IAE testa motor de propulsão líquida

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Re: IAE testa motor de propulsão líquida

#91 Mensagem por Brasileiro » Seg Dez 15, 2008 5:03 pm

LeandroGCard escreveu:
ZeRo4 escreveu:Eu acho que o VLS deveria ser abandonado em favor de um outro projeto. Eu fico olhando os lançadores da Orbital, eles parecem tão mais simples... outra coisa é: existe necessidade de desenvolver motores? pq não os compramos prontos, ou tentamos comprar um projeto já pronto?
O programa VLS não precisaria ser abandonado, apenas direcionado de forma melhor.

Já deveria estar em desenvolvimento há anos um novo motor de combustível sólido de maior porte, para substituir o "cacho" de motores usados hoje no primeiro estágio e talvez também uma versão mais curta dele para o segundo estágio. Isto daria um foguete mais simples e seguro (menos componetes para montar e correr risco de falha), e provavelmente mais barato. E deixaria pronta para uso a infra-estrutura para construção destes motores maiores, que poderiam ser empregados como "boosters" em foguetes realmente comerciais que utilizassem combustível líquido.

Em paralelo poderia ser desenvolvido um motor de combustível líquido (LOx e Metano líquido seriam uma ótima escolha) de médio porte para ser utilizado no terceiro estágio de um novo veículo lançador baseado no motor de combustível sólido maior citado acima, gerando um foguete com capacidade de lançamento sensivelmente maior que a do VLS (mais de uma tonelada em LEO).

E para completar, deveríamos mesmo adquirir o projeto de um motor pronto na Rússia, China, India, ou quem mais quiser vender, usando LOX e RP, e usá-lo para o desenvolvimento de um foguete comercial nos moldes dos maiores lançadores do finado programa "Cruzeiro do Sul". Não podemos nos conformar em ficar na dependência de um foguete ucraniano sem muita capacidade de crescimento. Se é para isso porque insistir em um programa de foguetes afinal? Vamos fechar tudo, nos concentrar nos satélites e comprar os lançamentos logo de uma vez. Os europeus em breve estarão lançando Vegas e Lançadores A "bem baratinho" logo aqui do lado, em Kourou.

Leandro G. Card
Eu sou favorável ao programa da forma como está planejado:
-Põe um motor de combustível líquido no VLS-1.
-Desenvolve um motor de prop. sólido para o primeiro estágio, eliminando o 'cluster' (já está sendo feito, instituições de fomento já estão bancando os estudos desse motor aí, que por ventura virá a ser o 1º estágio do VLS-Beta).
-Do motor a prop. líquido acima citado, derivarão outros dois, que serão colocados sobre o booster 'sólido' que já está em estudos.

Isso se resume a duas palavras: Alfa e Beta.
Parece que poderão ser lançados da mesma plataforma.

Feito isso. O terreno estará pronto. Faltará apenas desenvover um motor a prop. líquido, que será colocado no lugar do booster 'sólido' do Beta. Isso se resume em apenas uma palavra: Gama.

Quanto ao Cruzeiro do Sul, pode acontecer o que for, que nunca saia do papel, etc, mas pra mim, é a unica alternativa viável para o nosso programa, a que exige o menor número de coisas a serem desenvolvidas, e por consequência a mais barata e a de menor tempo para se chegar a grandes resultados.


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Re: IAE testa motor de propulsão líquida

#92 Mensagem por DELTA22 » Seg Dez 15, 2008 5:27 pm

Olha, esse assunto de comprar um motor à prop. líquido me causa uma dúvida: o país vendedor não impõe salvaguardas à sua tecnologia? Só se for muito trouxa!

Não acredito que a Russia, ou India, ou sei lá quem, aceitaria de tão "bom grado" vender uma tecnologia que demoram anos para desenvolver e aprimorar. Vender o motor sim, acredito, mas vender o projeto todo "mastigado", não sei não.... Engenharia reversa? Shhiiiiiiiii, sim, mas não vamos contar pra ninguém, certo?!?! :wink:

Por exemplo, o sistema de basculamento do VLS. Até o terceiro protótipo usou motores foguete à prop. líquido russos no sistema, foi comprado deles, mas a tecnologia eles não nos passaram. Só há pouco tempo o Brasil conseguiu desenvolver um motor equivalente aos russos usados neste sistema e agora estão nacionalizando o mesmo.

