MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
O Globo
Entenda por que a arrecadação cresce a taxas ‘chinesas’, mesmo com PIB fraco
Alvaro Gribel
qui., 21 de julho de 2022 7:01 PM
A arrecadação das receitas federais bateu recorde em termos reais no primeiro semestre deste ano e chegou a R$ 1,114 trilhão. Ou seja, mesmo descontando a inflação, o governo arrecadou 11% a mais do que no mesmo período do ano passado, cerca de R$ 110 bilhões.
A explicação do ministro da economia, Paulo Guedes, é de que isso reflete o forte crescimento do PIB. Guedes tem alegado que a atividade econômica no Brasil está “decolando”, enquanto nas maiores economias do mundo o risco é de recessão. Haveria, segundo ele, um descolamento do Brasil em relação às nações desenvolvidas.
Como a projeção para o PIB deste ano, segundo o próprio Ministério da Economia, é de apenas 2%, ou seja, um crescimento fraco, e que há não muito tempo atrás era classificado de “pibinho”, permanece a dúvida sobre como a arrecadação no país pode subir cinco vezes mais, chegando aos dois dígitos.
SAIBA MAIS
Há várias explicações para isso e elas não têm muita relação com o nível de atividade. O olhar por dentro dos números da Receita mostra que a arrecadação do governo federal está disparando especialmente em dois setores: petróleo, incluindo os combustíveis, e financeiro. O primeiro cresce pelo aumento dos preços internacionais e pela desvalorização do real, enquanto o segundo cresce pela alta da taxa Selic.
Para se ter uma ideia, de janeiro a junho deste ano a arrecadação do governo federal com combustíveis subiu 192% já descontada a inflação: de R$ 18 bilhões, em 2021, para R$ 52 bilhões em 2022. Um aumento de R$ 34 bilhões. Com a extração de petróleo e gás, houve mais R$ 4,1 bi. No setor financeiro, o ganho foi maior em R$ 22,47 bilhões. Outro produto ligado ao setor de commodities, como o minério de ferro, rendeu mais R$ 4,5 bilhões aos cofres do governo federal.
Somando isso tudo, o aumento de arrecadação chega R$ 65 bilhões, mais da metade do aumento total que o governo teve de janeiro a junho deste ano (R$ 110 bilhões).
A economista Juliana Damasceno, da Tendências Consultoria, e especialista em contas públicas, aponta um outro fator para esse aumento real, que faz com que o número arrecadado seja o maior da série histórica. A Receita utiliza o IPCA para deflacionar o dado, ou seja, a inflação aos consumidores, mas neste momento os preços no atacado, ou seja, na indústria, estão subindo bem mais. Se de janeiro a junho deste ano, o IPCA subiu 5,49%, o Índice de Preços no Atacado (IPA), dentro do IGP-M, subiu 9,24%.
- Existem problemas com esse dado real. O IPCA mede uma cesta de bens que não necessariamente reflete a nossa arrecadação no momento. Os IGPs, da FGV, são mais sensíveis ao câmbio e as altas nos preços das commodities e da cadeia industrial. Quando esse indicador é usado, a arrecadação real diminui – afirmou.
Não há nada de errado no método usado pela Receita Federal, e a entidade precisa usar a mesma régua que sempre usou na série histórica, que é o IPCA. Neste momento, no entanto, com as commodities turbinando a arrecadação, acontece esse efeito para cima nos dados deste ano.
Juliana explica que o aumento dos juros provoca aumento de arrecadação porque tanto os bancos quanto as empresas crescem os lucros com ganhos de capital. O problema, diz, é que se o governo arrecada mais, por um lado, por outro, os gastos são muito mais elevados com o pagamento de juros da dívida pública. É por isso que as projeções para o chamado déficit nominal do setor público estão em alta. Segundo o Boletim Focus, elas saem 6,7% este ano para 7,6% do PIB no ano que vem. Somente com rolagem da dívida, o Tesouro pode gastar R$ 800 bilhões em 2023, com a Selic estacionada na casa dos 13%.
Do discurso do Ministério da Economia, que atrela arrecadação ao PIB, o que mais para em pé é o aumento da receita previdenciária. Houve crescimento de R$ 15,98 bilhões no primeiro semestre, com um ganho real de 6,52% de um ano para o outro. Isso reflete a melhora no mercado de trabalho, com maior geração de postos com carteira assinada.
