NOTÍCIAS POLÍTICAS

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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#8431 Mensagem por mmatuso » Qua Dez 24, 2014 1:19 pm

Pois é, a dentuça será para o PT o que o FHC foi para o PSDB.

Afundou o partido em nível nacional e já começa com um governo mediócre.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#8432 Mensagem por Bourne » Qua Dez 24, 2014 1:52 pm

O trabalho de destruir o tucanato por dentro foi do José Serra. No segundo governo, o FHC virou a rainha da Inglaterra, fazia presença na lojinha, mas não mandava em nada e questionado por todos os lados. Não era sombra do poder que tinha durante o governo Itamar e primeiro governo.

A Dilma no primeiro mandato tentou entregar uma coisa diferente e fracassou. As reformas e medidas duras não saíram do papel, a popularidade foi torrada com a inabilidade da Presidente e escandá-los atuais. Por exemplo, a diretoria da Petrobrás tinha que ter sido demitida. Goste ou não, certo ou não, eles já eram e deixe o mar levar. Nada indica que vá melhorar.

O novo ministério mostra fraqueza externa e discordância interna em relação a política dilmista. Nada de novo. É o mesmo problema presente em 2012 e durante a eleição.

Os camaradas ultra petistas e ultra progressistas dizem que se sentem traídos. Provavelmente, eles não acompanham o governo nos últimos quatro anos ou acompanham pela imprensa séria, só lembram deles quando começa a campanha.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#8433 Mensagem por Clermont » Qui Dez 25, 2014 12:12 pm

O papo de Bolsonaro e Joaquim Barbosa no ônibus.

Leandro Mazzini - COLUNA DA ESPLANADA - 25.12.14.

O deputado federal Jair Bolsonaro e o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa encontraram-se, de pé, nos fundos de um ônibus da Infraero, que os levava para o avião de um voo Rio (Santos Dumont) – Brasília.

Extrovertido, o federal tentou puxar papo, mas Barbosa, embora simpático, foi lacônico.

Eis o diálogo, não ipsis litteris, mas com teor real, ocorrido há duas semanas:

- E o ‘Petrolão’, ministro, o que acha? – provocou Bolsonaro.

- Se não fizeram a reforma política, vem mais por aí. Vocês [Congresso] não votam.

- E qual a melhor reforma política para o senhor?

- A que inclui o voto distrital, por exemplo – sentencia Barbosa.

- Mas aí o senhor me f... porque tive votos no estado [Rio] todo – ri Bolsonaro.

Ainda segundo testemunha, Barbosa avisou que ‘a culpa é do sistema’, sobre a sucessão de escândalos de corrupção no país.

Depreende-se do episódio um dos motivos pelos quais os congressistas não querem mudar regra alguma do atual sistema.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#8434 Mensagem por Marechal-do-ar » Qui Dez 25, 2014 3:19 pm

O voto distrital também traz um risco e derrota completamente a função da câmara dos deputados:
- As minorias seriam esquecidas.

Sei que alguns não gostam dos Bolsonaros e nem dos Jean Willys que estão no congresso, mas isso faz parte da democracia, eles estão lá porque alguns gostam deles, eles representam suas respectivas minorias e, assim como as minorias que representam, são minorias na câmara, o que um Bolsonaro sozinho pode fazer? O que o Jean Willys sozinho pode fazer? Eles podem no máximo propor, e essa proposta tem que ser aprovada pelos outros 500 deputados.

Há coisas que podem ser reformadas na câmara, o quociente eleitoral faz pouco sentido elegendo candidatos com visões totalmente opostas, seria mais lógico o voto de um deputado ter força proporcional aos votos que recebeu, com algum limite para evitar abusos, e também faria mais sentido a eleição ser pelo Brasil inteiro e não por estado, há minorias que não estão concentradas em uma localização geográfica.

O senado hoje é o oposto, onde, basicamente, só a opinião dominante tem voz, as vezes com uma segunda opinião mas é só, minorias dificilmente tem qualquer representação no senado.
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
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#8435 Mensagem por Clermont » Sex Dez 26, 2014 11:18 am

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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#8436 Mensagem por Clermont » Sáb Dez 27, 2014 9:44 am

Declínio de uma Família Política Abre o Caminho para Mudanças no Brasil.

As poderosas dinastias brasileiras dão sinais de desgaste.

Por Simon Romero - The New York Times - 26.12.14.

O tributo é generoso. Entrando no Convento das Mercês, construído em 1654, uma joia colonial restaurada com grande elegância, nos são apresentados os feitos de José Sarney, ex-presidente do Brasil e líder de uma dinastia política que dominou o vasto estado nordestino do Maranhão por 50 anos.

