Re: Coronavirus
Enviado: Seg Abr 06, 2020 2:42 am
Túlio escreveu: ↑Dom Abr 05, 2020 2:52 pmMarcelo Ponciano escreveu: ↑Dom Abr 05, 2020 1:57 am
Desculpe-me Túlio, mas isso já está te cegando. Não te conheço há muito tempo, mas é há tempo suficiente de saber que você não fala algo sem ter certeza e pesquisar as fontes. No caso, entretanto, está se comportante como militante cego e não foi atrás da fonte.Cupincha véio, me conheces o suficiente para saber que meu foco principal nem é o "Doutor da Moda", tanto que raramente falo nele. Sobre comportamento "de militonto", devo refutar: me viste mudar meu discurso ou seguir as ideias dos outros? Eu penso com a minha cabeça e pesquiso até estar (razoavelmente, o Absoluto foge à capacidade humana, nem tento) certo do que estou dizendo, e pesquisei o suficiente para dizer que não entendo como na Peste Negra atual, com a tremenda letalidade alardeada pelos ALARMISTAS de sempre, que torcem pelo triunfo DO VÍRUS (tem gente fazendo isso abertamente - mas achando que ninguém nota - em toda rede social, desde as pequenas como o DB até as gigantes como FB e TWT), tanta gente (centenas de milhares) se curou sem existir remédio nem tratamento além dos que se usa na GRIPE COMUM. Já perguntei várias vezes AQUI sobre isso e necas de resposta. Tens alguma?Marcelo Ponciano escreveu: ↑Dom Abr 05, 2020 1:57 am De mais a mais, ele não falou mal do governo em nenhum momento, seja no nerdologia, seja nos vídeos sobre o coronavírus, seja no Roda Viva (nesse último, inclusive, elogiou o Ministério da Saúde).Aqui pareces realmente me julgar um MILITONTO, o que lastimo muito, vindo de alguém a quem dedico tanto Respeito e Amizade, mesmo sem conhecer pessoalmente, mas deves ser parceirão para tomar UMAZZZ CERVAZZZ e charlar sobre coisa que preste.
Cupincha, SEI que não és nada amigo do atual GF, idem vários outros Colegas mas me digas, que represálias sofreram por isso? DB significa Defesa Brasil, não Defesa do Bolsonaro. Temos um Regulamento e apenas quando é violado é que aparecem avisos ou mesmo sanções. Assim, se o Doutor da Moda que, gostes ou não, já teve que voltar legal atrás em seus prognósticos apocalípticos de milhões de mortos SÓ NO BRASIL, é por mim criticado, o tem sido desde que vi um vídeo (se não me engano tu postaste) e achei de um CATASTROFISMO animal, até o meteoro tem mais "lógica". Mas não editei nem apaguei nem sancionei ninguém, aqui é para discordar e debater mesmo, e do jeito que fazemos: podemos discordar até a morte mas a figura do Colega é inviolável.
É uma das (não a única) razões pelas quais gosto de debater contigo, com o @ramme e tantos outros: RESPEITO SEMPRE ESTÁ PRESENTE. Assim, e respeitosamente, reitero a pergunta:
Como tanta gente se curou de algo tão horripilante e mortífero sem ter remédio nem tratamento além dos usais na GRIPE COMUM? Tipo higiene, alimentação, hidratação e cama?
(Espero desta vez obter resposta)
Meu caro amigo, primeiro de tudo: não quis chamá-lo de militonto, se assim fiz parecer fica aqui meus sinceros pedidos de desculpas.
Aqui por vezes estamos discutindo vários pontos ao mesmo tempo, todos de muita relevância. Nem sempre a incorreção de um argumento invalida toda a tese do outro amigo está debatendo. O ponto acima versa exclusivamente sobre as credenciais científicas do Átila. Você falou que ele não é mais cientista, que abandonou a carreira para ser youtuber, sendo que por isso a credibilidade dele era nenhuma. Apenas quis demonstrar que isso não era propriamente uma verdade, que ele continua cientista e que tem credibilidade e autoridade no assunto.
Mas enfim, vamos esquecer o Átila por enquanto, vamos ao ponto que interessa: o vírus.
O que temos que levar em consideração, antes de tudo, é o referencial numérico. Se eu te der hipoteticamente cem mil, você vai aceitar???
Pense antes de responder.....
A resposta correta deve ser: depende, cem mil de que?
