema do ENABED 2013 deste anos em Belém.
Estarei lá apresentando trabalhos de pesquisa e propostas. Mando informes sobre as discussões ao longo da próxima semana.
Olá gitanoba.

De meu ponto de vista, a END/PND na atual forma como estão, não passam e cartar de boa intenção, como de resto quase tudo que é e se faz em defesa no Brasil.
Não há nada de concreto e objetivo naqueles documentos oficiais que diga sobre o que realmente nos ameaça, quem é ameaça (potencial e/ou concreta) e quais a nossa resposta para estas.
Há na verdade inúmeras indicações e ilações sobre de tudo um pouco ali. É, me permito dizer, um documento muito mais politico do que pragmático, como o deveria ser em relação a defesa nacional. Tanto o é que sequer estabelece diretrizes críveis para o estabelecimento do planejamento militar brasileiro.
Consequência objetiva disso? Um PAED, como diria, sem eira, nem beira e sem esteira.
Não temos políticos e nem um Estado capaz de produzir documentos sobre defesa que digam mais respeito a dar explicações e justificativas aos outros do que a nós mesmos.
Mas, para um país que até outro dia sequer se dava conta que tinha que prover alguma defesa a si mesmo, talvez já até seja um bom começo.

abs.




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Re: Sobre o futuro Reg de Cavalaria Blindado em Roraima

#94 Mensagem por FCarvalho » Dom Ago 04, 2013 5:13 pm

Um ponto de interrogação quanto à nova organização da cavalaria brasileira, e que faço constar aqui, como opinião pessoal, e que poderia agradar a todos os gostos, calibres e suspensões, de cavalarianos e infantes.

1. Bdga Inf. Mec:

- 3 BtlInfMec > VBTP Guarani 6x6 (162 undes - MR550 / Remax, e UT30/TORC30 > 54 x 3)
- 1 RegCavMec > VBTP/ VBR(90mm) / VBL > 6x6 e 4x4 ( 54 undes > 18 x 3)

- Total > 216 Bldos

2. Bdga Inf Blda

- 2 BtlInfBlda > VBTP Guarani 8x8 / VBL 4X4 ( 54 undes - 36 UT30 / 18 VBL )
- 2 RCB > VBR Guarani 8x8 ( 120mm ) > 108 ( 54 undes - 27 x 2 )

-Total > 162 bldos

3. Bdga Cav Mec:

- 3 RegCavMec > VBTP / VBR(105mm) / VBL > 8x8 e 4x4 ( 162 undes > 54 x 3)
- 1 BtlInfMec > VBTP Guarani 8x8 (54 undes - MR550 / Remax, e UT30/TORC30)

- Total > 216 Bldos

4. Bdga Cav Blda

- 2 BtlInfBlda > VBTP SL ( 54 undes - UT30/TORC30 )
- 2 RCC > MBT 120mm ( 108 undes > 54 x 2 )

- Total > 162 bldos

Espero que uma organização assim possa nos dar não uma definição, mas um direcionamento sobre estas quatro grandes OM's que temos hoje no EB, e que na minha humilde ignorância de civil poderia nos dar a flexibilidade necessária a manutenção das poucas undes de que dispomos e/ou viremos a dispor. Onde uma é falha, a força da outra imediatamente a complementa, em sua atuação conjunta.

Espero sinceramente que possa vir a ser assim. As "bgdas de infantaria blda" como aqui apresentada, poderiam, no meu conceito, serem as substitutas ideais para as tais 'bgdas de inf leve', sendo assim as nossas bgdas médias.

Teríamos 4 tipos de grandes OM atuando em somatório as suas ações combinadas, e ainda passíveis de serem alocadas/estacionadas em todos os rincões deste nosso enorme país, dando-nos a capacidade expedicionária, e ao mesmo tempo, a força de choque e o poder de fogo tradicional da cavalaria onde quer que estejam.

Fica o registro.

abs.




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Re: Sobre o futuro Reg de Cavalaria Blindado em Roraima

#95 Mensagem por IvanOTerrivel » Seg Ago 05, 2013 12:19 am

Já tá na hora de acabar com essas diversas Brigadas de Inf e Cav e unificá-las em um só tipo.




