Marinha da Argentina

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Re: Marinha da Argentina

#841 Mensagem por FCarvalho » Qui Dez 19, 2024 11:37 am

knigh7 escreveu: Qua Dez 18, 2024 11:01 pm
FCarvalho escreveu: Qua Dez 18, 2024 11:26 am Substituir os atuais almirantes por substituir é complicado, pois os atuais vice e contra almirantes que podem chegar ao posto máximo, via de regra, comungam das mesmas ideias e\ou predileções do alto comando da marinha, não desde agora, mas há muito tempo. E as escolhas feitas para quem vai ter as quatro estrelas é bastante seletiva e, pragmática, diria, no sentido de manter a direção geral do planejamento estabelecido institucionalmente.
O Àlvaro Alberto terá o mesmo fim dos TR-1700 da ARA. Vai ser parado na metade, mas com um desperdício de um valor bem maior, num período vital de renovação da MB. E os Altes vão sentar no toco e jogar a culpa nos políticos de plantão.
Eu diria que o almirantado é capaz de deixar a esquadra à esmo e esmolando migalhas a si na esplanada dos ministérios antes de permitir que o único subnuc seja descontinuado em qualquer fase de seu desenvolvimento e\ou apronto. Isso é líquido e certo.
Preferem ter um único e solitário subnuc, com todas as limitações do mundo a dispor de uma esquadra coerente e adequada à falta de visão e responsabilidade do país.




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Re: Marinha da Argentina

#842 Mensagem por FCarvalho » Qui Dez 19, 2024 11:52 am

Túlio escreveu: Qui Dez 19, 2024 8:43 am
knigh7 escreveu: Qua Dez 18, 2024 11:01 pm O Àlvaro Alberto terá o mesmo fim dos TR-1700 da ARA. Vai ser parado na metade, mas com um desperdício de um valor bem maior, num período vital de renovação da MB. E os Altes vão sentar no toco e jogar a culpa nos políticos de plantão.
O que dá uma grande pena, não pelo SSN, inútil para quem só tem (e terá) uma única base - e no Hell de Janeiro ainda por cima 🫣- para um barco com capacidade de patrulhar, espionar e atacar em qualquer parte do mundo; não, é o RENAP a grande baixa, cuja tecnologia seria uma solução magnífica para gerar energia abundante e barata nas proximidades da região onde se faz necessária.
Não vou aprofundar porque o @gabriel219 já enjoou de falar para as paredes, fico com a impressão de que só eu dei bola para algo aparentemente irrelevante para Defesa... até entendermos que sem de$envolvimento ela só faz definhar, como temos visto.
Meu caro @Túlio

O RENAP teria melhor sorte talvez se o PRSUB fosse um programa mais aberto à participação de outros ministérios, e a própria marinha não tratasse o mesmo como algo exclusivo seu, e de ninguém mais. Sempre houve esse problema com os projetos da defesa, mantidos e vistos como produtos exclusivos e de interesse apenas e tão somente das ffaa's, e não de Estado, ou mesmo dos governos de plantão a fim de terem alguma sequência.
Os próprios militares cooperam com este tipo de situação ao não permitir "intromissões" de fora da caserna, e nem mesmo das outras forças ditas "co-irmãs", quando, e se muito, permitem outras partes interessadas no poder público a convite para dar algum pitaco, e mesmo assim, bastante limitados em seu conteúdo e amplitude.
No final, não querem e não admitem que ninguém de fora se meta em seus "assuntos particulares", pelos vícios já conhecidos da administração pública no país, não somente pertinentes aos quartéis.
Poderia ser diferente. Ainda pode. Mas a resistência dentro das ffaa's coopera demais para que as coisas não mudem tão cedo.




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Re: Marinha da Argentina

#843 Mensagem por knigh7 » Qui Dez 19, 2024 7:01 pm

O Ministério da Ciência & Tecnologia tem um orçamento de investimento maior que o do MD, as secretarias estaduais tem fundos de fomento e há interesse civil.

