Fórum Defesa Brasil

rodrigo escreveu:

Bem lá em baixo, perto da Antártida.

Tierra del Fuego.

Estreito de magalhães.

Paisano escreveu:Uma teoria da época dizia que os hermanos num primeiro momento, devido a surpresa e a outros fatores, chegariam até a divisa de Santa Catarina com o Paraná.

Contudo, num segundo momento, superada a surpresa inicial e levando em consideração o tamanho da população e do parque industrial brasileiro, os hermanos, então, começariam a ser empurrados de volta até Buenos Aires.

Pois eu acho que o 3º Exército aguentaria o tranco, sózinho, e começaria a dar as bordoadas, Província de Entre Rios adentro...

Um dado interessante.....

Figueiredo não quis falar com
Galtieri nem por telefone

"O senhor Galtieri (Leopoldo Galtieri, presidente da Argentina que iniciou a Guerra das Malvinas) era meu amigo, um sujeito aberto e franco, de expansões italianas, aqueles arroubos, numa situação difícil por causa da guerra suja. Eles foram violentos, raro o dia em que não aparecia um corpo boiando nas praias do Uruguai. Galtieri resolveu levantar uma bandeira nacionalista, a reconquista das Malvinas. Entrou nessa trilha e não pôde mais sair, porque o pessoal se empolgou, inclusive a população civil. Eles não souberam avaliar o poderio da Inglaterra e também acharam que os Estados Unidos poderiam ficar ao lado da Argentina, quando têm ligações íntimas com os ingleses. Mas aí tomaram conta das Malvinas, a Inglaterra começou a se preparar para a luta, o Galtieri começou a ficar preocupado. Certo domingo, eu estava em casa e o João me telefonou muito aborrecido: 'Medeiros, o Galtieri já telefonou duas vezes lá para casa. Quer falar comigo. Só pode ser o problema das Malvinas, e eu não quero me envolver nisso de jeito nenhum, porque ele vai fazer pressão. Não sei o que faço, porque não quero falar com ele nem pelo telefone'. Ele não disse, mas pelo raciocínio o Galtieri ia fazer pressão para a adesão, para fornecimento de armamento. Eu disse: 'João, você quer que eu vá falar com o Galtieri? Eu vou. Não custa nada. Ele é meu amigo. Nosso amigo'. E o João disse: 'Puxa, Medeiros, se você fizer isso, vai ser uma mão na roda. Vai lá, vê o que ele quer, amansa o Galtieri e volta'. Pousamos (o general Newton Cruz acompanhou Medeiros na viagem) lá às 11 da noite, recebidos pelo general Martinez, do SNI deles: 'O presidente o está esperando na Casa Rosada à meia-noite'. Meia-noite em ponto eu entrei. Galtieri estava fardado impecavelmente, barbeado, como se tivesse saído do banho, uma perfeição. Deu-me um abraço: 'Medeiros, imagine, eu telefonei para o João só para conversar, contar as minhas mágoas, ele não pôde atender e manda o melhor amigo falar comigo. Estou engrandecido'. Gesticulava e começou a falar da guerra, que precisava dar uma satisfação ao povo, que a Inglaterra tinha roubado o território. Perguntei: 'Mas, general Galtieri, o senhor não tem receio de envolver a Argentina num problema grande com a Inglaterra? Ela está se preparando para uma expedição...' Ele disse: 'Vamos derrotá-los. Jamais levantaremos a bandeira branca'. Dizia e se levantava: 'Jamais. Jamais'. Conversei um pouco e vim embora. Ele não pediu nada. Mais tarde vieram pedir, mas já quase no fim da guerra. Cometeram erros muito grandes. Em vez de pegar a tropa de elite para segurar os primeiros embates, foram pegar -- isso contado por eles mesmos -- soldados recém-incorporados das províncias do norte, inexperientes, tendendo para o indígena. A desculpa: não queriam que fossem trazidos corpos para Buenos Aires, feridos de guerra, baixas de combate, e que as famílias se enraivecessem com aquilo. Perguntei a um oficial: 'Mas por que vocês mandaram esses soldados para lá?' Ele disse: 'Ah, porque eles são bons de tiro, de faca, de punhal'. Então, contra os ingleses, que tinham coletes à prova de bala aquecidos a pilha, capacetes formidáveis, óculos de visão noturna, botar gente que luta de faca! Depois nos pediram uns aviões, e o João conseguiu que o Délio (Délio Jardim de Mattos, ministro da Aeronáutica) aprontasse uns doze ou catorze Xavante, que já estavam saindo de uso na Força Aérea, caças a jato, os primeiros fabricados por nós. Délio nem cobrou porque os aviões iam ser sucateados mesmo."