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Re: Sobre o futuro Reg de Cavalaria Blindado em Roraima

#96 Mensagem por gabriel219 » Seg Ago 05, 2013 10:13 am

sapao escreveu:
gabriel219 escreveu:
Mas ai teria a escolta dos AH-2 do EB ou dos A-29A/B da FAB.
Mesmo assim, deixaria para ser usado em ambientes de baia intensidade, quando a situação no local já esteja controlada por nossas tropas.
A escolta em si não seria de grande valia, pois mais perigoso estaria no solo e não no ar.
A escolta do AH-2 Sabre faria uma bela área de cobertura para o Mi-26T2.
Além disso, haveria Astros 2020, CB-90 com morteiro AMOS, GACSl's com FH-77BW Archer pra varrer a área.
O Mi-26T2 só faria ressuprimento de tropas quando a situação já esteja controlada pela artilharia e pelos blindados e infantaria.
gabriel219 escreveu:
Bem, não poderiam usar aeronaves para tentar observar ago, já que estaríamos com 2 baterias de Spyder-MR. Por terra? Também acho difícil, já que teríamos VANT's e artilharia o suficiente para derrotar qualquer coisa que se aproxime de Boa Vista.
Por isso sou a favor de CB-90, armados com morteiros AMOS. Há um rio perto de Boa Vista, o que pode ser uma bela posição de fogo contra alguém que venha de lá.
Depende da época do ano, pois a região acima de Caracarai, incluindo Boa Vista, fica com a navegação extremamente prejudicada na época da seca.
Também podem ser um meio de entrar na Venezuela, entrando no Rio negro e pela fronteira Venezuelana, pelo Rio Orinoco.
Ótimo meio de entrar na Venezuela pelo Sudoeste e quem sabe transportar artilharia.
gabriel219 escreveu: Sim, para os dois lados.
Só que como eu disse, a parte elevada do terreno fica do outro lado da fronteira então a Artilharia, de quem quer que fosse, teria muito mais vantagem sobre a nossa pela condição Geográfica. Ai vamos transportar inúmeros equipamentos em varias saídas de helicópteros e o povo vai ficar lá em cima do morro só olhando?
Como assim?
A vantagem da altitude fica sempre do outro lado da fronteira naquela região. Alguém progredindo de BV para o Norte teria que se deslocar contra posições mais altas, e por conseguinte, em desvantagem.
abraço
Mas isso eu já tinha falado. Perto de BV, segundo os mapas, mostram posições elevadas para fogo de artilharia.
Outro abraço




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Re: Sobre o futuro Reg de Cavalaria Blindado em Roraima

#97 Mensagem por jauro » Seg Ago 05, 2013 5:21 pm

DECEx PARTICIPA DO I SEMINÁRIO DE PLANEJAMENTO BASEADO EM CAPACIDADES.


A Asse Dout/DECEX participou do I Seminário de Planejamento Baseado em Capacidades, organizado pelo Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA).

I Seminário de Planejamento Baseado em Capacidades foi realizado na Escola Superior de Guerra e teve como principais objetivos:

•identificar as necessidades, possibilidades e limitações para a implantação de Planejamentos de Emprego Conjunto das Forças Armadas Baseados em Capacidades;
•disseminar conhecimentos doutrinários do assunto e;
•obtenção de subsídios para elaboração de Instruções Provisórias.
A atividade contou com a participação de militares das três Forças Armadas, do EMCFA e de palestrantes e representantes do Chile, da Espanha, dos Estados Unidos da América e do meio acadêmico brasileiro.

O seminário, como produto final, levantou inúmeros subsídios para uma eventual mudança da doutrina de planejamento militar com o uso da "Metodologia e Sistemática dos Planejamentos das Forças Armadas Baseados em Capacidades". (Maio de 2013)




"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
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Re: Sobre o futuro Reg de Cavalaria Blindado em Roraima

#98 Mensagem por jauro » Seg Ago 05, 2013 5:54 pm

O Ministério da Defesa vem se reestruturando, a fim de alcançar maior interoperabilidade entre as Forças Armadas, bem como atender à diretriz da Estratégia Nacional de Defesa de que convém organizar e estruturar o potencial estratégico das FA em torno de capacidades, não em torno de inimigos específicos.




