Re: Mundo Árabe em Ebulição
Enviado: Qua Jun 29, 2016 9:44 am
Ainda ninguém se responsabilizou pelo ataque, mas parece mais coisa do ISIS do que do PKK.
wagnerm25 escreveu:Suponho que até havia civis no meio, mas ninguém se importa muito com isso por lá.
Os ocupantes dos veículos devem ter abandonado os mesmos de imediato quando se sentiram sob ataque, digo euDSA escreveu:A unica coisa que eu estranho é ninguem se mexer os alvos estão todos estáticos
DSA escreveu:A unica coisa que eu estranho é ninguem se mexer os alvos estão todos estáticos
Ataque jiadista dá força a intervenção dos EUA
Ataque causou pelo menos 131 mortos
Foto Reuters/khalid Al Mousily
Hoje às 00:29, atualizado às 00:30
Um duplo atentado reivindicado pelo autoproclamado Estado Islâmico fez na madrugada deste domingo pelo menos 131 mortos em Bagdade, no Iraque.
Era já madrugada deste domingo no bairro xiita de Karrada onde os bagdadis acorrem à noite para quebrar o jejum e fazer compras durante o mês do Ramadão quando um carro-bomba explodiu junto de um restaurante da zona comercial. À mesma hora, uma mina rebentava no bairro xiita de al-Shaab, no norte de Bagdade. Conta-se pelo menos 119 mortos e cerca de 140 feridos, segundo a TV independente al-Sumaria. Os atos de terror, reivindicados pelo autoproclamado Estado Islâmico (EI, sunita), foram prontamente condenados internacionalmente, com os EUA a garantirem que só vieram dar força à determinação em confrontar os jiadistas.
"Mantemo-nos unidos com o povo e o Governo iraquiano nos esforços conjuntos para destruir o EI", fez saber a Casa branca, num comunicado logo reforçado pelo Departamento de Estado dos EUA: "Continuamos empenhados no apoio às forças de segurança iraquianas".
O atentado acontece uma semana depois de o Governo anunciar a tomada de Fallujah, um feudo do EI a escassos quilómetros da capital, vitória em que contou com a ajuda da coligação internacional liderada pelos norte-americanos e que levou várias semanas. A única grande cidade iraquiana ainda nas mãos dos jiadistas é Mossul, no norte do país, numa altura em que o EI sofre um sério revés no Iraque, depois de em 2014 ter conquistado importantes áreas do território.
O recuo, somado ao que parece estar a acontecer na Síria, é uma das razões avançadas por diversos analistas para justificar o surgimento de ações na Ásia, onde são operadas a custos mais baixos. Pode ter sido o caso do atentado da madrugada de sábado em Daca, no Bangladesh.
Os ataques a Bagdade já abeiram o milhar, mas nenhum foi tão devastador. O mais mortífero do ano ocorrera a 17 de maio, dia em que um duplo atentado fizera cerca de 50 mortos. Os alvos são geralmente mercados, áreas comerciais e mesquitas da comunidade xiita.
"O EI aposta muito no simbolismo e isto foi, em parte, uma paga por Fallujah. Querem que [o primeiro-ministro] Abadi saiba que ainda vivem entre os iraquianos e que, apesar das perdas, não foram para lado nenhum", disse fonte dos serviços de informações árabes, citado no jornal "The Guardian".
Perante o cenário carbonizado do local dos atentados, Haider al-Abadi prometeu punição para os responsáveis.
http://www.jn.pt/mundo/interior/ataque- ... z4DRlvawEp
Premiê de Bangladesh pede que extremistas parem de matar em nome da religião
Por RFI Publicado em 03-07-2016 Modificado em 04-07-2016 em 13:18
Mulheres choram após ataque a restaurante
REUTERS/Mohammd Ponir
Bangladesh iniciou neste domingo (3) um luto nacional de dois dias após a morte de 20 reféns, em sua maioria estrangeiros, no ataque a um restaurante, enquanto o governo insiste que os terroristas pertenciam a um grupo local, e não à organização Estado Islâmico (EI).
A primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Hasina, decretou na noite de sábado (2) um luto nacional de dois dias e convocou os extremistas a "pararem de matar em nome da religião".
Esse massacre ocorrido em um restaurante da capital de Bangladesh frequentado por estrangeiros foi reivindicado pelo grupo Estado Islâmico. Entre as vítimas figuram nove italianos, sete japoneses, um americano e uma indiana.
Apesar da reivindicação do EI, o ministro do Interior de Bangladesh disse que os criminosos pertenciam a um grupo extremista local. Seis deles foram abatidos pelas forças de segurança, enquanto um sétimo foi detido e está sendo interrogado.
"São membros do Jamaeytul Mujahdeen Bangladesh", disse o ministro Asaduzzaman Khan à AFP, em referência a um grupo terrorista local. Segundo ele, "não tem nenhum vínculo com o EI".
Massacre de estrangeiros
Durante o ataque lançado na noite de sexta-feira, estes homens, fortemente armados, massacraram a maioria dos reféns com armas brancas. Além disso, dois policiais morreram no início do ataque.
Bangladesh está afundado há meses em uma onda de violência, que inclui assassinatos de representantes de minorias religiosas, intelectuais e estrangeiros. Estes ataques foram reivindicados pelo EI , mas o governo nega a presença deste grupo no país.
Os analistas estimam que as autoridades bengalesas não querem admitir a presença de organizações como o EI ou a Al-Qaeda em seu território por medo de que isto afugente os investidores.
Para Shahedul Anam Khan, analista do jornal Daily Star, após esse ataque o governo não poderá mais negar a presença destes grupos em seu solo.
"Não estamos certos de que essas pessoas estejam vinculadas de forma orgânica a grupos extremistas internacionais, mas o governo deve reconhecer a marca do EI no país e uma série de desmentidos não mudará nada", estimou.
"Matar os que não são muçulmanos"
A Itália anunciou a morte de nove italianos, enquanto o Japão lamentou a morte de sete de seus nacionais. O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, expressou "sua raiva diante da morte de inocentes".
Entre as vítimas também figura um americano e uma indiana de 19 anos, estudante da universidade de Berkeley.
Ao menos 13 reféns, incluindo três estrangeiros, foram resgatados pelas forças de segurança. Um sobrevivente bengalês contou que os criminosos separaram os clientes em dois grupos, os estrangeiros e os bengaleses.
"Diziam-nos: 'não se preocupem, estamos aqui para matar os estrangeiros e os que não são muçulmanos. Devem rezar, rezar cinco vezes ao dia'", contou este sobrevivente, que preferiu não divulgar seu nome, ao jornal Dhaka Tribune.
Os criminosos eram pessoas instruídas, segundo o ministro do Interior. "São jovens instruídos, que frequentaram universidades. Nenhum vem de uma madraça (escola corânica)", afirmou o ministro.
As autoridades de Bangladesh proibiram o principal partido islamita de apresentar candidatos às eleições e vários de seus dirigentes foram presos ou executados recentemente pelo papel que desempenharam na guerra de independência de 1971.
Paralelamente, as autoridades lançaram no mês passado em todo o país uma série de operações contra os grupos terroristas locais que terminou com 11.000 prisões.
Vários grupos de defesa dos direitos humanos estimam, no entanto, que estas detenções com frequência são arbitrárias ou têm por objetivo calar os opositores políticos.
http://br.rfi.fr/mundo/20160703-premie- ... a-religiao