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Re: ARMAS ANTICARRO

Enviado: Sex Fev 24, 2023 2:56 am
por FCarvalho
Ou simplesmente os recursos a conta gotas que vem sustentando o projeto são suficientes apenas e tão somente para não permitir que ele morra definitivamente, e todo o conhecimento acumulado ao longo de décadas seja varrido para o esgoto ou mesmo vendido a outros interessados a troco de pinga.
Isso até que uma solução permanente seja dada ao projeto. Tal solução passa pelo fato do EB angariar verbas que suportem uma linha de produção adequada e que gere retorno financeiro a SIATT, e que possibilite, também, mais investimento no sentido de fazer as atualizações necessárias, diria impositivas, ao míssil e seu lançador.

Re: ARMAS ANTICARRO

Enviado: Sáb Mar 11, 2023 1:01 am
por Alfa BR
Só falar com Tio Jacó que ele tem resposta.

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Re: ARMAS ANTICARRO

Enviado: Sáb Mar 11, 2023 1:44 pm
por FCarvalho
Como nunca operamos de fato mísseis AC em grande escala no EB, ficou só no papel, é só comprar o direito de produção sob licença da família toda que vamos ter linha de produção aberta aqui no mínimo pelos próximos 20 anos. Isso para dotar apenas as OM operacionais e seu estoque padrão. Se formos adquirir também para as OM logísticas e depósitos, como manda a regra, vamos levar uns 50 anos até conseguir ter o básico que se espera de qualquer exercito.
Mas como não vamos à guerra semana que vem, nem tem nada na nossa agenda militar no curto prazo, dá pra esperar mais um pouco. 🙄

Re: ARMAS ANTICARRO

Enviado: Ter Mar 14, 2023 11:10 pm
por gabriel219
Não há como culpar falta de dinheiro pela incompetência da SIATT - e antes dela a Mectron - em o MSS 1.2AC ser exatamente o mesmo míssil que o MAF, haja vista que tal incompetência se reflete também no MANSUP e este está custando mais que o programa de desenvolvimento do MTC-300 e do contrato de aquisição de 100 mísseis de cruzeiro JUNTOS.

Acho que aqui é caso de incompetência pura ou corrupção mesmo e deveria ser investigado. É simplesmente inconcebível pra mim que EI conseguia construir em garagens, com um orçamento de um palito de fósforo e um kisuco de limão, réplicas do M79 Osa e até ogivas tandem, mas nossos maravilhosos participantes do programa MSS 1.2AC não conseguem fazer simples aletas retráteis e ogiva em tandem por "falta de verba".

Está na hora do EB abandonar esse projeto e buscar novos parceiros para um míssil AC nacional ou mesmo a fabricação sob licença de um míssil de segunda-linha, para acompanhar o Spike na dotação, guiado a laser mesmo.

Quem sabe o EB, se aproximando da Rússia e China, não consiga a fabricação nacional de mísseis como Kornet ou HJ-9A. Até se os Iraelenses oferecessem MAPATS estaria de bom tamanho e parceiro aqui no Brasil não falta.

MSS 1.2AC e com a SIATT não há condições mínimas de continuar, já que se quer conseguem entregar um produto crível. Teve lote piloto e o míssil ainda está em testes, ou seja, deve ter falhado miseravelmente no lote piloto e não tivemos absolutamente nenhuma mudança externa no míssil, que continua um projeto de 1989, que ainda sim não era tão bom pra época, considerando que blindagem reativa simples já existia desde o final da década de 60!

Re: ARMAS ANTICARRO

Enviado: Qua Mar 15, 2023 6:23 pm
por FCarvalho
O MSS 1.2 é mais um daqueles investimentos para "manter a doutrina".
Se o EB tivesse grana sobrando, já tinha comprado tudo em Spike, Javelin ou até mesmo em Kornet, que é mais barato.
Isso aí é um simidouro de recursos públicos.
Mas levando em conta que ninguém aqui acredita em guerra em prazo visível, a começar pelos militares, então não tem problema ir empurrando com a barriga tudo que é programa de PDI.
Ninguém vai reclamar mesmo. Menos ainda sentir falta.

