Fórum Defesa Brasil

Sindicatos americanos temem que Boeing transfira trabalho para o Brasil

Boeing detalha os termos do acordo de US $ 4,2 bilhões da Embraer, dando ao Brasil uma voz no empreendimento



Por Dominic Gates – Repórter aeroespacial do Seattle Times

O acordo, que está caminhando lentamente para a conclusão prevista para o ano que vem, tem implicações para o futuro trabalho da Boeing na área de Puget Sound, bem como sua competição global com a Airbus e sua parceira regional da fabricante de aviões, a Bombardier.

A Boeing informou nesta segunda-feira que tem um acordo com a Embraer para adquirir um controle de US$ 4,2 bilhões das operações de serviços e aeronaves comerciais da fabricante brasileira de jatos, um acordo anunciado em julho pelo preço de compra ligeiramente menor de US$ 3,8 bilhões.

A aquisição da linha de pequenos aviões regionais da Embraer, chamados de E-Jets, ainda requer aprovação do governo recém-eleito do Brasil e estará sujeita a aprovações regulatórias e de acionistas. Espera-se que feche no final de 2019.

Os E-jets da Embraer são aviões regionais de 76 a 130 assentos, um tamanho logo abaixo da família 737 MAX da Boeing.

Como anunciado anteriormente, a Boeing vai instalar a administração baseada no Brasil, incluindo um presidente e diretor executivo reportando-se ao presidente da Boeing, Dennis Muilenburg, em Chicago, e deterá 80 por cento da joint venture para os 20 por cento da Embraer.

Um detalhe revelado nos termos finais é que a Embraer manterá o direito de aprovar certas decisões estratégicas, incluindo a transferência de quaisquer operações do Brasil.

Sindicatos no Brasil têm expressado preocupação desde que o acordo foi anunciado pela primeira vez que a Boeing pode mover algumas operações dos E-Jets para os EUA. A cláusula de consentimento parece destinada a acalmar os medos de modo que o negócio pode ganhar a aprovação do governo brasileiro.

Do ponto de vista dos sindicatos norte-americanos da Boeing, o medo é exatamente o oposto: a Boeing vai colocar o trabalho no Brasil em vez dos EUA.

A Boeing disse em julho que a operação comercial da Embraer perto de São Paulo vai se tornar “um dos centros de excelência da Boeing para o projeto end-to-end, fabricação e suporte de aviões comerciais de passageiros.”

Isso implica que engenheiros da Embraer irão mover-se além do projeto dos E-Jets para fazer o trabalho de design para os futuros aviões da Boeing, incluindo potencialmente o New Midmarket ou 797 que é esperado para lançamento em 2019. A declaração também implica que alguns trabalhos de fabricação de aviões da Boeing, além do E-Jets, podem ser feitos no Brasil.

Se assim for, isso levantará preocupações na região de Puget Sound por duas razões: primeiro, que qualquer trabalho de fabricação será colocado fora dos EUA. E segundo, se a Boeing produzir subconjuntos no Brasil, isso pode favorecer a montagem final em seu complexo industrial em North Charleston, Carolina do Sul, no lugar das fábricas da Boeing no estado de Washington.

O analista de aviação Scott Hamilton, da Leeham.net, ressalta que seria significativamente mais rápido e barato enviar peças de aviões fabricadas no Brasil por via marítima para North Charleston, SC, em vez de atravessar o Canal do Panamá até o noroeste do Pacífico.

As duas empresas também confirmaram detalhes de uma joint venture separada para desenvolver novos mercados para o jato militar KC-390 da Embraer, que pode ser utilizado como um avião de transporte de tropas e cargas e como avião de reabastecimento. Sob os termos da proposta, a Embraer terá 51% das ações da joint venture KC-390, com a Boeing detendo os 49% restantes.

A parceria Boeing/Embraer foi anunciada dias após a rival da Boeing, a Airbus, ter fechado um acordo semelhante para adquirir a nova família de jatos comerciais C-Series da canadense Bombardier.

A Airbus integrou esses jatos em sua linha e já os está entregando aos clientes, incluindo a Delta, rebatizados como A220.

Os acordos da Airbus/Bombardier e da Boeing/Embraer são vistos na indústria como movimentos estratégicos de longo prazo no complexo jogo de xadrez de fabricação aeroespacial do mundo.