Outra coisa: pelo o que se observa das ações dos Houthis, por exemplo, com essa proliferação de meios antinavios reativamente simples, as Tamandarés, com a ausência de sistemas e armamentos que elas terão, não vão sobreviver num ambiente tendo como adversário um país com poucos recursos.

Não estamos vendo o fim das escoltas, mas é indispensável que elas possuam sistemas de detecção e destruição de drones, seja contra os UUVs, os USVs e os UAVs com as suas subcategorias.

As Tamandarés precisam de um sonar antitorpédico passivo de arrasto (para detecção desses drones aquáticos se aproximando no quadrante traseiro), de mais canhões, de um VDS e de mais mísseis antiaéreos. Escolta pé de boi não vai sobreviver...




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Re: Marinha da Argentina

#844 Mensagem por FCarvalho » Sex Dez 20, 2024 11:19 am

knigh7 escreveu: Qui Dez 19, 2024 7:01 pm O Ministério da Ciência & Tecnologia tem um orçamento de investimento maior que o do MD, as secretarias estaduais tem fundos de fomento e há interesse civil.
Outra coisa: pelo o que se observa das ações dos Houthis, por exemplo, com essa proliferação de meios antinavios reativamente simples, as Tamandarés, com a ausência de sistemas e armamentos que elas terão, não vão sobreviver num ambiente tendo como adversário um país com poucos recursos.
Não estamos vendo o fim das escoltas, mas é indispensável que elas possuam sistemas de detecção e destruição de drones, seja contra os UUVs, os USVs e os UAVs com as suas subcategorias.
As Tamandarés precisam de um sonar antitorpédico passivo de arrasto (para detecção desses drones aquáticos se aproximando no quadrante traseiro), de mais canhões, de um VDS e de mais mísseis antiaéreos. Escolta pé de boi não vai sobreviver...
Interesse do meio civil público nos programas da MB, e demais forças, sempre houve, mas, é aquela coisa, a cultura do cada um no seu quadrado, e ninguém tem nada a ver com isso, dentro da administração pública - civil e militar - acaba por inibir, senão cercear não raras vezes a participação, e a colaboração, de muitos mais órgãos nos projetos das ffaa's. É um muro difícil de ultrapassar, ou mesmo derrubar ainda hoje.

Quanto às fragatas, os requisitos como sempre foram elaborados na base do "mínimo básico necessário" a fim de tentar incorporar o máximo possível de participação da indústria nacional no projeto, e fomentar os projetos apoiados e\ou desenvolvidos pela força, algo que é sempre carta marcada em todos as áreas da MB, mas que tem os seus (altos) custos.

A meu ver, a vantagem que a escolha do projeto MEKO nos oferece é sua extrema flexibilidade construtiva e de projeto, de forma que a incorporação futura de novos recursos não encontrará maiores óbices quando do PMG e\ou outras manutenções regulares dos navios. Claro, desde que isso tenha sido previsto no projeto básico do navio desde o início. Se foi esse o caso ou não das FCT, veremos.

Espaço nas A100 da marinha existe de sobra para apor diversos outros equipamentos e sistemas de defesa a fim de melhorar suas parcas e limitadas capacidades, tanto que conseguiram fazer a proeza de um navio projetado para ser essencialmente uma corveta capaz de atingir até 3 mil ton chegar as 3.400 ton. Como e onde fizeram isso não se sabe, mas, o projeto mostrou-se adaptável o suficiente para prover os requisitos da marinha, e ainda manter os custos das modificações dentro do aceitável e possível, mesmo que caríssimos para o nosso orçamento em qualquer tempo.

Resta saber se conseguiremos aproveitar tudo o que as MEKO são capazes de oferecer em termos de aproveitamento do projeto. Ou se vamos ficar mesmo no "mínimo básico necessário" e já está de bom tamanho.

Pelo andar da carruagem não é difícil de se imaginar qual escolha temos pela frente.




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