Página 57 de 175

Re: Geopolítica Brasileira

Enviado: Ter Jun 02, 2015 12:45 am
por nirvanerox
Para a presidenta do Chile, os desgostos não têm fim. Remodelado o Gabinete para superar os escândalos de corrupção, ela pensava em mudar de ares viajando para Roma. O Papa vai recebê-la dia 5 de junho. Mas, antes disso, solicitou à Universidade Católica de Buenos Aires uma fórmula para resolver o litígio do Chile com a Bolívia pela saída ao mar deste país. O encarregado de responder foi o arcebispo Víctor Fernández, reitor daquela universidade. Fernández, que é o representante não oficial de Francisco na Argentina, reuniu na quinta-feira passada 12 intelectuais bolivianos, chilenos e peruanos para sugerir uma solução que, de um ou de outro modo, implica que o Chile ceda um território que considera próprio. Nesse seminário houve a proposta de que o ex-presidente uruguaio José Mujica fosse o intermediário. Morales, que levou o conflito ao Tribunal de Haia, elogiou ontem a iniciativa.

Para Bachelet essas notícias são como chuva ácida. O rechaço à demanda boliviana é, para os chilenos, uma causa nacional. Mas deixa o governo socialista em uma posição desagradável frente à esquerda da região. Um detalhe piora tudo: Morales foi apoiado por Jorge Bergoglio que, apesar de ser o chefe da Igreja, no Chile desperta receios como qualquer outro argentino.
La propuesta de proponer la intermediacion de Mujica asi como la propuesta de ceder territorio fue desmentida por los historiadores chilenos y peruanos que asistieron a la reunion en la UC de Buenos Aires, simplemente fue una propuesta del rector de esa universidad y que la Cancilleria chilena se comunico con el Vaticano en el que extraoficialmente se sabe que la santa sede se mantendra neutral.

Re: Geopolítica Brasileira

Enviado: Ter Jun 02, 2015 2:22 am
por cassiosemasas
nirvanerox escreveu:
Para a presidenta do Chile, os desgostos não têm fim. Remodelado o Gabinete para superar os escândalos de corrupção, ela pensava em mudar de ares viajando para Roma. O Papa vai recebê-la dia 5 de junho. Mas, antes disso, solicitou à Universidade Católica de Buenos Aires uma fórmula para resolver o litígio do Chile com a Bolívia pela saída ao mar deste país. O encarregado de responder foi o arcebispo Víctor Fernández, reitor daquela universidade. Fernández, que é o representante não oficial de Francisco na Argentina, reuniu na quinta-feira passada 12 intelectuais bolivianos, chilenos e peruanos para sugerir uma solução que, de um ou de outro modo, implica que o Chile ceda um território que considera próprio. Nesse seminário houve a proposta de que o ex-presidente uruguaio José Mujica fosse o intermediário. Morales, que levou o conflito ao Tribunal de Haia, elogiou ontem a iniciativa.

Para Bachelet essas notícias são como chuva ácida. O rechaço à demanda boliviana é, para os chilenos, uma causa nacional. Mas deixa o governo socialista em uma posição desagradável frente à esquerda da região. Um detalhe piora tudo: Morales foi apoiado por Jorge Bergoglio que, apesar de ser o chefe da Igreja, no Chile desperta receios como qualquer outro argentino.
La propuesta de proponer la intermediacion de Mujica asi como la propuesta de ceder territorio fue desmentida por los historiadores chilenos y peruanos que asistieron a la reunion en la UC de Buenos Aires, simplemente fue una propuesta del rector de esa universidad y que la Cancilleria chilena se comunico con el Vaticano en el que extraoficialmente se sabe que la santa sede se mantendra neutral.
Independente da postura da Santa Sé.
O conflito foi deflagrado porque?
Se os gulosos,(entenda-se Bolívia e Peru) não deram conta do confronto e perderam, nada mais justo, que o Chile continuar com seu acesso ao mar soberanamente, (e quem sabe lucrar com isso) mas admitir(se foi isso mesmo que ocorreu) que tomaram o acesso ao mar da Bolívia, e assim traçar um acesso a ele Bi-Nacional....
Sonho meu....Sonho meu....
Tem muita coisa a ser entendida nesse caso.....a batata ainda esta quente, mas, tem-se a chance de resolver sem maiores problemas.
Vamos ver qual será o caminho escolhido por ambos.

Nesse caso o Brasil no máximo tem que ficar caladinho.

Re: Geopolítica Brasileira

Enviado: Ter Jun 02, 2015 10:54 am
por Bourne
Por que está matéria está aqui e não no tópico da economia brasileira? Por que as informações dizem respeito a mudança da postura do brasil frente aos grandes órgãos internacionais multilaterais.

Durante o Governo Dilma I e presença como pessoa forte do governo pós-2008 o Brasil se isolou e distanciou de todo mundo, incluindo países desenvolvidos e organizações internacionais como FMI, Banco Mundial e OCDE. Ou seja, se omitiu e não esteve presente para bancar uma reforma e postura ativa na política dos órgãos como outros países emergentes optaram. Por exemplo,a China, asiáticos e e até latino-americanos.

