Fórum Defesa Brasil

No mar de plataformas que temos em nossa ZEE, ameaçadas por terroristas, p. ex, é um cenário que pode realizar-se.
Imagine um mercante sequestrado por terroristas em rumo de colisão com uma plataforma, e o meio disponível na área é o Patrulha, como costuma acontecer.
Como pará-lo com HKs?
Outra coisa, estes patrulhas também podem operar na calha do amazonas, p. ex.

Os caças da FAB Não chegam lá? Atenção que eu não estou a defender a não-inclusão do canhão de 76mm. Nesse assunto não tenho uma opinião formada nem para o Brasil nem para Portugal.

Vc teria que acioná-los, esperar o tempo de voo, que reconheçam a área, identifiquem o inimigo, e atuem.
Daria tempo?
No meu cenário, o NaPaOc está na área, como a MB pretende (que sempre tenha um Patrulha, seja de 500, seja de 1800 ton, na área das plataformas).
A aeronave destruiria o mercante, o Patrulha o incapacitaria e capturaria os sequestradores.
As duas opções são válidas, mas o Patrulha estaria presente, apto a agir.

Portanto, faria falta, pelo menos, um canhão mais potente?

Avaliamos que o 76 mm dará conta.

Marino escreveu:No mar de plataformas que temos em nossa ZEE, ameaçadas por terroristas, p. ex, é um cenário que pode realizar-se.
Imagine um mercante sequestrado por terroristas em rumo de colisão com uma plataforma, e o meio disponível na área é o Patrulha, como costuma acontecer.
Como pará-lo com HKs?
Outra coisa, estes patrulhas também podem operar na calha do amazonas, p. ex.

Algumas questões sobre este cenário, CMG véio:

COMO se soube que o mercante tinha terroristas dentro? Eles certamente não anunciaram na tv nem na net que iam tomar a plataforma tale (essa questão me interessa mesmo, não sei se os mercantes têm os sistemas que indicam que foram sequestrados como os aviões comerciais, p. ex.)...

QUANDO se obteve a informação? Tipo 15 minutos, 15 horas, 15 dias antes do ataque? Sim, porque a plataforma não é a única do oceano - já há muitas e haverão ainda muitas outras mais - não vai ficar encostada na costa, vai ser em alto mar e o patrulha ou vai ter sorte e estar nas proximidades dela ou vai ter que se deslocar em sua direção a no máximo 20 kts...

Conforme o tamanho da embarcação-alvo, qual a diferença de efeito entre uns tiros de 76 e umas buenas rajadas de 30? O A-10 tem um 30 (Avenger) e destrói qualquer MBT, desconheço 76 que faça o mesmo. Então, ao menos a mim surge uma opção muito mais interessante que esse bendito (e caríssimo) Oto-Melara: aquele CIWS Russo que o Carlos Mathias mostrou lá no tópico da AAAe, aquilo rasga em pedacinhos qualquer alvo desprovido de artilharia própria, que é o caso de um mercante ou pesqueiro...

Túlio, a IMO é uma organização de nível mundial que impõe certas regras para todos os países no que se refere a mercantes.
Uma destas regras é a instalação do chamado LRIT - Long Range Identification and Tracking, em todos os navios mercantes.
http://www.imarpor.pt/pdf/manual_client ... a/LRIT.pdf
http://en.wikipedia.org/wiki/Long_Range ... d_Tracking
A MB, por meio do SISGAAZ está fazendo mais, instalando sistemas de acompanhamento em todos os pesqueiros nacionais, vai instalar radares de longo alcance, vai ter VANT patrulhando 24 hs por dia a área das plataformas, além das aeronaves patrulha da FAB, sensores nas plataformas, e sensoriamento remoto por satélites.
Mas a principal ação planejada pela MB é ter, 24 hs por dia, NP nos campos de plataformas. Na medida do possível, já estamos fazendo isso. Mas nenhum meio remoto é mais eficaz que outro presente na cena de ação.
Um navio mercante tem que fazer como um avião comercial, registrar sua derrota junto ao armador. Então, um desvio pode ser plotado automaticamente pelos diversos sistemas que estão implantados ou em implantação.
O monitoramento da área de produção vai ser em tempo real, permitindo detectar alterações não previstas.
Quanto ao armamento, um 76 é a arma de tubo de diversos navios principais em várias marinhas.
Lembre da OHP idolatrada do Talha.
Além disso, os NaPaOc usarão, efetivamente, um Heli de médio porte a bordo durante as patrulhas. Veja naquela figura do PAEMB a quantidade de helis previstos a serem adquiridos.
Dependendo da situação, podem receber os armados com mísseis, ou os de transporte, com uma equipe de GRUMEC a bordo.
A febre literária está de volta?
Mais um conto, desta vez naval?

