Re: Tu-160 - ROMANCE SEIS HORAS a/p pg 27 já na parte 41
Enviado: Seg Dez 29, 2014 12:25 pm
por Marino
E aquele dos Navais no Haiti?
Morreu?
Re: Tu-160 - ROMANCE SEIS HORAS a/p pg 27 já na parte 41
Enviado: Seg Dez 29, 2014 2:43 pm
por mmatuso
Tulio publica quando esse livro?
Re: Tu-160 - ROMANCE SEIS HORAS a/p pg 27 já na parte 41
Enviado: Ter Dez 30, 2014 6:17 pm
por Túlio
Marino escreveu:E aquele dos Navais no Haiti?
Morreu?
Não, CMG véio, tá em stand by; vai rolar DEPOIS desse. Não creio que esteja desfazendo SEGREDO ao dizer o que creio já ter dito por aí, vai ser uma história pós-Br no Haiti...
mmatuso escreveu:Tulio publica quando esse livro?
O não-Haiti sai em 2015, segundo semestre. E pretendo postar aqui bem antes a INTRO para receber uns FEEDBACKS da cupinchagem...
Re: Tu-160 - ROMANCE SEIS HORAS a/p pg 27 já na parte 41
Enviado: Seg Jan 05, 2015 5:46 pm
por NettoBR
Túlio escreveu:Está complicado de retomar justamente por não ter sido bolada como uma história, era para ter apenas 3 eps demonstrando a puerilidade de se confundir INTERCEPTAÇÃO com PERSEGUIÇÃO, eu só queria evitar uma punição ao SKY e ao CM. Criou vida mas sem o fundamental, um ROADMAP. Não sei aonde vai parar mas vou tentar levar adiante, pois pegou uns lances legais (foi a história em si, não eu)...
De resto, confirmo: livro impresso em 2015 (nadavê com Defesa).
Não importa mais o que você quer, o livro criou vida própria... você agora é apenas um instrumento dele!!!
Re: Tu-160 - ROMANCE SEIS HORAS a/p pg 27 já na parte 41
Enviado: Qui Mar 31, 2016 6:53 pm
por Túlio
SEIS HORAS - PARTE 47
BALÉ NUCLEAR 1
Lançado o Condor com sua carga atômica, com enorme geração de fumo e chama, este havia sido detectado nas transmissões finais do UCAV do Cap Netto, antes de ser abatido por um Mirage III. Devidamente captadas e repassadas ao Feldmarschall e seu QG. Comentário do CMT Argentino:
- Ahora nos pagarán por todo el mal que nos hicieran!
Comentário do Feldmarschall:
- O que diabos é isso? Beberam? Lançar um só foguete em nós? Estão doidos, ZUM TEUFELN!
Pensou por um instante.
- Avisem aqueles palhaços na Flak.
Um subalterno correu para o telefone.
O Capitão Netto estava praticamente endoidecido, pois acabara de ter sua aeronave abatida por um caça com mais de meio século de idade. Berrou com todo mundo no Comando, queria outro. Devido à falta de Pilotos experientes, não demorou a obter o que queria. Até porque a comunicação original havia subido pela cadeia de comando, mesmo com as ressalvas do Feldmarschall Eins. E não se tratava apenas co Presidente (ainda) Orestes, mas de El Rey, Dom Sebastião.
Enquanto uma jovem, filha de um Capitão de Mar e Guerra que havia voltado como Herói Nacional de uma batalha suicida, chorava uma perda dolorosa, um submarino de propulsão nuclear aportava no Rio de Janeiro.
No norte do Brasil, um Piloto chamado (callsign) PRICK conversava com seu líder:
- Tá doido? Estamos bem no centro da ação, p*!
- PQP, sei lá, me deu essa que vai se decidir tudo lá no Sul. E vamos estar lá, tacando no rabo da p*tada. Vou falar com o viado do Brigadeiro!
- P*, Mathias...
- Te f*de, vai ser do meu jeito.
PRICK deu de ombros, não havia jeito quando seu líder decidia.
O míssil Argentino havia percorrido mais de cem kilômetros. O único alvo possível era Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. E faltavam pouco mais de mil kilômetros, apenas alguns minutos.
O novo UCAV do Capitão Netto estava no ar e sob controle direto do Oficial. Portava dois mísseis Hellfire, vendidos pelos Estados Unidos da América, nas normas ITAR. Ele caçava o lançador do míssil que vislumbrara imediatamente antes de ser abatido por um caça obsoleto.
No meio de uma conversa com o Chanceler Paisano, El Rey estacou e quedou-se silente. Depois murmurou algo, ao que, a pedido de seu interlocutor, repetiu em voz alta (ainda que algo incomodado por aquele plebeu):
Re: Tu-160 - ROMANCE SEIS HORAS a/p pg 27 já na parte 41
Enviado: Sáb Abr 02, 2016 4:30 pm
por Túlio
SEIS HORAS - Parte 48
BALÉ NUCLEAR 2
Jamais tendo desistido da elaboração de um projeto viável de ogiva nuclear, os argentinos haviam progredido até a atual. Considerada como "na faixa próxima a 500 Kt" mas nunca, por motivos óbvios, realmente testada, na verdade sua capacidade real chegava a quase quatro vezes a projetada. Quando da decisão de armá-la em um Condor, o Cmt havia tomado uma série de decisões, inclusive sobre os chamados "gatilhos": dos seis projetados, reduzira para apenas um, que efetuaria a detonação quando atingisse a altitude e coordenadas (GPS) previamente programadas (no caso, a capital do RS). Claro, havia o outro, o de impacto...