A desculpa do Guido Mantega para entrar na OCDE é uma piada. Dá a impressão de que o Mantega não sabe o que fala e, realmente, não sabe. :mrgreen: :lol:

A OCDE é uma organização multilateral de cooperação, desenho e avaliação de políticas públicas. É claro que exigem mais transparência e dados mais confiáveis para avaliar contas públicas, empresas, programas sociais, industriais entre outros. Além de recomendar uma legislação que pegue mais pesado com corrupção pública e privada, maior preocupação com meio ambiente e saúde. Na literatura acadêmica costuma se pegar os dados dos países da OCDE por serem refinados, confiáveis e tem um padrão institucional similar. Não tem nada que um país não deveria adotar. E o Brasil tem a base de instituições e qualidade de dados para fazê-lo.

Os nossos vizinhos latino-americanos estão na OCDE (chile e México) com Colômbia, Peru e Uruguai ensaiando a participação. Aliás, ficou bem mais complicado para o México maquiar a corrupção e desvios depois que começou a adotar as recomendações da OCDE. outros emergentes como China, índia e África do Sul estão lista para conversar.

Imaginem um brasileiro (e equipe) com alto cargo na OCDE. É alguém que abre portas em outros países e reforça laços em todos em sentidos. Outro movimento da Dilma foi colocar o Otaviano Canuto, que era consultor dos BRICs no Banco Mundial mais por mérito próprio do que apoio da Dilma, na comissão do FMI. Esse cara não vai ficar no ostracismo. Vai lá para fazer política, fazer a imagem do Brasil no FMI e dar força ao país. A missão dele é essa. Não é igual ao representante anterior que garganteava e passeava em Nova York.
Em Washington, Levy reforça aceno do Brasil ao FMI

Após vários anos na geladeira, a relação entre o governo brasileiro e o Fundo Monetário Internacional (FMI) vive dias agitados.

Em visita a Washington nesta segunda-feira, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, se encontrou com dirigentes da organização pela terceira vez em três meses, quando mais uma vez tentou tranquilizá-los sobre os rumos da economia brasileira.

Ele já havia participado da reunião de primavera da organização, em abril, e no mês passado recebeu, em Brasília, a diretora-geral da instituição, Christine Lagarde.

Nos Estados Unidos, Levy foi a principal atração de um painel sobre a economia latino-americana. Em sua fala, ele reforçou o discurso de que o Brasil tem feito ajustes para voltar a crescer e foi elogiado por membros da plateia.

A postura do ministro quanto ao fundo contrasta com a dos quatro primeiros anos do governo Dilma Rousseff e a da gestão de seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva. Lula e Dilma costumam criticar a relação que o Brasil mantinha com o FMI nos anos 1990, quando o país recorreu ao fundo em busca de empréstimos durante crises.

Tradicionalmente o PT e partidos de esquerda brasileiros acusam o FMI de impor nos países onde atua uma agenda "neoliberal", que prejudicaria trabalhadores e favoreceria bancos e grandes empresas.

Em 2013, Lula afirmou em Portugal que o "FMI nunca resolveu nenhum problema".

"Muitas vezes o FMI empresta dinheiro a um país, que ao receber o dinheiro paga a dívida de outros bancos, e o prejuízo fica com a parte pobre da população que trabalha. Sempre foi a assim e sempre será assim."

Em 2014, ao se referir à quitação da dívida do Brasil com o fundo, Dilma afirmou que "o FMI nunca mais dirigiu a política brasileira". No ano passado, o então ministro da Fazenda, Guido Mantega, não participou da reunião anual da instituição.

O governo brasileiro chancelou ainda o lançamento de duas iniciativas dos Brics (bloco que integra ao lado de Rússia, índia, China e África do Sul) que, segundo analistas, podem reduzir o poder do FMI e de outras organizações financeiras tradicionais: o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) e um acordo de reserva de contingência.

O acordo, que prevê a criação de um fundo para socorrer países dos Brics, em tese livraria os membros do bloco de pedir socorro ao FMI.
Há tempos, o Brasil e os demais membros dos Brics cobram mudanças no FMI para que a organização reflita melhor a nova ordem global, cedendo mais espaço e poder de voto a países emergentes. A própria direção do FMI defende a necessidade de reformas, mas a proposta está empacada no Congresso americano, que precisa dar aval às mudanças e teme ceder espaço na instituição a rivais russos e chineses.

De devedor a credor

No governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2003), o Brasil recebeu três empréstimos do FMI, somando US$ 67 bilhões (R$ 213 bilhões, em valores de hoje). Como contrapartida, o país teve de realizar ajustes fiscais e cumprir metas definidas pela instituição.

Já no governo Lula, o Brasil sanou sua dívida com o FMI e, em 2009, tornou-se credor do fundo.

