Falam baseados em suas próprias ações, por certo.ps. Os países do clube dos 5+1 estão certos em serem céticos. Assinar o acordo é só um ato simbólico. Cumprir o acordo é que é a prova definitiva das intenções.
Pressões Nucleares sobre o Brasil
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
wagnerm25 escreveu:Siga o link...Bolovo escreveu:O tango de Teerã HUAHUAHUA é mentira isso, vai?!
Certo que este gol do Brasil esta incomodando os "grandes"... isso ai Lula, continua fazendo GOLS para o Brasil !!!
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
terra.com.br
Acordo pode dificultar sanções contra Irã, diz imprensa mundial
17 de maio de 2010
O acordo sobre o programa nuclear iraniano anunciado nesta segunda-feira e fechado sob a mediação de Brasil e Turquia pode complicar o trabalho do governo americano para assegurar a aprovação internacional de sanções contra o governo de Teerã, na avaliação de alguns dos principais veículos de comunicação internacionais.
Para a revista britânica The Economist, que publicou uma análise sobre o acordo em seu wesbsite, a aprovação do entendimento pode fortalecer a oposição contra as sanções entre os membros rotativos do Conselho de Segurança da ONU, o que pode tornar qualquer aplicação de sanções por parte dos membros permanentes do órgão mais fraca politicamente.
"A não ser que os detalhes do acordo tragam uma boa surpresa, parece que o Irã obteve sucesso ao repetir seu velho truque de aprofundar as divisões entre os países que se preparam para reforçar as sanções". "Israel já afirmou que o Brasil, inexperiente na diplomacia do Oriente Médio, pode ter sido manipulado, e mais ceticismo deve surgir nos próximos dias", diz a revista britânica. "Lula e (o premiê turco Recep) Erdogan podem não ter muito tempo para saborear sua conquista".
Estados Unidos
Já para o jornal americano The New York Times, ainda não se sabe se o acordo "oferece ao Irã uma solução de curto prazo para seu longo enfrentamento com o Ocidente por causa de seu programa nuclear" ou se ele "se mostrará uma tática com o objetivo de desviar os esforços de estabelecer novas sanções contra Teerã".
O jornal observa que o acordo segue as mesmas linhas de outro proposto pelos países ocidentais em outubro e que não avançou porque o Irã acabou voltando atrás em sua posição. A reportagem afirma que ainda não se sabe se o governo do presidente Barack Obama aceitará o acordo agora, "em parte porque o Irã continuou a enriquecer urânio, aumentando seus estoques".
Segundo o jornal, o montante de urânio que deveria ser enviado ao exterior pelo acordo de outubro garantiria que o Irã não mantivesse um estoque suficiente para desenvolver armas nucleares, mas, agora, o mesmo montante representaria apenas a metade de seus estoques. Para o New York Times, Obama se vê diante de um dilema. "Se ele rejeitar o acordo, vai parecer que está rejeitando um acordo semelhante ao que estava disposto a assinar há oito meses. Mas se ele o aceitar, muitas das questões urgentes que ele diz que terão que ser resolvidas com o Irã nos próximos meses - em sua maioria sobre as suspeitas sobre armamentos - serão deixadas de lado por um ano ou mais", diz o jornal.
Outro diário americano, The Washington Post, diz que a assinatura do acordo foi "uma surpresa" e que esse foi o primeiro acordo do tipo assinado pelo Irã com um país estrangeiro desde 2004. "O pacto inesperado tem como objetivo tirar as preocupações sobre o programa nuclear iraniano e poderia prover uma alternativa às duras sanções contra o Irã propostas pelos Estados Unidos e outras potências ocidentais", afirma o jornal.
