Alfredo762 escreveu:Allan
Adotará o NG se o Brasil fizer o mesmo. Realmente, é algo que antes era dito como improvável, e agora passou a provável. Isso porque, enquanto o parlamento sueco não aprovar, não vale. Mas acho que é adequado considerarmos esse ponto como encerrado. Isso certamente diminui os custos de desenvolvimento, que recairiam sobre nós em outro caso.
Você leu muito bem a notícia postada pelo site Defesa Brasil. A Suécia adotará os aviões, tanto é que os 2 bilhões virão de onde? De nós? Não, da Suécia. Ninguém gasta dois bilhões de dólares em algo que não vai usar.
Esses 2 Bilhões ainda não foram injetados, pelo que eu sei. E acho que mesmo o governo da Suécia precisa de aprovação do parlamento para investir esse dinheiro todo. Acho que a aprovação do parlamento, e consequente velocidade de investimento, só são garantidos se o Brasil comprar o avião.
Aliás, não há reprojeto completo de nada. Não é nada disso
. O NG terá 60% do Gripen C/D. Mesmo que vocês quisessem, jamais poderiam reprojetar. É por isso que os riscos são mínimos. É o que eu disse em um outro tópico. Vocês sabem muito bem a proposta sueca, mas sabe se lá por qual motivo, levam ao desentendimento. Só espero que não seja proposital.
Quem falou que o Gripen NG seria construido com novas técnicas e materiais não fui eu, estava nas matérias que sairam recentemente. Pelo que sei, não dá para trocar material simplismente, tem de refazer o projeto. Aliás, já falei isso muitas vezes: Ou o Gripen NG é um Gripen C/D melhorado, e portanto as mudanças estruturais são mínimas, com consequente design de fuselagem reduzido(e é nesse design que está a tão falada ToT excepcional dos suecos), ou ele é um redesign com diversas alterações, de materiais e técnicas de construção, e o risco não é tão baixo quanto dizem. A cada escolha, uma renúncia, a cada vantagem, um custo ou risco associado...
Leia as propostas suecas e francesas (o site defesa Brasil tem elas mostradas de forma imparcial) sobre TdT. Pois o que disse não bate com a realidade e os fatos.
Posto isso.
Por outro lado, não tem nenhuma ToT de motor que eles possam nos fazer. Manutenção local de turbinas a FAB e a CELMA já fazem, não seria novidade...
Essa questão dos motores eu gostaria de comentar, pois está tomando um rumo inédito. E estou achando o maior barato.
Se 500 bilhões de vezes o governo não quiser um motor para seu caça, 500 bilhões de vezes vai aparecer alguém dizendo que “ah, é americano”.
Parem, por favor. Chega. Cansou.
O Brasil, pela N vez,
não vai fabricar motores. 40% do custo de operação de um caça é relativo ao motor. De onde vocês tiraram que fabricaremos motores americanos? Se quiséssemos, o preço sairia astronômico. Nenhuma proposta versa sobre isso porque o governo não pediu isso.
Vamos melhorar essa tese, à luz dessa opinião de vocês.
Que país operador de F-18 ou F-16, em suas variadas versões, estão parados no chão por boicote americano? Me ache um, por favor. Ah sim, os F-16 venezuelanos voam até hoje.
O que o nosso país quer é a manutenção aqui do motor. Isso. Somente isso. Nada mais que isso. Brasil passou apuros com os atares na França e isso serviu de lição.
Exatamente aonde eu falei de boicote? Exatamente aonde eu falei que devido aos motores, o avião ia ficar no chão? Pare de ler nos meus textos, oque eu não escreví! Oque eu disse é que eles não podem fazer nenhuma ToT de motores. Já expliquei uma dúzia de vezes porque gostaríamos de ToTs de motores. Não tem nada haver com fabricar o motor do FX-2 localmente, nem mesmo de fabricar suas peças localmente. Queremos os ToTs de motores para os motores que estamos desenvolvendo. Não precisam ser para o FX-2, os ToTs não precisam ser diretos!!!! Será que vou ter de desenhar????
Me diz como os EUA boicotariam o país que é seu maior parceiro comercial na América Latina? O país que gasta muito $$$ comprando motores para os nossos Super Tucanos.
Você acha que sai barato fazer uma manutenção em motor de caça como o F404 ou a F414? Não meu caro, a manutenção de um motor é o que torna o custo de hora/vôo caro para qualquer avião. Isso custa grana, muita grana.
Vocês falam de boicote do motor americano mas se esquecem de uma coisa tão simpes...
Nossos Hércules voam com que motores? Os F-5? E os Super Tucanos? Os Tucanos? OS t-25? Nossos B707? Caravan? Bandeirante? Brasília? Amazonas? Bandeirulha? Emb-145? A-4? EMB-190? Nossos Black Hawks? Sapões? Jet Rangers?
Vocês exacerbam tanto que esquecem que toda a família de aviões da Embraer exportada no campo militar, em todas as suas versões, foi com motores brasileiros? Não!
Foram motores americanos. O único caso foi do Super Tucano, quando o Chavez chamava os EUA de demônio, expulsava embaixador e incitava a xenofobia contra americanos.
Se a Venezuela voa com os seus F-16, porque o Brasil não voaria com o F-18 ou o NG? Melhor, como que a África do Sul, rainha dos boicotes, voa com o volvo RM12?
Agora você já pode ver que o seu argumento contra os motores americanos não existe respaldo. É frágil e carece de amparo.
Alfredo, você não leu absolutamente nada doque eu disse. Aliás, meu comentário foi muito específico, justamente para deixar claro que meu problema não era com manutenção ou boicote. Afinal, se comprarmos o Rafale, ainda será um motor estrangeiro, que teria a mesma susceptibilidade de ser boicotado, ou de termos problemas em adquirir peças de reposição, que qualquer outro motor importado!!! Meu ponto é que, ao contrário de americanos e franceses, os suecos não tem como fazer ToTs de motores. A Volvo é uma excelente montadora, ajustadora e mantenedora de turbinas militares, mas projeta-las é algo que ela não faz!!!! E nada mudou quanto a isso na última declaração da SAAB, e por isso disse que o problema que eu tenho com isso continua inalterado! Sério, oque o cara da SAAB falou de novo em relação às turbinas, que ainda não sabíamos?
Se mesmo assim você achar que é um problema, bom, nesse caso, apenas respeitarei a sua opinião, não quero que mude-a. Mas jogarei a toalha por cansaço. Ufa!
Alfredo