Para Paulo Sotero, presidente do Brazil Institute do Wilson Center, centro de pesquisas e debates em Washington, não se pode comparar o momento que o

Brasil vive hoje com o que enfrentava nos anos 1990, quando perigava dar calote em suas dívidas e teve de bater às portas do fundo por ajuda.
Hoje, apesar da economia em recessão, o país possui US$ 370 bilhões em reservas internacionais, o que lhe protege dos riscos daquela época, diz ele.

Sotero afirma que, ao visitar Washington e manter reuniões frequentes com o FMI, Levy busca pôr fim a uma "crise de confiança" entre o Brasil e a organização, criada em parte pela postura do ex-ministro Guido Mantega.

"A crise foi alimentada por ele (Mantega) não vir tanto aqui, não manter diálogo. Deve-se estar em contato permanente, não perder nenhuma oportunidade de alimentar a confiança, e é isso o que o Joaquim (Levy) está fazendo."

A crise foi alimentada por ele (Mantega) não vir tanto aqui, não manter diálogo. Deve-se estar em contato permanente, não perder nenhuma oportunidade de alimentar a confiança, e é isso o que o Joaquim (Levy) está fazendo.

Paulo Sotero, presidente do Brazil Institute do Wilson Center. Sotero diz que, ao se acercar do FMI, Levy também busca tranquilizar investidores, que normalmente compartilham das visões do fundo.

"Ele mostra que o Brasil está dialogando, atento e que valoriza essas instituições".

No painel, Levy atualizou os presentes sobre o ajuste fiscal em curso no país. Ele comemorou a aprovação pelo Congresso de alguns pontos do ajuste e disse que novas medidas serão submetidas aos legisladores em breve.

O brasileiro Otaviano Canuto, ex-vice-presidente do Banco Mundial, diz que não é Levy quem tem buscado uma maior aproximação com o FMI, "mas sim o mundo que se interessa cada vez mais pelo que ele tem a dizer" sobre a economia brasileira.

"O importante é que há uma mensagem consistente, reconhecida como uma que conduzirá ao crescimento de longo prazo da economia brasileira."
Em sua visita, o ministro também se reuniu com o secretário do Tesouro americano, Jacob Lew, para tratar da viagem de Dilma a Washington no fim do mês.
Há outro motivo – pessoal – para as vindas frequentes de Levy à capital americana: a mulher e as duas filhas do ministro moram na cidade.

Visita a Paris

O giro do ministro se encerrará em Paris, onde ele se reúne com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Em abril, estimulado por Levy, o governo anunciou que firmaria um acordo marco com o grupo, que reúne 34 países, em sua maioria desenvolvidos.

O Brasil já recebeu convites para aderir à organização, o último deles em 2009, mas sempre recusou. Para participar da OCDE, o país teria, entre outras ações, de adotar padrões de transparência nas contas públicas e de combate à corrupção em empresas privadas.

Em 2009, ao justificar a recusa brasileira ao convite, Mantega disse que ela impediria o país de exportar ou importar em moeda local e perdoar as dívidas de nações pobres, o que o Brasil já fez na África e no Haiti.

Assessores do ministério da Fazenda disseram que, em Paris, Levy discutirá a adesão do Brasil ao bloco.

Para Sotero, do Brazil Institute, o gesto marcaria uma nova etapa na relação do Brasil com organizações econômicas mundiais. "O Brasil sempre teve muita dificuldades com essas instituições (...), mas não são elas que estão impondo nada ao Brasil – quem está impondo as reformas é o governo, é a presidente reeleita, é o seu ministro da Fazenda e é o Congresso nacional".

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... ef=Default

Re: Geopolítica Brasileira

Enviado: Qua Jun 03, 2015 3:03 am
por nirvanerox
cassiosemasas escreveu:
nirvanerox escreveu: La propuesta de proponer la intermediacion de Mujica asi como la propuesta de ceder territorio fue desmentida por los historiadores chilenos y peruanos que asistieron a la reunion en la UC de Buenos Aires, simplemente fue una propuesta del rector de esa universidad y que la Cancilleria chilena se comunico con el Vaticano en el que extraoficialmente se sabe que la santa sede se mantendra neutral.
Independente da postura da Santa Sé.
O conflito foi deflagrado porque?
Se os gulosos,(entenda-se Bolívia e Peru) não deram conta do confronto e perderam, nada mais justo, que o Chile continuar com seu acesso ao mar soberanamente, (e quem sabe lucrar com isso) mas admitir(se foi isso mesmo que ocorreu) que tomaram o acesso ao mar da Bolívia, e assim traçar um acesso a ele Bi-Nacional....
Sonho meu....Sonho meu....
Tem muita coisa a ser entendida nesse caso.....a batata ainda esta quente, mas, tem-se a chance de resolver sem maiores problemas.
Vamos ver qual será o caminho escolhido por ambos.