Se for cem mil reais certamente você não vai negar, da para gastar com algumas coisas legais. Transfiro hipoteticamente para sua conta e pronto. Mas e se for cem mil moedinhas antigas de cruzado? Certamente você vai negar, por alguns motivos óbvios: não valem nada, não tem onde colocar e nem como transportar.
A expressão "cem mil" para você e para mim pode parecer muito, mas e para o planeta? Considerando que temos 6 bi de habitantes, cem mil pessoas sequer chega a ser 0,1% do planeta.
Tudo depende, é claro, do referencial.
E se for 100 mil mortos???
Bom, certamente morrem 100 mil pessoas no mundo todos os anos. Na verdade, com certeza morrem mais. Acontece que elas morrem de maneira dispersa no planeta e gradativamente ao longo do ano e não há motivo para preocupação.
Mas e se morrerem 100 mil pessoas em um curto espaço de tempo? Como as 100 mil moedas de cruzado, não é algo muito legal de lidar. É fácil lidar com 100 mil reais, mas é dificílimo lidar com 100 mil moedinhas de cruzado.
O que estamos debatendo aqui, sobre o vírus, antes de tudo, é matemática e logística em um dado espaço de tempo.
O que fazer 1 milhão de infectados em 3 meses? Já temos isso no mundo, mais de 1 milhão de pessoas infectadas.
Como dar tratamento médico, hospitalar, remédios, vacinas? Como preparar os médicos com equipamentos básicos, tais como luvas, máscaras, aparelhos de respiração?
Se esse vírus mata 3%, isso de 1 milhão é 30 mil. Em três meses. Como enterrar tantos corpos? Como cremar tanta gente?
Parece pouco? Mas não é. Estamos vendo os Estado Unidos da América, o país que cresceu graças à logística, cair de joelhos esfacelado por causa de 300 mil doentes em um mês.
Eis a questão: estamos, antes de tudo, falando de matemática e logística.
Vamos voltar ao Átila. A conta foi simples: o vírus por ser novo pode infectar 80% da população muito rapidamente (estudo do Imperial College), o Brasil tem 200 milhões de habitantes, 80% disso dá 160 milhões de pessoas doentes, se nada for feito. Se o vírus matar 1% (estimativa baixa, sabemos até agora que é 3%, mas o Átila e o Imperial College trabalharam com 1%) temos 1.6 milhões de mortos.
Temos logística para lidar com 160 milhões de doentes de uma vez? Temos logística para lidar com o enterro de 1.6 milhões de corpos?
Nenhum país tem. Mas esse é um cenário hipotético, apenas para fins de preparação.
É aí que entra as medidas protetivas. Se você reduz o número de pessoas na rua evita que 80% da população adoeça de uma vez (já não estamos mais falando de 160 milhões de doentes), se reduziu o número de doentes vai reduzir o de óbitos. Do ponto de vista logístico as coisas parecem entrar dentro do "administrável". A estimativa do Imperial College era apenas para mostrar o que aconteceria se nada fosse feito. Foi isso que o Átila divulgou.
Vamos fazer mais algumas analogias.
Digamos que amanha o Presidente libera para todo mundo a compra de um colete à prova de balas capaz de reter 70% dos disparos de armas de fogo comuns (exceto fuzis e armas de uso pelas forças armadas). Você compraria esse colete???
Pense agora você está andando na rua, sem a sua funcional e não tem treinamento nenhum em segurança pública. Imagina então que começa um tiroteio de armas de fogo comuns, considere as seguintes opções:
a) se esconder dentro de um imóvel, com paredes de tijolos, com a garantia delas segurarem 90% das balas;
b) usar o colete que retem 70% e tentar fugir rapidamente para sua casa;
c) se esconder atrás de um carro, com a garantia dele segurar apenas 10% das balas;
d)fazer nada, continuar andando como se nada estivesse acontecendo, inclusive passando pelo meio do fogo cruzado.
Pense antes de responder.
Eu escolheria entre a) e b). Se não tivesse jeito mesmo ficava com a c) (melhor 10% do que nada), mas com certeza jamais escolheria a d).
Deixa eu acrescentar um dado adicional, se você escolher a letra a) você vai ter que faltar ao trabalho e vai perder o emprego e, provavelmente, seus filhos passarão necessidade. Mas o que é melhor: passar fome com você ou passar fome sem você???
Qualquer um já percebeu que a a analogia. A letra a) é o lockdown, a letra b) o uso de máscara caseiras, a letra c) é apenas tomar cuidado com lavar as mãos toda hora, a letra d) é fazer nada nos dois casos.