Re: ARMAS ANTICARRO

Enviado: Qua Mar 15, 2023 7:37 pm
por Vinícius Almeida
Manter a doutrina dos centros de testes. rsrsrs

Re: ARMAS ANTICARRO

Enviado: Qua Mar 15, 2023 8:10 pm
por gabriel219
Vinícius Almeida escreveu: Qua Mar 15, 2023 7:37 pm Manter a doutrina dos centros de testes. rsrsrs
Sempre é essa desculpinha esfarradapa pra cobrir a incompetência de empresas nacionais, é patético.

Esse programa é caso de uma incompetência generalizada ou é caso de corrupção. Ainda acho que o caso de corrupção seria menos grave, pois é muita incompetência termos ainda o mesmo míssil de 1989 em pleno 2023 e nem está pronto ainda, estão testando eternamente.

É um míssil de 34 anos e ainda tenho que ler a pachorra de que serve apenas pra desenvolver doutrina.

Re: ARMAS ANTICARRO

Enviado: Qui Mar 16, 2023 5:37 pm
por gabriel219
FCarvalho escreveu: Qua Mar 15, 2023 6:23 pm O MSS 1.2 é mais um daqueles investimentos para "manter a doutrina".
Se o EB tivesse grana sobrando, já tinha comprado tudo em Spike, Javelin ou até mesmo em Kornet, que é mais barato.
Isso aí é um simidouro de recursos públicos.
Mas levando em conta que ninguém aqui acredita em guerra em prazo visível, a começar pelos militares, então não tem problema ir empurrando com a barriga tudo que é programa de PDI.
Ninguém vai reclamar mesmo. Menos ainda sentir falta.
Qual diferença que o MSS 1.2AC faz frente ao Milan em relação a doutrina?

Se o objetivo era única e exclusivamente manter doutrina, bastava a aquisição de sistemas TOW via EDA/FMS, ao menos teríamos um míssil operacional, coisa que o MSS 1.2AC não está.

Re: ARMAS ANTICARRO

Enviado: Sex Mar 17, 2023 3:39 pm
por FCarvalho
Percebas, uma coisa é o Brasil querer comprar míssil AC ou outro produto qualquer mais tecnológico em pleno século XXI. Outra bem diferente era o EB dos anos 1970, 1980, 1990 fazer o mesmo. Mundos muitos diferentes. Se um simples Manpad nos era negado, imagina TOW e coisas afins. O Roland, que é um sistema simples mas eficaz, gerou uma baita confusão na época quando foi comprado. E eram apenas 6 veículos lançadores.

Por essas e outras que o EB insistia, e ainda insiste, em manter o MSS 1.2. Não porque ele seja nacional, ou coisa que o valha, mas muito mais em função de deter capacidades tecnológicas na BID que possibilitem não sermos totalmente dependentes de soluções externas a fim de prover insumos básicos para a tropa. Talvez se houvesse mais verba para investimento, e a regularidade necessária, este sistema já estivesse pronto e operacional há mais tempo. O jeito então é improvisar, porque é isso que a compra de apenas 100 lançadores Spike LR é, e ver se mais para frente se consegue tirar finalmente o MS 1.2 do papel.

Olhando apenas o que está escrito no papel, temos demanda para mais de 400 lançadores(+1200 mísseis), apenas para a infantaria. Se incluir a cavalaria, isso chega quase a mil lançadores. Demanda existe. Sempre existiu. O que não há é uma explicação convincente para o MSS 1.2 ainda não ser o que se espera dele. E falta de verba não explica isso por inteiro.

Re: ARMAS ANTICARRO

Enviado: Dom Mar 19, 2023 4:59 am
por gabriel219
FCarvalho escreveu: Sex Mar 17, 2023 3:39 pm Percebas, uma coisa é o Brasil querer comprar míssil AC ou outro produto qualquer mais tecnológico em pleno século XXI. Outra bem diferente era o EB dos anos 1970, 1980, 1990 fazer o mesmo. Mundos muitos diferentes. Se um simples Manpad nos era negado, imagina TOW e coisas afins. O Roland, que é um sistema simples mas eficaz, gerou uma baita confusão na época quando foi comprado. E eram apenas 6 veículos lançadores.

