Pressões Nucleares sobre o Brasil
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
O texto está correto na análise da questão técnica. O HWR iraniano é realmente uma fonte de preocupação. Mas peca na análise política. A preocupação brasileira é impedir que o caso iraniano seja usado como bode expiatório da nova ordem nuclear. Permitir que o programa iraniano seja obliterado pura e simplesmente não serve aos nossos interesses. Nós queremos é que a AIEA tenha total acesso aos processos iranianos, conforme descrito no TNP. Que a ordem jurídica internacional seja preservada. Já aos americanos interessa empurrar o Irã para a ilegalidade a fim de justificar sua agenda geopolítica para a a região. O imenso esforço russo junto ao Irã tem por objetivo justamente dificultar esta estratégia americana. Mas a verdade é que existem limitações para este jogo, pois sempre há um compromentimento mútuo entre russos e americanos em algumas agendas. Cabe a China agora um papel fundamental. E uma sensibilidade política que o Ahmadinejad não possui... Muito mais complexo do que pode parecer inicialmente.
A propósito: os países árabes também não vêem com bons olhos uma bomba iraniana.
[]'s
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Não entendo de política, muito menos de sabedoria política, mas supondo que toda esse colóquio da dona Elizabeth seja a mais pura e completa verdade, o que os ditos paises vão ganhar impedindo a entrada de urânio ou revistando os navios?
Já que tudo está sendo feito dentro do Iran, com água pesada e urânio natural extraido no centro do próprio Iran, nada pode ser feito exceto atacar o próprio reator ou sabotá-lo.
Não haveria nenhum motivo para proibir o enriquecimento do urânio, os embargos propostos são ineficazes e sem sentido, ainda mais que a Mãe Russia tem todo uso civil sob o mais rigoroso controle.
Não acho que países com tanta "sabedoria política" enveredariam por esse caminho sem sentido se a situação fosse realmente essa, dai, do alto de minha ignorância política, concluo que esse colóquio sem dureza é apenas para acalentar bovinos.
abraços
Já que tudo está sendo feito dentro do Iran, com água pesada e urânio natural extraido no centro do próprio Iran, nada pode ser feito exceto atacar o próprio reator ou sabotá-lo.
Não haveria nenhum motivo para proibir o enriquecimento do urânio, os embargos propostos são ineficazes e sem sentido, ainda mais que a Mãe Russia tem todo uso civil sob o mais rigoroso controle.
Não acho que países com tanta "sabedoria política" enveredariam por esse caminho sem sentido se a situação fosse realmente essa, dai, do alto de minha ignorância política, concluo que esse colóquio sem dureza é apenas para acalentar bovinos.
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
terra.com.br
Para vice do Irã, potências perdem credibilidade com sanções
19 de maio de 2010
O vice-presidente iraniano e chefe da agência atômica do país, Ali Akbar Salehi, afirmou nesta quarta-feira que as grandes potências mundiais ficarão "desacreditadas" se seguirem adiante com a proposta de adoção de novas sanções contra o Irã na ONU apesar do acordo anunciado na segunda-feira com o Brasil e a Turquia.
Para ele, as discussões sobre sanções se arrefeceram após o anúncio do acordo, e a nova proposta de resolução apresentada ao Conselho de Segurança da ONU "é um último esforço do Ocidente".
"Eles sentem que pela primeira vez no mundo os países em desenvolvimento são capazes de defender seus direitos na arena internacional sem recorrer às maiores potências, e isso é o que é difícil para eles", afirmou Salehi após uma reunião de gabinete, segundo o relato da agência semi-oficial Fars.
Outro importante membro do governo iraniano, Mojtaba Samareh-Hashemi, assessor-sênior do presidente Mahmoud Ahmadinejad, afirmou que uma resolução da ONU por sanções não teria legitimidade.
"A proposta em discussão no Conselho de Segurança das Nações Unidas não tem nenhuma legitimidade", disse ele, segundo a agência Fars.
"Caminho irracional"
O chefe da agência nuclear iraniana disse ver poucas chances de sucesso na aprovação de uma resolução com novas sanções.
"Deveríamos ser pacientes, porque eles não terão sucesso. Por tentarem a aprovação de uma nova resolução, eles ficarão desacreditados diante da opinião pública", afirmou Salehi.