Nesse caso o Brasil no máximo tem que ficar caladinho.
Hay que partir que la guerra fue provocada en 1879 por Bolivia por un incumplimiento de un tratado de limites y al sentirse seguro por un Alianza Secreta con Peru y les fue mal, perdieron y Chile pidio como compensacion la region de Antofagasta y es por eso que existe el tratado de paz y limite de 1904, Chile no le debe nada a Bolivia como reparacion historica o algo parecido, si quieren una salida por el norte de Arica ellos son los que tiene que proponer, de todas forma encunetro dificil que Chile negocie y poniendo en el caso extremo Chile no pedira agua o gas, pedira una compensacion territorial igual o superior al territorio terrestre y maritimo a cambio.

La Santa Sede no se metera en este asunto, es meterse en un embrollo gratuitamente y sabemos que el Vaticano tiene una cancilleria bien profesional.

Re: Geopolítica Brasileira

Enviado: Qua Jun 03, 2015 7:43 am
por cassiosemasas
As vezes me espanto, com tamanha falta de vontade jornalística da "Foia", mas é isso ai...o que importa é o seguinte, eles vão pagar ou não? o resto é prosa flácida para acalentar o sono bovino.




BNDES ofereceu a Cuba condições vantajosas para financiamento



RAQUEL LANDIM
DE SÃO PAULO
BRUNO VILLAS BOAS
DO RIO
03/06/2015 02h00


Liu Bin - 28.jan.2014/Xinhua
Imagem
Obras no porto de Mariel, que foi construído com financiamento do BNDES em Cuba

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) ofereceu a Cuba condições vantajosas no financiamento do porto de Mariel, a 40 quilômetros de Havana, incluindo um prazo de 25 anos para pagar.

Dados do polêmico empréstimo foram tornados públicas pela primeira vez nesta terça (2), junto com várias operações feitas pelo banco no exterior desde 2007.

O BNDES sofre forte pressão do TCU (Tribunal de Contas da União) e do Congresso para dar mais transparência aos empréstimos que concede com dinheiro público.

O empréstimo cubano teve o prazo mais longo entre as obras financiadas fora do país –a maioria perto de 15 anos.

As taxas de juros dos cinco empréstimos disponíveis no site do BNDES, que totalizaram US$ 682 milhões (R$ 2,1 bilhões), variam entre 4,44% e 6,91% ao ano. A obra é realizada pela construtora brasileira Odebrecht.

O financiamento do porto –trunfo do regime comunista dos irmãos Raúl e Fidel Castro– foi objeto de controvérsia na eleição de 2014. A oposição acusou o governo do PT de favorecer Cuba.

Para especialistas ouvidos pela Folha, as condições do empréstimo são "normais" para o tamanho e a complexidade da obra, mas se tornam "atípicas" para o perfil de risco da ilha, que não acessa o mercado de capitais.

Cuba é um dos países com pior nota de risco de crédito do mundo, com Venezuela e Paquistão. Cálculo do professor Aswath Damodaran, da Universidade de Nova York, diz que o país deveria pagar juros de 11% a 12% ao ano.

Uma das poucas comparações possíveis é com financiamento do Porto do Sudeste, projeto de Eike Batista vendido para investidores estrangeiros. Neste caso, o BNDES concedeu, direta e indiretamente, cerca de R$ 1,74 bilhão, com juros mais altos e prazos menores que o porto cubano -entre 7,9% e 8,9%, com 13 a 14 anos de prazo.

O BNDES diz que Mariel é uma obra de "valor elevado e de longo período de construção" e que o "repagamento da dívida é compatível com a vida econômica do projeto".

Os projetos tocados pela Odebrecht no exterior foram os mais contemplados pelo BNDES. Os empréstimos são concedidos para os países, mas condicionados a utilização de serviços brasileiros.

Segundo levantamento feito pelo professor do Insper Sérgio Lazzarini e pelo assistente de pesquisa Pedro Makhoul, as obras da Odebrecht responderam por 69% do total de obras financiadas pelo banco no exterior desde 2007.

Por meio de nota, a Odebrecht disse que "está presente em 21 países, muito acima das concorrentes". E que os recursos do BNDES responderam por menos de 10% do faturamento anual da empresa.

Para Claudio Frischtak, sócio da Inter.B, faz sentido o Brasil apoiar empreiteiras na exportação de serviços para países em desenvolvimento.

"Nesses países não existe um mercado de capitais desenvolvidos. As empresa que disputam os contratos são apoiadas pelos governos", disse.

Ele ressalta, porém, que os contratos precisam refletir os riscos de cada país: "Moçambique é um país com boa governança, faz todo o sentido. Cuba eu ainda não estou convencido".

Fonte.


Re: Geopolítica Brasileira

Enviado: Qui Jun 11, 2015 1:24 am
por Bourne
A false war fades: the end of Brazil-Mexico rivalry?