Um documentário mostra Sarney como o governador de bastos bigodes que tirou o Maranhão do isolamento econômico nos anos 1960. As fotografias o captam presidindo a transição do Brasil para o governo civil nos anos 1980. Uma coleção de títulos, como O Dono do Mar, mostra suas realizações de estadista-romancista.

Fora do Convento das Mercês, sede da fundação financiada pelo Estado que divulga a figura de Sarney, os habitantes apontam as marcas da família espalhadas por toda a capital, São Luís.

Se estiver procurando um lugar para morar, pense no bairro de Vila Sarney, brincam. Um hospital? Lá está a Maternidade Marly Sarney. Quer dar uma olhada em um livro? Procure na Biblioteca José Sarney. Precisa ir ao centro? Pegue a Ponte José Sarney.

E se tiver problemas, poderá sempre ajuizar uma ação - no Tribunal Sarney Costa.

Mas toda a celebração visível de Sarney contrasta com a opinião que o povo do Maranhão e do resto do país tem hoje do patriarca, de 84 anos, e de seus descendentes.

Os eleitores expulsaram os políticos leais a Sarney no Maranhão nas eleições em outubro, e Sarney, durante muito tempo um dos homens mais poderosos do Brasil de seu lugar sagrado no Senado, anunciou que não tentará a reeleição, abrindo possivelmente o caminho para uma das mais profundas mudanças na política brasileira nos últimos anos.

“Os últimos grandes ‘coronéis’ do Brasil finalmente estão em declínio”, disse Rodrigo Lago, advogado e ativista do movimento em favor da transparência.

“Se o Maranhão pode mudar, também será possível controlar as oligarquias de outros estados deste país”, acrescentou.

As poderosas dinastias brasileiras começam a dar sinais de desgaste. Na Paraíba, o filho de Ronaldo Cunha Lima, ex-governador que ignominiosamente atirou em seu predecessor num restaurante lotado em 1993 e nunca foi condenado pela tentativa de assassinato, este ano perdeu a eleição para governador.

Do mesmo modo, os eleitores impediram recentemente que o filho de Jader Barbalho - poderoso senador com um império de mídia regional que há muito tempo contesta as acusações de corrupção - fosse eleito governador do Pará.

Evidentemente, as poderosas famílias de políticos têm uma enorme capacidade de recuperação, e as dinastias podem sempre voltar à cena. Em Alagoas, um dos estados mais pobres do Brasil, o filho de 34 anos de Renan Calheiros, o presidente do Senado brasileiro, acaba de ser eleito governador.

A presidente Dilma Rousseff, embora pertença ao Partido dos Trabalhadores, não tem outra escolha senão fazer alianças com partidos de centro ou conservadores, alguns deles liderados por chefões políticos da velha escola.

Mas aqui no reduto dos Sarney no Maranhão, muitos confiam na chance de finalmente virar esta página.

“Estamos cansados dos Sarney, que se perpetuaram no poder só para enriquecer”, disse Sueli Celeste, 48, secretária de uma escola perto do Convento das Mercês no centro histórico de São Luís, onde ainda há numerosos casarões em estado total de abandono.

“Esconda seu celular quando passar por aqui”, ela aconselhou. “Os viciados em crack poderão roubá-lo se o virem tirando fotos”.

É fácil perceber as raízes do ressentimento. O Maranhão continua sendo um dos estados mais pobres do Brasil, e muitos dos seus habitantes tentam sobreviver trabalhando na roça.

Enquanto isso, a família Sarney conseguiu amealhar um enorme patrimônio com inúmeros veículos de comunicações, inclusive o jornal O Estado do Maranhão e a TV Mirante, afiliada da rede Globo, o que permite ao clã comemorar suas realizações e atacar seus críticos.

“A imprensa exalta continuamente os grandes feitos de hoje e de ontem de Sarney e dos seus aliados”, disse Sean Mitchell, antropólogo da Rutgers University, que realizou uma ampla pesquisa no Maranhão. “Apesar disso, o nível dos serviços públicos fornecidos pela família Sarney e seus aliados no governo é terrível”.

O Maranhão é o penúltimo entre os 26 estados do Brasil no Índice de Desenvolvimento Humano das Nações, uma medida abrangente de fatores como educação, renda e expectativa de vida.

Em sua coluna de domingo no Estado do Maranhão, o jornal da família Sarney, o ex-presidente escreveu que o índice foi criado como uma estratégia dos “países imperialistas” para explorar os pontos fracos do mundo em desenvolvimento.

“É o índice de que se vangloriam quando querem falar mal do Brasil e pior do Maranhão”, disse. (Na realidade, o índice foi criado por um cientista indiano, vencedor do Prêmio Nobel, ex-ministro das Finanças do Paquistão.)