Por essas e outras que o EB insistia, e ainda insiste, em manter o MSS 1.2. Não porque ele seja nacional, ou coisa que o valha, mas muito mais em função de deter capacidades tecnológicas na BID que possibilitem não sermos totalmente dependentes de soluções externas a fim de prover insumos básicos para a tropa. Talvez se houvesse mais verba para investimento, e a regularidade necessária, este sistema já estivesse pronto e operacional há mais tempo. O jeito então é improvisar, porque é isso que a compra de apenas 100 lançadores Spike LR é, e ver se mais para frente se consegue tirar finalmente o MS 1.2 do papel.

Olhando apenas o que está escrito no papel, temos demanda para mais de 400 lançadores(+1200 mísseis), apenas para a infantaria. Se incluir a cavalaria, isso chega quase a mil lançadores. Demanda existe. Sempre existiu. O que não há é uma explicação convincente para o MSS 1.2 ainda não ser o que se espera dele. E falta de verba não explica isso por inteiro.
O fato de ser nacional não tem que ser o indicativo principal pra se colocar verba nele, ainda mais verba pública. O MSS 1.2AC compete com coisas ridículas como HJ-73 e RAAD, derivados do 9M14 Malyutka e isso porque existem versões do Malyutka com ogivas tandem:

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O mínimo que a então Mectron tinha que ter apresentado, ainda em 2009, era um míssil com ogiva em tandem, alcance de 4 km e aletas rebatíveis, para diminuir aquele tubo gigantesco que nem o Spike NLOS tem. O MAF veio basicamente pronto e o MSS já estava em testes desde 1990, então foi tempo o suficiente pra se aprender com ele e fazer algo melhor, veja o que os Romenos - também os Sérvios e os Iranianos - fizeram com o Malyutka acima, com orçamento de um almoço num Self-Service!

É de uma incompetência ridícula, não há como inocentar os engenheiros da antiga Mectron e agora da SIATT, que são os mesmos!

Aliás, saiu isso no Infodefensa:
ODT assinou um novo contrato que dá continuidade aos ensaios de avaliação do MSS 1.2 AC
https://www.infodefensa.com/texto-diari ... -mss-12-ac

Desde 2009 esse projeto vem recebendo contrato em cima de contrato, então dinheiro não falta, o que falta mesmo é uma investigação do Ministério Público, pois esse programa aqui, assim como do MANSUP, FEDE a desvio de verba e improbidade administrativa.

Re: ARMAS ANTICARRO

Enviado: Dom Mar 19, 2023 3:45 pm
por FCarvalho
Eu sou pouco afeto a finanças, e questões orçamentárias, mas na minha opinião, se alguém que tenha gosto por investir tempo em verificar o quanto já foi dispendido no MSS 1.2 desde o lançamento do projeto pelo exército, faria um bem muito grande a todos nós. Mas essa pessoa não sou eu. Dá para obter essa informação, que creio, não é classificada, via MD.

Mais do que o míssil AC do exército, para mim a perda maior foi do MAR-1, que aparece ali no cantinho da foto na matéria. Esse sim, merecia um processo dedicado e avaliativo profundo. Mas, é difícil encontrar quem fora do mundo militar se dê esse tipo de trabalho em busca de explicações. Até porque, os militares costumam tratar qualquer um que não seja militar, como se inimigo fosse, ao perguntar sobre seus projetos. Os mortos, então.

Re: ARMAS ANTICARRO

Enviado: Sáb Mar 25, 2023 4:58 pm
por Viktor Reznov
gabriel219 escreveu: Dom Mar 19, 2023 4:59 am
FCarvalho escreveu: Sex Mar 17, 2023 3:39 pm Percebas, uma coisa é o Brasil querer comprar míssil AC ou outro produto qualquer mais tecnológico em pleno século XXI. Outra bem diferente era o EB dos anos 1970, 1980, 1990 fazer o mesmo. Mundos muitos diferentes. Se um simples Manpad nos era negado, imagina TOW e coisas afins. O Roland, que é um sistema simples mas eficaz, gerou uma baita confusão na época quando foi comprado. E eram apenas 6 veículos lançadores.