For much of the past two decades, Brazil and Mexico seemed at times to be on a collision course. Diplomats from Latin America’s two largest nations were often preoccupied, if not obsessed, with a competition for an elusive role as regional leaders and players in the post-Cold War shifting global scene. The 2013 battle for the post of director general at the World Trade Organization, won by Brazilian diplomat Roberto Azevêdo over Mexican Herminio Blanco, a former trade minister, left plenty of hurt feelings. Ironically, the dispute for influence also led to convergence. The 2011 creation of the Community of Latin American and Caribbean Nations (CELAC), proposed by Mexico to affirm its Latin American identity and counter a perceived Brazilian effort to separate it from the region, was warmly embraced in Brasília as a way project leadership by promoting formats that excluded the US.

The antagonism was deepened by choices the two countries made in the early 1990s, responding to the challenges posed by economic globalization. In 1994, Mexico joined the US and Canada in the North American Free Trade Agreement (Nafta). It was the first step in a strategy that in the following 20 years resulted in the signing of two dozen trade deals and a transformation of the Mexican economy from a commodity-based model to a manufactured goods exporting powerhouse.

By contrast, Brazil opted to build Mercosur with Argentina, Uruguay and Paraguay, a custom’s union inspired in the European model of open regionalism that, in theory, would be gradually enlarged to include all of South America. It did not. After initially significantly expanding trade in the Southern Cone, Mercosur turned out to be an obstacle to, rather than a vehicle for, the country’s integration in the world economy. Negotiations of a trade agreement between Mercosur and the European Union have lingered for more than a decade. The failure to open the Brazilian economy has had an impact: by 2013, Brazil’s merchandise trade as a percentage of GDP was only 21.9 per cent; the corresponding figure for Mexico was 61.2 per cent.

In recent years the two countries have been juxtaposed in the international business press as success and failure stories. During the late 2000s, Brazil was the golden child of the Americas investment community, and Mexico was seen as the perennial disappointment. By 2013, the tables had turned with Mexico seen as the hot property and Brazil heading in the wrong direction, having adopted a more nationalistic bent in its economic policy. The contrast was seized on by politicians and commentators in both countries to emphasize the differences between the two.

However, the recent visit to Mexico by Brazil’s President Dilma Rousseff, the first outside South America in her second term, suggests the antagonism is coming to an end. Warmly received in Mexico City, Rousseff used the trip to signal a change of direction in her country’s economic policies. “We have to overcome defensive postures and recognize the role of trade and reciprocal investments in the recovery of our economies,” she told an audience of 200 business leaders from both countries in the banquet hall of Mexico City’s national palace, after signing a trade and investment pact with her host, Enrique Penã Nieto, to expand ties between Latin America’s largest economies. “This is the beginning of a new stage, as you pointed out Madam President, a new chapter in the friendship between our two nations,” Peña Nieto said before toasts with Mexican tequila and Brazilian cachaça. “This is a chance to leverage our strengths, starting from our similarities”.

With 55 per cent of Latin America’s population and two thirds of its GDP, Brazil and Mexico have plenty of room to expand and improve bilateral relations. Two-way trade of $9.1bn represent just 2 per cent of the two countries’ exports. The investment picture looks more promising. Mexican companies are among the five largest foreign investors in Brazil, with a portfolio of $23bn. Brazilian firms have begun to look north for opportunities to expand their business, with major investments in Mexican infrastructure projects in recent years, most notably a $5bn investment by Braskem in a polyethylene plant in Veracruz with Mexican group Idesa, taking advantage of the ongoing reform in Mexico’s energy sector. It will be the largest petrochemical plant in Mexico when completed.

One similarity between Brazil and Mexico that was ignored during Rousseff’s visit is the deep lack of popularity of both governments. Fed by scandal and allegations of corruption, it has diminished both Rousseff and Peña Nieto. After a successful start, which led to the approval of comprehensive economic reforms needed to improve Mexico’s low levels of productivity, the Mexican leader now seems stuck under a cloud of suspicion, facing a number of corruption scandals and with the second lowest approval ratings ever for a Mexican president. Six months into her second term, the re-elected Brazilian president is in even worse shape and has seen her popular approval drop to near single digits. She is seen by voters as politically responsible for the mega corruption scandal that engulfed Petrobras which has complicated an economic crisis brought on by fiscal mismanagement and the failure to adapted to the end of the commodities boom that fed the perception of a rising Brazil under her predecessor, Luiz Inácio Lula da Silva.

If the Mexican strategy of economic openness looks attractive enough to inspire the embattled Rousseff to look for closer relations in her effort to save her presidency, Brazil’s impressive offensive in the fight against corruption in recent years, led by a new generation of federal judges, prosecutors and police officers has not gone unnoticed in Mexico.

