TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

[FCarvalho]

Alguém aí tem notícias sobre em que pé está o desenvolvimento do modelo biplace na Suécia? Se já tem dada para voar e prontificar o mesmo. Salvo engano o cronograma diz que ele deve voar ainda este ano. Estamos em março. Faltam ainda 9 meses. Mas, como tudo em defesa no Brasil, isso não significa certeza.

Esta é outras das muitas vantagens de se participar do desenvolvimento de um caça. Não pegamos o E, mas o biplace, que nem nos planos suecos estava, calhou de nos ser dado de bandeja tirar do papel, conforme os requisitos da FAB. É quase como que desenvolver por completo o caça, mesmo partindo de um ponto de início já consolidado.

[EduClau]

Alguém aí tem notícias sobre em que pé está o desenvolvimento do modelo biplace na Suécia? Se já tem dada para voar e prontificar o mesmo. Salvo engano o cronograma diz que ele deve voar ainda este ano. Estamos em março. Faltam ainda 9 meses. Mas, como tudo em defesa no Brasil, isso não significa certeza.

E complemento, como estão os da linha de montagem na Embraer ? Fazem 10 meses que foi inaugurada.

Linha de produção do F-39 Gripen é inaugurada no Brasil

9 de maio de 2023

https://www.defesanet.com.br/aviacao/li ... no-brasil/


Sds

[henriquejr]

O FAB 4100 posou em Belém/PA, para participar do Portões Abertos, com tanques subalares e mísseis IRIS-T nos trilhos das asas...

[FCarvalho]

Alguém aí tem notícias sobre em que pé está o desenvolvimento do modelo biplace na Suécia? Se já tem dada para voar e prontificar o mesmo. Salvo engano o cronograma diz que ele deve voar ainda este ano. Estamos em março. Faltam ainda 9 meses. Mas, como tudo em defesa no Brasil, isso não significa certeza.

E complemento, como estão os da linha de montagem na Embraer ? Fazem 10 meses que foi inaugurada.
Linha de produção do F-39 Gripen é inaugurada no Brasil
9 de maio de 2023
https://www.defesanet.com.br/aviacao/li ... no-brasil/
Sds

Andei procurando informações recentes na internet sobre o Gripen F, e a última notícia é de abril de 2023, ou praticamente um ano atrás. O avião já se encontrava em processo avançado de montagem, mas desde então, nem SAAB, FAB ou qualquer outra fonte falaram sobre a situação do modelo biplace. Um ano sem informações públicas sobre este projeto é tempo de mais para ficar sem saber como anda o mesmo. Tempo aliás, que presumivelmente, mais que suficiente para o apronto do modelo para testes de voo. O avião já vem sendo montado desde 2022.

No caso do caça da linha de montagem na Embraer, também estamos a quase um ano desde o lançamento no Brasil, e nada mais se soube sobre o estágio de fabricação daquela unidade. Novamente, nem SAAB, FAB ou qualquer outra fonte comentam sobre a situação, algo no mínimo controverso, já que esta unidade seria digna do mais pujante marketing da Embraer e SAAB. Mas não.

O que será que está havendo para tanta falta de informação sobre o processo produtivo dos caças suecos da FAB?

[EduClau]

Coisa boa não deve ser...

Sds

[FCarvalho]

O modelo do Gripen E na Embraer tem mais de 18 meses lá, desde que a primeira notícia sobre o início do seu processo de produção no país foi confirmado. O modelo biposto na Suécia tem entre 15 e 20 meses que está em linha de produção.

Me chama a atenção que estamos a praticamente um ano sem notícias destas duas unidades e a Embraer, que deveria, em tese, ser a promotora do seu marketing, por motivos óbvios, não fala nada desde a "inauguração" da linha de montagem ano passado. Notar que o modelo E já estava em processo de integração e montagem quando isto se deu em Abril do ano passado.

Me parece que entre idas e vindas, Embraer, FAB e SAAB estão deixando esta questão da produção no Brasil e do biposto em panos mornos a fim de, no mínimo, não chamar a atenção. Porque eu não sei dizer, visto que teriam mais que motivos para alardear o sucesso de suas produção. Por enquanto, o silêncio e a retranca são regra no que diz respeito este processo.