Flávio Dino, ex-juiz e membro do Partido Comunista do Brasil, venceu a disputa para governador em outubro contra o candidato aliado da família Sarney, com uma campanha baseada na melhoria do padrão de vida.

Sarney nasceu numa cidadezinha do interior do Maranhão em 1930, e seu nome completo é José Ribamar Ferreira de Araújo Costa. Ele acrescentou ao seu o nome do pai, porque soava como estrangeiro, Sarney, e o transformou num sobrenome, ao começar uma carreira política que encontra poucos paralelos no Brasil.

Defensor do golpe de 64 que deu início à ditadura militar, ele enriqueceu durante o governo autoritário, antes de se destacar, em 1984, como vice na chapa de Tancredo Neves, que liderou a restauração da democracia no Brasil. Eleito presidente em 1985, Tancredo morreu de complicações após uma cirurgia intestinal antes da posse, abrindo o caminho para a ascensão de Sarney ao poder.

Sarney, cujos assessores informaram que não estaria disponível para uma entrevista, deixou o cargo em 1990 com um índice de aprovação de apenas 14%, entre críticas ferozes sobre sua gestão da economia. Na época, o Brasil tinha uma inflação anual de 1.765%.

Então Sarney se reinventou como senador, representando o Amapá, um território do Amazonas, transformado em estado em 1991, e supervisionando o crescimento do império da mídia da família e o ingresso dos filhos na política. Destacou-se novamente ao longo da última década como presidente do Senado, contestando as acusações de nepotismo e corrupção.

Sua filha, Roseana, ex-governadora do Maranhão, é celebrada nas páginas do jornal da família (uma foto na primeira página a mostrava em novembro dedilhando um violão numa visita a uma escola). Mas seu último ano no cargo foi afetado pela crise provocada por uma revolta nas cadeias envolvendo decapitações e notícias de que gangues estupravam as esposas dos detentos durante as visitas íntimas.

Alegando razões de caráter pessoal, Roseana renunciou este mês, quando faltava apenas uma semana para encerrar seu último mandato, evitando assim a cerimônia de transferência da faixa de governador ao seu sucessor, no dia 1º de janeiro. Ao mesmo tempo, uma testemunha arrolada num enorme escândalo de suborno que envolve a Petrobrás a vinculou ao esquema. Roseana, que desmentiu as acusações, também não quis ser entrevistada.

No Maranhão, há querm duvide que a família Sarney agora queira relaxar e limitar-se a observar seus adversários deterem o poder. Na realidade, Roseana perdeu o cargo de governadora anteriormente, depois da eleição de um governador da oposição em 2006.

Mas ele foi destituído por causa das críticas veiculadas pela mídia controlada pelos Sarney que o ligaram à compra de votos, permitindo que Roseana voltasse para retomar o seu lugar.

Seu pai, o patriarca da família, ainda resiste no final de sua longa carreira política. Em sua coluna dos domingos ele escreveu sobre “o novo Maranhão”, contando que o estado se assemelhava “a um corpo sem cabeça”, antes de ele se tornar governador, nos anos 1960.

“A geração de hoje não tem nenhuma noção daquela luta; a maior vitória foi mudar a mentalidade do Maranhão”, disse Sarney. “Foi tão grande que produziu um presidente da república, e o Maranhão se destacou como um dos estados mais importantes do país”.


(Tradução de Anna Capovilla)
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#8437 Mensagem por Bourne » Dom Dez 28, 2014 6:21 am

Prestação de contas da Dona Gilma



Por que o pessoal anda muito sério.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#8438 Mensagem por Clermont » Dom Dez 28, 2014 10:14 am

Em busca do fio-terra.

O governo que se empossa no primeiro dia do ano, embora, na aparência, sob o mesmo comando, é bem diferente do que sai. Seu desafio não é a oposição, mas a sua base.

Ruy Fabiano - Blog do Noblat - 27/12/2014.

Dos 39 ministérios criados na Era PT, menos da metade corresponde a uma demanda administrativa real. A maioria, como se sabe, atende apenas às demandas fisiológicas do governo, decorrentes do que se passou a chamar presidencialismo de coalizão.

Poderiam perfeitamente integrar – como aliás integravam - as estruturas ministeriais preexistentes.

Os que efetivamente importam não são muitos: área econômica (Fazenda, Planejamento, Previdência Social); área política (Justiça, Casa Civil); infraestrutura (Transportes, Desenvolvimento Industrial, Agricultura, Minas e Energia, Cidades); Defesa (Exército, Marinha, Aeronáutica); área social (Trabalho, Saúde), além de Educação e Ciência e Tecnologia, cuja ação envolve e influi em diversas pastas.