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Re: IAE testa motor de propulsão líquida

#93 Mensagem por Brasileiro » Seg Dez 15, 2008 5:36 pm

Não se trata de comprar um projeto pronto, mas de auxílio técnico na construção do nosso próprio.
A revisão do VLS-1 foi feita pelos russos, e isso com certeza influencia todo o desenvolvimento dos outros lançadores.
Vários estudantes e pesquisadores já foram para a Rússia se capacitarem.
O projeto da bancada de testes para os motores a propelente líquido por exemplo já foi contratado a uma empresa russa e nos últimos anos foram assinados vários contratos de proteção de informações, o que significa que nós teremos acesso a dados que são restritos ao resto do mundo.
Tem muita coisa rolando por aí, tem russo em SJC trabalhando nessas coisas.

Quanto à simples venda, há uns 4 anos, o KERC, da Rússia, nos ofereceu a alternativa de instalar o motor RD-58M para o VLS-1B. Acho que preferiram desenvolver um motor próprio.


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Re: IAE testa motor de propulsão líquida

#94 Mensagem por LeandroGCard » Seg Dez 15, 2008 5:38 pm

Brasileiro escreveu:
LeandroGCard escreveu: O programa VLS não precisaria ser abandonado, apenas direcionado de forma melhor.

Já deveria estar em desenvolvimento há anos um novo motor de combustível sólido de maior porte, para substituir o "cacho" de motores usados hoje no primeiro estágio e talvez também uma versão mais curta dele para o segundo estágio. Isto daria um foguete mais simples e seguro (menos componetes para montar e correr risco de falha), e provavelmente mais barato. E deixaria pronta para uso a infra-estrutura para construção destes motores maiores, que poderiam ser empregados como "boosters" em foguetes realmente comerciais que utilizassem combustível líquido.

Em paralelo poderia ser desenvolvido um motor de combustível líquido (LOx e Metano líquido seriam uma ótima escolha) de médio porte para ser utilizado no terceiro estágio de um novo veículo lançador baseado no motor de combustível sólido maior citado acima, gerando um foguete com capacidade de lançamento sensivelmente maior que a do VLS (mais de uma tonelada em LEO).

E para completar, deveríamos mesmo adquirir o projeto de um motor pronto na Rússia, China, India, ou quem mais quiser vender, usando LOX e RP, e usá-lo para o desenvolvimento de um foguete comercial nos moldes dos maiores lançadores do finado programa "Cruzeiro do Sul". Não podemos nos conformar em ficar na dependência de um foguete ucraniano sem muita capacidade de crescimento. Se é para isso porque insistir em um programa de foguetes afinal? Vamos fechar tudo, nos concentrar nos satélites e comprar os lançamentos logo de uma vez. Os europeus em breve estarão lançando Vegas e Lançadores A "bem baratinho" logo aqui do lado, em Kourou.

Leandro G. Card
Eu sou favorável ao programa da forma como está planejado:
-Põe um motor de combustível líquido no VLS-1.
-Desenvolve um motor de prop. sólido para o primeiro estágio, eliminando o 'cluster' (já está sendo feito, instituições de fomento já estão bancando os estudos desse motor aí, que por ventura virá a ser o 1º estágio do VLS-Beta).
-Do motor a prop. líquido acima citado, derivarão outros dois, que serão colocados sobre o booster 'sólido' que já está em estudos.

Isso se resume a duas palavras: Alfa e Beta.
Parece que poderão ser lançados da mesma plataforma.

Feito isso. O terreno estará pronto. Faltará apenas desenvover um motor a prop. líquido, que será colocado no lugar do booster 'sólido' do Beta. Isso se resume em apenas uma palavra: Gama.

