Sismo e tsunami no Chile!!!!
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- soultrain
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Re: Sismo e tsunami no Chile!!!!
Negado desvio do eixo da Terra pelo sismo do Chile
por FILOMENA NAVESHoje
Negado desvio do eixo da Terra pelo sismo do Chile
Investigador da NASA disse que o terramoto do Chile causou desvio de oito centímetros no eixo terrestre, mas cientistas alemães contestam. Dizem que isso é impossível de demonstrar.
O sismo de 8,8 na escala de Richter que atingiu o Chile no último sábado, com um balanço de quase 800 mortos, terá sido violento ao ponto de se reflectir no eixo de rotação da Terra, causando um desvio de oito centímetros, segundo investigadores da NASA. Mas cientistas alemães já contestaram os cálculos.
"As mudanças no eixo da Terra devido a um sismo são tão ínfimas que não se podem medir, e por isso não são comprováveis", garantiu Rainer Kind, do Centro de Pesquisa Geográfica de Potsdam, e um dos geógrafos mais reputados a nível mundial.
Richard Gross, investigador do Jet Propulsion Laboratory, da NASA, afirmou ter utilizado um novo modelo computacional para fazer os seus cálculos. E foi graças a isso que chegou à conclusão de que o abanão ao largo da costa chilena terá induzido um desvio de oito centímetros no eixo terrestre - este não "corre" verticalmente de norte para sul, mas tem uma inclinação de 23,45 graus.
Em consequência daquela alteração de oito centímetros, segundo Richard Gross, a duração do dia terá sido também encurtada em 1,26 microssegundos. Ou seja, 0,00000126 segundos. Na verdade, uma diferença ínfima e imperceptível.
Não é a primeira vez que se fazem cálculos sobre deslocações do eixo da Terra na sequência de terramotos. Isso aconteceu, nomeadamente, após o de 2004, ao largo de Samatra, que desencadeou o catastrófico tsunami que vitimou mais de 230 mil pessoas nas regiões costeiras do Índico.
Nos seus cálculos, aliás, Richard Gross voltou a avaliar o desvio que ele terá causado no eixo terrestre, recorrendo ao seu novo modelo, e chegou à conclusão de que ele terá sido da ordem dos sete centímetros. Rainer Kind contesta e sublinha que, até hoje, todos esses cálculos são considerados discutíveis.
Outro geofísico alemão, Karl--Heinz Glassmeier, afirmou ter "deitado as mãos à cabeça" ao ouvir a notícia. "Parece que a NASA só quis aparecer nas manchetes dos jornais, porque é totalmente impossível provar que tenha havido uma deslocação de oito centímetros do eixo terrestre", disse, citado pela Lusa.
por FILOMENA NAVESHoje
Negado desvio do eixo da Terra pelo sismo do Chile
Investigador da NASA disse que o terramoto do Chile causou desvio de oito centímetros no eixo terrestre, mas cientistas alemães contestam. Dizem que isso é impossível de demonstrar.
O sismo de 8,8 na escala de Richter que atingiu o Chile no último sábado, com um balanço de quase 800 mortos, terá sido violento ao ponto de se reflectir no eixo de rotação da Terra, causando um desvio de oito centímetros, segundo investigadores da NASA. Mas cientistas alemães já contestaram os cálculos.
"As mudanças no eixo da Terra devido a um sismo são tão ínfimas que não se podem medir, e por isso não são comprováveis", garantiu Rainer Kind, do Centro de Pesquisa Geográfica de Potsdam, e um dos geógrafos mais reputados a nível mundial.
Richard Gross, investigador do Jet Propulsion Laboratory, da NASA, afirmou ter utilizado um novo modelo computacional para fazer os seus cálculos. E foi graças a isso que chegou à conclusão de que o abanão ao largo da costa chilena terá induzido um desvio de oito centímetros no eixo terrestre - este não "corre" verticalmente de norte para sul, mas tem uma inclinação de 23,45 graus.
Em consequência daquela alteração de oito centímetros, segundo Richard Gross, a duração do dia terá sido também encurtada em 1,26 microssegundos. Ou seja, 0,00000126 segundos. Na verdade, uma diferença ínfima e imperceptível.
Não é a primeira vez que se fazem cálculos sobre deslocações do eixo da Terra na sequência de terramotos. Isso aconteceu, nomeadamente, após o de 2004, ao largo de Samatra, que desencadeou o catastrófico tsunami que vitimou mais de 230 mil pessoas nas regiões costeiras do Índico.