Sim, eu sei, a analogia tem um furo, o vírus não tem a letalidade de uma arma de fogo. Mas mesmo assim, se eu garantisse para você que todos os bandidos só iriam atirar em partes não vitais, ninguém em sã consciência escolheria a letra d) simplesmente porque ninguém quer ir dar um passeio no hospital junto com outras dezenas de pessoas no meio da rua, concorrente com espaços na ambulância e o trânsito até chegar no hospital.
Estranhamente, no caso da COVID, há quem prefira a letra d).
É disso que estamos falando.
Voltemos à pergunta: Como tanta gente se curou de algo tão horripilante e mortífero sem ter remédio nem tratamento além dos usais na GRIPE COMUM? Tipo higiene, alimentação, hidratação e cama?
Não olhe para o resultado, olhe para o meio. Até que as pessoas se curem, quantos leitos foram ocupados? Quantas máscaras? Ambulâncias? E quem não se curou? Quantos caixões? Quantas covas? Alguém tem condições de suportar tudo isso????
Olhe para a China, para a Itália, para a Espanha. Ainda que todos esses fossem incompetentes, olhe para a nação mais poderosa do mundo, deuses terrenos da logística de guerra, olhe para os Estados Unidos da América de joelhos!!!!
É ou não uma questão de matemática e logística? Quem escolhe a letra d) ajuda ou atrapalha? Mesmo que esse caos não tenha se instalado ainda no Brasil, somos realmente melhores em logística que os EUA???
Aqui por vezes estamos discutindo vários pontos ao mesmo tempo, todos de muita relevância. Nem sempre a incorreção de um argumento invalida toda a tese do outro amigo está debatendo. O ponto acima versa exclusivamente sobre as credenciais científicas do Átila. Você falou que ele não é mais cientista, que abandonou a carreira para ser youtuber, sendo que por isso a credibilidade dele era nenhuma. Apenas quis demonstrar que isso não era propriamente uma verdade, que ele continua cientista e que tem credibilidade e autoridade no assunto.
Mas enfim, vamos esquecer o Átila por enquanto, vamos ao ponto que interessa: o vírus.
O que temos que levar em consideração, antes de tudo, é o referencial numérico. Se eu te der hipoteticamente cem mil, você vai aceitar???
Pense antes de responder.....
A resposta correta deve ser: depende, cem mil de que?
Se for cem mil reais certamente você não vai negar, da para gastar com algumas coisas legais. Transfiro hipoteticamente para sua conta e pronto. Mas e se for cem mil moedinhas antigas de cruzado? Certamente você vai negar, por alguns motivos óbvios: não valem nada, não tem onde colocar e nem como transportar.
A expressão "cem mil" para você e para mim pode parecer muito, mas e para o planeta? Considerando que temos 6 bi de habitantes, cem mil pessoas sequer chega a ser 0,1% do planeta.
Tudo depende, é claro, do referencial.
E se for 100 mil mortos???
Bom, certamente morrem 100 mil pessoas no mundo todos os anos. Na verdade, com certeza morrem mais. Acontece que elas morrem de maneira dispersa no planeta e gradativamente ao longo do ano e não há motivo para preocupação.
Mas e se morrerem 100 mil pessoas em um curto espaço de tempo? Como as 100 mil moedas de cruzado, não é algo muito legal de lidar. É fácil lidar com 100 mil reais, mas é dificílimo lidar com 100 mil moedinhas de cruzado.
O que estamos debatendo aqui, sobre o vírus, antes de tudo, é matemática e logística em um dado espaço de tempo.
O que fazer 1 milhão de infectados em 3 meses? Já temos isso no mundo, mais de 1 milhão de pessoas infectadas.
Como dar tratamento médico, hospitalar, remédios, vacinas? Como preparar os médicos com equipamentos básicos, tais como luvas, máscaras, aparelhos de respiração?
Se esse vírus mata 3%, isso de 1 milhão é 30 mil. Em três meses. Como enterrar tantos corpos? Como cremar tanta gente?
Parece pouco? Mas não é. Estamos vendo os Estado Unidos da América, o país que cresceu graças à logística, cair de joelhos esfacelado por causa de 300 mil doentes em um mês.
Eis a questão: estamos, antes de tudo, falando de matemática e logística.
Vamos voltar ao Átila. A conta foi simples: o vírus por ser novo pode infectar 80% da população muito rapidamente (estudo do Imperial College), o Brasil tem 200 milhões de habitantes, 80% disso dá 160 milhões de pessoas doentes, se nada for feito. Se o vírus matar 1% (estimativa baixa, sabemos até agora que é 3%, mas o Átila e o Imperial College trabalharam com 1%) temos 1.6 milhões de mortos.