A Boeing explorou discretamente uma joint venture com a Embraer duas vezes antes, nas últimas duas décadas, antes de as empresas se estabelecerem em 2012 para uma ampla colaboração. O movimento da Airbus finalmente desencadeou uma aquisição.

Quando o acordo com a Embraer for fechado, a Boeing Brasil se tornará o terceiro maior centro de projeto e fabricação de aviões comerciais da fabricante, depois de seus principais centros na região de Puget Sound e na Carolina do Sul.

FONTE: The Seattle Times / https://www.aereo.jor.br/2018/12/20/sin ... -o-brasil/

Frederico Vitor escreveu: Qua Dez 19, 2018 11:58 am

Acordo com a Boeing soa mais promissor para a Embraer que negócio entre Airbus e Bombardier

Além de permanecer sócia na sua linha de jatos regionais, empresa brasileira passará a ter enormes possibilidades para seus produtos como o KC-390



https://airway.uol.com.br/acordo-com-a- ... ombardier/

Dar metade do projeto em troca de "enorme possiblidades" é de doer, ao menos que tivesse um comprometimento firme enquanto a isso, ninguém nos EUA pensa como "enorme" a chance de adoção pela OTAN, muito pelo contrário, todos apontam as chances como remotas, justamente porque o governo de lá vai apoiar o Hércules.
Quando conceberam o KC, a intenção não era ter um novo cargueiro, era ganhar khow how para a construção de aviões civis maiores, da mesma forma que o FX-2, a intenção da transferência de tecnologia era o uso dual, quantos bilhões foram gastos para dar a área comercial da Embraer para a Boeing por puro derrotismo? E não, o que sobrar da Embraer (se é que vai sobrar, uma vez que o corpo de engenharia das 3 áreas é o mesmo), não vai projetar tuboelice, substituto para o Brasília e nem nada do tipo, pelo simples fato de que a Embraer estará impedida de atuar no setor comercial por causa dessa compra. Bilhões pagos em P&D para absolutamente nada, para onde vai esse conhecimento? É impressionante como o brasileiro não sabe negociar, negociam como se tivesse pedindo esmola.

Quer dizer que o KC foi desenvolvido para ser a ponte para aquisição de tecnologia para o desenvolvimento de aeronaves comerciais maiores....
Kkkkkkkkkkk rolando de rir!!!!? De onde tirou isso????
Meus Deus... Que viagem.
Talvez se fosse um comercial com porta rampa, ou capaz de LAPES ou REVO!!!
Kkkkkkkkkkk!!!!!!

Cassio escreveu: Qui Dez 20, 2018 2:50 pm Quer dizer que o KC foi desenvolvido para ser a ponte para aquisição de tecnologia para o desenvolvimento de aeronaves comerciais maiores....
Kkkkkkkkkkk rolando de rir!!!!? De onde tirou isso????
Meus Deus... Que viagem.
Talvez se fosse um comercial com porta rampa, ou capaz de LAPES ou REVO!!!
Kkkkkkkkkkk!!!!!!

Cassio, o desenvolvimento de fuselagens maiores em si já é um ponto para acumular experiência. Não existe essa de tecnologia que não é assimilada para outras áreas. A história da Embraer mostra isso.

Cassio escreveu: Qui Dez 20, 2018 2:50 pm Quer dizer que o KC foi desenvolvido para ser a ponte para aquisição de tecnologia para o desenvolvimento de aeronaves comerciais maiores....
Kkkkkkkkkkk rolando de rir!!!!? De onde tirou isso????
Meus Deus... Que viagem.
Talvez se fosse um comercial com porta rampa, ou capaz de LAPES ou REVO!!!
Kkkkkkkkkkk!!!!!!

Por acaso eu disse que o KC seria convertido em avião civil? Não, o KC foi concebido para desenvolver a indústria aeronáutica com vistas no uso dual, que é o que a END determina, todo desenvolvimento tecnológico em defesa é voltado para o uso dual e também a aplicação civil.

https://www.researchgate.net/publicatio ... O_KC-390_1

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_a ... /D6703.htm

Aprenda a ler!!!

Vc Escreveu: "Quando conceberam o KC, a intenção não era ter um novo cargueiro, era ganhar khow how para a construção de aviões civis maiores".

E eu disse que isso não é verdade.

Só isso.