Paulo Guedes e sua equipe deveriam despolitizar a divulgação de dados econômicos. Mas, na reta final da campanha eleitoral, ninguém espera que eles façam isso
Entenda por que a arrecadação cresce a taxas ‘chinesas’, mesmo com PIB fraco
Alvaro Gribel
qui., 21 de julho de 2022 7:01 PM
A arrecadação das receitas federais bateu recorde em termos reais no primeiro semestre deste ano e chegou a R$ 1,114 trilhão. Ou seja, mesmo descontando a inflação, o governo arrecadou 11% a mais do que no mesmo período do ano passado, cerca de R$ 110 bilhões.
A explicação do ministro da economia, Paulo Guedes, é de que isso reflete o forte crescimento do PIB. Guedes tem alegado que a atividade econômica no Brasil está “decolando”, enquanto nas maiores economias do mundo o risco é de recessão. Haveria, segundo ele, um descolamento do Brasil em relação às nações desenvolvidas.
Como a projeção para o PIB deste ano, segundo o próprio Ministério da Economia, é de apenas 2%, ou seja, um crescimento fraco, e que há não muito tempo atrás era classificado de “pibinho”, permanece a dúvida sobre como a arrecadação no país pode subir cinco vezes mais, chegando aos dois dígitos.
SAIBA MAIS
Há várias explicações para isso e elas não têm muita relação com o nível de atividade. O olhar por dentro dos números da Receita mostra que a arrecadação do governo federal está disparando especialmente em dois setores: petróleo, incluindo os combustíveis, e financeiro. O primeiro cresce pelo aumento dos preços internacionais e pela desvalorização do real, enquanto o segundo cresce pela alta da taxa Selic.
Para se ter uma ideia, de janeiro a junho deste ano a arrecadação do governo federal com combustíveis subiu 192% já descontada a inflação: de R$ 18 bilhões, em 2021, para R$ 52 bilhões em 2022. Um aumento de R$ 34 bilhões. Com a extração de petróleo e gás, houve mais R$ 4,1 bi. No setor financeiro, o ganho foi maior em R$ 22,47 bilhões. Outro produto ligado ao setor de commodities, como o minério de ferro, rendeu mais R$ 4,5 bilhões aos cofres do governo federal.
Somando isso tudo, o aumento de arrecadação chega R$ 65 bilhões, mais da metade do aumento total que o governo teve de janeiro a junho deste ano (R$ 110 bilhões).
A economista Juliana Damasceno, da Tendências Consultoria, e especialista em contas públicas, aponta um outro fator para esse aumento real, que faz com que o número arrecadado seja o maior da série histórica. A Receita utiliza o IPCA para deflacionar o dado, ou seja, a inflação aos consumidores, mas neste momento os preços no atacado, ou seja, na indústria, estão subindo bem mais. Se de janeiro a junho deste ano, o IPCA subiu 5,49%, o Índice de Preços no Atacado (IPA), dentro do IGP-M, subiu 9,24%.
- Existem problemas com esse dado real. O IPCA mede uma cesta de bens que não necessariamente reflete a nossa arrecadação no momento. Os IGPs, da FGV, são mais sensíveis ao câmbio e as altas nos preços das commodities e da cadeia industrial. Quando esse indicador é usado, a arrecadação real diminui – afirmou.
Não há nada de errado no método usado pela Receita Federal, e a entidade precisa usar a mesma régua que sempre usou na série histórica, que é o IPCA. Neste momento, no entanto, com as commodities turbinando a arrecadação, acontece esse efeito para cima nos dados deste ano.
Juliana explica que o aumento dos juros provoca aumento de arrecadação porque tanto os bancos quanto as empresas crescem os lucros com ganhos de capital. O problema, diz, é que se o governo arrecada mais, por um lado, por outro, os gastos são muito mais elevados com o pagamento de juros da dívida pública. É por isso que as projeções para o chamado déficit nominal do setor público estão em alta. Segundo o Boletim Focus, elas saem 6,7% este ano para 7,6% do PIB no ano que vem. Somente com rolagem da dívida, o Tesouro pode gastar R$ 800 bilhões em 2023, com a Selic estacionada na casa dos 13%.
