Re: PRIMAVERA BRASILEIRA
Enviado: Ter Jan 28, 2014 9:42 pm
Quem te disse isso de golpe estava sobrio?Isso ta com cheiro de papo de pinguso.
Totalmente, papo de soldado e sub oficial e facil de encontrar na internet.Lirolfuti escreveu:Quem te disse isso de golpe estava sobrio?Isso ta com cheiro de papo de pinguso.
Concordo, principalmente com a parte dos Equus africanus asinus, mas como escrevi anteriormente, não também ouvi de oficial e também de civis, pelo menos aqui no sul tem muita gente que acha que era melhor naquela época, muita falta de conhecimento mesmo.Bourne escreveu:Papo de internet e de papo de pinguço é bem semelhante.
Existe uma longa discussão a respeito como o governo militar subiu ao poder, se sustentou e teve uma oposição ínfima. Além disso, a oposição, eleições e grande influencia de empresários e técnicos civis era tolerada e até apoiada. Era uma estratégia de legitimação e suporte da sociedade civil. A estrutura de funcionamento e tempo de permanência era totalmente diferente de países como Argentina e Chile. Com uma transição para o poder civil bem mais estável e progressiva.
Soldado de baixa patente normalmente são jovens, burros e com acesso a internet. Não refletem soldados oficiais profissionais com carreira respeitável, tem ciência do papel na sociedade e estado. A maioria entrou nas FA's nos anos 1980s em momento de transição avançada. pelos que conheço tem uma cabeça bem diferente dos velhinhos de pijama. O que reflete a evolução institucional brasileira em direção a maior maturidade definição de como a sociedade funciona.
Ou seja...algemas para a porralouquice que se infiltra nas manifestações legítimas...Clermont escreveu:Os inimigos da democracia (Editorial).
O Globo - 12.02.14.
Se grupos radicais buscavam um cadáver nas manifestações de rua, conseguiram. Mas não foi o que poderiam imaginar. Em vez de jogar mais combustível na ferocidade do vandalismo em cima do corpo de um manifestante, mataram um repórter-cinegrafista no exercício de uma atividade essencial para a democracia, relatar os fatos para a sociedade. Atingiram a própria democracia, que tanto desprezam.
A morte de Santiago Andrade tem de servir, ao menos, para uma intensa e profunda reflexão sobre distorções escondidas nos subterrâneos de militâncias expostas em perfis falsos nas redes sociais que difamam pela internet, em sindicatos de jornalistas aparelhados e desconectados da profissão, em universidades transformadas em centros de doutrinação política, em funções desvirtuadas em assessorias de partidos políticos — para citar os pontos de intoxicação ideológica autoritária mais visíveis.
O secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, propõe alterações na legislação para melhor tipificar e, portanto, punir, manifestantes delinquentes. Boa sugestão. Mas o importante agora é ampliar o debate sobre o que está por trás da morte de Santiago, além de processar e punir seus responsáveis diretos e indiretos.
Não se pode perder esta oportunidade, até mesmo em homenagem a ele. Entender e expor o que se passa é a única maneira de se começar a agir para prevenir outras tragédias. O crime jogou luz sobre a inaceitável atuação do gabinete do deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) em defesa de vândalos. Ele e partido precisam explicar a função dupla de Thiago de Souza Melo, assessor do deputado, pago, portanto, pelo contribuinte, e, ao mesmo tempo, advogado de black-bloc e similares.
Não se pode, também, deixar de responsabilizar a campanha sistemática, via internet, contra os veículos da imprensa profissional, chamados pejorativamente de “mídia corporativa”, quando é a publicidade privada que garante a independência de fato, ao contrário de sites, blogs e publicações bancados por verba pública.
Criou-se um ambiente tal de hostilidade que repórteres viraram alvo de marginais travestidos de manifestantes, até chegarmos ao assassinato de Santiago. É óbvio que a punição tem de ser exemplar, para sinalizar os limites que têm de existir num país democrático em qualquer manifestação popular.
Também são de praxe as declarações de pesar feitas por políticos, inclusive Freixo, já encontrado no passado em atos típicos de quem deseja mais “acirrar contradições” do que trabalhar pelo apaziguamento em conflitos sociais e políticos.
Agora, é preciso ir muito além do declaratório. Tem-se de repudiar estes grupos e agir para que eles, garantidos todos os direitos estabelecidos em lei, sejam de fato contidos e punidos. Partidos, organizações sociais, sindicatos têm de, às claras, mostrar de que lado estão: da violência justificada pelos fins ou a favor do estado de direito democrático, no seu sentido mais amplo.