TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

[FCarvalho]

O que mais me deixa puto da vida é saber que tivemos, e temos, capacidade de fomentar mísseis BVR e WVR para todos os caças que a FAB quisesse ter, mas, como de hábito, ferramos a nós mesmos e mandamos para o fundo do abismo toda e qualquer chance de projetar, desenvolver e produzir aqui as munições dos caças que nos atrevemos a operar.

E quantidade não é e nunca foi o problema para fomentar linhas de produção no país. O negócio é a completa falta de vergonha na cara e de culhão para fazer as coisas e aproveitar as oportunidades quando nos bate à porta.

Perdemos uma gigantesca oportunidade de equipar os Gripen E\F com o A-DARTER e, também, com o MARLIN, que é BVR e nos foi oferecida a participação no seu desenvolvimento. Mas algum cagão na FAB, ou um monte deles, resolveram f... com o projeto e deixar tudo nas mãos de outrem, inclusive as decisões. Mesmo com o Gripen E batendo as portas há uma década atrás, e sabedores das necessidades de industrialização que isso traria, e o fomento ao desenvolvimento de ambos os mísseis.

De que adianta ter 36 ou 360 caças se não fazemos ou sequer somos capazes de fabricar a própria munição deles

[Túlio]

Há no mercado outras duas possibilidades, e que estão em estágio muito avançado de desenvolvimento, principalmente o indiano, que promete alcances na versão Mk III de 250 a 300 km.


ASTRA


GÖKTUĞ

É só escolher um como dupla para o Meteor, ou simplesmente comprar o direito de produção no Brasil e fazer quantos der.

Lembrei do A-Darter, do qual nem foi comprado direito algum, o gov.br entrou direto como co-desenvolvedor e pagando caro pra burro; este "quantos der" para BVR seria o que, metade dos citados WVR encomendados/produzidos e atualmente em dotação na FAB? Um quarto? Menos?

[FCarvalho]

Só para encher o saco de vocês, e ver o que nós perdemos, na verdade estamos perdendo, em termos de PDI, industrialização, emprego, renda, tecnologia, etc.

36 Gripen E\F:

4 BVR = 144 undes > 2 + 2 (válido operacionalmente)
9 BVR = 324 undes > 3 + 3 + 3 (válido operacionalmente)*
11 BVR = 396 undes 4 + 3 + 4 (não válido operacioalmente)

* número mínimo para dar capacidade operacional e de permanência no TO sem precisar de ressuprimento externo.

36 Gripen E\F:

2 WVR = 72 (216) undes
(carga e recarga padrão = 3x o número de vetores)

Agora multipliquem isso por 108 unidades que a FAB queria no início do projeto FX-2, ou mesmo as 66 undes propaladas recentemente, ou até mesmo as 50 undes faladas agora na repactuação do contrato original.

Enfim, em rio que tem piranha, jacaré nada de costas.

[FCarvalho]

Lembrei do A-Darter, do qual nem foi comprado direito algum, o gov.br entrou direto como co-desenvolvedor e pagando caro pra burro; este "quantos der" para BVR seria o que, metade dos citados WVR encomendados/produzidos e atualmente em dotação na FAB? Um quarto? Menos?

O FX-2 já estava decidido há tempos quando o cmdo da FAB resolveu dar um f...se no A-Darter, mesmo sabendo dos números de produção a que isto nos levaria apesar de somente 36 unidades daquele caça tenham sido adquiridas. Número mais que suficiente para botar uma linha de produção para funcionar no país e ainda sobrar troco para os sul africanos.

Mas alguém tinha que dar um jeito disso não sair, claro.

[Strike91]

O que mais me deixa puto da vida é saber que tivemos, e temos, capacidade de fomentar mísseis BVR e WVR para todos os caças que a FAB quisesse ter, mas, como de hábito, ferramos a nós mesmos e mandamos para o fundo do abismo toda e qualquer chance de projetar, desenvolver e produzir aqui as munições dos caças que nos atrevemos a operar.

E quantidade não é e nunca foi o problema para fomentar linhas de produção no país. O negócio é a completa falta de vergonha na cara e de culhão para fazer as coisas e aproveitar as oportunidades quando nos bate à porta.

Perdemos uma gigantesca oportunidade de equipar os Gripen E\F com o A-DARTER e, também, com o MARLIN, que é BVR e nos foi oferecida a participação no seu desenvolvimento. Mas algum cagão na FAB, ou um monte deles, resolveram f... com o projeto e deixar tudo nas mãos de outrem, inclusive as decisões. Mesmo com o Gripen E batendo as portas há uma década atrás, e sabedores das necessidades de industrialização que isso traria, e o fomento ao desenvolvimento de ambos os mísseis.

De que adianta ter 36 ou 360 caças se não fazemos ou sequer somos capazes de fabricar a própria munição deles

E pior de tudo ninguém explica ou precisa dá explicação de tais absurdos à "nós" contribuintes que "bancamos" estes escárnios!!!

