Re: Simulações de Guerra: defesa e ataque, Brasil.
Enviado: Sex Jul 05, 2013 1:29 pm
pt escreveu:Meu caro Gabriel, essa sua frase mostrou o que eu queria comprovar.Você que não está querendo entender.
Se sou um estratego de games, muitas pessoas aqui, inclusive você, acha que ganhar alguma guerra é baseado em quem tem o melhor equipamento.
Se fosse assim hoje estaríamos, provavelmente, falando Alemão.
Na realidade, a Alemanha conseguiu vitórias claras na primeira fase da guerra. E foi nessa fase da guerra, que a Alemanha tinha uma inferioridade tecnológica clara em muitos quesitos.
No que, no Panzer, Tiger, Bismarck, Primeira aeronave com motor de jato, quase fabricou uma bomba nuclear, se não fossem os próprios cientistas Alemães sabotando, conceito de luneta com amplificação de luz residual, apesar de eu odiar e muito o Hitler e o nazismo, se não fossem alguns feitos tecnológicos da Alemanha, será que o EUA teria a tecnologia/conhecimento necessária(o) para a construção de uma bomba desse tipo? Será que o conceito de amplificação de luz residual e motor a jato, seria que algum dos aliados conseguiria desenvolver algo do tipo.
Só conseguiram fazer isso após conseguirem os cientistas..... Alemães.
Os tanques franceses eram superiores aos alemães.
Os tanques russos eram superiores aos alemães
Até os polacos deram bordoadas nos Panzer com os tanques deles.
Os tanque russos tinham conceitos que eram superiores aos alemães
Ao Tiger?
Os aviões ingleses mostrara ser pelo menos tão bons quanto os alemães
Por isso o Bismarck afundou o simbolo da Marinha Inglesa, Prince of Wales?
Os navios ingleses estavam melhor construidos que os alemães e as táticas dos ingleses mostraram ser superiores.
Desculpa, mas ninguém aqui está falando em táticas, estamos falando de armamentos.
A superioridade inglesa em termos de radares era total.
Por isso que a Inglaterra sofreu anos de bombardeios dos Alemães?
Os ingleses desenvolveram computadores inimaginavelmente mais rápidos que as máquinas de encriptar alemãs.
Em suma: Os alemães ganharam na primeira fase da guerra, por causa de pormenores táticos, como a utilização de rádios, a organização logística, a disposição das tropas no terreno, a coordenação inter-armas etc...
Tudo questões que você ignorou completamente.
O que estávamos falando mesmo? Ah, lembrei, equipamentos....
Você não pode ir para a guerra com um país, esperando destruir a sua força aérea com uns quantos mísseis de cruzeiro que nem existem.
Não é uns, são 120 mísseis com ogiva mais poderosa que um MM-40, ogiva de 250 kg.
Um míssil de cruzeiro, foi especialmente pensado para atingir alvos fixos de alto valor militar.
Ou seja: instalações militares de abastecimento, depósitos de combustível, pontes, instalações fixas de radar, instalações elétricas, centrais de distribuição de energia.
Ele foi feito para isso, mas o que impede utiliza-los para outro meio?
Igual fuzis anti-material, inicialmente foi concebidos para perfurar a blindagem de carros de combate e hoje são usados contra alvos Infantaria.
Armas leve anti-carro, como Panzerschreck e Bazzoca, eram usados apenas contra viaturas blindadas, hoje, com RPG-7 e AT-4, usamos contra Infantaria também.
Só porque uma coisa é criada para tal finalidade, não significa que possa ser usado para outra finalidade.
Mísseis de cruzeiro são para alvos estratégicos.
Alvos estratégicos dependem do que o alto comando das Forças Armadas de um país desejar o que seja estratégico ou não.
Mas os mísseis de cruzeiro não foram pensados para destruir aviões.
Um míssil com ogiva de 250 kg não pode destruir um F-16 no chão? Não pode mesmo?
Para destruir a força aérea do Chile, você precisava primeiro destruir as instalações de apoio, destruir radares, destruir as pistas principais.
Veja bem, sério mesmo, não sei onde você leu que é para destruir TODA a FACh, sempre estou falando da destruição das base de Iquique e Antofagasta, destruindo os caças no chão.
Mesmo assim, os chilenos operariam os seus aviões a partir de pistas secundárias, mas pelo menos você degradaria a medio prazo as capacidades deles.
Então destruiria as bases de Iquique e Antofagasta e os F-16 não seria destruídos? Ta bom.
Só depois você poderia utilizar aeronaves sobre o território chileno, com o objetivo de destruir aviões no solo, que estivessem em reparação.
Se você perceber bem, quando falei dos ataques com mísseis de cruzeiro, que tem 250 kg em sua ogiva em cada míssil.
O problema, é que até que a força aérea chilena, por falta de capacidade para reparar os seus aviões, ficasse sem efetiva capacidade de combate, eles continuariam a possuir pelo menos vinte ou trinta F-16AM/BM ou F-16C/D.
Reparar seus aviões? Iriam juntas as peças e fazer um novinho em folha?
Como o Brasil não tem como manter aeronaves permanentemente sobre o território do Chile, negando o controlo do ar, voltariamos ao mesmo.
Os chilenos teriam mais que tempo para reparar os seus sistemas de armas.
Quando você me falar como 80 mísseis de cruzeiro com ogiva de 250 kg não destruir uma base, tudo bem.
Eles conseguem reparar os sistemas de armas deles a um ritmo mais rápido que o Brasil poderia destrui-los.
E isso é absolutamente definitivo.
Mas isso é algo que qualquer pessoa habituada a este tipo de problemas entende na primeira leitura por alto de um texto sobre um ataque ao Chile.
O Chile é o país mais complicado de atacar em toda a América Latina.
Os peruanos têm o enorme deserto de Atacama, que deixa sempre qualquer possibilidade de abastecimento dependente do controlo do ar.
Os argentinos têm a cordilheira dos Andes, que é intransponível, impossibilitando a Argentina de manter tropas do outro lado dos Andes e manter essas tropas abastecidas.
PQP
O QUE TENHO QUE FAZER PARA VOCÊ ENTENDER QUE OS ASTROS 2020 E PANTSIR-S1 ESTARIAM NA BOLÍVIA?
Você pelo menos está entendendo essa parte?
O Brasil então nem vale a pena falar.
Por que?
Você conhece bem o Brasil né.
Você precisaria de uma duzia de submarinos para provocar problemas aos chilenos e mesmo assim, um ou dois submarinos afundados e você já teria a opinião pública a fazer perguntas.
Por que isso?
Você tem que considerar uma coisa:
Duas democracias modernas e com instituições funcionais não entram em guerra.
Isso é uma simulação.
O que é uma simulação? É um cenário HIPOTÉTICO criado para finalidade de tentar chegar a uma conclusão sobre esse cenário criado.
Não haverá guerra contra o Chile.
Não entram em guerra porque é virtualmente impossível convencer duas opiniões públicas a ir para a guerra.
Nem preciso explicar isso.
Os planos dos militares têm que ter isto em consideração.
Cumprimentos