Quanto ao Cruzeiro do Sul, pode acontecer o que for, que nunca saia do papel, etc, mas pra mim, é a unica alternativa viável para o nosso programa, a que exige o menor número de coisas a serem desenvolvidas, e por consequência a mais barata e a de menor tempo para se chegar a grandes resultados.


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Olá Brasileiro,

Onde você viu esta notícia de que o motor de combustível sólido maior para substituir o cluster do primeiro estágio do VLS já está sendo estudado? Esta é uma notícia muito interessante.

Este tipo de desenvolvimento não é a mesma coisa que desenvolver motores de combustível líquido, pois enquanto estes podem ser construídos com peças fabricadas em oficinas e ferramentarias comuns, abastecidos com combustíveis encontrados comercialmente no mercado e testados separadamente em bancos de provas relativamente pequenos, os de combustível sólido exigem uma infra-estrutura complexa para a construção do estojo do motor (que é o próprio corpo do foguete), para seu "abastecimento" (estes motores são abastecidos à vácuo para evitar a formação de bolhas na massa do combustível e depois devem ser examinados por raios X) e tem que ser testados em bancos de prova preparados para resisitr à eventual explosão do foguete inteiro!

Toda esta infra-estrutura de desenvolvimento tem que estar pronta antes de se poder sequer testar um motor de combustível sólido, e fica bem mais cara que o foguete em si. Não sei se os programas de financiamento típicos dos órgãos de fomento à pesquisa podem ajudar muito neste caso, acho que terá que ser com uma verba pesada do governo, dedicada diretamente ao programa espacial.

Leandro G. Card




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Re: IAE testa motor de propulsão líquida

#95 Mensagem por Brasileiro » Seg Dez 15, 2008 5:43 pm

Olá Leandro,

Pode ser meio invasivo, mas se tá na NET eu leio rsrsrs
Dissertação de mestrado
1. Jusceline Lessa. Otimização de parâmetros de desempenho propulsivo e estrutural de motor foguete a propelente sólido aplicado ao Booster do VLS-Beta .. Início: 2008. Dissertação (Mestrado em Engenharia Aeronáutica e Mecânica) - Instituto Tecnológico de Aeronáutica. (Orientador).
Tá no curriculo Lattes de um pesquisador do ITA.
Observe que o mestrado está começando este ano (2008).
Provavelmente deve ter outras pessoas tratando do assunto. Tomara que seja a 'ponta do iceberg'. De todo modo, um projeto desse não seria aprovado se não houvesse uma aplicação clara do que sair do mesmo.


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Re: IAE testa motor de propulsão líquida

#96 Mensagem por Brasileiro » Seg Dez 15, 2008 5:46 pm

http://www.inpe.br/noticias/arquivos/pd ... 008_v1.pdf

Já neste PDF (atual, de março agora) consta que o Beta estará disponível para lançamentos em 2015.



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Re: IAE testa motor de propulsão líquida

#97 Mensagem por LeandroGCard » Seg Dez 15, 2008 5:55 pm

DELTA22 escreveu:Olha, esse assunto de comprar um motor à prop. líquido me causa uma dúvida: o país vendedor não impõe salvaguardas à sua tecnologia? Só se for muito trouxa!

Não acredito que a Russia, ou India, ou sei lá quem, aceitaria de tão "bom grado" vender uma tecnologia que demoram anos para desenvolver e aprimorar. Vender o motor sim, acredito, mas vender o projeto todo "mastigado", não sei não.... Engenharia reversa? Shhiiiiiiiii, sim, mas não vamos contar pra ninguém, certo?!?! :wink:

Por exemplo, o sistema de basculamento do VLS. Até o terceiro protótipo usou motores foguete à prop. líquido russos no sistema, foi comprado deles, mas a tecnologia eles não nos passaram. Só há pouco tempo o Brasil conseguiu desenvolver um motor equivalente aos russos usados neste sistema e agora estão nacionalizando o mesmo.