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Re: Sobre o futuro Reg de Cavalaria Blindado em Roraima

#99 Mensagem por jauro » Seg Ago 05, 2013 6:08 pm

O Exército Brasileiro, como parte integrante da estrutura de segurança e defesa do País irá se adaptar a essa nova realidade. E deverá ter CAPACIDADE PARA COMBATER em ambientes de GLO, de Selva, de Montanha, de Caatinga, de Pantanal, de Cerrados, Litorâneas, Pampeanas e outros espectros de baixa, média e alta intensidade.




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Re: Sobre o futuro Reg de Cavalaria Blindado em Roraima

#100 Mensagem por FCarvalho » Seg Ago 05, 2013 9:42 pm

jauro escreveu:O Ministério da Defesa vem se reestruturando, a fim de alcançar maior interoperabilidade entre as Forças Armadas, bem como atender à diretriz da Estratégia Nacional de Defesa de que convém organizar e estruturar o potencial estratégico das FA em torno de capacidades, não em torno de inimigos específicos.
Desculpe Jauro, mas onde está a lógica de se estruturar capacidades sem ter em mente um objetivo concreto, que no caso militar é o enfrentamento de inimigos potenciais e/ou declarados? Para se ter e estabelecer capacidades há de notar-se a necessidade de referenciais concretos de medição e mediação de força, para fins de definição de competências e direcionamento. Fato é que não temos nenhuma coisa e nem outra. Como ser competente sem critérios de avaliação da minha competência em relação a quê/quem?
jauro escreveu:O Exército Brasileiro, como parte integrante da estrutura de segurança e defesa do País irá se adaptar a essa nova realidade. E deverá ter CAPACIDADE PARA COMBATER em ambientes de GLO, de Selva, de Montanha, de Caatinga, de Pantanal, de Cerrados, Litorâneas, Pampeanas e outros espectros de baixa, média e alta intensidade.
"E deverá ter CAPACIDADE PARA COMBATER em"= sofisma. Diz tudo e não diz absolutamente nada.

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Re: Sobre o futuro Reg de Cavalaria Blindado em Roraima

#101 Mensagem por jauro » Seg Ago 05, 2013 11:53 pm

Não precisa me pedir desculpas não sou o pai desta criança, mas pode ter certeza as coisas vão caminhar por aí. Talvez a médio prazo, mas vai.
Eis uma razão:
"Fatores de instabilidade e incerteza, potencialmente geradores de crises ou de conflitos, e riscos diversificados e multifacetados, passaram a fazer parte da agenda de segurança internacional, inclusive na América do Sul. Em vista disso, alguns países e organizações de defesa, dentre os quais se podem citar os Estados Unidos (EUA) e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), passaram a adotar uma forma sistemática de planejamento de estrutura de força no longo prazo denominada Planejamento Baseado em Capacidades (Capability-Based Planning - CBP), abandonando o planejamento baseado em inimigos específicos." (maj marcio dantas em Pljto Estrt)




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Re: Sobre o futuro Reg de Cavalaria Blindado em Roraima

#102 Mensagem por jauro » Ter Ago 06, 2013 12:22 am

E nosso amigo Sapão já vem alertando, em outros tópicos, para isso.
Desculpe Jauro, mas onde está a lógica de se estruturar capacidades sem ter em mente um objetivo concreto, que no caso militar é o enfrentamento de inimigos potenciais e/ou declarados? Para se ter e estabelecer capacidades há de notar-se a necessidade de referenciais concretos de medição e mediação de força, para fins de definição de competências e direcionamento. Fato é que não temos nenhuma coisa e nem outra. Como ser competente sem critérios de avaliação da minha competência em relação a quê/quem?
"E deverá ter CAPACIDADE PARA COMBATER em"= sofisma. Diz tudo e não diz absolutamente nada.
Agora, sem querer ser muito animado ou entusiamado, até acredito que não estejamos muito longe desta estratégia.
Temos que estar preparados para defender o TerrNac e assim, em cada área ou Região Estratégica do país, temos uma tropa conforme aquele ambiente ou bioma. De resto, seria capacidade para reforçar aquelas forças de fronteira ou de vigilância com Forças de Atuação Estratégica (FAE), do interior do País e com Forças de Emprego Geral (FEGe), se chegar a tanto.
Claro que falta muita coisa, mas já foi bem pior.