Para entender o segundo governo Dilma, o que importa é analisar os nomes escalados para esses setores. Nem todos foram escolhidos. Mas, dos que já foram anunciados nas áreas vitais – de que dependem todos os outros –, constata-se que formou um governo defensivo. Defensivo de si mesmo.

Os setores de ponta da economia e do desenvolvimento – Fazenda, Planejamento, Agricultura e Desenvolvimento Industrial – foram entregues a nomes que expressam a mais sólida ortodoxia.

Joaquim Levy (Fazenda, discípulo de Armínio Fraga), Nélson Barbosa (Planejamento), Agricultura (Kátia Abreu) e Armando Monteiro (Desenvolvimento Industrial) integrariam, sem a menor estranheza, um governo liberal ao estilo do DEM. Alguns seriam ortodoxos demais para um governo tucano.

O que isso significa? O óbvio: para consertar os estragos de um governo heterodoxo, de feição petista, a presidente teve que recorrer a seus antípodas ideológicos, reconhecendo que o ideário de seu partido tem a fórmula da doença, mas não a do remédio. O fio terra definitivamente não está no PT.

A crise econômica imporá correções de rumo, cuja bússola está com os adversários, chamados emergencialmente à operação-resgate. A militância petista não gostou e já manifestou sua contrariedade de diversas formas. Houve até uma invasão do MST à sede da CNA, no dia da posse de sua presidente Kátia Abreu, a que compareceu a presidente Dilma Rousseff, para convocá-la.

Kátia simboliza o agronegócio, que tem sido há anos a tábua de salvação da economia, garantindo sucessivos superávits na balança comercial. O êxito, no entanto, não significa nada para a militância, que prefere o fracasso com coerência ideológica. Mas Dilma sabe que o discurso ideológico cai bem nos palanques, mas na vida real, movida a resultados, costuma ser cúmplice de desastres.

Joaquim Levy não é também um amante da ideologia. Seu credo são os números. Sabe que dois mais dois são quatro e que a aritmética não é de esquerda, nem de direta. Simplesmente é. Tudo depende da lógica contábil do deve e do haver. Não havendo, não se faz; havendo, avalia-se, escolhe-se, faz-se ou não. Sempre depende.

Essa lógica elementar foi desafiada na gestão Mantega e empurrou o país para a beira do precipício. Dilma não teve escolha: teve que pedir socorro à direita para desentortar o país.

O governo que se empossa no primeiro dia do ano, embora, na aparência, sob o mesmo comando, é bem diferente do que sai. Seu grande desafio não estará apenas na oposição – que dá sinais de ressurgimento -, mas em sua própria base.

E talvez essa seja a pior. O PSDB jamais sabotou as boas iniciativas da Era Lula – e, por isso, foi muito criticado. Mas a turma do MST, MTST, CUT e os partidos-satélites do PT (PSOL, PSTU, PCdoB etc.) são capazes de tudo, inclusive de sabotar seus próprios aliados.

Esse cenário já é em si assustador. Mas, correndo por fora, há ainda o Petrolão e as inevitáveis – e já anunciadas – CPIs da Petrobras, do PAC, do BNDES e outras do gênero. O governo, que perdeu aliados no Congresso recém-eleito, ainda tem maioria, mas já não há (sem trocadilho) combustível para controlá-la.

Num ambiente de crise econômica, arrocho salarial e escândalos, soa como ironia desejar aos que se empossam um feliz ano novo. Mas é o que resta fazer – e desejar. Sonhar é (também) cultura, já dizia Jung.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#8439 Mensagem por kirk » Seg Dez 29, 2014 2:15 pm

BRASIL, CASSE A CONCESSÃO DA PILHAGEM
Caros inocentes úteis, o roubo não é a velha esperteza de oportunistas. É um projeto de poder

GUILHERME FIUZA
Revista Época


Um deputado do PT propôs transformar as manifestações golpistas em crime hediondo. Pulemos o registro da demagogia e da desonestidade intelectual, porque isso já é intrínseco ao modus operandi do partido. O que vale registrar é a tática definida daqui para a frente contra o cerco do petrolão: construir uma narrativa de injustiça contra os defensores do oprimido. O governo popular acabou. Iniciará uma Presidência-fantasma em 1º de janeiro, com sua credibilidade apodrecida e um único objetivo: não ser enxotado pelo impeachment. Não será fácil.

A bravata do tal deputado fica no terreno do folclore. Cultivar o fantasma do golpe é um dos truques preferidos dos companheiros. É bem verdade que eles têm o plano – e aí não é folclore – de controlar a imprensa, com o mesmo argumento de que a burguesia quer derrubar o governo popular a golpes de manchete. Se Chávez, Kirchner e sua turma conseguiram, por que não tentar no Brasil? Enquanto isso, aproveitam para dizer que os protestos contra o governo podre são atos pela volta da ditadura.