Explicação -- Iniciada em abril de 1982 e encerrada em junho do mesmo ano, a Guerra das Malvinas produziu mais de 1 000 mortos e a desmoralização da ditadura militar argentina. O governo brasileiro teve a posição possível na época. Alinhou-se discretamente com o vizinho de fronteira, mas evitando um compromisso excessivo que trouxesse retaliações pesadas.

fonte http://veja.abril.com.br/090797/p_054.html

abracos

Excelente aporte ebborto!!!
Só uma observação que acredito que muitos aqui já saibam, sem querer ser repetitivo: Os aviões disponibilizados à Argentina (Marinha) foram os P-95 Bandeirulha, num total de 2 aeronaves. Após o término da guerra, meia-dúzia de Xavante foram vendidos (e não doados) àquele país para repor as perdas sofridas durante o conflito. Os Macchi, como eles costumam chamar seus Xavante, estão sendo retirados de serviço um a um, lentamente. Acredito que somente 2 estão em condições de vôo atualmente.
Uma nota: Em 1982 os Xavante estavam em serviço havia menos de 10 anos, e só começariam a ser descarregados do serviço ativo na FAB muito tempo depois.

Valeu pelo aporte também...emriquece mais a nossa história.

Paisano escreveu:Complementando o meu post anterior:

(...)

A PREPARAÇÃO PARA A GUERRA

Até 1978, a ditadura militar encabeçada pelo General Jorge Rafael Videla tinha como objetivo combater as denúncias de violação dos direitos humanos que se registravam na Argentina. A realização da Copa do Mundo de Futebol e a vitória da Seleção Argentina serviram como impulso no fortalecimento do sentimento nacionalista já acentuado dos argentinos. O governo militar, usando uma técnica comum de ditaduras enfraquecidas, buscou um inimigo externo como fator de união nacional.

A rivalidade histórica com os brasileiros foi posta em discussão através do Plano Rosário, que tinha como objetivo realizar uma guerra pela anexação do Sul do Brasil.

Havia ainda a velha discussão sobre a posse das Ilhas Malvinas. Mas naquele momento, o subestimado militarmente Chile era o principal alvo, principalmente pela Argentina poder contar com a força de aliados no Norte.

(...)

Fonte: http://democraciapolitica.blogspot.com/ ... ina-x.html

Amigo Paisano:
No crea todo lo que se publica, y menos en los periódicos. La hipótesis que usted señala verdaderamente nunca existió.
Si usted se pone a pensar seriamente, es una locura grande como una montaña.
¿Ud. cree que Argentina, teniendo un conflicto inminente con su vecino del otro lado de la cordillera de los Andes, podía pensar si quiera en abrir otro frente? ¿ y nada más y nada menos que con Brasil? Realmente es lo más estúpido que he oído en años.
Sinceramente, amigo Paisano, le recomiendo no dar crédito a esas especulaciones irresponsables. Es más, ni siquiera debería hablarse de ellas, pues algún forista descuidado puede llegar a creerlas. Luego comienzan los posts de los que se hacen eco de su hipótesis y terminan invadiendo Argentina, hasta Tierra del Fuego o la mismísima Antártida. (El estrecho de Magallanes está más al Norte, Tierra del Fuego queda más al sur)

Otro argumento que contraría la hipótesis descabellada de la invasión al Brasil es que ya en la época de los gobiernos de facto, tanto en Brasil como Argentina comienza el acercamiento entre nuestro pueblos. Tengo recuerdos de comentarios elogiosos por parte del Presidente Figueiredo hacia nuestro país, en una visita que nos hizo, y como relató sus anécdotas cuando vivió por algún tiempo entre nosotros. Creo que dijo haber sido de la torcedor de San Lorenzo de Almagro.-

Además Brasil representó diplomaticamente a la Argentina en Londres durante y después de la guerra. En la embajada argentina en Londres flameó durante mucho tiempo la bandera Brasileña, dato no menor para aquellos que no lo sabían y ya quieren invadir mi país por las dudas.-

Una vez más Paisano, no lo repita, es una hipótesis infantil, creada por alguna mente afiebrada, o por alguien a quien le sirvió propagar semejante barbaridad.- (llámese algún contratista de las FFAA brasileñas x ejemplo)


Le dejo mis más cordiales saludos.-

Bom dia

Assisti ao documentário.
Realmente emocionante ouvir o relato dos pilotos argentinos
contando os detalhes das missões e sobre a perda de seus
companheiros. Para nós todos que temos o ideal de defesa da pátria
impregnado em nossas almas, emociona sobremaneira ouvir
aqueles que saíam com aviões e armamentos ultrapassados
entregarem suas vidas por um ideal e por valores desconhecidos
por muitos. Fiquei emocionado.
Mas acima de tudo fica a lição.
Que a END e os Planos da Força sejam efetivados, para o bem
de todos nós brasileiros.

