FIGHTERCOM escreveu: Sáb Jul 17, 2021 2:15 pm
Os próximos 10 anos? Consolidar o Gripen e a operação de um possível UCAV nacional. Já está de bom tamanho. Se chegarmos naquele número de 70 Gripens e um número igual ou maior de UCAV, já dá para ter supremacia na América do Sul. Afinal, Colômbia postergou a aquisição de um novo vetor. Peru, ao que tudo indica, vai dar um tapa nos Mirage. O Chile vai continuar com os F-16 e sem uma solução para os F-5. Argentina, bem, o futuro é o Pampa.
Abraços,
Wesley
Se levarmos em conta apenas o aspecto financeiro-orçamentário da força aérea e o curto e médio prazo, estas devem ser realmente as prioridades, junto com o KC-390, até 2030, pelo menos.
Por outro lado, levando em consideração os aspecto geoestratégicos e políticos mundiais e do nosso entorno regional, há a possibilidade de para além de 2030 termos de encarar uma outra realidade, que talvez nos leve a pensar se o binõmio Gripen/UCAV será tão ou mais efetivo quanto se espera que ele seja por agora.
A modernização dos países vizinhos se dará em maior ou menor tempo, e isto pode incluir a obtenção de caças de 4,5a G, ou até mesmo de 5a G, caso o marketing de chineses e russos conseguir elevar os seus produtos à condição de acessíveis a todos, e não apenas a alguns poucos. Turcos, sul coreanos concorrem por fora, e eu não ficaria surpreso se o Tempest britânico desse as caras por aqui.
A Colombia creio deve optar entre F-16V e Gripen E, e posteriormente, se a alternativa americana for a vencedora, o F-35 segue sendo uma opção plausível como complemento da frota, mediante, obviamente, a diminuição dos custos do caça. O Chile da mesma forma segue na opção de comprar o F-35, caso os custos do caça diminuam de tal forma que se torne acessível à FACh.
O Peru é uma incógnita mas como clientes de longa data dos russos, não se pode descartar de todo Su-30/35 e Mig-35, ou mesmo os caças de nova geração russos, sejam Mig ou Sukhoi. Chineses e sul coreanos correm por fora com seus caças também, sejam de 4a ou 5a geração.
Já a Venezuela pode ser um fator desestabilizador caso o atual governo conseguir se manter no poder, e mais ainda, contornar a mais grave crise econômica pela qual o país vem passando. Como apenas chineses e russos são as fontes de reposição de material militar deles, pode ser que depois de 2030, ou quiçá antes, possamos ver Sukhoi e/ou Mig de 4,5a G nas cores da FAV, ou mesmo Su-57. Aliás, é possível que a Venezuela acabe sendo apesar de tudo, o primeiro país da América Latina a operar caças de 5a G através daquele caça russo antes do fim desta década. Não se pode dizer ao certo sobre a capacidade real deles de adquirir e manter um caça como este, mas como o governo venezuelano não trabalha com lógica, esta é uma possibilidade que não se pode descartar de todo. Da mesma forma o J-31 chinês, que deve estar operacional no meio desta década. E pelo que se diz, será exportável.
Enfim, a introdução de um caça de 5a G na América do Sul pode ser um fator de desestabilização da região. E levar por tabela os norte americanos a avaliar seriamente a liberação dos F-35 para países aliados, como Colômbia e Chile. E isto abriria também a possibilidade de outros concorrentes europeus e/ou turcos e sul coreanos no continente. E aí quem sabe vejamos uma concorrência séria sobre o reequipamento das forças aéreas sul americanas.
Mas isto tudo são conjecturas.