Não percamos mais tempo com isso. O grande herdeiro da ditadura militar no Brasil é o PT. Tanto Dilma quanto os mensaleiros vivem eternamente da mitologia da resistência aos milicos, um heroísmo canastrão do qual extrairão até a última gota de propaganda maniqueísta. As redes sociais do Planalto não param de espalhar releases e notinhas sobre os anos de chumbo e os valentes mocinhos da época – viraram os bandidos de hoje, mas essa parte não aparece no release. O PT ama a ditadura militar. Vive dela.

Essa é a parte mais tosca da estratégia de resistência – não mais aos militares, mas aos democratas que querem seu dinheiro roubado de volta. A parte não tão tosca do plano é a que ultrapassa a militância para contar com os inocentes úteis, uma classe em franca expansão no Brasil, para alegria dos companheiros. Entre as vozes a favor, que defendem Dilma para se sentir progressistas (não é piada, elas existem aos montes), surge o postulado central para tentar salvar o pescoço do governo: relativizar a corrupção da Petrobras.

Novamente é preciso ressalvar: não é piada. Um crescente número de pessoas que se acham sérias e não estão (ainda) a soldo do petismo deu para dizer por aí que o petrolão é normal. Quer dizer: uma coisa bem brasileira, arraigada no Estado patrimonialista e toda aquela sociologia de beira de praia. É o mesmo recurso estilístico sacado por Lula no mensalão: caixa dois todo mundo faz. Um empresário chegou a escrever que hoje se rouba até menos na Petrobras que em outros tempos. Vamos explicar aos ignorantes ou mal-intencionados (a esta altura, dá no mesmo): o PT não ficou igual aos outros; o PT não é corrupto como os outros, nem um pouco menos, nem um pouco mais; o PT é o único, sem antecessor na história do Brasil, que montou um sistema de corrupção no Estado brasileiro, de dentro do Palácio do Planalto, para enriquecer o partido e se eternizar no poder.

O ex-ministro-chefe da Casa Civil e homem forte do presidente foi preso por montar um duto entre as estatais e o caixa do partido governante. Privatizou na fonte o dinheiro do contribuinte. Não há precedente no país. Ao raiar do governo petista, foi montada uma diretoria na Petrobras para um saque bilionário em benefício do grupo político governante, como está demonstrado pela Polícia Federal a partir das investigações sobre o doleiro Alberto Youssef.

Deu para entender, queridos inocentes úteis? O roubo não é a velha esperteza de uns oportunistas com cargos na máquina. O roubo é um projeto político de poder. Que aliás, graças a seres compreensivos como vocês, dá certo há 12 anos.

E agora? O Brasil se sujeitará ao esquema por mais quatro anos? Só os inocentes inúteis podem crer que essa forma de dominação sofrerá uma metamorfose redentora em 1o de janeiro. Eles não sabem fazer de outro jeito. Dilma já tenta legalizar o rombo fiscal, diante de um Brasil abobado. Nem o mensalão, nem a queda de sete ministros no primeiro ano de governo – nada modificou em um milímetro o esquema parasitário.

Vocês estão esperando o quê? Que um companheiro bata na sua porta informando-lhe com ternura que veio buscar suas calças?
http://www.defesanet.com.br/pensamento/ ... -pilhagem/
[] kirk

Os Estados não se defendem exigindo explicações, pedidos de desculpas ou com discursos na ONU.

“Quando encontrar um espadachim, saque da espada: não recite poemas para quem não é poeta”
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#8440 Mensagem por Bourne » Qua Dez 31, 2014 10:52 am

Ricardo Melo

O mi(ni)stério de Dilma

A julgar pelos nomeados, o novo governo oferece um prato cheio para a oposição e vazio para o povo

Quem tem algum compromisso, ou pelo menos preocupação, com as questões sociais fica decepcionado com as escolhas para o novo gabinete. Ao lado de uma equipe econômica alinhada com a banca, a presidente Dilma fez questão de nomear gente cuja trajetória vai no sentido oposto daqueles que garantiram sua vitória.

Gilberto Kassab no Ministério das Cidades é uma bofetada, em todos os sentidos. Um dos políticos mais oportunistas da história recente, Kassab está irremediavelmente associado à máfia do IPTU em São Paulo, à especulação imobiliária e ao desprezo pelos interesses dos cidadãos. Não é só: o filho de Jader Barbalho, novo ministro da Pesca, tem como única credencial a derrota para governador do Estado. E por aí vai: Eliseu Padilha volta à cena, um pastor é empossado para tocar o Esporte, uma agronegocista na Agricultura. E segue o enterro.