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Re: Sobre o futuro Reg de Cavalaria Blindado em Roraima

#103 Mensagem por FCarvalho » Ter Ago 06, 2013 2:43 pm

jauro escreveu:Não precisa me pedir desculpas não sou o pai desta criança, mas pode ter certeza as coisas vão caminhar por aí. Talvez a médio prazo, mas vai.
Eis uma razão:
"Fatores de instabilidade e incerteza, potencialmente geradores de crises ou de conflitos, e riscos diversificados e multifacetados, passaram a fazer parte da agenda de segurança internacional, inclusive na América do Sul. Em vista disso, alguns países e organizações de defesa, dentre os quais se podem citar os Estados Unidos (EUA) e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), passaram a adotar uma forma sistemática de planejamento de estrutura de força no longo prazo denominada Planejamento Baseado em Capacidades (Capability-Based Planning - CBP), abandonando o planejamento baseado em inimigos específicos." (maj marcio dantas em Pljto Estrt)
Pois é. Eu ainda fico aqui passado, em saber que temos uma das melhores academias de formação militar do ocidente, e escolas de estado-maior igualmente reconhecidas no mundo inteiro, e mesmo assim, ainda nos damos o trabalho de "xerocopiar" as idiossincrasias alheias.

Mas é aquela coisa. Pra quem não tem suas próprias guerras para lutar, e nelas se referenciar para se estabelecer, melhor então lutar e se preparar para a guerra dos outros.

Vai entender esse nosso eterno país em desenvolvimento...

abs.




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Re: Sobre o futuro Reg de Cavalaria Blindado em Roraima

#104 Mensagem por FCarvalho » Ter Ago 06, 2013 2:58 pm

jauro escreveu:E nosso amigo Sapão já vem alertando, em outros tópicos, para isso.
Desculpe Jauro, mas onde está a lógica de se estruturar capacidades sem ter em mente um objetivo concreto, que no caso militar é o enfrentamento de inimigos potenciais e/ou declarados? Para se ter e estabelecer capacidades há de notar-se a necessidade de referenciais concretos de medição e mediação de força, para fins de definição de competências e direcionamento. Fato é que não temos nenhuma coisa e nem outra. Como ser competente sem critérios de avaliação da minha competência em relação a quê/quem?
"E deverá ter CAPACIDADE PARA COMBATER em"= sofisma. Diz tudo e não diz absolutamente nada.
Agora, sem querer ser muito animado ou entusiasmado, até acredito que não estejamos muito longe desta estratégia.
Temos que estar preparados para defender o TerrNac e assim, em cada área ou Região Estratégica do país, temos uma tropa conforme aquele ambiente ou bioma. De resto, seria capacidade para reforçar aquelas forças de fronteira ou de vigilância com Forças de Atuação Estratégica (FAE), do interior do País e com Forças de Emprego Geral (FEGe), se chegar a tanto.
Claro que falta muita coisa, mas já foi bem pior.
Aqui é que está a questão. Já temos esta formação de tipos de força para cada TO nacional a mais de trinta e poucos anos anos, e isto, ao menos para mim, não constitui nenhuma novidade.

O que me chama a atenção é tentar estabelecer através de uma END, a capacitação das ffaa's baseada em um modelo de capacidades - que não é nosso - e ainda por cima sem ser/estar referenciado em algo crível, concreto, longilíneo no tempo e no espaço.

Ou seja, queremos ffaa's baseadas em capacidades( à imitação de USA/Otan), mas não sabemos que e/ou quais capacidades queremos ou mesmo precisamos, porque simplesmente nos negamos a dar um norte referencial para estabelecermos esta definição.

Bem, se me minha memória não me trai, as HE's seriam, ou deveriam ser, creio, os nossos referenciais para o estabelecimento das tais capacidades. Mas acho que nem isso talvez esteja sendo levado em conta, haja visto que sequer americanos e europeus sabem exatamente que capacidades suas forças precisarão ou imaginam que precisarão, para um cenário cada vez mais caótico e evasivo.

Enfim, não sei se isto nos apetece. Melhor seria que nós tomássemos a nossa própria realidade para estabelecer o que e como fazer nossa defesa. Aprender com as lições dos outros são importantes, mas nunca é demais lembrar que o dever de casa sempre vai continuar sendo nosso, e tão somente nosso. E a nota da professora também.

abs.




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