"Acho que há algumas pessoas racionais entre eles que os impedirão de tomar esse caminho irracional", disse ele.
Os Estados Unidos anunciaram na terça-feira que os países do Conselho de Segurança da ONU chegaram a um acordo sobre uma proposta de resolução prevendo novas sanções contra o Irã.
O anúncio americano foi feito um dia após a divulgação do acordo mediado pelo Brasil e pela Turquia que estabelece o envio de urânio do Irã para fora do país e sua troca por combustível nuclear.
O Brasil, que atualmente ocupa uma das dez cadeiras não-permanentes do Conselho de Segurança, se recusou a discutir a proposta apresentada pelos Estados Unidos por sanções contra o Irã.
Para vice do Irã, potências perdem credibilidade com sanções
19 de maio de 2010
O vice-presidente iraniano e chefe da agência atômica do país, Ali Akbar Salehi, afirmou nesta quarta-feira que as grandes potências mundiais ficarão "desacreditadas" se seguirem adiante com a proposta de adoção de novas sanções contra o Irã na ONU apesar do acordo anunciado na segunda-feira com o Brasil e a Turquia.
Para ele, as discussões sobre sanções se arrefeceram após o anúncio do acordo, e a nova proposta de resolução apresentada ao Conselho de Segurança da ONU "é um último esforço do Ocidente".
"Eles sentem que pela primeira vez no mundo os países em desenvolvimento são capazes de defender seus direitos na arena internacional sem recorrer às maiores potências, e isso é o que é difícil para eles", afirmou Salehi após uma reunião de gabinete, segundo o relato da agência semi-oficial Fars.
Outro importante membro do governo iraniano, Mojtaba Samareh-Hashemi, assessor-sênior do presidente Mahmoud Ahmadinejad, afirmou que uma resolução da ONU por sanções não teria legitimidade.
"A proposta em discussão no Conselho de Segurança das Nações Unidas não tem nenhuma legitimidade", disse ele, segundo a agência Fars.
"Caminho irracional"
O chefe da agência nuclear iraniana disse ver poucas chances de sucesso na aprovação de uma resolução com novas sanções.
"Deveríamos ser pacientes, porque eles não terão sucesso. Por tentarem a aprovação de uma nova resolução, eles ficarão desacreditados diante da opinião pública", afirmou Salehi.
"Acho que há algumas pessoas racionais entre eles que os impedirão de tomar esse caminho irracional", disse ele.
Os Estados Unidos anunciaram na terça-feira que os países do Conselho de Segurança da ONU chegaram a um acordo sobre uma proposta de resolução prevendo novas sanções contra o Irã.
O anúncio americano foi feito um dia após a divulgação do acordo mediado pelo Brasil e pela Turquia que estabelece o envio de urânio do Irã para fora do país e sua troca por combustível nuclear.
O Brasil, que atualmente ocupa uma das dez cadeiras não-permanentes do Conselho de Segurança, se recusou a discutir a proposta apresentada pelos Estados Unidos por sanções contra o Irã.
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Lula pode cantar de galo em energia nuclear. O Brasil deixou de ser “pequenininho”
(Conversa Afiada)
Embaixador Arinos: o Brasil tem autoridade moral
No programa entrevista Record Atualidade exibido ontem, o embaixador Affonso Arinos de Mello Franco Filho lembrou alguns fatos interessantes.
Por iniciativa do chanceler Affonso Arinos, seu pai, o Brasil fez aprovar na ONU um programa de desnuclearização da America Latina.
Essa iniciativa é a origem do Tratado de Tlatelolco, que desnuclearizou a América Latina.
O presidente Sarney acertou com o presidente Alfonsin da Argentina que o Brasil teria condições de vigiar o programa nuclear da argentina e a Argentina teria condições de vigiar o programa nuclear brasileiro.
A Constituição do Brasil, a de 88, exige que o Congresso aprove qualquer programa nuclear de iniciativa do Presidente da República.
Logo, o presidente Lula pode cantar de galo nessa discussão sobre o programa nuclear do Irã.
Tem autoridade moral.
Além disso, por iniciativa – subalterna, coisa de país “pequenininho” -do Governo FHC/Serra, o Brasil assinou o Tratado de Não-Proliferação das Armas Nucleares.