Por essas e outras que o EB insistia, e ainda insiste, em manter o MSS 1.2. Não porque ele seja nacional, ou coisa que o valha, mas muito mais em função de deter capacidades tecnológicas na BID que possibilitem não sermos totalmente dependentes de soluções externas a fim de prover insumos básicos para a tropa. Talvez se houvesse mais verba para investimento, e a regularidade necessária, este sistema já estivesse pronto e operacional há mais tempo. O jeito então é improvisar, porque é isso que a compra de apenas 100 lançadores Spike LR é, e ver se mais para frente se consegue tirar finalmente o MS 1.2 do papel.

Olhando apenas o que está escrito no papel, temos demanda para mais de 400 lançadores(+1200 mísseis), apenas para a infantaria. Se incluir a cavalaria, isso chega quase a mil lançadores. Demanda existe. Sempre existiu. O que não há é uma explicação convincente para o MSS 1.2 ainda não ser o que se espera dele. E falta de verba não explica isso por inteiro.
O fato de ser nacional não tem que ser o indicativo principal pra se colocar verba nele, ainda mais verba pública. O MSS 1.2AC compete com coisas ridículas como HJ-73 e RAAD, derivados do 9M14 Malyutka e isso porque existem versões do Malyutka com ogivas tandem:

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O mínimo que a então Mectron tinha que ter apresentado, ainda em 2009, era um míssil com ogiva em tandem, alcance de 4 km e aletas rebatíveis, para diminuir aquele tubo gigantesco que nem o Spike NLOS tem. O MAF veio basicamente pronto e o MSS já estava em testes desde 1990, então foi tempo o suficiente pra se aprender com ele e fazer algo melhor, veja o que os Romenos - também os Sérvios e os Iranianos - fizeram com o Malyutka acima, com orçamento de um almoço num Self-Service!

É de uma incompetência ridícula, não há como inocentar os engenheiros da antiga Mectron e agora da SIATT, que são os mesmos!

Aliás, saiu isso no Infodefensa:
ODT assinou um novo contrato que dá continuidade aos ensaios de avaliação do MSS 1.2 AC
https://www.infodefensa.com/texto-diari ... -mss-12-ac

Desde 2009 esse projeto vem recebendo contrato em cima de contrato, então dinheiro não falta, o que falta mesmo é uma investigação do Ministério Público, pois esse programa aqui, assim como do MANSUP, FEDE a desvio de verba e improbidade administrativa.
Eu também concordo. Não tem cabimento a demora no desenvolvimento desse míssil.

Re: ARMAS ANTICARRO

Enviado: Sáb Mar 25, 2023 7:59 pm
por FCarvalho
O orçamento do MSS 1.2 deve ser tão pífio, que o máximo que a SIATT consegue fazer e não deixar o projeto totalmente parado. Já deve ser muito.
Fica a questão. Se o EB pode gastar alguns milhões de dólares para comprar Spike LRII, também poderia colocar parte deste recurso, ou até todo ele, para dar finalizar definitivamente o MSS 1.2
Mas não o fez, e nem vai fazer.
Qual a lógica disso eu não sei.

Re: ARMAS ANTICARRO

Enviado: Dom Mar 26, 2023 12:16 am
por Viktor Reznov
FCarvalho escreveu: Sáb Mar 25, 2023 7:59 pm O orçamento do MSS 1.2 deve ser tão pífio, que o máximo que a SIATT consegue fazer e não deixar o projeto totalmente parado.
Essa realmente é a única alternativa plausível que eximiria a SIATT e o EB de uma investigação séria por mau uso de recursos públicos.

Re: ARMAS ANTICARRO

Enviado: Dom Mar 26, 2023 7:12 am
por gabriel219
Viktor Reznov escreveu: Dom Mar 26, 2023 12:16 am Essa realmente é a única alternativa plausível que eximiria a SIATT e o EB de uma investigação séria por mau uso de recursos públicos.
É incrível como o Flávio sempre acha que é falta de verba, falta de verba.

Puta merda, postei foto do ISIS construindo ogivas tandem em garagem e a desculpa do cara é falta de verba.

É o maior patrocinador da incompetência e mediocridade no fórum.

É uma ogiva tandem e aletas rebatíveis, MEU DEUS, não é a porra de uma ogiva W87 não!