Do discurso do Ministério da Economia, que atrela arrecadação ao PIB, o que mais para em pé é o aumento da receita previdenciária. Houve crescimento de R$ 15,98 bilhões no primeiro semestre, com um ganho real de 6,52% de um ano para o outro. Isso reflete a melhora no mercado de trabalho, com maior geração de postos com carteira assinada.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
O Auxílio Brasil vai ser um problema para o ano que vem. Devemos cumprir o teto de gastos (infelizmente não foi cumprido neste ano). Foi uma emenda constitucional das mais importantes pois o país é patrimonialista.
Entretanto os valores dos alimentos, se tiverem redução, será pequena. Portanto, na minha opinião, fazer voltar aos R$400 o Auxílio prejudicaria as famílias beneficiárias para o sustento do básico.
https://www.estadao.com.br/economia/jai ... reeleicao/
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Veja o absurdo. Hoje, uma empregada doméstica que trabalha meio turno com base no piso regional, vai ganhar a mesma coisa que o "bolsa esmola" até o fim do ano....se fosse eu, ficava coçando saco e pegando uns trocos do governo, fazendo um bico aqui e ali. "Quem te viu, quem te vê"...antes era o bolsa esmola com fins eleitorais...o que mudou?knigh7 escreveu: Dom Jul 24, 2022 9:05 pm O Auxílio Brasil vai ser um problema para o ano que vem. Devemos cumprir o teto de gastos (infelizmente não foi cumprido neste ano). Foi uma emenda constitucional das mais importantes pois o país é patrimonialista.
Entretanto os valores dos alimentos, se tiverem redução, será pequena. Portanto, na minha opinião, fazer voltar aos R$400 o Auxílio prejudicaria as famílias beneficiárias para o sustento do básico.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Ou é 171, claro.
Precedente não falta.
Mas já é charla para o SMEoS.
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P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Aleluia
https://g1.globo.com/am/amazonas/notici ... o-am.ghtmlIBAMA emite licença prévia para reconstrução do trecho do meio da BR-319, no AM
A rodovia é a única ligação terrestre do Amazonas com as demais regiões do Brasil.
Por g1 AM
28/07/2022 20h21 Atualizado há 2 horas
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) emitiu uma licença prévia para a reconstrução do trecho do meio da rodovia BR-319, no Amazonas, nesta quinta-feira (28). O ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, anunciou a licença prévia por meio de redes sociais.
A rodovia é a única ligação terrestre do Amazonas com as demais regiões do Brasil.
BR-319: Rodovia que liga Manaus a Porto Velho está praticamente intrafegável há mais de 30 anos
"Resultado da coragem e do trabalho técnico da nossa área ambiental e do DNIT. Alinhando engenharia e respeito ao meio ambiente, vamos tirar a sociedade do Amazonas do isolamento", disse o ministro na publicação.
A licença prévia, com a data desta quinta-feira (28) e validade de cinco anos, foi destinada para o Departamento Nacional de Transportes (DNIT), que deve fazer os trabalhos de reconstrução do trecho do meio da rodovia.
O departamento já tentava conseguir a licença para início da recuperação de 405 km que correspondem ao trecho do meio da BR-319, há 15 anos.
Em agosto deste ano, uma cratera se abriu e interditou a rodovia BR-319, quando o asfalto cedeu na altura do quilômetro 29.
BR-319
Inaugurada em 1976, a BR-319 é a única rodovia que liga Manaus a Porto Velho e é conhecida pelas péssimas condições. Tem mais de 800 quilômetros de extensão, porém somente os segmentos localizados próximos às capitais estão asfaltados.
Há trechos não pavimentados que causam prejuízos a quem necessita trafegar pela estrada. As alternativas à rodovia são o transporte aéreo ou por barco, em uma viagem que dura quase uma semana.