Segundo a SAAB, cada unidade do Gripen leva em média de 18 a 24 meses para ser completada. Ambos modelos, pelo que consegui contar, tem entre 15 e 20 meses de trabalho, desde a divulgação do início dos trabalhos neles. A ver se algo está acontecendo, e a meu ver está acontecendo, que não seja motivo de preocupação quanto ao desenvolvimento deste projeto. Com tantas notícias sobre Suécia e OTAN nas mais diversas mídias, é de se pensar porque tanto silêncio.

A ver.

[Pablo Maica]

Gripen fazendo uma visita na base aérea de Belém com Iris-T e Meteor fazendo a sua primeira aparição... parece até que a FAB está na intenção de mandar uma mensagem.

















Fonte: https://www.aereo.jor.br/wp-content/upl ... 80x577.jpg


Um abraço e t+

[FCarvalho]

Mandar mensagem para quem não sabe ler...
A última vez que um esquadrão de caça esteve em Belém tem mais de 80 anos.
Já aqui por casa, a BAMN ainda aguarda a visita desta unidade do programa de desenvolvimento.
Bastava dar uma ligada no PC e em uma hora chegava por aqui, visto que são apenas 1300 km de distância.
Mas deixa estar.
Se foi ou caso ou não de mandar mensagem, Belém está longe o suficiente para qualquer coisa dar tempo do pessoal sair correndo de volta para GPX.
Vai que o pessoal entendeu a mensagem errado.

[gabriel219]

O Gripen nesse modo baiano ai já come a bunda da FABV sozinho.

[FCarvalho]

Tenho cá minhas dúvidas que qualquer Gripen E da FAB hoje seja capaz de fazer alguma coisa além de treinamento dos pilotos e formação de doutrina. Não é tão simples assim pegar um caça novo e sair por aí distribuindo porrada na força aérea alheia.

O IOC destes caças só deve sair ano que vem, salvo engano, enquanto o FOC demora bem mais. Estes caças estarão presentes na Cruzex em dezembro, mas, presumo que estarão bastante limitados em termos operacionais, já que o Jaguar ainda vai demorar bastante tempo até tornar todos os seus caçadores proficientes no avião sueco.

Mas será um bom teste para saber como está sendo esta transição entre os F-5M e A-1M para o Gripen. E ajustes deverão ser feitos em relação não somente à formação\treinamento, como doutrina, táticas e procedimentos. É bom aproveitar, porque outro exercício como este no nível que proporciona, sabe-se lá quando.

A ver se a partir do ano que vem conseguimos levar eles para o Salitre no Chile, principal exercício aéreo sul americano depois da Cruzex em termos de complexidade e exigências. Eu particularmente gostaria muito que Peru e Colombia pudessem dispor de exercícios no mesmo nível que o chileno, mas infelizmente estão muito longe disso.

Talvez os argentinos, com alguma boa vontade, voltem a organizar os exercícios binacionais entre FAB e FAA com a chegada dos F-16. Será mais uma boa oportunidade para testar tudo e mais um pouco do que estamos fazendo aqui em Anápolis.

Aliás, ainda sou de opinião que deveríamos ser os principais fomentadores de exercícios aéreos complexos na região, tanto no Brasil como fora, em virtude de necessitarmos constantemente provar e atestar as capacidades dos caças suecos e todo o seu entorno tecnológico e operacional. Ajudar os vizinhos a propor e realizar tais exercícios no nível de uma Cruzex da vida não somente é salutar como providencial e necessário para a plena capacidade dos caças tupiniquins.

[sgtcoelho]

Aqui pensando com meus botões! Mais de uma década para receber 7 aviões, se tivéssemos comprado uns 50 F-16 lá em 2013, já não os teríamos recebido e todo mundo, na FAB principalmente, não estaria feliz da vida? Talvez agora até pensando na compra de uns pares de F-35 para dar uma requentada? O que os entendidos do assunto têm a dizer?

[gabriel219]

Deus nos livrou desse mal!