[]'s a todos.
Olá Delta,

Na verdade vários países começaram seus programas assim, comprando um projeto já pronto (China, Índia, Japão). Os motores de combustível líquido podem ser muito mais simples de construir que os de combustível sólido (embora sejam conceitualmente mais complexos), sem exigir infra-estrutura especial, então o valor agregado do motor está principalmente no projeto em si, e não nas peças e componentes dele (é claro que para motores mais avançados isto pode não ser tão simples, mas não precisamos de motores muito grandes ou complexos por enquanto). O motor RD-107/108 que os russos nem usam mais já estaria de bom tamanho para nós.

E como o Brasil já está trabalhando para desenvolver tecnologia neste sentido a escolha é simples, ou vendem um projeto agora e ganham uma graninha ou em alguns anos mais teremos os nossos próprios (bem, se não acreditar nisso então aí mesmo é que é melhor comprar o projeto ou até o motor já pronto) e ninguém ganhará nada com isso. Nós gastaremos mais tempo e dinheiro, mas eles não ganharão nada e ainda perderão um negócio.

Já se comprarmos o projeto podería-mos dedicar os esforços do pessoal do IAE para o desenvolvimento dos motores dos estágios superiores, (quem sabe já utilizando metano líquido e LOx, uma mistura muito interessante para esta aplicação), e todos saem ganhando. Depois, com calma, aperfeiçaríamos novos motores mais modernos para incrementar nossos lançadores, que já estariam voando.

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Re: IAE testa motor de propulsão líquida

#98 Mensagem por DELTA22 » Seg Dez 15, 2008 5:57 pm

Brasileiro escreveu:Não se trata de comprar um projeto pronto, mas de auxílio técnico na construção do nosso próprio.
A revisão do VLS-1 foi feita pelos russos, e isso com certeza influencia todo o desenvolvimento dos outros lançadores.
Vários estudantes e pesquisadores já foram para a Rússia se capacitarem.
O projeto da bancada de testes para os motores a propelente líquido por exemplo já foi contratado a uma empresa russa e nos últimos anos foram assinados vários contratos de proteção de informações, o que significa que nós teremos acesso a dados que são restritos ao resto do mundo.
Tem muita coisa rolando por aí, tem russo em SJC trabalhando nessas coisas.

Quanto à simples venda, há uns 4 anos, o KERC, da Rússia, nos ofereceu a alternativa de instalar o motor RD-58M para o VLS-1B. Acho que preferiram desenvolver um motor próprio.


abraços]
Certamente Brasileiro,

Sei muito bem da relação "íntima" do nosso Programa com os Russos, o que não acredito é que eles nos forneçam o projeto de algum motor deles já prontinho só pra que nos fabriquemos, por mais "bonzinhos" que eles sejam como você também disse. Com certeza a parte de apoio técnico, com a parte de capacitação de nossos engenheiros lá, dentre outras atividades são primordiais e importantes e apoio plenamente um maior intercâmbio, só não espero que eles façam as coisas por nós.

Abraço!




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Re: IAE testa motor de propulsão líquida

#99 Mensagem por LeandroGCard » Seg Dez 15, 2008 6:10 pm

Brasileiro escreveu:http://www.inpe.br/noticias/arquivos/pd ... 008_v1.pdf

Já neste PDF (atual, de março agora) consta que o Beta estará disponível para lançamentos em 2015.



abraços]
Obrigado brasileiro,

Este documento tem muita informação interessante. Você viu quantos projetos usariam a PMM por exemplo?

Um grande abraço,


Leandro G. Card




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Re: IAE testa motor de propulsão líquida

#100 Mensagem por Brasileiro » Seg Dez 15, 2008 6:15 pm

LeandroGCard escreveu:
Brasileiro escreveu:http://www.inpe.br/noticias/arquivos/pd ... 008_v1.pdf

Já neste PDF (atual, de março agora) consta que o Beta estará disponível para lançamentos em 2015.



abraços]
Obrigado brasileiro,

Este documento tem muita informação interessante. Você viu quantos projetos usariam a PMM por exemplo?

Um grande abraço,


Leandro G. Card
Sim!
Eu acho que a PMM é uma das excelentes idéias do programa espacial, talvez diminuindo os custos, já que a plataforma é a mesma. Os russos tem uma coisa parecida, não me lembro o nome.
No blog 'Panorama Espacial" do André Mileski (da T&D) tem algumas matérias sobre as licitações da PMM, uma delas (uma das mais importantes) teve problemas jurídicos, fazendo com que perdesse os 5mi que estavam previstos para 2009 e atrasando o programa.
O VLS-1B está sendo feito 'sob medida' para lançar as cargas da PMM, já que o VLS-1 não dá conta.



abraços]




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Re: IAE testa motor de propulsão líquida

#101 Mensagem por DELTA22 » Seg Dez 15, 2008 6:19 pm

LeandroGCard escreveu:
Brasileiro escreveu:http://www.inpe.br/noticias/arquivos/pd ... 008_v1.pdf

Já neste PDF (atual, de março agora) consta que o Beta estará disponível para lançamentos em 2015.



abraços]
Obrigado brasileiro,

Este documento tem muita informação interessante. Você viu quantos projetos usariam a PMM por exemplo?

Um grande abraço,


Leandro G. Card
Brasileiro,
Faço minha as palavras do Leandro e te agradeço também pelo material.
>>> Só sou meio sético com esses cronogramas, no mais, muito boas informações. Depois vou ler com mais calma.

[]'s.




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Re: IAE testa motor de propulsão líquida

#102 Mensagem por ZeRo4 » Ter Dez 16, 2008 12:34 am

Leandro, você acharia interessante que o Brasil partisse direto para lançadores lançados diretamente do ar?

[]s




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Como diria Bezerra da Silva: "Malandro é Malandro... Mané é Mané..." ;)
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Re: IAE testa motor de propulsão líquida

#103 Mensagem por LeandroGCard » Ter Dez 16, 2008 8:57 am

ZeRo4 escreveu:Leandro, você acharia interessante que o Brasil partisse direto para lançadores lançados diretamente do ar?

[]s
Olá Zero4,

Sinceramente, não acho não.

Ao contrário do que se pensa, a grande vantagem do lançamento por aeronave apontada pela própria empresa que desenvolveu o Pegasus não é o ganho em altitude ou velocidade (ambos mínimos), mas simplesmente o fato de que a base de lançamento é dispensada. Talvez para uma empresa privada sem acesso às bases de lançamento, que são governamentais, isto seja uma grande vantagem, mas se você pensa na complexidade de adaptar e manter um grande avião para transportar o foguete até a altitude de lançamento e mais o acréscimo em complexidade do próprio foguete para permitir isso, já não parece uma coisa tão interessante assim.

No caso do Brasil em que o governo é que está desenvolvendo os foguetes e a base até já existe (embora a infra-estrutura de lançamento precise ser reconstruída), não acredito que partir para lançamentos aéreos traga alguma vantagem real.

Um grande abraço,

Leandro G. Cardoso




brisa

Re: IAE testa motor de propulsão líquida

#104 Mensagem por brisa » Ter Dez 16, 2008 2:00 pm

Inpe inicia testes em satélites de parceria com China

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) iniciou os testes do modelo mecânico dos satélites Cbers-3 e 4, com lançamentos previstos para 2010 e 2013, respectivamente. Realizados no Laboratório de Integração e Testes (LIT) do Inpe, em São José dos Campos (SP), o objetivo é simular, com ensaios vibratórios e acústicos, as condições que atuam na estrutura do satélite durante a fase de lançamento.


O projeto, fabricação e testes da estrutura mecânica dos satélites é responsabilidade do Brasil, que divide igualmente com a China o desenvolvimento dos Cbers-3 e 4. Para essa etapa, o Inpe contratou o consórcio CFF - Cenic/Fibraforte, que segue projeto preliminar e requisitos estabelecidos pelo instituto.

Os Cbers -3 e 4 representam uma evolução das versões anteriores (CBERS-1, 2 e 2B), este último lançado em setembro de 2007. Para as novas unidades serão utilizadas no módulo carga útil quatro câmeras (Câmera PanMux - Panmux, Câmera Multi Espectral - Muxcam, Imageador por Varredura de Média Resolução - IRSCAM, e Câmera Imageadora de Amplo Campo de Visada - WFICAM) com desempenhos geométricos e radiométricos melhorados. A órbita dos dois satélites será a mesma que das versão anteriores.

O Inpe é responsável no Brasil pelo Programa Cbers (sigla para China-Brazil Earth Resources Satellite; em português, Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres). O acordo de cooperação espacial com a China, que em 2008 completou 20 anos, resultou na construção, lançamento e operação conjunta de três satélites de sensoriamento remoto, o último no ano passado.

Com a política de dados gratuitos adotada pelo Inpe em 2004, o Programa fez do Brasil o maior distribuidor de imagens de satélite do mundo. No final de 2007, Brasil e China decidiram oferecer gratuitamente as imagens para todo o continente africano. A distribuição das imagens vai contribuir para que governos e organizações na África monitorem desastres naturais, desmatamento, ameaças à produção agrícola e riscos à saúde pública.

As informações são do Inpe




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Re: IAE testa motor de propulsão líquida

#105 Mensagem por ZeRo4 » Ter Dez 16, 2008 2:19 pm

Leandro, primeiro gostaria de dizer que essa minha postagem é mais para tirar dúvidas com alguém que demonstra ser entendido do assunto do que uma própria afirmação minha. Vou dividir a postagem em duas. Primeiro vou abordar o que eu li sobre projetos lançados de aeronaves.

Primeiro, se faz necessário citar as vantagens do lançamento por aeronaves. A primeira, como disseste, é que não é necessário uma base fixa de lançamento. Isso, na minha opinião, diminui e muito o custo com infraestrutura, o que acaba diminuindo o preço de lançamento do lançador. Outros fatos pormenores também não foram abordados, com esse sistema o lançamento pode ser feito no oceano, evitando que algum hardware possa cair em regiões habitadas ou próximo a navios trafegando perto da costa. Evitamos também os problemas de lançamento em relação ao clima e etc. Enfim, acho que uma plataforma aero-lançada tem muitas vantagens sobre uma plataforma lançada de forma convencional.

Os ganhos em Altitude e Velocidade são mínimos sim, mas em projetos específicos, como o X-15, Pegasus e SpaceShipOne. Acontece que esses projetos tem alguma peculiarade, pelo que pude observar, eles são lançados da parte de baixo de um avião, aceleram até determinada velocidade e fazem uma transição da horizontal para vertical. Isso implica em algumas penalizações. O lançador tem que ter asas, controladores, ter a estrutura reforçada para aguentar a mudança brusca da horizontal para vertical e etc. Com isso o lançador é penalizado se levarmos em contar os lançadores convencionais baseados em terra, que podem carregar muito mais combustível em relação ao seu peso total.

Entretanto, segundo alguns estudos que acabei verificando na Internet, estão sendo empregados outras formas de realizar esse tipo de lançamento. Num estudo interessante que eu encontrei, eles utilizaram uma Aeronave e um sistema em que o "lançador" era lançado, se estabilizava na vertical para depois ligar os motores, ou seja, um sistema mais convencional em relação ao Pegasus e ao SpaceShipOne.

Um outro sistema interessante proposto pela AirLaunch. Consistiria na utilização de um C-17, com o lançador sendo acomodado na parte interna e tendo um método de extração um pouco diferente do realizado na foto acima. Pude verificar na Internet que um Minuteman já foi lançado deste modo, com sucesso, de um C-5.

Existem outros estudos e métodos de lançamentos, cada qual com sua peculiaridade, com suas vantagens e desvantagens, alguns métodos podem ser empregados com tecnologia atual. Outros métodos precisam que novas tecnologias sejam desenvolvidas.

Imagem de um teste do sistema que eu falei acima:
Imagem




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