Ministério técnico, bem entendido, seria uma quimera: isso não existe. Qualquer técnico está sempre a serviço de uma política. Ainda assim, mesmo considerando o tal "presidencialismo de coalizão", haveria menus mais digeríveis do que o cardápio servido pela presidente reeleita. O simbolismo na política vale muito, às vezes tudo. Ao indicar nomes identificados com interesses que ela combateu durante a campanha, Dilma promove um curto-circuito talvez impossível de consertar antes de a fumaça aparecer.

Pode-se argumentar que grande parte dos ministros, na verdade, não manda nada. Diz-se também que o "núcleo duro" permanece nas mãos do PT. Falso. Mesmo que alguns dos nomeados jamais sejam recebidos em audiência no Planalto, eles fazem parte da face visível do governo. Desprezar isto não é fazer política; é cavar um fosso ainda maior em relação aos movimentos que acreditaram no discurso de campanha.

A receita que a presidente oferece ao público é uma mistura de crise e rame-rame. De que adianta contentar as inúmeras fatias em que o Congresso se divide? Viu-se isto com clareza nas manifestações de junho de 2013. O poder formal e a voz das ruas nem sempre caminham no mesmo sentido. Mas a segunda geralmente costuma determinar como o primeiro deve se comportar.

Ignorar a história é um risco capital. Não que o povo adore passeatas, manifestações diárias, greves, faltar ao trabalho ou atrapalhar o trânsito. Não! Mas ninguém consegue aguentar calado a ameaça de deterioração das condições de vida, a degradação de serviços públicos, a perda de poder aquisitivo e a piora no bem-estar da família. A estes, a maioria, "governabilidade" só interessa quando sinônimo da redução da desigualdade social.

É isto que mantém o mesmo partido no poder até agora. Este compromisso precisa ser renovado nas palavras e, acima de tudo, nos fatos. Mas o que se tem ouvido são notícias de aumento de tarifas, desocupações selvagens nas cidades, corte de gastos para pagar juros dos financistas e concessões conservadoras a granel. Nas páginas ao lado, porém, lê-se também que o número de bilionários no país cresceu; a compra de imóveis no exterior saltou; a taxa de lucro das empresas vai muito bem, obrigado; a corrupção grassa; e aumenta o número de investidores sedentos para aplicar dinheiro no Brasil. Mistério: quais serão os novos programas sociais? Dilma, mostra a sua cara.

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http://tools.folha.com.br/print?url=htt ... cimadahora

COLUNISTAS DA SEMANA segunda: Ricardo Melo, terça: Janio de Freitas, quarta: Elio Gaspari, quinta: Janio de Freitas, sexta: Reinaldo Azevedo, sábado: Demétrio Magnoli, domingo: Elio Gaspari e Janio de Freitas
Compromisso com os marqueteiros prometeram na campanha só se a cúpula tivesse muito, mais muito maluca.

E, como digo aos camaradas petistas, EU AVISEI, ME CHUPEM!!!!

O problema que pararam de falar de política ou choram na minha time line
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#8441 Mensagem por Clermont » Qua Dez 31, 2014 12:23 pm

"A vaca tossiu".

Bernardo Mello Franco - Folha de São Paulo.

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A promessa foi feita em alto e bom som pela candidata Dilma Rousseff: se reeleita, não permitiria a redução de direitos trabalhistas. "Nem que a vaca tussa", enfatizou, lançando um bordão que seria martelado na propaganda petista.

Corria o mês de setembro, e a presidente repetia que uma vitória de Marina Silva ou Aécio Neves custaria caro ao trabalhador. Sua reeleição, ao contrário, seria a garantia de que os benefícios previstos em lei não seriam tocados. "Tem coisas que eu não concordo, como mexer nos direitos do trabalhador, e não abro mão nem que a vaca tussa", afirmou.

O discurso foi endossado pelo presidente do PT, Rui Falcão. Ele recorreu à metáfora bovina para convocar militantes a ocupar portas de fábrica. "Flexibilizar significa retirar direito dos trabalhadores", disse. "Nem que a vaca tussa nós vamos mexer nos direitos trabalhistas."

A vaca tossiu antes de Dilma estrear o segundo mandato. A três dias da posse, ela escalou uma junta de ministros para anunciar os cortes que vêm por aí. O resumo é que a promessa de preservar direitos, assim como a de não aumentar a taxa de juros, só valeu para ganhar a eleição.

O pacote de malvadezas é duro com os trabalhadores mais pobres. Reduz o abono salarial, dado a empregados que ganham até dois salários mínimos, e limita os pagamentos de pensão por morte, seguro-desemprego e auxílio-doença. A tesoura atinge até os pescadores artesanais, que terão menos chances de receber o seguro-defeso nos períodos em que a pesca é proibida.