[FCarvalho]

Aqui pensando com meus botões! Mais de uma década para receber 7 aviões, se tivéssemos comprado uns 50 F-16 lá em 2013, já não os teríamos recebido e todo mundo, na FAB principalmente, não estaria feliz da vida? Talvez agora até pensando na compra de uns pares de F-35 para dar uma requentada? O que os entendidos do assunto têm a dizer?

Olá @sgtcoelho

A compra dos Gripen E\F obedeceu a dois critérios básicos do programa FX2: transferência de tecnologia e capacitação da indústria aeroespacial nacional, a fim de darmos o próximo passo, leia-se caça 5a G tupiniquim, individualmente ou em colaboração com outrem no futuro a longo prazo.

Podemos dizer que conseguimos alcançar ambos objetivos, e diria que a parceria com os suecos foi até além. Não só fizeram, estão fazendo, a transferência de tecnologia, como ainda tivemos a oportunidade de participar do desenvolvimento final do Gripen E, e somos a cabeça do desenvolvimento do modelo F biplace, que não é simplesmente uma versão esticada com dois lugares do E, monoplace. Isto tudo com a participação da Embraer e de uma gama de empresas da BIDS e indústria nacional especializadas no setor aeronáutico.

Há um sério problema neste aspecto da escolha da FAB. Custo e tempo. O Gripen E\F como se sabe não estava pronto em 2013 quando foi escolhido, mas, por outro lado, se mostrou a única oferta que atendia na íntegra os requerimentos da FAB para o projeto FX2. Posso dizer, como opinião pessoal, que a força aérea fez uma escolha mais que feliz, e muito bem azeitada em relação a seus propósitos, apesar das questões acima. Estamos melhores hoje do que estaríamos se tivéssemos escolhido outro caça daquele programa, que se muito ofereciam pouco ou quase nada do que se pretendia à época.

Talvez estivéssemos com mais caças e vários esquadrões equipados com F-18 ou Rafale, mas, no âmago dessa história, o que eles teriam nos trazido de novo em relação aos F-5 e A-1 que não números e uma suposta operacionalidade quase que totalmente dependente dos países fornecedores, quiçá a preços e custos muito mais altos que estamos pagando agora pelos Gripen suecos, e sem a autonomia de poder mexer à vontade no caça escolhido, como é agora.

Enfim, estamos pagando por desenvolvimento e capacidades que ultrapassam a mera composição dos esquadrões da FAB.

Em todo caso, se o Brasil fosse um país sério, e Defesa junto com ele, é muito provável que o cronograma do projeto não estaria atrasado fatidicamente como está e hoje teríamos muito mais Gripen E\F em operação, quiçá já recebendo ou tendo contratado o segundo ou terceiro lote previstos no planejamento inicial. Mas o Brasil nunca foi um país sério.

[FIGHTERCOM]

Aqui pensando com meus botões! Mais de uma década para receber 7 aviões, se tivéssemos comprado uns 50 F-16 lá em 2013, já não os teríamos recebido e todo mundo, na FAB principalmente, não estaria feliz da vida? Talvez agora até pensando na compra de uns pares de F-35 para dar uma requentada? O que os entendidos do assunto têm a dizer?

Olá @sgtcoelho

A compra dos Gripen E\F obedeceu a dois critérios básicos do programa FX2: transferência de tecnologia e capacitação da indústria aeroespacial nacional, a fim de darmos o próximo passo, leia-se caça 5a G tupiniquim, individualmente ou em colaboração com outrem no futuro a longo prazo.

Podemos dizer que conseguimos alcançar ambos objetivos, e diria que a parceria com os suecos foi até além. Não só fizeram, estão fazendo, a transferência de tecnologia, como ainda tivemos a oportunidade de participar do desenvolvimento final do Gripen E, e somos a cabeça do desenvolvimento do modelo F biplace, que não é simplesmente uma versão esticada com dois lugares do E, monoplace. Isto tudo com a participação da Embraer e de uma gama de empresas da BIDS e indústria nacional especializadas no setor aeronáutico.