Tinha um tópico sobre este assunto.

Túlio escreveu:

Marino escreveu:No mar de plataformas que temos em nossa ZEE, ameaçadas por terroristas, p. ex, é um cenário que pode realizar-se.
Imagine um mercante sequestrado por terroristas em rumo de colisão com uma plataforma, e o meio disponível na área é o Patrulha, como costuma acontecer.
Como pará-lo com HKs?
Outra coisa, estes patrulhas também podem operar na calha do amazonas, p. ex.

Algumas questões sobre este cenário, CMG véio:

COMO se soube que o mercante tinha terroristas dentro? Eles certamente não anunciaram na tv nem na net que iam tomar a plataforma tale (essa questão me interessa mesmo, não sei se os mercantes têm os sistemas que indicam que foram sequestrados como os aviões comerciais, p. ex.)...

QUANDO se obteve a informação? Tipo 15 minutos, 15 horas, 15 dias antes do ataque? Sim, porque a plataforma não é a única do oceano - já há muitas e haverão ainda muitas outras mais - não vai ficar encostada na costa, vai ser em alto mar e o patrulha ou vai ter sorte e estar nas proximidades dela ou vai ter que se deslocar em sua direção a no máximo 20 kts...

Conforme o tamanho da embarcação-alvo, qual a diferença de efeito entre uns tiros de 76 e umas buenas rajadas de 30? O A-10 tem um 30 (Avenger) e destrói qualquer MBT, desconheço 76 que faça o mesmo. Então, ao menos a mim surge uma opção muito mais interessante que esse bendito (e caríssimo) Oto-Melara: aquele CIWS Russo que o Carlos Mathias mostrou lá no tópico da AAAe, aquilo rasga em pedacinhos qualquer alvo desprovido de artilharia própria, que é o caso de um mercante ou pesqueiro...

Túlio os mercantes, através de seus armadores devem estabelecer contato em intervalos predeterminados, além de terem à disposição meios situados fisicamente fora de seu passadiço aptos retransmitirem msg de emergência padronizadas pela IMO, em caso de sequestro.

Marino escreveu:Túlio, a IMO é uma organização de nível mundial que impõe certas regras para todos os países no que se refere a mercantes.
Uma destas regras é a instalação do chamado LRIT - Long Range Identification and Tracking, em todos os navios mercantes.
http://www.imarpor.pt/pdf/manual_client ... a/LRIT.pdf
http://en.wikipedia.org/wiki/Long_Range ... d_Tracking
A MB, por meio do SISGAAZ está fazendo mais, instalando sistemas de acompanhamento em todos os pesqueiros nacionais, vai instalar radares de longo alcance, vai ter VANT patrulhando 24 hs por dia a área das plataformas, além das aeronaves patrulha da FAB, sensores nas plataformas, e sensoriamento remoto por satélites.
Mas a principal ação planejada pela MB é ter, 24 hs por dia, NP nos campos de plataformas. Na medida do possível, já estamos fazendo isso. Mas nenhum meio remoto é mais eficaz que outro presente na cena de ação.
Um navio mercante tem que fazer como um avião comercial, registrar sua derrota junto ao armador. Então, um desvio pode ser plotado automaticamente pelos diversos sistemas que estão implantados ou em implantação.
O monitoramento da área de produção vai ser em tempo real, permitindo detectar alterações não previstas.
Quanto ao armamento, um 76 é a arma de tubo de diversos navios principais em várias marinhas.
Lembre da OHP idolatrada do Talha.
Além disso, os NaPaOc usarão, efetivamente, um Heli de médio porte a bordo durante as patrulhas. Veja naquela figura do PAEMB a quantidade de helis previstos a serem adquiridos.
Dependendo da situação, podem receber os armados com mísseis, ou os de transporte, com uma equipe de GRUMEC a bordo.
A febre literária está de volta?
Mais um conto, desta vez naval?