[Túlio]

O que mais me deixa puto da vida é saber que tivemos, e temos, capacidade de fomentar mísseis BVR e WVR para todos os caças que a FAB quisesse ter, mas, como de hábito, ferramos a nós mesmos e mandamos para o fundo do abismo toda e qualquer chance de projetar, desenvolver e produzir aqui as munições dos caças que nos atrevemos a operar.

E quantidade não é e nunca foi o problema para fomentar linhas de produção no país. O negócio é a completa falta de vergonha na cara e de culhão para fazer as coisas e aproveitar as oportunidades quando nos bate à porta.

Perdemos uma gigantesca oportunidade de equipar os Gripen E\F com o A-DARTER e, também, com o MARLIN, que é BVR e nos foi oferecida a participação no seu desenvolvimento. Mas algum cagão na FAB, ou um monte deles, resolveram f... com o projeto e deixar tudo nas mãos de outrem, inclusive as decisões. Mesmo com o Gripen E batendo as portas há uma década atrás, e sabedores das necessidades de industrialização que isso traria, e o fomento ao desenvolvimento de ambos os mísseis.

De que adianta ter 36 ou 360 caças se não fazemos ou sequer somos capazes de fabricar a própria munição deles

E pior de tudo ninguém explica ou precisa dá explicação de tais absurdos à "nós" contribuintes que "bancamos" estes escárnios!!!

O problema já começa com o termo que usaste, e que é corriqueiro: "contribuinte". Isso pressupõe fazer algo voluntariamente por acreditar que está contribuindo com algo que é bom. Não, somos todos PAGADORES DE (taxas impostas à força pelo estado, que por alguma razão são chamadas de) IMPOSTOS. Mas temos nós, os PAGADORES DE IMPOSTOS, direito a alguma explicação?

Spoiler!

Sabes qual direito (único) isso nos dá? O de não sermos presos ou, caso resistamos, feridos ou mesmo mortos (pelo menos por isto, pois há outras formas, tanto que a quantidade de condenados por "crime de sonegação" é infinitesimal perante outras). Fim, eis o nosso grande direito.

Mas não vou ficar desfiando libertarianices porque o acima já basta para sabermos o porquê de todos pagarmos sempre em dia e depois virmos ao DB reclamar de que o "nosso" país, deitado eternamente em berço esplêndido, este composto por incontáveis riquezas, ser pobre e não investir uma fração mínima do que extrai a forciori ARRECADA de nós para defendê-las contra nada mais forte que um eventual vizinho meio chegado em aventuras militares ou principalmente CONTRA NÓS. E não nos dão explicações porque não precisam dar, teu dinheiro já foi pra mão de outrem que vai decidir no que gastar sem o menor interesse em (ou respeito por) tua opinião.

Claro que esta mesma cultura perversa está nas forças armadas, ou esqueces de quantas toneladas de ouro-equivalente foram torradas só no último meio século com "projetos" e "programas" que no melhor dos casos resultaram em alguma maquete ou mesmo protótipo? Olhes o que está em tela, o A-Darter: já na largada, Ouro a menos de USD 1k/oz, de uma só tacada foram mais de USD 120M só pra fazer parte da sociedade com a África do Sul, equivalente na época a cerca de QUATRO TONELADAS DE OURO! E o que temos em troca? Um motor testado com sucesso pela moribunda AVIBRAS e algum Msl testado no parceiro da empreitada, além de um lote de Iris-T importados da Alemanha e que é o WVR de dotação do Gripen aqui, ou seja, só com o que foi desperdiçado mais o que foi investido no desenvolvimento da indústria belica européia já deve andar perto das dez toneladas de Ouro, se não tiver passado.

E teve ainda a SMKB, teve aquela cópia da Daisy Cutter que vazou foto sendo lançada de um 130, o desenvolvimento de versões guiadas do Skyfire que deve ter parado em alguma gaveta do MINDEF, o MAR-1, o Scipio (que vem lá do fim dos 80), moderníssimos motores-foguete como o S50 de cerâmica e trocentas outras coisas de valor indiscutível, incluindo uma dúzia de helicópteros de ataque que mal completaram dez anos e já foram pra lata do lixo: quem teve que nos dar satisfações? Ninguém, porque uns paisanos como nós não têm nada com isso, quem pagou foi o gov.br e pra este basta dizer "ainda num deu chefia, precisamos de mais dinheiro" pra ele responder "tu tá doido rapá? Temos saúde e educação tomando corte e tu me vem querendo mais dinheiro pra arma? Onde é a guerra, vai começar quando?"

De minha parte, deviam vender ou deixar fechar tudo na "BID" que esteja sempre no vermelho ou mesmo pré-falimentar (como a Avibras) e comprar de prateleira tudo o que precisarem. Seria mais prático e menos desonesto, além de ser mesmo o que já fazem.

[FCarvalho]

O MD está fazendo lá seus 25 anos, e o que obtivemos até agora deste ministério em um quarto de século em termos de avanços para a Defesa é praticamente nulo. Se muito ganhamos mais uma penca de legislações, documentos irrelevantes, e outras burrocracias do tipo para inglês ver.