A rodovia possui trechos danificados e não tem pavimentação em quase toda a sua extensão, o que provoca atoleiros "gigantes" no período chuvoso. Já no período de estiagem, os motoristas reclamam de outros problemas: buracos e poeira.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Essa empregada doméstica que ganha R$600/mês tem filho? 1? Não vai ter direito ao Auxílio Brasil. Tem marido e 1 filho? O marido está desempregado? Recebe Seguro-Desemprego? Não vai ter direito ao Auxilio Brasil. O marido está desempregado sem Seguro-Desemprego e tem 1 filho? Vai ter direito. Acha que uma pessoa que recebe R$600 de Auxílio Brasil, numa família composta de 3 vai abandonar uma outra renda de R$600? Ela mal vai conseguir alimento para os 3 pois a cesta básica, por exemplo, aqui em São Paulo já passou de R$300/pessoa e no resto do país não deve ser muito diferente. O custo da alimentação aumentou de forma importante neste ano.Matheus escreveu: Seg Jul 25, 2022 4:28 pm
Veja o absurdo. Hoje, uma empregada doméstica que trabalha meio turno com base no piso regional, vai ganhar a mesma coisa que o "bolsa esmola" até o fim do ano....se fosse eu, ficava coçando saco e pegando uns trocos do governo, fazendo um bico aqui e ali. "Quem te viu, quem te vê"...antes era o bolsa esmola com fins eleitorais...o que mudou?
Só tem direito ao Auxílio Brasil a família que tenha renda de até R$210/pessoa:
https://www.caixa.gov.br/programas-soci ... fault.aspx
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Marido (sem oficializar e desempregado), 1 filho. Larga o emprego de 700 reais (se largou não tem seguro desemprego). Ano que vem (devem aprovar mais alguma gambiarra na CF), pega os 600. Marido pega tb. Faz mais uns bicos e ficam os dois em casa. É possível? Falavam mal do bolsa esmola, estado inchado, imposto alto e agora defendem? estranho. Aliás, de onde sairão magicamente esses 150 bilhões extras no orçamento? Vão imprimir dinheiro ou cobrar mais impostos?knigh7 escreveu: Qui Jul 28, 2022 11:09 pmEssa empregada doméstica que ganha R$600/mês tem filho? 1? Não vai ter direito ao Auxílio Brasil. Tem marido e 1 filho? O marido está desempregado? Recebe Seguro-Desemprego? Não vai ter direito ao Auxilio Brasil. O marido está desempregado sem Seguro-Desemprego e tem 1 filho? Vai ter direito. Acha que uma pessoa que recebe R$600 de Auxílio Brasil, numa família composta de 3 vai abandonar uma outra renda de R$600? Ela mal vai conseguir alimento para os 3 pois a cesta básica, por exemplo, aqui em São Paulo já passou de R$300/pessoa e no resto do país não deve ser muito diferente. O custo da alimentação aumentou de forma importante neste ano.Matheus escreveu: Seg Jul 25, 2022 4:28 pm
Veja o absurdo. Hoje, uma empregada doméstica que trabalha meio turno com base no piso regional, vai ganhar a mesma coisa que o "bolsa esmola" até o fim do ano....se fosse eu, ficava coçando saco e pegando uns trocos do governo, fazendo um bico aqui e ali. "Quem te viu, quem te vê"...antes era o bolsa esmola com fins eleitorais...o que mudou?
Só tem direito ao Auxílio Brasil a família que tenha renda de até R$210/pessoa:
https://www.caixa.gov.br/programas-soci ... fault.aspx
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
O marido não poderia ganhar muito diferente da sua hipótese pois numa renda familiar baixa, com filho para sustentar, ninguém abriria mão de R$200, R$300 a mais para receber o Auxílio Brasil. Então a probabilidade desse caso hipotético seria baixa.Matheus escreveu: Sex Jul 29, 2022 12:33 amMarido (sem oficializar e desempregado), 1 filho. Larga o emprego de 700 reais (se largou não tem seguro desemprego). Ano que vem (devem aprovar mais alguma gambiarra na CF), pega os 600. Marido pega tb. Faz mais uns bicos e ficam os dois em casa. É possível? Falavam mal do bolsa esmola, estado inchado, imposto alto e agora defendem? estranho. Aliás, de onde sairão magicamente esses 150 bilhões extras no orçamento? Vão imprimir dinheiro ou cobrar mais impostos?knigh7 escreveu: Qui Jul 28, 2022 11:09 pm
Essa empregada doméstica que ganha R$600/mês tem filho? 1? Não vai ter direito ao Auxílio Brasil. Tem marido e 1 filho? O marido está desempregado? Recebe Seguro-Desemprego? Não vai ter direito ao Auxilio Brasil. O marido está desempregado sem Seguro-Desemprego e tem 1 filho? Vai ter direito. Acha que uma pessoa que recebe R$600 de Auxílio Brasil, numa família composta de 3 vai abandonar uma outra renda de R$600? Ela mal vai conseguir alimento para os 3 pois a cesta básica, por exemplo, aqui em São Paulo já passou de R$300/pessoa e no resto do país não deve ser muito diferente. O custo da alimentação aumentou de forma importante neste ano.