Temos logística para lidar com 160 milhões de doentes de uma vez? Temos logística para lidar com o enterro de 1.6 milhões de corpos?
Nenhum país tem. Mas esse é um cenário hipotético, apenas para fins de preparação.
É aí que entra as medidas protetivas. Se você reduz o número de pessoas na rua evita que 80% da população adoeça de uma vez (já não estamos mais falando de 160 milhões de doentes), se reduziu o número de doentes vai reduzir o de óbitos. Do ponto de vista logístico as coisas parecem entrar dentro do "administrável". A estimativa do Imperial College era apenas para mostrar o que aconteceria se nada fosse feito. Foi isso que o Átila divulgou.
Vamos fazer mais algumas analogias.
Digamos que amanha o Presidente libera para todo mundo a compra de um colete à prova de balas capaz de reter 70% dos disparos de armas de fogo comuns (exceto fuzis e armas de uso pelas forças armadas). Você compraria esse colete???
Pense agora você está andando na rua, sem a sua funcional e não tem treinamento nenhum em segurança pública. Imagina então que começa um tiroteio de armas de fogo comuns, considere as seguintes opções:
a) se esconder dentro de um imóvel, com paredes de tijolos, com a garantia delas segurarem 90% das balas;
b) usar o colete que retem 70% e tentar fugir rapidamente para sua casa;
c) se esconder atrás de um carro, com a garantia dele segurar apenas 10% das balas;
d)fazer nada, continuar andando como se nada estivesse acontecendo, inclusive passando pelo meio do fogo cruzado.
Pense antes de responder.
Eu escolheria entre a) e b). Se não tivesse jeito mesmo ficava com a c) (melhor 10% do que nada), mas com certeza jamais escolheria a d).
Deixa eu acrescentar um dado adicional, se você escolher a letra a) você vai ter que faltar ao trabalho e vai perder o emprego e, provavelmente, seus filhos passarão necessidade. Mas o que é melhor: passar fome com você ou passar fome sem você???
Qualquer um já percebeu que a a analogia. A letra a) é o lockdown, a letra b) o uso de máscara caseiras, a letra c) é apenas tomar cuidado com lavar as mãos toda hora, a letra d) é fazer nada nos dois casos.
Sim, eu sei, a analogia tem um furo, o vírus não tem a letalidade de uma arma de fogo. Mas mesmo assim, se eu garantisse para você que todos os bandidos só iriam atirar em partes não vitais, ninguém em sã consciência escolheria a letra d) simplesmente porque ninguém quer ir dar um passeio no hospital junto com outras dezenas de pessoas no meio da rua, concorrente com espaços na ambulância e o trânsito até chegar no hospital.
Estranhamente, no caso da COVID, há quem prefira a letra d).
É disso que estamos falando.
Voltemos à pergunta: Como tanta gente se curou de algo tão horripilante e mortífero sem ter remédio nem tratamento além dos usais na GRIPE COMUM? Tipo higiene, alimentação, hidratação e cama?
Não olhe para o resultado, olhe para o meio. Até que as pessoas se curem, quantos leitos foram ocupados? Quantas máscaras? Ambulâncias? E quem não se curou? Quantos caixões? Quantas covas? Alguém tem condições de suportar tudo isso????
Olhe para a China, para a Itália, para a Espanha. Ainda que todos esses fossem incompetentes, olhe para a nação mais poderosa do mundo, deuses terrenos da logística de guerra, olhe para os Estados Unidos da América de joelhos!!!!
É ou não uma questão de matemática e logística? Quem escolhe a letra d) ajuda ou atrapalha? Mesmo que esse caos não tenha se instalado ainda no Brasil, somos realmente melhores em logística que os EUA???
Viktor Reznov escreveu: ↑Dom Abr 05, 2020 6:14 pm Falou sim. Tem um post dele por aí circulando pela internet na qual ele declara o Trump como sendo o pior presidente do mundo.
O Trump não é meu presidente e nem do Átila. Pode ser que seja seu, caso more nos EUA. Em qualquer dos casos, nenhum ataque do Átila ao Trump sequer vai ser capaz de arranhar a popularidade dele. Seria diferente se fosse o Bolsonaro, uma pessoa com influência nacional poderia prejudicar a popularidade dele. Mas não me recordo de nenhum momento em que o Átila tenha feito isso, pelo menos não no que tange ao vírus.