E Tikuna... claro que o que se aprende num programa militar passa para um civil, assim como o oposto tb ocorre. Por exemplo, a lógica do FBW do KC390 foi baseada na do Legacy 500. E por aí vai... Mas não é verdade a afirmação do moço aí pra cima...

Blz.
Por exemplo, alguma tecnologia desenvolvida para o KC-390 poderá servir para algum projeto novo da Boeing.
Porém, alguma tecnologia da Boeing poderá servir para algum projeto da Embraer?

E porque não? Se for do interesse, não vejo problema.

Cassio escreveu: Qui Dez 20, 2018 5:52 pm E porque não? Se for do interesse, não vejo problema.

Uma tecnologia da Boeing por exemplo serviria para um projeto militar da Embraer? Logicamente que não, o DoD vetaria.
Estamos colocando a nossa única indústria aeronáutica de porte relevante debaixo das asas do Departamento de Estado dos EUA.

Cassio escreveu: Qui Dez 20, 2018 5:34 pm Aprenda a ler!!!

Vc Escreveu: "Quando conceberam o KC, a intenção não era ter um novo cargueiro, era ganhar khow how para a construção de aviões civis maiores".

E eu disse que isso não é verdade.

Só isso.

E Tikuna... claro que o que se aprende num programa militar passa para um civil, assim como o oposto tb ocorre. Por exemplo, a lógica do FBW do KC390 foi baseada na do Legacy 500. E por aí vai... Mas não é verdade a afirmação do moço aí pra cima...

Não, não, você tentou ridicularizar dizendo que o KC não serviria como avião civil, e sim, ele foi projetado para ganhar khow how e desenvolver a indústria local para posterior aplicação civil, como prevê a END, se fosse simplesmente ter um novo cargueiro, bastaria comprar um pronto, assim como bastaria comprar um caça por metade do preço.

Analfabeto funcional é soda!!!

Vc escreveu:
"Quando conceberam o KC, a intenção não era ter um novo cargueiro, era ganhar khow how para a construção de aviões civis maiores".

Note o trecho: Aviões Civis MAIORES!!!

E eu disse que isso não é verdade!!! Que o KC390 não precisaria ser desenvolvido para isso. Tb disse que não estou negando que sempre (SEMPRE) o conhecimento adquirido num projeto é usado em outro. Isso é óbvio. O que estou dizendo é que o KC390 NÂO FOI DESENVOLVIDO COM O OBJETIVO DE GANHAR KNOW HOW PARA DESENVOLVER AERONAVES COMERCIAIS MAIORES.

A Embraer pode fazer, a qualquer tempo, o desenvolvimento de uma aeronave comercial maior sem nunca ter feito o KC390.

Será difícil de entender???

Caso não esteja entendendo, fala aí qual é a tecnologia ou know how que o KC390 traz que viabiliza projetar aeronaves comerciais maiores... qual???

A Engenharia da Embraer teve de aprender muita coisa do "zero" porque nunca tinha feito nenhum avião cargueiro militar. Mas o conhecimento para se fazer um jato maior veio com os EJet´s E1 e E2, e não com o KC390.

Noticia de HOJE!

Associação de investidores diz que operação entre Embraer e Boieng é ilegal
...
- Querem fazer crer que a Embraer se encontra acuada no mercado e ela não se encontra. A verdade é que o Brasil está abrindo mão de projetar aeronaves que venham a concorrer no maior mercado mundial, que é o segmento de 150 a 220 passageiros ocupados pelos 737 e A320. Com o projeto do KC-390, de fuselagem larga, estamos prontos para ingressar neste segmento e o que a Boeing está fazendo é tirar um concorrente - disse Valporto.
...
https://oglobo.globo.com/economia/assoc ... mpartilhar

Nossa... o cara viaja na maionese.

Para falar isso não tem a menor noção de como é produzida a fuselagem do KC390 e de como nunca serviria para servir de base, ponto de partida ou como aprendizado para aeronaves comerciais maiores. Meu Deus, cada um fala o que quer.

Ignorância é uma merda!!!

Senhores, poderiam fazer a gentileza de se acalmarem um pouco?

Obrigado.

PS.: no DB não dá para "cavar falta", e faz tempo isso, já deveriam ter se acostumado.

Cassio, em relação ao KC-390 e a parte dele no acordo, como ficam os bilhões que o governo brasileiro enfiou no projeto? O governo vai receber royaltes pelas vendas? Esses royaltes seriam divididos com a Boeing?