O Brasil entregou, aí, num pires, para os Estados Unidos, trinta anos de resistência diplomática.
Agora, além disso, os Estados Unidos querem que o Brasil assine um Protocolo adicional ao TNP.
O que daria aos inspetores americanos o direito de vir aqui copiar a tecnologia brasileira de enriquecimento de urânio .
Clique aqui para ler “O New York Times acha que o Irã engabelou o Lula “.
O embaixador Arinos foi contra o Brasil assinar o TNP e mais ainda que o Brasil assine esse protocolo adicional.
(Conversa Afiada)
Embaixador Arinos: o Brasil tem autoridade moral
No programa entrevista Record Atualidade exibido ontem, o embaixador Affonso Arinos de Mello Franco Filho lembrou alguns fatos interessantes.
Por iniciativa do chanceler Affonso Arinos, seu pai, o Brasil fez aprovar na ONU um programa de desnuclearização da America Latina.
Essa iniciativa é a origem do Tratado de Tlatelolco, que desnuclearizou a América Latina.
O presidente Sarney acertou com o presidente Alfonsin da Argentina que o Brasil teria condições de vigiar o programa nuclear da argentina e a Argentina teria condições de vigiar o programa nuclear brasileiro.
A Constituição do Brasil, a de 88, exige que o Congresso aprove qualquer programa nuclear de iniciativa do Presidente da República.
Logo, o presidente Lula pode cantar de galo nessa discussão sobre o programa nuclear do Irã.
Tem autoridade moral.
Além disso, por iniciativa – subalterna, coisa de país “pequenininho” -do Governo FHC/Serra, o Brasil assinou o Tratado de Não-Proliferação das Armas Nucleares.
O Brasil entregou, aí, num pires, para os Estados Unidos, trinta anos de resistência diplomática.
Agora, além disso, os Estados Unidos querem que o Brasil assine um Protocolo adicional ao TNP.
O que daria aos inspetores americanos o direito de vir aqui copiar a tecnologia brasileira de enriquecimento de urânio .
Clique aqui para ler “O New York Times acha que o Irã engabelou o Lula “.
O embaixador Arinos foi contra o Brasil assinar o TNP e mais ainda que o Brasil assine esse protocolo adicional.
- rodrigo
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Não sei qual é o recorde olímpico de tirar o pirulito da boca de criança. Mas o CS fez isso com Brasil e Turquia muito rápido. Até o sargento Garcia ficou corajoso depois dessa vitória de Pirro.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
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- Marino
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Brasil precisa investir na produção de combustível nuclear
19/05/2010
O Brasil precisa fazer os investimentos indispensáveis para ampliar sua produção de combustível nuclear e assim garantir o abastecimento das usinas termonucleares que hoje dependem de importações, disse hoje o ministro das Minas e Energia, Márcio Zimmermann, em palestra proferida na Secretaria de Assuntos Estratégicos.
“Usinas desse tipo são caras para se implantar, mas em compensação têm o custo operacional baixo”, disse, ao se referir às usinas nucleares.
Ele explicou que o Plano Decenal de Expansão de Energia não contempla a entrada em operações de novas usinas nucleares, além da já programada Angra III, porque não há ainda investimentos firmes no país para a produção industrial de combustível nuclear.
Atualmente, as necessidades de combustível nuclear para as usinas de Angra I e Angra II são atendidas por importações. O Ministério de Minas e Energia estuda, no entanto, a localização de pelo menos quatro usinas termonucleares até 2030.
O ministro disse também que o Plano Decenal estima um crescimento econômico de 5,1%, mas que essa ou outras variáveis estão sujeitas a revisões periódicas.
De acordo com ele, o consumo per capita de energia elétrica no Brasil, hoje, é de 2.300 KW/hora, enquanto nos Estados Unidos é de 14 mil, e na Europa, de 7 a 9 mil. “O Brasil tem um caminho muito longo porque o Governo trouxe as pessoas para o século XXI, então será preciso implantar novas usinas”, afirmou.
Para Márcio Zimmermann, o sistema elétrico brasileiro é motivo de orgulho porque é diferente do que normalmente ocorre no resto do mundo. “Diferente porque não tínhamos petróleo fácil, brotando da terra, o que incentiva um país a ter termelétricas a óleo e térmicas a carvão. Assim, acabamos caminhando para a hidroeletricidade, o que formou o DNA do nosso sistema”, explicou.