Só tem direito ao Auxílio Brasil a família que tenha renda de até R$210/pessoa:
https://www.caixa.gov.br/programas-soci ... fault.aspx
Eu havia escrito nessa página acima que eu defendo a manutenção do teto de gastos. Ou seja, a questão é com o que o orçamento seria gasto e não um gasto maior:
knigh7 escreveu: Dom Jul 24, 2022 9:05 pm O Auxílio Brasil vai ser um problema para o ano que vem. Devemos cumprir o teto de gastos (infelizmente não foi cumprido neste ano). Foi uma emenda constitucional das mais importantes pois o país é patrimonialista.
Entretanto os valores dos alimentos, se tiverem redução, será pequena. Portanto, na minha opinião, fazer voltar aos R$400 o Auxílio prejudicaria as famílias beneficiárias para o sustento do básico.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Duvido derrubarem esse novo BF ano que vem, independente de quem for eleito.
[]´s
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Chega ser engraçado a defesa pelo auxílio-emergencial (que não é mais emergencial) nesse valor pelo pessoal que outrora chamava de bolsa esmola com fins eleitoreiros (eu inclusive) e que, ao mesmo tempo, defende a redução de impostos e do Estado. Hoje, diferentemente de antes, eu acho válido esse benefício (desde que não cause uma desestruturação econômica, como está acontecendo), bem como cotas em universidades (negros e escola pública), restaurante popular (essa eu acho a melhor iniciativa), etc....o tal welfare state que o @Túlio abomina ...só da forma como está a matriz tributária, estamos tirando dinheiro da classe média e do pobre (seja por inflação ou por tributo) pra transferir via auxílio para os extremamente pobres. A continuar assim, uma hora a bomba estoura aqui tb.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Matheus escreveu: Sex Jul 29, 2022 1:44 pm Chega ser engraçado a defesa pelo auxílio-emergencial (que não é mais emergencial) nesse valor pelo pessoal que outrora chamava de bolsa esmola com fins eleitoreiros (eu inclusive) e que, ao mesmo tempo, defende a redução de impostos e do Estado.
Diria que não é para mim, eis que minha posição a respeito já foi dita e repetida desde meus primeiros anos aqui no DB: não defendo "auxílios", "cotas" nem nada dessas besteiras WOKE que só destroem a competitividade. Já estado mínimo é IMPERATIVO e com ele a redução de impostos é simples consequência natural. Outra é o inevitável aumento da produtividade pois, se não tem a muleta estatal, negócio é ralar para ganhar mais.
Matheus escreveu: Sex Jul 29, 2022 1:44 pm Hoje, diferentemente de antes, eu acho válido esse benefício (desde que não cause uma desestruturação econômica, como está acontecendo), bem como cotas em universidades (negros e escola pública), restaurante popular (essa eu acho a melhor iniciativa), etc....
Por que será? Com essa não duvido que baixar (ou subsidiar) taxas de juros pra aumentar o consumo (de iPhone e tv 4K) deve ser outro must pra ti, índio véio...
UMA DÚVIDA: por que só universidades (de onde a maioria sai para fazer concurso público e, se der ruim, dirigir Uber ou trabalhar no McDonald's), o que tens contra Escolas Técnicas com estágios remunerados?
UMA DÚVIDA: por que só universidades (de onde a maioria sai para fazer concurso público e, se der ruim, dirigir Uber ou trabalhar no McDonald's), o que tens contra Escolas Técnicas com estágios remunerados?
E vou abominar SEMPRE! Olhes a conta chegando, lá na terra onde isso é praticado com o maior entusiasmo (União Europeia).