Nos seus cálculos, aliás, Richard Gross voltou a avaliar o desvio que ele terá causado no eixo terrestre, recorrendo ao seu novo modelo, e chegou à conclusão de que ele terá sido da ordem dos sete centímetros. Rainer Kind contesta e sublinha que, até hoje, todos esses cálculos são considerados discutíveis.
Outro geofísico alemão, Karl--Heinz Glassmeier, afirmou ter "deitado as mãos à cabeça" ao ouvir a notícia. "Parece que a NASA só quis aparecer nas manchetes dos jornais, porque é totalmente impossível provar que tenha havido uma deslocação de oito centímetros do eixo terrestre", disse, citado pela Lusa.
"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento"

NJ
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Re: Sismo e tsunami no Chile!!!!
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"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento"

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Re: Sismo e tsunami no Chile!!!!
Os poderosos chegaram!DELTA22 escreveu:Credito: S1 Silva Lopes (FAB)

"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: Sismo e tsunami no Chile!!!!
Silva Lopes??? Esse cara é super gente boa. O CECOMSAER manda ele pra cobrir tudo.
Algumas fotos da RAT 2009 no artigo do site Defesa Brasil são dele.
Que bom que os helis já chegaram e já estão ajudando.
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Algumas fotos da RAT 2009 no artigo do site Defesa Brasil são dele.
Que bom que os helis já chegaram e já estão ajudando.

AD ASTRA PER ASPERA
- Marino
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Re: Sismo e tsunami no Chile!!!!
Catástrofe revela o lado escuro do Chile
Atônitos, sobreviventes tentam entender tragédia moral dos saques
Ariel Palacios e João Paulo Charleaux
O terremoto seguido de tsunami que devastou a costa centro-sul do Chile na semana passada não provocou só destruição física. O tremor de 8,8 graus na escala Richter desencadeou uma onda de saques ao comércio, incêndios criminosos, roubos em massa a residências, além da paralisação do governo central, abalando a imagem positiva que os chilenos tinham de si mesmos e costumavam projetar, orgulhosos, para o mundo.
"Foi espantoso. Pensávamos ter mais capital social do que realmente temos", lamentou o sociólogo Eugenio Tironi, da Corporação de Pesquisas Econômicas para a América Latina, com sede em Santiago.
Na área rural percorrida pelo Estado entre as cidades de Concepción, assolada pelos saques, e Dichato, devastada pelo tsunami, os moradores caminhavam alertas pelas estradas, com espingardas em punho. Os carros não davam carona nem para idosos, temendo assaltos. O cenário era idêntico nas cidades de Coelemu e Chanco, antes conhecidas como aprazíveis regiões campestres do sul do país.
Logo após o terremoto, o médico Cláudio Missareli percorreu centenas de quilômetros em sua caminhonete para apresentar-se como voluntário no balneário de Pelluhue, onde 80% das casas foram varridas pelo tsunami. "Que desenvolvimento o quê. Na verdade, somos gatos sob pele de leão", disse. "É falsa essa imagem que os governos e empresários chilenos venderam ao mundo, de que este era um país equivalente aos tigres asiáticos. Nós não passamos de um país subdesenvolvido. Isso agora ficou claro para todos os chilenos e para o mundo. Nem no Haiti as pessoas se comportaram assim."
Nos primeiro dias após o desastre, a realidade chilena era inevitavelmente comparada com o caos que reinou durante semanas no Haiti, o país mais pobre das Américas, cuja capital foi arrasada no dia 12 de janeiro por um tremor de 7,2 graus na escala Richter.
Na capital haitiana, os sobreviventes lutavam entre si, disputando comida e atacando caminhões de ajuda humanitária. No Chile, o relativo baixo número de mortos - no máximo, 800, diante de quase 300 mil no Haiti - era celebrado como reflexo da organização interna, da qualidade das construções e da preparação para as catástrofes naturais, pontos positivos que destoavam das cenas de saques e repressão em Concepción. Pelo menos 1 saqueador foi morto pelo Exército e 327 foram presos por violar o toque de recolher na quinta e sexta-feira.