A hidroeletricidade, segundo o ministro, foi a opção mais racional para o Brasil. Segundo ele, uma hidroelétrica pode durar de 100 a 300 anos, exigindo poucos investimentos para mantê-la funcionando durante todo esse período. Já a termelétrica, por exemplo, até pela degradação do próprio material, não dura mais do que 40 anos, além de ser mais cara.
“A hidroelétrica, além de tudo, é fator de desenvolvimento para os municípios, que têm melhorado seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) com a implantação das usinas”, defendeu. Para o ministro das Minas e Energia, a usina Belo Monte, além de promover o desenvolvimento da região, é a primeira usina do Brasil em que o investidor terá que aplicar R$ 4 bilhões em compensações sócio-ambientais.
O ministro das Minas e Energia também falou sobre a energia eólica, “boa alternativa, mas complementar, não como carro-chefe”. Para construir uma usina eólica na Espanha, e gerar a mesma potência de Belo Monte que custará 14 bilhões de dólares ao Brasil, seriam necessários 32 bilhões de dólares para a construção, mais 1 bilhão de dólares por ano de subsídios.
“O Estado espanhol dá um subsídio de 25 euros por megawatt/hora, por conta daquele meta que a Europa tem que atingir de 20% de energia renovável. Isso significa gastar 30 bilhões de dólares por 30 anos de funcionamento. Com a Belo Monte, serão 14 bilhões para durar de 100 a 300 anos”, comparou.
19/05/2010
O Brasil precisa fazer os investimentos indispensáveis para ampliar sua produção de combustível nuclear e assim garantir o abastecimento das usinas termonucleares que hoje dependem de importações, disse hoje o ministro das Minas e Energia, Márcio Zimmermann, em palestra proferida na Secretaria de Assuntos Estratégicos.
“Usinas desse tipo são caras para se implantar, mas em compensação têm o custo operacional baixo”, disse, ao se referir às usinas nucleares.
Ele explicou que o Plano Decenal de Expansão de Energia não contempla a entrada em operações de novas usinas nucleares, além da já programada Angra III, porque não há ainda investimentos firmes no país para a produção industrial de combustível nuclear.
Atualmente, as necessidades de combustível nuclear para as usinas de Angra I e Angra II são atendidas por importações. O Ministério de Minas e Energia estuda, no entanto, a localização de pelo menos quatro usinas termonucleares até 2030.
O ministro disse também que o Plano Decenal estima um crescimento econômico de 5,1%, mas que essa ou outras variáveis estão sujeitas a revisões periódicas.
De acordo com ele, o consumo per capita de energia elétrica no Brasil, hoje, é de 2.300 KW/hora, enquanto nos Estados Unidos é de 14 mil, e na Europa, de 7 a 9 mil. “O Brasil tem um caminho muito longo porque o Governo trouxe as pessoas para o século XXI, então será preciso implantar novas usinas”, afirmou.
Para Márcio Zimmermann, o sistema elétrico brasileiro é motivo de orgulho porque é diferente do que normalmente ocorre no resto do mundo. “Diferente porque não tínhamos petróleo fácil, brotando da terra, o que incentiva um país a ter termelétricas a óleo e térmicas a carvão. Assim, acabamos caminhando para a hidroeletricidade, o que formou o DNA do nosso sistema”, explicou.
A hidroeletricidade, segundo o ministro, foi a opção mais racional para o Brasil. Segundo ele, uma hidroelétrica pode durar de 100 a 300 anos, exigindo poucos investimentos para mantê-la funcionando durante todo esse período. Já a termelétrica, por exemplo, até pela degradação do próprio material, não dura mais do que 40 anos, além de ser mais cara.
“A hidroelétrica, além de tudo, é fator de desenvolvimento para os municípios, que têm melhorado seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) com a implantação das usinas”, defendeu. Para o ministro das Minas e Energia, a usina Belo Monte, além de promover o desenvolvimento da região, é a primeira usina do Brasil em que o investidor terá que aplicar R$ 4 bilhões em compensações sócio-ambientais.
O ministro das Minas e Energia também falou sobre a energia eólica, “boa alternativa, mas complementar, não como carro-chefe”. Para construir uma usina eólica na Espanha, e gerar a mesma potência de Belo Monte que custará 14 bilhões de dólares ao Brasil, seriam necessários 32 bilhões de dólares para a construção, mais 1 bilhão de dólares por ano de subsídios.
“O Estado espanhol dá um subsídio de 25 euros por megawatt/hora, por conta daquele meta que a Europa tem que atingir de 20% de energia renovável. Isso significa gastar 30 bilhões de dólares por 30 anos de funcionamento. Com a Belo Monte, serão 14 bilhões para durar de 100 a 300 anos”, comparou.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Saiu na Reuters: Diante das ameaças de Marco Aurélio Garcia , EUA pretendem instalar escudo anti-mísseis na Colômbia ou em Honduras .
Brotei no Ventre da Pampa,que é Pátria na minha Terra/Sou resumo de uma Guerra,que ainda tem importância/Sou Raiz,sou Sangue,sou Verso/Sou maior que a História Grega/Eu sou Gaúcho e me chega,p'ra ser Feliz no Universo.
Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Acho que devemos começar a ver estes fatos por outro ângulo. Acho importante entendermos que esta reação americana acaba de abrir espaço para que todos os países signatários do TNP o coloque, no mínimo, sob observação. Se não vejamos: se um país acusado de não estar cumprindo o acordo por não flexibilizar posição em uma questão que o próprio tratado permite que seja feito (enriquecimento à 20%), o que não lhe condena legalmente, e este país se permite abrir para uma hipotetica negociação que levaria talvez à renúncia (ou revisão de objetivos) desse direito soberano e tem mesmo assim seu "gesto" colocado sob suspeita, recebendo em troca sanções, o que pensarão os outros países signatários que possuem tecnologia nuclear em nível similar se não perguntar ""serei eu a próxima vítima?""??? Contam-se nos dedos de uma mão quem tem tecnologia de enriquecimento e não possui a bomba.
Como entender o movimento americano? Na minha opinião de leigo (não sou militar nem nunca fui, não faço parte do governo, não sou da ABIN, nada dessas coisas...), as sanções que querem impor os EUA via ONU, tem por objetivo causar problemas internos no Irã, que desestabilizariam o governo interno, apressando sua caída. Essa é uma tentativa antiga de Washington desde que se instalou naquele país o regime dos Aiatolás. Penso ser muito inocente acreditar que o interesse neste assunto seja apenas uma questão nuclear. Os serviços secretos sabem que o Irã está longe da bomba. O que não é divulgado, intencionalmente ou não, é que a AIEA está no Irã fazendo suas inspeções de rotina e sabem tudo o que se passa por lá. É só ler os relatórios da Agência, não há ressalvas quanto às inspeções das instalações naquele país.
Li aqui, um texto que diz que usinas de urânio natural não são inspecionadas, e que por este caminho é que segue a bomba do Irã. Bem, há controversas. Todo o programa nuclear argentino é baseado em urânio natural e está sob regulação da AIEA. Reatores HWR e CANDU produzem sim plutonio, porém não se pode acusar um país de estar fabricando uma bomba só por possuí-los, caso da Argentina por exemplo. Acho que a análise foi vaga, e sinceramente, é difícil acreditar que alguém esteja repassando informações de serviços secretos e/ou teve acesso irrestrito à estes, para poder afirmar tais coisas.
É preciso compreender que o Brasil não está defendendo o Irã. Está defendendo a si próprio. As mesma acusações sobre a questão nuclear que estão sendo feitas ao Irã poderiam perfeitamente serem feitas ao Brasil. No entanto, o Irã é a "bola da vez" por uma questão estratégica dos EUA. Quando aquela região não for mais "interessante", para onde virarão as "canhoneiras"?? Acho que deixar abrir precedente neste caso é colocar o Brasil na rota de colisão.
[]'s a todos.
Como entender o movimento americano? Na minha opinião de leigo (não sou militar nem nunca fui, não faço parte do governo, não sou da ABIN, nada dessas coisas...), as sanções que querem impor os EUA via ONU, tem por objetivo causar problemas internos no Irã, que desestabilizariam o governo interno, apressando sua caída. Essa é uma tentativa antiga de Washington desde que se instalou naquele país o regime dos Aiatolás. Penso ser muito inocente acreditar que o interesse neste assunto seja apenas uma questão nuclear. Os serviços secretos sabem que o Irã está longe da bomba. O que não é divulgado, intencionalmente ou não, é que a AIEA está no Irã fazendo suas inspeções de rotina e sabem tudo o que se passa por lá. É só ler os relatórios da Agência, não há ressalvas quanto às inspeções das instalações naquele país.
Li aqui, um texto que diz que usinas de urânio natural não são inspecionadas, e que por este caminho é que segue a bomba do Irã. Bem, há controversas. Todo o programa nuclear argentino é baseado em urânio natural e está sob regulação da AIEA. Reatores HWR e CANDU produzem sim plutonio, porém não se pode acusar um país de estar fabricando uma bomba só por possuí-los, caso da Argentina por exemplo. Acho que a análise foi vaga, e sinceramente, é difícil acreditar que alguém esteja repassando informações de serviços secretos e/ou teve acesso irrestrito à estes, para poder afirmar tais coisas.
É preciso compreender que o Brasil não está defendendo o Irã. Está defendendo a si próprio. As mesma acusações sobre a questão nuclear que estão sendo feitas ao Irã poderiam perfeitamente serem feitas ao Brasil. No entanto, o Irã é a "bola da vez" por uma questão estratégica dos EUA. Quando aquela região não for mais "interessante", para onde virarão as "canhoneiras"?? Acho que deixar abrir precedente neste caso é colocar o Brasil na rota de colisão.
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Editado pela última vez por DELTA22 em Qua Mai 19, 2010 11:47 am, em um total de 1 vez.
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Dieneces escreveu:Saiu na Reuters: Diante das ameaças de Marco Aurélio Garcia , EUA pretendem instalar escudo anti-mísseis na Colômbia ou em Honduras .
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Meu Deus...Dieneces escreveu:Saiu na Reuters: Diante das ameaças de Marco Aurélio Garcia , EUA pretendem instalar escudo anti-mísseis na Colômbia ou em Honduras .
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Acho que com exceção da Síria e do Líbano e Iraque, a maioria dos países árabes e muçulmanos do Oriente Médio e Norte de Africa tem sérias reservas acerca do programa nuclear iraniano e tem medo desse país, especialmente a Arábia Saudita.Hader escreveu: A propósito: os países árabes também não vêem com bons olhos uma bomba iraniana.
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Dieneces escreveu:Saiu na Reuters: Diante das ameaças de Marco Aurélio Garcia , EUA pretendem instalar escudo anti-mísseis na Colômbia ou em Honduras .
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
A bem da verdade Delta, o Brasil era até pouco tempo (não sei se continua), o único país que tem uma usina de enriquecimento de urânio inspecionada. Por que todos, os outros países que detinham essa tecnologia eram do clube, isso vc pode confirmar só utilizando o google.
Por sinal, se alguém tentar levantar o programa atomico iraniano desde os primórdios do Xá sempre foi acusado de perseguir a bomba atômica, a "Persia" sempre estaria perto de fazer.
Faltam fontes confiáveis, pela postura da China e Rússia é que veremos o que está certo...
Por sinal, se alguém tentar levantar o programa atomico iraniano desde os primórdios do Xá sempre foi acusado de perseguir a bomba atômica, a "Persia" sempre estaria perto de fazer.
Faltam fontes confiáveis, pela postura da China e Rússia é que veremos o que está certo...
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Russia, China, Holanda, Alemanha, Inglaterra, França, Índia, Pasquistão, Israel, Irã, Argentina e Brasil. Não sei se o Japão, Coréia do Sul e do Norte e África do Sul possuem. Ajudem ai e corrijam a lista, por favor.
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Dieneces escreveu:Saiu na Reuters: Diante das ameaças de Marco Aurélio Garcia , EUA pretendem instalar escudo anti-mísseis na Colômbia ou em Honduras .
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Dieneces escreveu:Saiu na Reuters: Diante das ameaças de Marco Aurélio Garcia , EUA pretendem instalar escudo anti-mísseis na Colômbia ou em Honduras .
Então agora devemos construir os mísseis para nos opormos ao escudo anti-mísseis dos Yankees!!!