É extremamente lamentável dizer que o MD só agora, depois de todo esse tempo, finalmente vai criar a carreira civil de defesa na administração pública, uma vez que ela nunca existiu, e sofreu todo tipo de resistência intra e extra MD para sua criação, dada a própria repulsa com que os militares tratam o ministério e sua existência. Principalmente falando em questão de aquisições e planejamento material.

Se a sociedade civil, que deveria ser a mais interessada no pleno funcionamento do MD, como gestor (e defensor) de políticas de Estado para a Defesa, mas não o faz por pura e simples inépcia sobre questões de governo, o que dizer de políticos e militares, cujos interesses vão em contrário a tudo o que o MD deveria ser e significar?

Eles que não o farão mesmo. No fim é o de sempre: "pouca farinha, meu pirão primeiro."

[FCarvalho]

Só para lembrar. Ano passado a FAB só recebeu 2 Gripen E, salvo minha memória não me traia. O terceiro de 2023, pode estar vindo aí no navio holandês.

Este ano, pelo cronograma é para recebermos 3 caças. Estamos em setembro, e até agora não se sabe, até prova em contrário, se a FAB receberá qualquer um deles no prazo estipulado.

Em 2025 as coisas pioram porque a FAB terá de receber o primeiro Gripen E feito na Embraer, mais 1 Gripen F vindo da Suécia e salvo engano os dois últimos monoplace, também vindos da Suécia. E a PLOA, ao que parece, o Manuel que me corrija, não tem nenhuma indicação de verbas para receber nada disso, e muito menos expandir as entregas para o caso de a FAB tentar fazer uma substituição dos AMX pelos Gripen E em Santa Maria a partir de 2026.

Na verdade, 2026 e 2027 praticamente a FAB receberá o grosso dos caças encomendados. O problema, como sempre, é que o governo de plantão não está nem um pouco disposto a bancar, diria honrar, os pagamentos do projeto, e a FAB que se lixe.

A ver o que acontece. O cronograma atual já foi para o beleléu faz tempo.

[Goldfinger]

Como o "inimigo" seria a Venezuela, Meteor dá e sobra pra lidar com os atuais Su-30, ficando o iDerby para eventuais F-16A/B antigos e mesmo os K-8; uma futura versão superior do Meteor ou mesmo outro Msl ainda melhor, tipo o AIM-174, ficaria para o caso de eles adotarem Su-35 ou mesmo J10, estes com PL-15 ou talvez até coisa ainda mais desgraçada como o PL-17 ou mesmo J-16 com PL-21.[/Justificar]

Só a título de curiosidade, AMRAMM e AIM-174 lado a lado.



Esse monstro pesa quase 900kg (5 vezes mais que um AMRAMM). Vejo ele mais como um "tapa-buraco" até a entrada em serviço do AIM-260 (ou algo equivalente).

[Túlio]

Como o "inimigo" seria a Venezuela, Meteor dá e sobra pra lidar com os atuais Su-30, ficando o iDerby para eventuais F-16A/B antigos e mesmo os K-8; uma futura versão superior do Meteor ou mesmo outro Msl ainda melhor, tipo o AIM-174, ficaria para o caso de eles adotarem Su-35 ou mesmo J10, estes com PL-15 ou talvez até coisa ainda mais desgraçada como o PL-17 ou mesmo J-16 com PL-21.[/Justificar]

Só a título de curiosidade, AMRAMM e AIM-174 lado a lado.



Esse monstro pesa quase 900kg (5 vezes mais que um AMRAMM). Vejo ele mais como um "tapa-buraco" até a entrada em serviço do AIM-260 (ou algo equivalente).

Não me parece, são duas classes diferentes: o AIM-260 é para restabelecer a supremacia americana nos BVR principalmente ante o Meteor, na faixa dos ~200 km; já o AIM-174 está mirando mais longe, como as versões recentes e vindouras do R-37 e PL-21 e até o ASTRA 3, tudo em torno do dobro do alcance dos anteriormente citados.

O 174, derivado do SM6 (USN, logo apenas em uso nos F18 - por enquanto), deve ter capacidades fabulosas contra alvos em muito grandes altitudes e, devido ao peso, poderia ser levado um par por Gripen junto com mais um ou dois pares de Meteor e um de Iris-T (só pra desfile, claro, uma interceptação demandaria apenas um par de 174 + escolta para abater um AEW/AWACS, Elint e/ou Tanker ou mesmo apenas um 174 na centerline para QR contra mísseis táticos hipervelozes da classe do Iskander).

[FCarvalho]

Com tantos negócios à vista com os indianos, se eu fosse a FAB, me pegava logo com a IAF e a DRDO em diversos projetos deles, e que não por acaso, casam justamente com vários dos nossos. O ASTRA é apenas um exemplo do que nos interessa.

A as possibilidades são muitas e grandes. Aproveitar a interação com a indústria da Índia é questão de razoabilidade e racionalidade. Eles estão terminando onde nós mal conseguimos começar, ou quando o fizemos, paramos no meio do caminho, para variar.