Closer trade and investment relations between the two countries will foster bilateral cooperation, and there is ample room for mutual learning on rule of law issues. Polls suggest that Brazilians and Mexicans have favourable views of each other. Antagonism between the two nations is entirely artificial. It has been fed by officials with failed agendas and should have no place among two societies engaged in virtuous processes of democratic transformation and economic modernization.`

Paulo Sotero is director of the Brazil Institute and Duncan Wood is director of the Mexico Institute at the Woodrow Wilson Center.

http://blogs.ft.com/beyond-brics/2015/0 ... o-rivalry/

Re: Geopolítica Brasileira

Enviado: Qui Jun 11, 2015 2:34 am
por cassiosemasas
Bourne escreveu:
A false war fades: the end of Brazil-Mexico rivalry?

For much of the past two decades, Brazil and Mexico seemed at times to be on a collision course. Diplomats from Latin America’s two largest nations were often preoccupied, if not obsessed, with a competition for an elusive role as regional leaders and players in the post-Cold War shifting global scene. The 2013 battle for the post of director general at the World Trade Organization, won by Brazilian diplomat Roberto Azevêdo over Mexican Herminio Blanco, a former trade minister, left plenty of hurt feelings. Ironically, the dispute for influence also led to convergence. The 2011 creation of the Community of Latin American and Caribbean Nations (CELAC), proposed by Mexico to affirm its Latin American identity and counter a perceived Brazilian effort to separate it from the region, was warmly embraced in Brasília as a way project leadership by promoting formats that excluded the US.

The antagonism was deepened by choices the two countries made in the early 1990s, responding to the challenges posed by economic globalization. In 1994, Mexico joined the US and Canada in the North American Free Trade Agreement (Nafta). It was the first step in a strategy that in the following 20 years resulted in the signing of two dozen trade deals and a transformation of the Mexican economy from a commodity-based model to a manufactured goods exporting powerhouse.

By contrast, Brazil opted to build Mercosur with Argentina, Uruguay and Paraguay, a custom’s union inspired in the European model of open regionalism that, in theory, would be gradually enlarged to include all of South America. It did not. After initially significantly expanding trade in the Southern Cone, Mercosur turned out to be an obstacle to, rather than a vehicle for, the country’s integration in the world economy. Negotiations of a trade agreement between Mercosur and the European Union have lingered for more than a decade. The failure to open the Brazilian economy has had an impact: by 2013, Brazil’s merchandise trade as a percentage of GDP was only 21.9 per cent; the corresponding figure for Mexico was 61.2 per cent.

In recent years the two countries have been juxtaposed in the international business press as success and failure stories. During the late 2000s, Brazil was the golden child of the Americas investment community, and Mexico was seen as the perennial disappointment. By 2013, the tables had turned with Mexico seen as the hot property and Brazil heading in the wrong direction, having adopted a more nationalistic bent in its economic policy. The contrast was seized on by politicians and commentators in both countries to emphasize the differences between the two.

However, the recent visit to Mexico by Brazil’s President Dilma Rousseff, the first outside South America in her second term, suggests the antagonism is coming to an end. Warmly received in Mexico City, Rousseff used the trip to signal a change of direction in her country’s economic policies. “We have to overcome defensive postures and recognize the role of trade and reciprocal investments in the recovery of our economies,” she told an audience of 200 business leaders from both countries in the banquet hall of Mexico City’s national palace, after signing a trade and investment pact with her host, Enrique Penã Nieto, to expand ties between Latin America’s largest economies. “This is the beginning of a new stage, as you pointed out Madam President, a new chapter in the friendship between our two nations,” Peña Nieto said before toasts with Mexican tequila and Brazilian cachaça. “This is a chance to leverage our strengths, starting from our similarities”.

With 55 per cent of Latin America’s population and two thirds of its GDP, Brazil and Mexico have plenty of room to expand and improve bilateral relations. Two-way trade of $9.1bn represent just 2 per cent of the two countries’ exports. The investment picture looks more promising. Mexican companies are among the five largest foreign investors in Brazil, with a portfolio of $23bn. Brazilian firms have begun to look north for opportunities to expand their business, with major investments in Mexican infrastructure projects in recent years, most notably a $5bn investment by Braskem in a polyethylene plant in Veracruz with Mexican group Idesa, taking advantage of the ongoing reform in Mexico’s energy sector. It will be the largest petrochemical plant in Mexico when completed.

One similarity between Brazil and Mexico that was ignored during Rousseff’s visit is the deep lack of popularity of both governments. Fed by scandal and allegations of corruption, it has diminished both Rousseff and Peña Nieto. After a successful start, which led to the approval of comprehensive economic reforms needed to improve Mexico’s low levels of productivity, the Mexican leader now seems stuck under a cloud of suspicion, facing a number of corruption scandals and with the second lowest approval ratings ever for a Mexican president. Six months into her second term, the re-elected Brazilian president is in even worse shape and has seen her popular approval drop to near single digits. She is seen by voters as politically responsible for the mega corruption scandal that engulfed Petrobras which has complicated an economic crisis brought on by fiscal mismanagement and the failure to adapted to the end of the commodities boom that fed the perception of a rising Brazil under her predecessor, Luiz Inácio Lula da Silva.