"O Chile é um país que sabe que está localizado sobre uma falha geológica, mas finge não saber que também foi construído sobre falhas sociais e morais graves", disse o jornalista e analista político chileno Nibaldo Mosciatti. "Nós convivemos com uma sociedade que mescla uma hipocrisia enorme com um ressentimento profundo e isso aflora em situações como essa."
Pobres roubaram dos ricos; chilenos de classe média alta dirigindo caminhonetes importadas assaltaram comércios abandonados por seus donos que tinham fugido do terremoto. "Todos roubaram de todos, não foi uma questão de classe social. O vandalismo foi protagonizado por todos", disse, perplexa, a prefeita de Concepción, Jacqueline van Rysselberghe, na calçada da Praça de Armas, a principal da cidade.
No terremoto ocorrido em Valdívia, em 1939, o Exército fuzilou quatro saqueadores em público, numa tentativa de desencorajar levantes maciços. De lá para cá, o país passou por uma ditadura militar que, em 17 anos, deixou 2.279 mortos e 28 mil torturados. Segundo analistas, esse passado de repressão militar influenciou a decisão do atual governo - de esquerda - de relutar em pôr o Exército na rua para conter os saques.
RESPOSTA VACILANTE
"Foi um vacilo motivado por razões simbólicas que custou muito caro à presidente (Michelle Bachelet)", diz Mosciatti. "O Exército do Chile está entre as três instituições mais confiáveis do país em qualquer pesquisa e já não guarda relação com aquele Exército do golpe", agregou Tironi.
"Qualquer sueco que passasse três dias sem comida, água, luz e telefone, depois de um terremoto devastador, saquearia Estocolmo sem pensar duas vezes", comparou o sociólogo. "É impossível estender a análise sobre os saques para uma leitura estrutural da sociedade chilena. Também tivemos grandes gestos de grandeza e solidariedade. A tragédia mostra que somos, no fim, a mescla destes dois polos."
Juan Iubini, técnico metalúrgico de Concepción, recusou-se a saquear os comércios, ao contrário de seus outros vizinhos. "Vi pessoas fazendo coisas que nunca imaginei que fariam. Não posso dar esse exemplo de selvageria aos meus filhos", disse, no domingo passado. Na quarta-feira, ele procurava comida em toda a cidade com seu carro, cuja gasolina estava acabando. "A comida está no fim. Somos seis bocas, entre filhos, cunhada e sogro em casa. Se eu tivesse roubado, não teria fome. Mas eu prefiro deixar de comer para que, pelo menos, meus filhos comam. Recuso-me mesmo a dar o mau exemplo".
Seu sogro, Reigner Salazar, engenheiro elétrico, de 80 anos, sobrevivente dos três piores terremotos da história chilena (1939, 1960 e o da semana passada), disse que, no passado, "todos se ajudavam, ninguém roubava de ninguém". Ele deteve seu relato, secou uma lágrima com o lenço e disse: "Mas desta vez, tudo foi diferente. Parecem todos loucos. Não sei como essa sociedade vai se recompor nos próximos meses, quando vizinhos que roubaram vizinhos terão que manter novamente uma relação social."
CICATRIZES
Jacqueline vanRysselberghe
Prefeita de Concepción
"Todos roubaram de todos, não foi uma questão de classe social"
Reigner SalazarEngenheiro elétrico
"Parecem todos loucos. Não sei como essa sociedade vai se recompor nos próximos meses, quando vizinhos que roubaram vizinhos terão de manter novamente uma relação social"
Atônitos, sobreviventes tentam entender tragédia moral dos saques
Ariel Palacios e João Paulo Charleaux
O terremoto seguido de tsunami que devastou a costa centro-sul do Chile na semana passada não provocou só destruição física. O tremor de 8,8 graus na escala Richter desencadeou uma onda de saques ao comércio, incêndios criminosos, roubos em massa a residências, além da paralisação do governo central, abalando a imagem positiva que os chilenos tinham de si mesmos e costumavam projetar, orgulhosos, para o mundo.
"Foi espantoso. Pensávamos ter mais capital social do que realmente temos", lamentou o sociólogo Eugenio Tironi, da Corporação de Pesquisas Econômicas para a América Latina, com sede em Santiago.
Na área rural percorrida pelo Estado entre as cidades de Concepción, assolada pelos saques, e Dichato, devastada pelo tsunami, os moradores caminhavam alertas pelas estradas, com espingardas em punho. Os carros não davam carona nem para idosos, temendo assaltos. O cenário era idêntico nas cidades de Coelemu e Chanco, antes conhecidas como aprazíveis regiões campestres do sul do país.