Franz Luiz

Umas fotos durante o final conflito…..







Fonte: http://new.taringa.net/posts/imagenes/1 ... fotos.html (bastante interesante os comentários do povo Argentino no link)
Abraçossss

Prezado TR-1700,

Apesar de reconhecer o direito da Argentina sobre as Malvinas, na minha opinião, entrar em conflito com a Inglaterra também pode ser considerado "una locura grande como una montaña".

E quem comete tal "locura", também pode considerar exequível uma guerra contra um adversário muito mais fraco militarmente, como era o caso do Brasil.

Além do mais, a proximação entre o Brasil e Argentina somente ocorreu após o término do conflito e não antes.

Um abraço.

O que acabou oficialmente a rivalidade entre Brasil e Argentina foi o Tratado de Assunção, que acabou sendo a criação do Mercosul. Porque raios vocês acham que Brasil e Argentina sempre quiseram ter uma bomba atômica e somos os únicos a terem usinas nucleares no Delta Sul? Apesar de eu achar que foi uma bobagem, trocar uma nuke por um acordo que ninguém tá nem aí.

Off topic...Discordo de você, Bolovo, o Mercosul, em minha opinião, é apenas uma entidade de transição. Uma notícia um pouco antigua, mas um outro avanço no acordo regional.
http://www.cronista.com/notas/155242-ar ... -bilateral

abraços

Paisano escreveu:Prezado TR-1700,

Apesar de reconhecer o direito da Argentina sobre as Malvinas, na minha opinião, entrar em conflito com a Inglaterra também pode ser considerado "una locura grande como una montaña".

E quem comete tal "locura", também pode considerar exequível uma guerra contra um adversário muito mais fraco militarmente, como era o caso do Brasil.

Além do mais, a proximação entre o Brasil e Argentina somente ocorreu após o término do conflito e não antes.

Um abraço.

Amigo Paisano:
Tienes razón, viendo desde aquí todo lo sucedido durante la guerra de Malvinas, hoy día podemos decir que fue una locura la decisión de haberlas recuperado.
También es verdad que si un loco hace eso, también pude hacer cualquier cosa.
Pero debes pensar que Argentina y Brasil por aquellos tiempos, no tenían ningúna disputa territorial. Lo único que podía separarlos era la rivalidad histórica y el futbol.

Este ciertamente no era el caso de Chile, con quien Argentina sí mantenía una disputa territorial por islas en el Canal de Beagle y Campos de Hielo patagónicos y demarcación de la frontera en parte de la Cordillera de los Andes; litigio que solo se solucionó recién en la década del 90s.

Te dejo un fuerte abrazo.-

...During the journey south from Ascension Island to the Falklands, on 23 April, Invincible locked its Sea Dart system onto a Brazilian Airlines DC10 which was initially believed to have been an Argentine Air Force Boeing 707 which had been monitoring the fleets movements for several days[5][6]. Task group commander, Rear Admiral "Sandy" Woodward had the previous day requested permission from Commander-in-Chief Admiral Sir John Fieldhouse to shoot down the 707[7],....
link: http://en.wikipedia.org/wiki/HMS_Invincible_(R05)

Já pensou se disparammmm????

(se alguém tiver a paciencia de traduzir para outros forista, obrigado)
Abraços

Vou fazer uma tradução xing-ling. Me perdoem pelos eventuais erros:
Durante a jornada a partir das Ilhas de Ascenção às ilhas Malvinas, no dia 23 de Abril, o Invincible adquiriu em seu sistema Sea Dart um DC-10 brasileiro que se acreditava ser um 707 da FAA, que estava monitorando seus movimentos havia vários dias. O comandante do grupo-tarefa, Alte. Sandy Woodward havia solicitado ao Alte. Sir John Fieldhouse permissão para abater o 707...

(nota do tradutor)- Momentos antes de dar a ordem de disparo, Woodward ordenou o lançamento de um Harrier para uma verificação visual, pois seu padrão de vôo parecia muito com o de um vôo comercial. O Harrier foi vetorado ao DC-10. A verificação visual foi feita e o ataque abortado.