If the Mexican strategy of economic openness looks attractive enough to inspire the embattled Rousseff to look for closer relations in her effort to save her presidency, Brazil’s impressive offensive in the fight against corruption in recent years, led by a new generation of federal judges, prosecutors and police officers has not gone unnoticed in Mexico.

Closer trade and investment relations between the two countries will foster bilateral cooperation, and there is ample room for mutual learning on rule of law issues. Polls suggest that Brazilians and Mexicans have favourable views of each other. Antagonism between the two nations is entirely artificial. It has been fed by officials with failed agendas and should have no place among two societies engaged in virtuous processes of democratic transformation and economic modernization.`

Paulo Sotero is director of the Brazil Institute and Duncan Wood is director of the Mexico Institute at the Woodrow Wilson Center.

http://blogs.ft.com/beyond-brics/2015/0 ... o-rivalry/
Essa treta comentada, não passa de fachada, desde que o Brasil conseguiu enterrar a "Alca" pois seria uma super estrutura econômica, englobando todos os blocos do continente(o que ainda tenho pra mim que foi uma decisão acertada.), começou esse mimimi,(mais por ressentimento dos americanos do que qualquer outra coisa.) nós ainda estamos engatinhando aliás nem isso, estamos empacados, vide Mercosul.
Como já digitei anteriormente, temos um espaço enorme para manobra, mas, sempre tem um mas, enquanto estivermos reféns de uma política externa inexistente ou ideológica ao invés de pragmática, vamos ter poucas opções ou opções restritivas e isso não é bom... mas essa mudança no comportamento do governo já foi sinalizada e já tem um tempo, vamos ver se isso é só da boca pra fora ou se é pra valer .
O México é um grande mercado, mas todos sabemos quem manda lá, então é bom falar com eles primeiro.
E não pensem que isso não pode entrar no bojo de ofertas dos americanos para o Brasil mais adiante....

Re: Geopolítica Brasileira

Enviado: Dom Jun 14, 2015 9:04 pm
por Paisano

Re: Geopolítica Brasileira

Enviado: Seg Jun 15, 2015 8:42 pm
por Bourne
cassiosemasas escreveu:Essa treta comentada, não passa de fachada, desde que o Brasil conseguiu enterrar a "Alca" pois seria uma super estrutura econômica, englobando todos os blocos do continente(o que ainda tenho pra mim que foi uma decisão acertada.), começou esse mimimi,(mais por ressentimento dos americanos do que qualquer outra coisa.) nós ainda estamos engatinhando aliás nem isso, estamos empacados, vide Mercosul.
Como já digitei anteriormente, temos um espaço enorme para manobra, mas, sempre tem um mas, enquanto estivermos reféns de uma política externa inexistente ou ideológica ao invés de pragmática, vamos ter poucas opções ou opções restritivas e isso não é bom... mas essa mudança no comportamento do governo já foi sinalizada e já tem um tempo, vamos ver se isso é só da boca pra fora ou se é pra valer .
O México é um grande mercado, mas todos sabemos quem manda lá, então é bom falar com eles primeiro.
E não pensem que isso não pode entrar no bojo de ofertas dos americanos para o Brasil mais adiante....
Nos últimos seis meses a rota das negociações brasileiras voltou à toda. Acabou a época que o exterior inexistia ou se resumia ao mercosul.

Agora o governo trabalha pesado para fazer o acordo mercosul e UE sair, nem que tenha que mudar que acabar com a tarifa comum do mercosul e oficializá-lo como área de livre comercio. Ao mesmo tempo em que foi atrás dos países da aliança do pacifico para ter acordo e montar a infraestrutura de integração, a possibilidade de investimento chinês faz parte da estratégia integrada. O México é importante pra comércio exterior, integração das cadeias produtivas e porta de entrada para o mercado norte-americano devido ao NAFTA.

As coisas estão acontecendo tarde, mas rápido. O que surpreendente devido a campanha de 2014 não ter discussão sobre setor externo, política externa e comércio internacional.

Espero que os lobistas da FIESP tenham percebido que a política de manter a economia fechada, crescimento baseado só em incentivos tributários e de crédito, sem buscar integração internacional e novos mercado é uma fria. Por que não tem espaço para crescer no mundo e, cedo ou tarde, vira contra eles mesmos na medida em que os estrangeiros se tornam tão competitivos que entram aqui e arrasam setores interiores.