Logo após o terremoto, o médico Cláudio Missareli percorreu centenas de quilômetros em sua caminhonete para apresentar-se como voluntário no balneário de Pelluhue, onde 80% das casas foram varridas pelo tsunami. "Que desenvolvimento o quê. Na verdade, somos gatos sob pele de leão", disse. "É falsa essa imagem que os governos e empresários chilenos venderam ao mundo, de que este era um país equivalente aos tigres asiáticos. Nós não passamos de um país subdesenvolvido. Isso agora ficou claro para todos os chilenos e para o mundo. Nem no Haiti as pessoas se comportaram assim."
Nos primeiro dias após o desastre, a realidade chilena era inevitavelmente comparada com o caos que reinou durante semanas no Haiti, o país mais pobre das Américas, cuja capital foi arrasada no dia 12 de janeiro por um tremor de 7,2 graus na escala Richter.
Na capital haitiana, os sobreviventes lutavam entre si, disputando comida e atacando caminhões de ajuda humanitária. No Chile, o relativo baixo número de mortos - no máximo, 800, diante de quase 300 mil no Haiti - era celebrado como reflexo da organização interna, da qualidade das construções e da preparação para as catástrofes naturais, pontos positivos que destoavam das cenas de saques e repressão em Concepción. Pelo menos 1 saqueador foi morto pelo Exército e 327 foram presos por violar o toque de recolher na quinta e sexta-feira.
"O Chile é um país que sabe que está localizado sobre uma falha geológica, mas finge não saber que também foi construído sobre falhas sociais e morais graves", disse o jornalista e analista político chileno Nibaldo Mosciatti. "Nós convivemos com uma sociedade que mescla uma hipocrisia enorme com um ressentimento profundo e isso aflora em situações como essa."
Pobres roubaram dos ricos; chilenos de classe média alta dirigindo caminhonetes importadas assaltaram comércios abandonados por seus donos que tinham fugido do terremoto. "Todos roubaram de todos, não foi uma questão de classe social. O vandalismo foi protagonizado por todos", disse, perplexa, a prefeita de Concepción, Jacqueline van Rysselberghe, na calçada da Praça de Armas, a principal da cidade.
No terremoto ocorrido em Valdívia, em 1939, o Exército fuzilou quatro saqueadores em público, numa tentativa de desencorajar levantes maciços. De lá para cá, o país passou por uma ditadura militar que, em 17 anos, deixou 2.279 mortos e 28 mil torturados. Segundo analistas, esse passado de repressão militar influenciou a decisão do atual governo - de esquerda - de relutar em pôr o Exército na rua para conter os saques.
RESPOSTA VACILANTE
"Foi um vacilo motivado por razões simbólicas que custou muito caro à presidente (Michelle Bachelet)", diz Mosciatti. "O Exército do Chile está entre as três instituições mais confiáveis do país em qualquer pesquisa e já não guarda relação com aquele Exército do golpe", agregou Tironi.
"Qualquer sueco que passasse três dias sem comida, água, luz e telefone, depois de um terremoto devastador, saquearia Estocolmo sem pensar duas vezes", comparou o sociólogo. "É impossível estender a análise sobre os saques para uma leitura estrutural da sociedade chilena. Também tivemos grandes gestos de grandeza e solidariedade. A tragédia mostra que somos, no fim, a mescla destes dois polos."
Juan Iubini, técnico metalúrgico de Concepción, recusou-se a saquear os comércios, ao contrário de seus outros vizinhos. "Vi pessoas fazendo coisas que nunca imaginei que fariam. Não posso dar esse exemplo de selvageria aos meus filhos", disse, no domingo passado. Na quarta-feira, ele procurava comida em toda a cidade com seu carro, cuja gasolina estava acabando. "A comida está no fim. Somos seis bocas, entre filhos, cunhada e sogro em casa. Se eu tivesse roubado, não teria fome. Mas eu prefiro deixar de comer para que, pelo menos, meus filhos comam. Recuso-me mesmo a dar o mau exemplo".