Matheus escreveu: Sex Jul 29, 2022 1:44 pm só da forma como está a matriz tributária, estamos tirando dinheiro da classe média e do pobre (seja por inflação ou por tributo) pra transferir via auxílio para os extremamente pobres. A continuar assim, uma hora a bomba estoura aqui tb.
Me digas QUANDO não foi assim aqui; se achares (mas não tipo disse-me-disse da Lame$tream) me avises, para que eu possa fazer a ressalva "exceto naquele tempo". Qualquer coisa keynesiana vai ser sempre igual nesse ponto, diz-se "TAX THE RICH" querendo dizer "MAIS PUA NA CLASSE MÉDIA"; daí os verdadeiros ricos o ficam ainda mais, a CM descamba mais um pouco e o pobre recebe as migalhas de sempre.
Aliás, isso de TTR foi tentado na Argentina, e todos estamos vendo no que deu: o gro$$o do tutu evaporou para outras paragens, e com ele miles de empregos bem pagos (e outros nem tanto, mas é melhor do que não ter), empresas fecharam/se mudaram, é sempre este o fim do mais bem-intencionado dos modelos keynesianismos.
O estado (moderno) que quiser sobreviver ao que vem por aí vai ter que voltar às origens (repito um exemplo: Brasil Independente 200 anos, IRPF 100 anos: viviam do que antes?), quando vivia de Senhoriagem (no Brasil além disso, tinha muito também a exploração de pequenos produtores e comerciantes por "otoridades locais") e para isso não tem outro jeito senão gastar menos do que ganha (logo, "enxugar a máquina").
Aliás, isso de TTR foi tentado na Argentina, e todos estamos vendo no que deu: o gro$$o do tutu evaporou para outras paragens, e com ele miles de empregos bem pagos (e outros nem tanto, mas é melhor do que não ter), empresas fecharam/se mudaram, é sempre este o fim do mais bem-intencionado dos modelos keynesianismos.
O estado (moderno) que quiser sobreviver ao que vem por aí vai ter que voltar às origens (repito um exemplo: Brasil Independente 200 anos, IRPF 100 anos: viviam do que antes?), quando vivia de Senhoriagem (no Brasil além disso, tinha muito também a exploração de pequenos produtores e comerciantes por "otoridades locais") e para isso não tem outro jeito senão gastar menos do que ganha (logo, "enxugar a máquina").
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Matheus escreveu: Sex Jul 29, 2022 1:44 pm Chega ser engraçado a defesa pelo auxílio-emergencial (que não é mais emergencial) nesse valor pelo pessoal que outrora chamava de bolsa esmola com fins eleitoreiros (eu inclusive) e que, ao mesmo tempo, defende a redução de impostos e do Estado. Hoje, diferentemente de antes, eu acho válido esse benefício (desde que não cause uma desestruturação econômica, como está acontecendo), bem como cotas em universidades (negros e escola pública), restaurante popular (essa eu acho a melhor iniciativa), etc....o tal welfare state que o @Túlio abomina ...só da forma como está a matriz tributária, estamos tirando dinheiro da classe média e do pobre (seja por inflação ou por tributo) pra transferir via auxílio para os extremamente pobres. A continuar assim, uma hora a bomba estoura aqui tb.
O Auxilio Emergencial, de R$600,00 cujos critérios eram bem mais abrangentes (1) começou a ser pago em abril de 2020. A cesta básica em São Paulo, nesse mesmo mês era de R$556,25:
https://www.em.com.br/app/noticia/econo ... irus.shtml
A cesta básica aqui, como já havia informado, mês passado estava em R$1.226,00:
https://g1.globo.com/jornal-da-globo/no ... eese.ghtml
Ou seja, a cesta básica teve um aumento de 120% entre abril de 2020 e junho de 2022. Os R$600 que virá como Auxílio no mês é cerca de R$275,00 em alimentação naquela época.
Vale repetir que os critérios de concessão do Auxílio Brasil são muito restritos (2). São para famílias com renda per capta muito baixa mesmo, insuficiente para a alimentação
(1)
(2)
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Nova PIADA do Nubank & "clientes": o "banco" é uma piada por si só, baita PONZI:
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