A explicação para as medidas é o rombo nas contas do governo. Dilma terminará o primeiro mandato com uma série de recordes negativos. O deficit de R$ 6,7 bilhões em novembro foi o pior da série iniciada em 1997. Não há dúvidas de que novos cortes podem ser necessários para estancar essa sangria. A questão é saber se a presidente tem direito de pedir aos eleitores que esqueçam tão rápido o que prometeu.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#8442 Mensagem por Sterrius » Qua Dez 31, 2014 12:37 pm

Parece que a nomeação do itamaraty foi sensata. O Embaixador brasileiro em Washington.

Ao menos se ela quiser melhorar as relações com os EUA, nesse caso pegou uma pessoa certa pra isso.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#8443 Mensagem por kirk » Qua Dez 31, 2014 2:30 pm

Dilma usa pragmatismo para nomear ministério do 2º mandato

Fernando Rodrigues 31/12/2014 13:42

Presidente fez opção para garantir apoio político no Congresso

A presidente Dilma Rousseff fez uma opção muito clara pelo pragmatismo ao nomear seus 39 ministros para o segundo mandato que começa amanhã, 1º de janeiro de 2015.

Não há grandes estrelas nem pessoas que sejam consideradas luminares em suas áreas de atuação. No máximo, há alguns esforçados.

O que há com segurança são vários ministros sem a menor experiência na área na qual vão atuar. O destaque maior é o futuro titular da pasta do Esporte, o pastor evangélico George Hilton: ele é ligado à Igreja Universal do Reino de Deus e filiado ao PRB. Ganhou a cadeira porque deu apoio ao PT em Minas Gerais nas eleições deste ano de 2014 e vai ajudar a garantir os votos de sua legenda a favor do Palácio do Planalto em 2015.

George Hilton nunca atuou em áreas ligadas ao esporte. Sua indicação é o epítome do pragmatismo adotado por Dilma Rousseff na montagem da equipe ministerial do segundo mandato.

Encaixa-se também nessa estratégia a escanteada que Dilma Rousseff deu na ala majoritária do PT, a CNB (Construindo um Novo Brasil). A presidente priorizou as cadeiras mais importantes para integrantes de uma facção petista minoritária no petismo, a DS (Democracia Socialista).

Estarão no Palácio do Planalto a partir de 2015 três petistas com assentos relevantes ao lado de Dilma e em quase todas as reuniões diárias: Miguel Rossetto (ministro da Secretária-Geral da Presidência), Pepe Vargas (ministro das Relações Institucionais da Presidência) e Aloizio Mercadante (que permanecerá como chefe da Casa Civil).

Miguel Rossetto e Pepe Vargas são ambos da DS. Aloizio Mercadante é da CNB, mas hoje é muito mais um dilmista do que qualquer outra coisa.

Qual foi o raciocínio de Dilma ao privilegiar a DS em detrimento da CNB, que aliás é a tendência do presidente nacional do PT, Rui Falcão, e de Luiz Inácio Lula da Silva? Muito simples.

A DS é uma tendência minoritária no PT, mas é entre as facções de esquerda a mais robusta. É evidente que em 2015 as principais críticas ao governo Dilma virão da esquerda e não da direita petista.

A presidente precisa ter ao seu lado em 2015 aqueles que poderão controlar o petismo insatisfeito quando for necessário defender em público e no Congresso a redução de certas vantagens trabalhistas –como as que já foram anunciadas a respeito de seguro de desemprego, por exemplo. Nada melhor do que ter dirigentes esquerdistas da Democracia Socialista com assento no Planalto para justificar as políticas adotadas.

E como fica a CNB? Para quem não se lembra dos primórdios do PT, essa tendência, a Construindo um Novo Brasil, deriva diretamente do antigo “grupo dos 113”, o chapão de sindicalistas que se apoderou do partido ainda nos anos 80 e acabou expurgando da direção da legenda vários integrantes da ultraesquerda. O “grupo dos 113” (hoje CNB) tem uma atuação no PT que mais se aproxima, para todos os efeitos práticos, do PMDB na política nacional. Em outras palavras, a CNB (tendência de José Dirceu) é muito mais pragmática até do que Dilma Rousseff. Reclama em público, mas vai engolir o choro e deve se enquadrar no esquema de divisão de poder proposto para o segundo mandato.

Dito de outra forma, a CNB é a direita do PT. Vai se enquadrar porque sua existência depende 100% do sucesso de Dilma na cadeira de presidente. É completamente disparatada a história de que tudo é apenas uma estratégia de Lula desistir de Dilma e já preparar sua volta para 2018.

É claro que as coisas podem dar errado. A economia brasileira pode afundar mais no buraco em que já se encontra. O desemprego pode passar a ser um problema. Os aumentos de tarifas de energia e de transporte público terão impacto negativo na vida cotidiana dos brasileiros a partir de janeiro. As manifestações de protesto nas ruas podem voltar. Enfim, “poder, tudo pode”.