Seu sogro, Reigner Salazar, engenheiro elétrico, de 80 anos, sobrevivente dos três piores terremotos da história chilena (1939, 1960 e o da semana passada), disse que, no passado, "todos se ajudavam, ninguém roubava de ninguém". Ele deteve seu relato, secou uma lágrima com o lenço e disse: "Mas desta vez, tudo foi diferente. Parecem todos loucos. Não sei como essa sociedade vai se recompor nos próximos meses, quando vizinhos que roubaram vizinhos terão que manter novamente uma relação social."
CICATRIZES
Jacqueline vanRysselberghe
Prefeita de Concepción
"Todos roubaram de todos, não foi uma questão de classe social"
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"Parecem todos loucos. Não sei como essa sociedade vai se recompor nos próximos meses, quando vizinhos que roubaram vizinhos terão de manter novamente uma relação social"
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: Sismo e tsunami no Chile!!!!
Cara, é difícil de comentar sobre isso, nós aqui no Brasil somos abençoados por não sofrer esse tipo de coisa, a não ser nossas mazelas sociais que tenho fé em Deus que um dia vão acabar, mas como disse na reportagem que lá os saques não tem nada haver com classe social, tem até rico pegando!!,fico pensando se isso é desespero ou pura falta de vergonha...
OBS:Nas regiões citadas no texto, ainda não chegaram a ajuda humanitária?
OBS:Nas regiões citadas no texto, ainda não chegaram a ajuda humanitária?
Na União Soviética, o político é roubado por VOCÊ!!
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Re: Sismo e tsunami no Chile!!!!
Como eu postei mais atrás, tem muito a ver com a falta de preparação.
A maioria das pessoas do mundo dito civilizado estão habituadas a ter sempre o seu supermercado à mão que tem uma logística complexa por detrás. Quando temos um desastre natural ou outra coisa que afecta essa cadeia gera o pânico.
As pessoas ficam com medo e tem tendência para açambarcar porque não mantinham os stocks adequados de bens essenciais nas suas casas. O socorro é sempre prestado em primeiro lugar às vitimas mais graves e até que chegue a ajuda alimentar ao grosso das populações demora sempre tempo. Tempo esse que é agravado pelas condições das vias de comunicação.
A comunicação social também não ajuda porque quer vender sensacionalismo em vez de prestar um serviço público nessas ocasiões. Não nos podemos esquecer que há sempre um FDP ou dois que se lembram de levar uma televisão sem pagar e geram no resto das pessoas que os rodeiam o sentimento de:
-Se ele levou eu também vou levar.
isto pode acontecer e acontece em qualquer lugar do mundo.
A maioria das pessoas do mundo dito civilizado estão habituadas a ter sempre o seu supermercado à mão que tem uma logística complexa por detrás. Quando temos um desastre natural ou outra coisa que afecta essa cadeia gera o pânico.
As pessoas ficam com medo e tem tendência para açambarcar porque não mantinham os stocks adequados de bens essenciais nas suas casas. O socorro é sempre prestado em primeiro lugar às vitimas mais graves e até que chegue a ajuda alimentar ao grosso das populações demora sempre tempo. Tempo esse que é agravado pelas condições das vias de comunicação.
A comunicação social também não ajuda porque quer vender sensacionalismo em vez de prestar um serviço público nessas ocasiões. Não nos podemos esquecer que há sempre um FDP ou dois que se lembram de levar uma televisão sem pagar e geram no resto das pessoas que os rodeiam o sentimento de:
-Se ele levou eu também vou levar.
isto pode acontecer e acontece em qualquer lugar do mundo.
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- Marino
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Re: Sismo e tsunami no Chile!!!!
De acordo.
Mostra somente como regredimos quando alguma catástrofe nos atinge.
Não importa classe social, posição, o que seja, ainda estamos longe de sermos realmente humanos.
Mostra somente como regredimos quando alguma catástrofe nos atinge.
Não importa classe social, posição, o que seja, ainda estamos longe de sermos realmente humanos.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: Sismo e tsunami no Chile!!!!
É uma ruptura do contrato social, uma volta à Natureza, amoral, onde sobreleva a lei do mais forte.
"Em geral, as instituições políticas nascem empiricamente na Inglaterra, são sistematizadas na França, aplicadas pragmaticamente nos Estados Unidos e esculhambadas no Brasil"
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Re: Sismo e tsunami no Chile!!!!
A volta ao Estado da Natureza, de Hobbes.
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Re: Sismo e tsunami no Chile!!!!