Só que as chamadas "soluções de compromisso" haviam, em maior ou menor grau, adotadas pelo Cmt. Uma delas levara a uma soldagem às pressas entre duas placas de circuitos fundamentais: a que previa as coordenadas para detonação e a que determinava a altitude operacional do projétil. Com toda a fadiga e vibrações sofridas pela célula do míssil e seus componentes internos, o desfecho foi óbvio: duas conexões que jamais deveria se tocar o fizeram, provocando um curto-circuito que "queimou" metade de uma das placas. Precisamente a que fazia a manutenção do perfil de altitude.
Dois mísseis S-300 (modelo 40N6) da Bia AAAe haviam sido lançados, a um intervalo de cerca de 15 segundos, visando o míssil argentino. Deveriam atingi-lo a quase 100 km antes da capital da Argentina. Mesmo sem considerar a possibilidade de uma verdadeira ogiva nuclear, o Feldmarschal emitira a ordem:
"Todos os desmontados remontem. Proteção QBR deve ser acionada para todos as VTRs. Risco de ataque com ADM. Tempo de reação dois minutos ou menos."
Os mísseis russos seguiam velozmente, o primeiro já com NEZ para o alvo, o segundo prestes a obtê-la. Então, o inesperado: o alvo iniciou um mergulho quase que suicida. Mesmo com os sensores devidamente travados, os sistemas eletrônicos simplesmente não conseguiram fazer com que a interface física os acompanhasse. Assim, perderam ambos o alvo e explodiram inocuamente.
Cientificado, Eins esbravejou:
- Estão esperando o quê? Travem de novo e mandem mais dois, inferno! Estes castelhanos de m* estão de sacanagem!
Sabia do que falava. Mesmo desconsiderando uma carga nuclear ativa, presumia que um ogiva com TNT recoberta com urânio exaurido (DU) envolveria o seu Centro (para onde parecia se dirigir) em uma nuvem radioativa venenosíssima, suficiente para tornar a ele, Feldmarschall Einsamkeit, o maior perdedor desde aquele general que havia permitido a mais vergonhosa derrota do EB, em Canudos, comerços do século XX. E não considerava algo assim nem em seu pior pesadelo...
Com o grave defeito em suas placas e circuitos de guiagem, o Condor mergulhara até mil pés (pouco mais de 300 metros) e, perto disso, desacelerara com seus freios aerodinâmicos até manter a nova altitude. Não tinha como saber que jamais teria como acertar seu alvo original, pela falta de comunicação com a placa principal, que havia sido a pior consequência do curto-circuito. Simplesmente seguia as coordenadas originais, completamente alheio ao fato de que jamais teria como chegar ao destino. Não sabia de nada mas se dirigia precisamente ao centro do Dispositivo do Feldmarschall...
Não fora tão fácil. Netto tivera uma entrevista bastante pesada com o brigadeiro Maicá:
- Então, capitão, mais um drone que o senhor perde... - voz sinistra.
- Senhor, o que obtive vale MIL UCAvs, se me permite. Eu...
- Não lhe permito nada, exceto ir para a cadeia! Como é que...
Netto, abandonando todo o protocolo militar, puxou do bolso um memcard e, sem pedir licença, o inseriu no laptop do seu Cmt. Instantes após, imagens e dados começaram a aparecer. O Brigadeiro ia começar a esbravejar até ver!
- Sério isso?
- Senhor, são registros de sensores. Tinha dois Sargentos Especialistas comigo. Como adulterar?
O Brigadeiro Pablo Maicá apontou uma poltrona:
- Sente aí, Netto, quero pensar.
Se aquilo fosse verdade, podia dar uma encrenca dos infernos. Em menos de um minuto o Brigadeiro Maicá já tinha sua decisão tomada. Faltava considerar se era conveniente...
E Netto torcia as mãos suadas, na angústia da espera.
O Condor nuclear seguia, agora a pouco mais de 300 metros de altitude, sem a menor idéia de que alvejaria o centro da Força do Feldmarschall Einsamkeit.
Não que ele não soubesse disso. Não que pretendesse ficar passivo. Não, isso não era parte de seu DNA...
Re: Tu-160 - ROMANCE SEIS HORAS a/p pg 27 já na parte 41
Enviado: Qui Abr 07, 2016 9:07 pm
por Túlio
Até acabar esta história, vai ser mais ou menos um episódio por semana, tri? Desta vez sem parar...
Re: Tu-160 - ROMANCE SEIS HORAS a/p pg 27 já na parte 41
Enviado: Qui Abr 07, 2016 9:08 pm
por cassiosemasas
Manda Bala!!!
Re: Tu-160 - ROMANCE SEIS HORAS a/p pg 27 já na parte 35
"O capitão Netto conduzia o Harpia C 1513 (o que significava que o ano de incorporação era 2015 e era a décima terceira unidade a ser incorporada naquele ano) sem dar chance ao piloto automático, aeromodelista fanático que era. Tinha consigo dois sargentos-especialistas, encarregados dos sensores. Em dado momento falou, enquanto um dos sargentos repassava dados às forças de terra:
- Peraí, tem uma coisa voando na nossa altitude...
Ele ainda não sabia mas iria participar do primeiro combate aéreo entre drones da história."
Sei que vou levar pá de ouro mas vejam, não sou profeta nem nada mas tem coisas que são tão ÓBVIAS que a gente pode prever com quase uma década de antecedência: