Fórum Defesa Brasil

Os uruguaios não compõem as Forças de Reação Rápida e não estão nas zonas mais quentes.

FCarvalho escreveu:

gabriel219 escreveu:É a missão mais difícil da ONU, só atrás do Mali.

Desde antes do fim da Minustah, já se vislumbrava a Monusco como um das opções apresentadas para a nova missão no exterior. O próprio EB era reticente quanto a este país, junto com Sudão e Sudão do Sul, mais o Mali. A RCA era a missão menos problemática da ONU na África em termos de complexidade do conflito e possibilidades de baixas.

Aliás, o Itamarati sempre refutou qualquer possibilidade de entrarmos em uma missão que oferecesse risco de morte e de envolvimento das nossas tropas em combate. Sempre fizeram questão de uma missão Light como a do Haiti, onde os riscos fossem baixos e minorados quaisquer possibilidades de ver tropas em combate.

No final, é um jogo de vaidades e hipocrisia entre MD, Itamarati, Congresso e Planalto.

Todo mundo quer aparecer bem na foto, mas ninguém quer se dar o trabalho parecer bem nela.

abs.

Qualquer missão da ONU há grandes chances de alguém morrer, o Congo já é outra história.

Situação em grande parte agravada devido aos meios empregados lá. A única força minimamente adestrada é o Uruguaio, que ainda está muito abaixo de nós.

Tropas Africanas são muito mal equipadas, os poucos drones só são usados para vigilância e não há tantas ações ofensivas desde 2015, que até houve um tempo "tranquilo" depois da queda do M23.

Até onde sei, não há o uso de helis de ataque também.

Claro, ir despreparados não dá, mas Guarani equipado (blindagem extra contra 14.5 mm + shaped- charge + UT-30) + soldados adestrados e muito bem equipados + alguns AH-2 Sabre ou AH1W se chegarem + vants para serem usados como reconhecimento, ataque, vigilância e acompanhamento das tropas em terra os riscos são infinitamente menores.

Talvez seja algo que essa missão nunca teve de fato.

Marechal-do-ar escreveu:O Uruguai perdeu 4 pessoas na MONUSCO e 8 na MINUSTAH, o Brasil perdeu 27 na MINUSTAH, sendo que o Uruguai tem quase o dobro de tropas no Congo do que tinha no Haiti.

Quer dizer, eu acho que vocês estão exagerando em relação ao risco da MONUSCO, e também que o Uruguai tem mais a nos ensinar do que o contrário.


Fontes: https://peacekeeping.un.org/en/fatalities
https://peacekeeping.un.org/en/troop-an ... ntributors

No Haiti nós comandavamos e eramos linha de frente. Pra os rebeldes chegarem até as tropas Uruguaias precisam passar pela Força de Ação Rápida (só há Africanos) e pelos outro Africanos.

Uruguai atua muito mais policiando areas de baixa intensidade e na retaguarda do conflito, enquanto os países africanos enfrentam o inferno que é.

http://www.forte.jor.br/2018/04/10/bras ... -africana/

se desistimos dessa missão por falta de grana não acredito que iremos pro Congo

No momento tenho certeza que não temos pra isso, até por conta da intervenção.

Mas essa missão do Congo deverá ser a próxima no ano que vem.

Isso também vai depender do próximo governo, que tradicionalmente corta os raros investimentos em defesa em seu primeiro ano sempre com a desculpa do social.

abs.

O fato de um general brasileiro comandar a missão no Congo pode influenciar o envio para lá?

Pode ter alguma influência, mas não decide nada.
Aliás, se as pessoas forem um mínimo sensatas, deveriam escutar o general Santos Cruz, pois ele sabe muito bem o tamanho do problema que é aquele país.

abs

Mas isso é obvio que iram escuta-lo, talvez a decisão de mudar de RCA para RCO, além dos sérios problemas logísticos, a questão da inteligência sobre áreas quentes, topografia, demografia e sobre as ameaças da região pesaram bastante.

Foram pouco mais de 2 anos com o Gen. Santos Cruz no comando, talvez o mais eficiente que passou por lá.

Inclusive ele está fazendo um relatório sobre os ataques de grupos rebeldes contra as tropas da ONU em várias missões da ONU, incluindo o Mali.

Muito provavelmente o Brasil volte a assumir o comando da missão e talvez ele seja o primeiro comandante.