Há um sério problema neste aspecto da escolha da FAB. Custo e tempo. O Gripen E\F como se sabe não estava pronto em 2013 quando foi escolhido, mas, por outro lado, se mostrou a única oferta que atendia na íntegra os requerimentos da FAB para o projeto FX2. Posso dizer, como opinião pessoal, que a força aérea fez uma escolha mais que feliz, e muito bem azeitada em relação a seus propósitos, apesar das questões acima. Estamos melhores hoje do que estaríamos se tivéssemos escolhido outro caça daquele programa, que se muito ofereciam pouco ou quase nada do que se pretendia à época.

Talvez estivéssemos com mais caças e vários esquadrões equipados com F-18 ou Rafale, mas, no âmago dessa história, o que eles teriam nos trazido de novo em relação aos F-5 e A-1 que não números e uma suposta operacionalidade quase que totalmente dependente dos países fornecedores, quiçá a preços e custos muito mais altos que estamos pagando agora pelos Gripen suecos, e sem a autonomia de poder mexer à vontade no caça escolhido, como é agora.

Enfim, estamos pagando por desenvolvimento e capacidades que ultrapassam a mera composição dos esquadrões da FAB.

Em todo caso, se o Brasil fosse um país sério, e Defesa junto com ele, é muito provável que o cronograma do projeto não estaria atrasado fatidicamente como está e hoje teríamos muito mais Gripen E\F em operação, quiçá já recebendo ou tendo contratado o segundo ou terceiro lote previstos no planejamento inicial. Mas o Brasil nunca foi um país sério.

Perfect!

[Viking]

Olá @sgtcoelho

A compra dos Gripen E\F obedeceu a dois critérios básicos do programa FX2: transferência de tecnologia e capacitação da indústria aeroespacial nacional, a fim de darmos o próximo passo, leia-se caça 5a G tupiniquim, individualmente ou em colaboração com outrem no futuro a longo prazo.

Podemos dizer que conseguimos alcançar ambos objetivos, e diria que a parceria com os suecos foi até além. Não só fizeram, estão fazendo, a transferência de tecnologia, como ainda tivemos a oportunidade de participar do desenvolvimento final do Gripen E, e somos a cabeça do desenvolvimento do modelo F biplace, que não é simplesmente uma versão esticada com dois lugares do E, monoplace. Isto tudo com a participação da Embraer e de uma gama de empresas da BIDS e indústria nacional especializadas no setor aeronáutico.

Há um sério problema neste aspecto da escolha da FAB. Custo e tempo. O Gripen E\F como se sabe não estava pronto em 2013 quando foi escolhido, mas, por outro lado, se mostrou a única oferta que atendia na íntegra os requerimentos da FAB para o projeto FX2. Posso dizer, como opinião pessoal, que a força aérea fez uma escolha mais que feliz, e muito bem azeitada em relação a seus propósitos, apesar das questões acima. Estamos melhores hoje do que estaríamos se tivéssemos escolhido outro caça daquele programa, que se muito ofereciam pouco ou quase nada do que se pretendia à época.

Talvez estivéssemos com mais caças e vários esquadrões equipados com F-18 ou Rafale, mas, no âmago dessa história, o que eles teriam nos trazido de novo em relação aos F-5 e A-1 que não números e uma suposta operacionalidade quase que totalmente dependente dos países fornecedores, quiçá a preços e custos muito mais altos que estamos pagando agora pelos Gripen suecos, e sem a autonomia de poder mexer à vontade no caça escolhido, como é agora.

Enfim, estamos pagando por desenvolvimento e capacidades que ultrapassam a mera composição dos esquadrões da FAB.

Em todo caso, se o Brasil fosse um país sério, e Defesa junto com ele, é muito provável que o cronograma do projeto não estaria atrasado fatidicamente como está e hoje teríamos muito mais Gripen E\F em operação, quiçá já recebendo ou tendo contratado o segundo ou terceiro lote previstos no planejamento inicial. Mas o Brasil nunca foi um país sério.

Perfect!

Perfeito. O último parágrafo e sensacional: - a triste realidade de um gigante com os pés de barro

☺