FCarvalho escreveu:Vamos ver quanto tempo os japoneses vão admitir ficar para trás nesta corrida. Chinese e russos estão fazendo o dever de casa.
A ver.
abs.
Tudo vai depender de como o desenrolar ira avançar na região.
Os chineses no inicio da década de 90 apresentou este
mapa como meta de até 2010 dominar a primeira cadeia linear e até 2020 a segunda cadeia linear, no momento eles partiram para o lado mais fácil no Sul onde os países são mais fracos vamos ver o que vai acontecer quando eles tentarem se impor da mesma forma no lado leste.
Em 2010 teve aquele incidente da guarda costeira japonesa e pesqueiro chinês que desencadeou a disputa pelas ilhas Senkaku, um lado nacionalizou o outro criou uma zona de identificação aérea e quase que diariamente mandam navios de suas guardas costeiras irem patrulhar o local, ao mesmo tempo de vez em quando ocorre a troca de acusações sobre a utilização de meios militares para intimidação.
O lado chinês vai continuar com sua pressão, cada vez mais mandando meios mais capazes para se impor sobre a região, por outro lado os japoneses se anteciparam criando novas linhas de defesa em suas ilhas no sul.
A defesa japonesa consiste em utilizar os F-2 para defesa aeronaval, e utilizar suas baterias costeiras de misseis anti-navios, a marinha fica encarregada da defesa antimíssil balística e da caça a submarinos, esta estratégia de defesa foi implantada no tempo da guerra fria e até o momento não se alterou muito, apenas o foco mudou da URSS (norte) para a China (sul).
Agora vamos ao que interessa os Naes todos sabem que eles são meios de projeção de poder, no momento como expliquei acima as defesas dos japoneses estão mantendo os chineses fora da primeira linha, porem no futuro com os Naes eles podem ser utilizados em áreas mais distantes dentro da segunda linha, como a EEZ dos japoneses é bem grande se teria uma certa dificuldade para monitorar toda a região.
Neste cenário existe 2 opções a implementação de meios baseados em terra nestas ilhas mais distantes ou a obtenção de Naes para monitorar a área no tempo da guerra fria a URSS mandava patrulhas próximo a costa japonesa fazendo o contorno em volta das principais ilhas esta área mais aberta no pacifico não tinha muita relevância, porem a China andou mandando alguns navios de sua marinha irem fazer exercícios bem no meio do buraco na EEZ dos japoneses.
http://www.youtube.com/watch?v=WzThigoZLlo
Isto da a entender que eles poderiam mandar Naes para patrulhas permanentes nesta região no futuro, oferecendo um novo desafio para os japoneses, nesta região existe uma base aeronaval em Minamitori-shima mas esta ilha fica um pouco distante do TO em questão.
A direita no mapa fica Minamitori-shima a esqueda no mapa fica Okinotorishima, ambas as ilhas ficam muito distantes e requerem investimentos grandes no caso de Okinotorishima em especial os investimento teriam que enfrentar fortes grupos ambientalistas que se opõem a qualquer alteração do local, para dizer a verdade existe uma forte oposição tanto ambientalista como pacifista contra a ocupação de militares nestas ilhas mais distantes no pacifico.
Abaixo vou colar um texto interessante sobre Okinotorishima que tem tudo a ver com a China na disputa no Sul.
A disputa sobre a zona económica exclusiva em Okinotorishima
O Japão considera que em torno do atol existe uma zona económica exclusiva com 200 milhas náuticas de raio, o que equivale a uma superfície aproximada de 400,000 km², o que não é aceite pelos outros Estados ribeirinhos. Por essa razão, durante conversações bilaterais realizadas entre os governos do Japão e da República Popular da China, a 22 de Abril de 2004 diplomatas chineses comunicaram que embora a República Popular da China reconheça a soberania japonesa sobre o atol, considera que o mesmo cai na categoria de rochedos e não de ilhas.
Essa distinção entre rochedos e ilhas é factor determinante para a concessão de direitos económicos exclusivos nos mares, já que nos termos da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, artigo 121, "Uma ilha é uma formação natural de terra, rodeada de água, que fica a descoberto na preia-mar", considerando como rochedos todas as outras formações. A mesma Convenção estabelece, no artigo 121, que "Os rochedos que, por si próprios, não se prestam à habitação humana ou a vida económica não devem ter zona económica exclusiva nem plataforma continental". O Japão é signatário da Convenção desde 1983, tendo esta entrado em vigor, no que se refere àquele Estado, em 1996.
A principal motivação da China, para além das questões de aproveitamento dos recursos marinhos, é a necessidade de proceder a trabalhos de pesquisa oceanográfica na zona, em particular da configuração dos fundos marinhos, para poder ali desenvolver operações militares submarinas em caso de conflito armado com a República da China (Taiwan)". O atol ocupa uma posição militar de importância estratégica, localizando-se a meio caminho entre Taiwan e Guam, território onde os Estados Unidos da América mantêm forças permanentes.
Navios da República Popular da China têm conduzido operações de mapeamento dos fundos submarinos ao longo das rotas de aproximação a Taiwan, em particular daquelas que poderão ser utilizadas pelos Estados Unidos num eventual apoio à ilha. A República Popular da China conduziu quatro campanhas de mapeamento dos fundos em torno de Okinotori em 2001, duas em 2002 e outra em 2003. Contudo, o número de incidentes envolvendo navios chineses a desenvolver este tipo de actividades subiu para quatro, o que desencadeou protestos por parte do Japão, que os considera incompatíveis com o estatuto de zona económica exclusiva que atribui à zona.
Os Estados Unidos da América, que administraram as ilhas entre 1945 (após a rendição do Japão) e 1968, apoiam a posição japonesa de que o atol é uma ilha e não um rochedo.
As opções dos japoneses podem ser construir a força contra a opinião publica novas bases militares nestas ilhas mais distantes ou imitar a China e aterrar alguns atóis (esta opção eu acho improvável) ou adquirir meios que possam realizar o monitoramento e controle desta área, em todo o caso tudo vai depender de como a China pretende utilizar seus Naes.
No contexto atual um Nae japonês poderia ser uma opção caso a China tente se impor sobre a segunda linha, caso contrario um Nae japonês somente existiria se a política externa se modificasse e irem se aventurar junto com o Eua em suas guerras longe do arquipélago japonês.