Cupincha, ainda estou bolando a primeira de uma longa série de MPs (a história ainda está meio nebulosa na minha cabeça e no momento estou refazendo a Fênix, maior e mais completa, para quando o Site voltar e sim, com a MB fazendo sua 'ponta'), mas antecipo que me interessei demais pelas infos (derrota é o mesmo que rota?) por óbvias razões...

Mas, quanto à charla, por mim tudo tri, se a MB quer 76 e não abre, suas razões deve ter e certamente se debruçou sobre o tema de maneira muito mais profunda e metódica do que eu, mero entusiasta (e abelhudo). Aliás, lembro que será a peça de proa de um modelo das FREMM Italianas, não? Se fosse para ficar em meia dúzia creio que se compraria a com o 120 mas se serão mesmo várias vezes este número...bueno, sempre será um avanço em padronização.

Mas só de birra mesmo: se tem um heli orgânico capaz de disparar mísseis como o Penguin ou mesmo Exocet, poderia destruir o suposto cargueiro 'infectado' sem precisar de armamento de tubo e muito mais rápido do que o próprio NaPaOc. E os terroristas dificilmente 'pegariam carona' no navio a poucas milhas da plataforma-alvo, não? Assim, no que o desviassem já estariam sob observação e isso daria um monte de tempo para a Aviação ou mesmo belonaves de verdade, não? Aliás, entendeste a pequena idéia que tive agora?

Beleza debater com quem sabe.

Sempre é bom debater, sempre aprendo mais e no mínimo me obriga a pesquisar para não dizer bobagem.
Derrota, em "navalês", é a linha traçada na carta de navegação, o "caminho" que um navio vai percorrer, por onde vai andar do ponto A para o ponto B.
Lembre o Cisne Branco: "...dada por finda a nossa derrota, temos cumprido nossa missão."
Um míssil normalmente é uma arma de neutralização, não de destruição.
Destruição é torpedo (pronto, o Walter vai saltar da cadeira).
Quando lançamos um míssil, pela configuração dos navios de guerra, capacidade de CAV, estanqueidade, etc, esperamos que ele atinja partes vitais do mesmo, como antenas, radares, armamento, mesmo o pessoal no passadiço. Mas o navio normalmente não será afundado, ele será retirado de ação, dando muito mais trabalho para a força adversária que se simplesmente afundado.
Quer afundar, mande um torpedo.
Agora imagine um mercante, com milhares de toneladas a mais que um navio de guerra. Quantos mísseis vc teria que lançar para pará-lo?
Uma série de tiros no passadiço, na linha d'água, etc, é mais eficaz.
É evidente que se supostos terroristas desviarem a derrota de um NM muito cedo, eles serão detectados prematuramente. Fariam o mais tarde possível, no PMA (Ponto de Maior Aproximação) entre a derrota e a plataforma alvo.
Quanto tempo isso?
Depende, caso a caso.

Marino escreveu:Tinha um tópico sobre este assunto.

Olá, Marino.

Já há previsão para o início do processo de aquisicão do satélite de comunicacões brasileiro?
Já comecou a ser implantado o Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul?(não apenas as embarcacões, mas as outras partes do projeto)

Não sei quando o satélite(s) será(ão) adquirido(s). Creio que beste governo teremos notícias.
As outras partes do SISGAAZ estão sendo implantadas. Há coisas com 100% e outras com 0%. Mas deve andar este ano tb.

que tal um canhão de 8 polegadas? este sim seria versatil!

coloquem 2 torpedos em cada plataforma e ja nao há risco de colisão que algum cargueiro desviado por terroristas!