Extraido de outro forum:
SANTIAGO DE CHILE-El terremoto que azotó el centro sur de Chile, uno de los mayores de la historia, desnudó fuertes fallas de coordinación en el despliegue de las Fuerzas Armadas de ese país, una de las más poderosas de Suramérica.
"Teníamos los aviones listos para despegar desde el primer momento, pero nunca recibimos la orden", dijo el Comandante en Jefe de la Fuerza Aérea, Ricardo Ortega, ante las recriminaciones, citó DPA.
Pero las fallas en la reacción no son entendibles. La prensa y los propios civiles llegaron en masa al epicentro del sismo en Concepción, mucho antes de que arribaran los militares.
"Han pasado 24 horas y sólo hay 100 militares en la zona de la catástrofe", reclamó un conductor radial.
Los casi 10.000 millones de dólares gastados por Chile en armas, desde 1990, no mostraron su eficacia en esta tragedia. Tan solo en la noche del domingo los militares lograron tomar un cierto control de las urbes, donde se multiplicaron los saqueos.
El mayor error fue sin duda el que la Marina asegurara al país que no había riesgo de tsunamis. Sólo una hora después, olas de hasta nueve metros hicieron desaparecer cientos de casas y decenas de pueblos.
Las fallas en la coordinación militar ocurren además en momentos en que el país discute cuáles serán los futuros mecanisnmos de financiamiento de sus instituciones castrenses.
La gran pregunta será de qué le sirven al país cientos de tanques Leopard A1 y A2, decenas de cazabombarderos F16 y una marina de guerra completamente nueva, si no es capaz de mostrar fuerza operativa en su propio territorio.
La reunión de urgencia que sostuvo la saliente Presidenta, Michelle Bachelet, con los jefes castrenses el domingo fue una prueba de la alta preocupación que alcanzó el tema.
Hasta ahora nadie logra explicar cómo le costó a la Fuerzas Armadas chilenas tanto tiempo desplegar su contingente en zonas damnificadas y sin suministros básicos.
El Viceministro del Interior, Patricio Rosende, justificó tenuemente las fallas, aduciendo a los problemas de comunicación registados tras el sismo. "Yo mismo no me he podido comunicar siempre", dijo.
Chile ha gastado cerca de 4.500 millones de dólares en equipamiento de guerra desde el año 2000.
Sólo durante el gobierno de Michelle Bachelet (2005-2010), se invirtieron casi 2.000 millones de dólares en compras de armamento para las Fuerzas Armadas, en medio de críticas de armamentismo, en especial del Perú.
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SANTIAGO DE CHILE-El terremoto que azotó el centro sur de Chile, uno de los mayores de la historia, desnudó fuertes fallas de coordinación en el despliegue de las Fuerzas Armadas de ese país, una de las más poderosas de Suramérica.
"Teníamos los aviones listos para despegar desde el primer momento, pero nunca recibimos la orden", dijo el Comandante en Jefe de la Fuerza Aérea, Ricardo Ortega, ante las recriminaciones, citó DPA.
Pero las fallas en la reacción no son entendibles. La prensa y los propios civiles llegaron en masa al epicentro del sismo en Concepción, mucho antes de que arribaran los militares.
"Han pasado 24 horas y sólo hay 100 militares en la zona de la catástrofe", reclamó un conductor radial.
Los casi 10.000 millones de dólares gastados por Chile en armas, desde 1990, no mostraron su eficacia en esta tragedia. Tan solo en la noche del domingo los militares lograron tomar un cierto control de las urbes, donde se multiplicaron los saqueos.
El mayor error fue sin duda el que la Marina asegurara al país que no había riesgo de tsunamis. Sólo una hora después, olas de hasta nueve metros hicieron desaparecer cientos de casas y decenas de pueblos.
Las fallas en la coordinación militar ocurren además en momentos en que el país discute cuáles serán los futuros mecanisnmos de financiamiento de sus instituciones castrenses.
La gran pregunta será de qué le sirven al país cientos de tanques Leopard A1 y A2, decenas de cazabombarderos F16 y una marina de guerra completamente nueva, si no es capaz de mostrar fuerza operativa en su propio territorio.
La reunión de urgencia que sostuvo la saliente Presidenta, Michelle Bachelet, con los jefes castrenses el domingo fue una prueba de la alta preocupación que alcanzó el tema.
Hasta ahora nadie logra explicar cómo le costó a la Fuerzas Armadas chilenas tanto tiempo desplegar su contingente en zonas damnificadas y sin suministros básicos.