Mas Dilma sabe que só tem um caminho a seguir para seu segundo mandato ter alguma chance de dar certo: nos 2 primeiros anos (2015 e 2016) terá de consertar a economia. Para empreender essa tarefa, terá de quebrar muitos ovos e descontentar muita gente do centro para a esquerda no espectro político –fazendo contenção de gastos e reduzindo benefícios públicos incompatíveis com a receita do país.

Tudo considerado, o pragmatismo da presidente indica que ela está pretendendo seguir essa trilha. Para isso, precisa ter votos no Congresso (e os ministros não ideológicos, como o pastor George Hilton, no Esporte, vão ajudá-la). Tem também de acalmar os esquerdistas que marcaram 13 na urna eletrônica sonhando com um Brasil bolivariano, mas que acordaram no dia seguinte com uma presidente adotando quase na íntegra o programa de governo do tucano Aécio Neves –e por essa razão a petista deu tanto espaço para o pessoal da DS no seu ministério.

Vai dar certo? Ninguém sabe. No Brasil, é difícil prever o passado, quanto mais o futuro.

Uma coisa é certa: Dilma Rousseff sabe muito bem o que está fazendo e engana-se quem pensa que a presidente foi nomeando pessoas a esmo e sem uma lógica política muito bem pensada por trás.
http://fernandorodrigues.blogosfera.uol ... o-mandato/
Se fosse pra seguir o programa do Aécio, não seria melhor que fosse pelo próprio ??? :mrgreen:
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#8444 Mensagem por Sterrius » Qua Dez 31, 2014 8:42 pm

Depende de quem Aécio selecionaria pra ministros e que partidos o apoiariam APÓS as eleições e isso nós nunca iremos saber.

Mas no geral, pelo que lembro das eleições (acompanhei pouco essas por motivos diversos), Aecio teria uma briga maior por apoio no congresso do que a dilma ta fazendo agora.

O que podia levar a decisões tão "erráticas" quanto a que dilma faz agora. Ou pior, ter que agradar ainda mais os extremistas.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#8445 Mensagem por Grep » Qui Jan 01, 2015 11:39 am

A escolha adequada da mídia pode tornar seu ano mais feliz

Postado em 31 dez 2014por : Paulo Nogueira


A mídia tem o poder de tornar o seu ano mais feliz ou mais infeliz.

Se você passa a temporada consumindo determinado tipo de notícias e análises, isso vai afetar negativamente seu humor e, em certos casos, até sua saúde mental e física.

Por isso, escolher o que você vai ler, ver ou ouvir na mídia é um ato de enorme importância como resolução de fim de ano.

Conheço muitas pessoas que se autoimpõem um flagelo. No carro, ligam a CBN ou a Jovem Pan, e ficam ouvindo Merval, Sardenberg, Sheherazade e Reinaldo Azevedo.

Na sala de casa, oscilam entre a Globo e a Globonews, e não enfrentam apenas a voz do atraso, mas também o rosto, de William Waack a Jabor.

Diante de tamanha dose de jornalismo enviesado e frequentemente envenenado, essas pessoas se revoltam, e acabam colocando sua raiva e inconformismo para fora, sobretudo nas redes sociais.

A estas pessoas, uma boa notícia: você pode viver perfeitamente sem esse martírio.

Sem zanzar freneticamente entre variadas mídias de índole maligna, você deixa de dar-lhes aquilo de que elas vivem: audiência.

De certas vozes perturbadoras você não pode se livrar: a de um chefe despótico, por exemplo. Mas ninguém obriga você a ouvir Jabor e derivados.

Algumas pessoas, erroneamente, retrucam que você tem que ver o que “eles” estão dizendo.

Não é verdade.

No mundo das redes sociais, o que eles falam ou fazem de extraordinário acaba chegando a você, sem que você tenha que consumir horas de informações e opiniões deletérias.

Ninguém teve que ficar grudado em Sheherazade, por exemplo, para saber, rapidamente, o que ela tinha a dizer sobre justiceiros.

Agora mesmo: ninguém teve que acompanhar o jornal gaúcho Zero Hora para saber a opinião de um cronista seu sobre o paraíso de Punta del Leste sem “um único negro”.

Tudo que for relevante chega rapidamente a você sem o preço brutal de acompanhar a Globonews e a CBN, a Jovem Pan ou a Veja.

Você terá um ano melhor sem a companhia de Ali Kamel e Bonner, Reinaldo Azevedo e Jabor, Sheherazade e Sardenberg, William Waack e Diego Mainardi, Lobão e Gentili, e assim por diante.

Experimente.

Sua vida ficará mais leve.

Feliz 2015 a todos.
Trancado