Re: Geopolítica Brasileira

Enviado: Seg Jun 15, 2015 9:20 pm
por cassiosemasas
Bourne escreveu:
cassiosemasas escreveu:Essa treta comentada, não passa de fachada, desde que o Brasil conseguiu enterrar a "Alca" pois seria uma super estrutura econômica, englobando todos os blocos do continente(o que ainda tenho pra mim que foi uma decisão acertada.), começou esse mimimi,(mais por ressentimento dos americanos do que qualquer outra coisa.) nós ainda estamos engatinhando aliás nem isso, estamos empacados, vide Mercosul.
Como já digitei anteriormente, temos um espaço enorme para manobra, mas, sempre tem um mas, enquanto estivermos reféns de uma política externa inexistente ou ideológica ao invés de pragmática, vamos ter poucas opções ou opções restritivas e isso não é bom... mas essa mudança no comportamento do governo já foi sinalizada e já tem um tempo, vamos ver se isso é só da boca pra fora ou se é pra valer .
O México é um grande mercado, mas todos sabemos quem manda lá, então é bom falar com eles primeiro.
E não pensem que isso não pode entrar no bojo de ofertas dos americanos para o Brasil mais adiante....
Nos últimos seis meses a rota das negociações brasileiras voltou à toda. Acabou a época que o exterior inexistia ou se resumia ao mercosul.

Agora o governo trabalha pesado para fazer o acordo mercosul e UE sair, nem que tenha que mudar que acabar com a tarifa comum do mercosul e oficializá-lo como área de livre comercio. Ao mesmo tempo em que foi atrás dos países da aliança do pacifico para ter acordo e montar a infraestrutura de integração, a possibilidade de investimento chinês faz parte da estratégia integrada. O México é importante pra comércio exterior, integração das cadeias produtivas e porta de entrada para o mercado norte-americano devido ao NAFTA.

As coisas estão acontecendo tarde, mas rápido. O que surpreendente devido a campanha de 2014 não ter discussão sobre setor externo, política externa e comércio internacional.

Espero que os lobistas da FIESP tenham percebido que a política de manter a economia fechada, crescimento baseado só em incentivos tributários e de crédito, sem buscar integração internacional e novos mercado é uma fria. Por que não tem espaço para crescer no mundo e, cedo ou tarde, vira contra eles mesmos na medida em que os estrangeiros se tornam tão competitivos que entram aqui e arrasam setores interiores.
[100]

tomara, camarada, tomara!

Re: Geopolítica Brasileira

Enviado: Qua Jun 17, 2015 6:41 pm
por Sterrius
Torcendo pros acordos internacionais saírem e principalmente serem vantajosos/justos. Apesar que o atraso do Brasil custará caro nas negociações.

Re: Geopolítica Brasileira

Enviado: Qua Jun 17, 2015 8:51 pm
por mmatuso
Torcendo muito para que o Brasil feche acordo com EUA e UE e não com países pareas, comunistas e nefastos.

Re: Geopolítica Brasileira

Enviado: Qui Jun 18, 2015 1:23 am
por cassiosemasas
na realidade torço para o país fechar acordos bons, independente de qualquer viés.

Re: Geopolítica Brasileira

Enviado: Sáb Jun 27, 2015 7:00 pm
por Bourne
Otaviano Canuto é o novo diretor pelo Brasil no FMI
Ex-conselheiro sênior do Bird, economista vai representar 11 países no conselho do Fundo

RIO - O economista Otaviano Canuto, que trabalhava como conselheiro sênior para os Brics no Banco Mundial (Bird), é o novo diretor executivo pelo Brasil no Fundo Monetário Internacional (FMI). Canuto vai representar ainda outros dez países — Cabo Verde, República Dominicana, Equador, Guiana, Haiti, Nicarágua, Panamá, Suriname, Timor Leste e Trinidade e Tobago — no conselho do Fundo e assumirá o cargo na próxima quarta-feira, 1º de julho. Ele vai substituir Paulo Nogueira Batista Júnior, que será vice-presidente do Banco de Desenvolvimento dos Brics.

Para Canuto, a reforma no sistema de cotas do FMI é um dos temas importantes que estarão na agenda do organismo nos próximos meses.

— Também é preciso fortalecer os mecanismos do Fundo na abordagem a situações de insolvência de dívidas (de países), além de discutir a composição dos direitos especiais de saques (prerrogativa dos países-membros do FMI para ter acesso a recursos do Fundo em caso de necessidade) — afirmou Canuto ontem.

A reforma no sistema de cotas do FMI é uma demanda do Brasil e de outros emergentes e foi aprovada em 2010, com o objetivo de dar maior peso a países que hoje têm pouca participação nas decisões, incompatível com a sua relevância na economia global. No entanto, a reforma está emperrada porque depende de aprovação do Congresso americano, já que os Estados Unidos são os maiores cotistas do Fundo.

Ex-secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda durante a gestão de Antonio Palocci, no primeiro governo Lula, Canuto está em Washington desde 2003. Ocupou cargos de diretor e vice-presidente no Bird e no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Seu nome chegou a ser citado como possível ministro da Fazenda no atual governo Dilma. Também foi cotado para assumir a presidência do BNDES.

http://oglobo.globo.com/economia/otavia ... 1-16576117

Re: Geopolítica Brasileira

Enviado: Dom Jun 28, 2015 8:40 pm
por Sterrius
Bom saber que temos bons economistas ainda nas posições certas.

Questão de tocer pra eles ganharem mais apoio e proteção dos ideólogos sonhadores.