Tem uma matéria da T&D que postei no tópico da MINUSCA bastante interessante e esclarecedor sobre essa situação.
Neste caso, dadas as informações lá colocadas, fica mais difícil ainda de engolir isso de missão no Congo.

abs

Então, pra você, é mais lógico irmos para RCA baseado em uma matéria na revista do que no RCO, em que comandamos por 2 anos e até melhoramos - e muito - a estrutura local das tropas da ONU?

Os riscos são maiores? Sim, bastante, mas eu prefiro ir para um lugar onde sei que o inimigo é bem mais letal porém eu sei mais sobre a região e, principalmente, como atingi-lo do que ir pra um lugar que parece calmo e não sei muito sobre.

http://tecnodefesa.com.br/ares-aeroespa ... ndado-4x4/






O estande da ARES Aeroespacial reservou uma das maiores novidades da LAAD Security 2018, um novo veículo blindado 4×4 desponta no mercado, o AC-1. Para conhecer um pouco mais sobre esse carro, Tecnologia & Defesa entrevistou o engenheiro Odilon Lobo de Andrade Neto, ex-membro da ENGESA e da ENGEPEQ, responsável, ente outros, pelo desenvolvimento do Carro de Combate Osório.

gabriel219 escreveu:Então, pra você, é mais lógico irmos para RCA baseado em uma matéria na revista do que no RCO, em que comandamos por 2 anos e até melhoramos - e muito - a estrutura local das tropas da ONU? Os riscos são maiores? Sim, bastante, mas eu prefiro ir para um lugar onde sei que o inimigo é bem mais letal porém eu sei mais sobre a região e, principalmente, como atingi-lo do que ir pra um lugar que parece calmo e não sei muito sobre.

Para mim o que não tem lógica é você um dia estar com um pé dentro de uma missão, e depois dizer que não vai mais por falta de dinheiro, equipamentos adequados, conhecimento do TO, etc, para logo em seguida dizer que vai para outra, que é muito pior da que você desistiu, mas continua sem dinheiro, sem equipamentos, etc...

Então, qual é o problema? A missão ou a nossa falta de capacidade (vontade)de assumir compromissos para os quais não estamos preparados, em todos os sentidos?

O que acontece é o seguinte. O Brasil não tem ffaa's - e nem política ou diplomacia - adequadas para assumir uma missão que seja mais complexa que o Haiti, ou traduzindo em miúdos, qualquer coisa que se pareça com uma guerra de verdade. Ontem, hoje, amanhã e em qualquer outra hora. Neste sentido, falta-nos competência e vontade para tal.

No fim, qualquer missão que nos seja colocada, e que tenhamos que despender mais do que os políticos aqui achem conveniente para eles, dane-se. O EB gosta dessas missões porque é o único jeito que tem para conseguir equipamentos novos. E se der para fazer isso sem maiores exigências, melhor ainda. Aí fica complicado.

Por mim, todas as opções que nos vem sendo colocadas desde 2014 iriam necessariamente exigir muito mais do que demos no Haiti. E isso já era mais que previsto. Mas como ninguém por aqui - militares e políticos - quer colocar o seu na reta por causa de algo que as pessoas não dão a mínima, é realmente complicado determinar o que de fato importa ou não quando da decisão de para onde ir.

E vamos ser sinceros, o Brasil do ponto de vista militar e diplomático continua sendo o mesmo anão de sempre no cenário internacional. E isso não vai mudar nem que enviemos uma divisão de infantaria inteira para a África ou qualquer outro lugar em missões da ONU.

Na verdade, se queremos mesmo algum respeito lá fora de verdade, vamos precisar de muito mais do que simplesmente ser reconhecidos como bons capacetes azuis.

Aliás, isso até países ilha fazem. E nem por isso são lembrados na hora das grandes decisões por aí.

abs.

MasterCaiafa escreveu:http://tecnodefesa.com.br/ares-aeroespa ... ndado-4x4/






O estande da ARES Aeroespacial reservou uma das maiores novidades da LAAD Security 2018, um novo veículo blindado 4×4 desponta no mercado, o AC-1. Para conhecer um pouco mais sobre esse carro, Tecnologia & Defesa entrevistou o engenheiro Odilon Lobo de Andrade Neto, ex-membro da ENGESA e da ENGEPEQ, responsável, ente outros, pelo desenvolvimento do Carro de Combate Osório.

Interessante!

Mas o bicho é feio, espero que dentre as muitas mudanças tirem essa cara de vovô dele.

Quantos soldados ele carrega?