El Viceministro del Interior, Patricio Rosende, justificó tenuemente las fallas, aduciendo a los problemas de comunicación registados tras el sismo. "Yo mismo no me he podido comunicar siempre", dijo.
Chile ha gastado cerca de 4.500 millones de dólares en equipamiento de guerra desde el año 2000.
Sólo durante el gobierno de Michelle Bachelet (2005-2010), se invirtieron casi 2.000 millones de dólares en compras de armamento para las Fuerzas Armadas, en medio de críticas de armamentismo, en especial del Perú.
Se na batalha de Passo do Rosário houve controvérsias. As Vitórias em Lara-Quilmes e Monte Santiago, não deixam duvidas de quem às venceu!
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Re: Sismo e tsunami no Chile!!!!
... para o terremoto não ter acontecido numa provincia do Peru?La gran pregunta será de qué le sirven al país cientos de tanques Leopard A1 y A2, decenas de cazabombarderos F16 y una marina de guerra completamente nueva, si no es capaz de mostrar fuerza operativa en su propio territorio.
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Re: Sismo e tsunami no Chile!!!!
Epitáfios neoliberais:
1) as 12 seções regionais do FED,o BC dos EUA, encarregadas de fiscalizar in locu as operações dos 'livres mercados' tem cada qual um bureau 'público-privado' assim composto: 3 diretores indicados pelo governo; 3 personalidades indicadas pela banca privada local e 3 representantes da mesma banca privada local... Deu no que deu;
2) no Chile, o Código de Obras data de 1975 e reflete as convicções mercadistas da ditadura mais sangrenta já imposta à AL.Por essa Lei Geral de Urbanismo e Construções, o fiscal das obras é contratado pela própria empreiteira, numa versão 'criativa' do princípio neoclássico segundo o qual o mercado se auto-regula. Deu no que deu: muitos desabamentos registrados no terremoto de 27 de fevereiro evidenciam uso inadequado de materiais e estruturas fragilizadas; 3) Critério semelhante ao princípio da auto-regulação, introduzido na AL por Pinochet, pauta grandes obras tucanas em SP. Na cratera do metrô, em 2007, a investigação da tragédia trouxe à baila o sistema 'turn-key', algo como 'chaves na mão', em tradução livre. Em síntese, o Estado define prazo e preço do projeto com a empreiteira, deixando todo o resto da obra a seu critério --incluindo-se a qualidade do material utilizado e o rigor das estruturas requeridas. Deu no que deu.
(Carta Maior à propósito da promessa de Sebastian Piñera de sacudir a sociedade chilena com um choque de mercado, a partir desta 5º feira; 09-03)
1) as 12 seções regionais do FED,o BC dos EUA, encarregadas de fiscalizar in locu as operações dos 'livres mercados' tem cada qual um bureau 'público-privado' assim composto: 3 diretores indicados pelo governo; 3 personalidades indicadas pela banca privada local e 3 representantes da mesma banca privada local... Deu no que deu;
2) no Chile, o Código de Obras data de 1975 e reflete as convicções mercadistas da ditadura mais sangrenta já imposta à AL.Por essa Lei Geral de Urbanismo e Construções, o fiscal das obras é contratado pela própria empreiteira, numa versão 'criativa' do princípio neoclássico segundo o qual o mercado se auto-regula. Deu no que deu: muitos desabamentos registrados no terremoto de 27 de fevereiro evidenciam uso inadequado de materiais e estruturas fragilizadas; 3) Critério semelhante ao princípio da auto-regulação, introduzido na AL por Pinochet, pauta grandes obras tucanas em SP. Na cratera do metrô, em 2007, a investigação da tragédia trouxe à baila o sistema 'turn-key', algo como 'chaves na mão', em tradução livre. Em síntese, o Estado define prazo e preço do projeto com a empreiteira, deixando todo o resto da obra a seu critério --incluindo-se a qualidade do material utilizado e o rigor das estruturas requeridas. Deu no que deu.
(Carta Maior à propósito da promessa de Sebastian Piñera de sacudir a sociedade chilena com um choque de mercado, a partir desta 5º feira; 09-03)
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Re: Sismo e tsunami no Chile!!!!
Viajar do Brasil pra Concépcion vai ficar mais caro....a cidade se moveu pouco mais de 3 metros pra Oeste por conta do tremor.
AD ASTRA PER ASPERA