Para o jornal, o acordo aumenta as divisões entre o grupo de países liderados pelos Estados Unidos, de um lado, e dos países em desenvolvimento, do outro, sobre o direito de o Irã e de outras nações em desenvolvimento ao uso de energia nuclear. A reportagem observa que países como Brasil, Turquia, Egito e Indonésia veem cada vez mais o debate sobre o programa nuclear iraniano como um teste para suas próprias ambições nucleares.
"Enquanto os Estados Unidos e seus aliados dizem temer a proliferação de armas nucleares, as nações em desenvolvimento dizem que as potências mundiais estão determinadas a controlar a tecnologia nuclear e que querem evitar o desenvolvimento de programas independentes de energia nuclear", diz o jornal.
Europa
O britânico Financial Times diz que as grandes potências deverão se manter céticas sobre o acordo, que veem como uma forma de o Irã ganhar tempo e evitar novas sanções, mas relata que alguns diplomatas ocidentais consideram que o governo iraniano fez algumas concessões e "acreditam que Ahmadinejad gostaria de ter assinado um acordo nestes termos desde setembro do ano passado, mas foi impedido por brigas políticas internas".
Uma reportagem do também britânico Times mostra ceticismo, afirmando que "é provável que o Irã usará o acordo para evitar novas sanções e como cobertura, enquanto continua trabalhando para conseguir armas nucleares". Mas, ainda na Grã-Bretanha, um artigo assinado do The Guardian elogiou o acordo, classificando-o de positivo para todos, "exceto para aqueles em Washington e Tel Aviv que procuram desculpas para isolar ou atacar o Irã".
O texto afirma que o evento foi a "estreia de uma nova força no cenário mundial, o eixo Brasil e Turquia". Os dois países estariam "emergindo como a força global pelo compromisso e o diálogo que o movimento não alinhado nunca conseguiu ser".
O jornal espanhol ABC diz que o acordo "não vai cancelar os esforços de Estados Unidos e França para convencer a ONU a aprovar uma quarta rodada de sanções econômicas e diplomáticas contra o Irã, mas tudo indica que vai atrasá-las".
Também na Espanha, o El País diz que a consequência mais imediata do acordo "não será traduzida em termos nucleares, mas políticos, com um notável respaldo para a Turquia e em especial, para Luiz Inácio Lula da Silva". O jornal diz que o Irã também sai fortalecido politicamente, já que o poder de nações não alinhadas parece ter sido prestigiado com o acordo.
Acordo pode dificultar sanções contra Irã, diz imprensa mundial
17 de maio de 2010
O acordo sobre o programa nuclear iraniano anunciado nesta segunda-feira e fechado sob a mediação de Brasil e Turquia pode complicar o trabalho do governo americano para assegurar a aprovação internacional de sanções contra o governo de Teerã, na avaliação de alguns dos principais veículos de comunicação internacionais.
Para a revista britânica The Economist, que publicou uma análise sobre o acordo em seu wesbsite, a aprovação do entendimento pode fortalecer a oposição contra as sanções entre os membros rotativos do Conselho de Segurança da ONU, o que pode tornar qualquer aplicação de sanções por parte dos membros permanentes do órgão mais fraca politicamente.
"A não ser que os detalhes do acordo tragam uma boa surpresa, parece que o Irã obteve sucesso ao repetir seu velho truque de aprofundar as divisões entre os países que se preparam para reforçar as sanções". "Israel já afirmou que o Brasil, inexperiente na diplomacia do Oriente Médio, pode ter sido manipulado, e mais ceticismo deve surgir nos próximos dias", diz a revista britânica. "Lula e (o premiê turco Recep) Erdogan podem não ter muito tempo para saborear sua conquista".
Estados Unidos
Já para o jornal americano The New York Times, ainda não se sabe se o acordo "oferece ao Irã uma solução de curto prazo para seu longo enfrentamento com o Ocidente por causa de seu programa nuclear" ou se ele "se mostrará uma tática com o objetivo de desviar os esforços de estabelecer novas sanções contra Teerã".
O jornal observa que o acordo segue as mesmas linhas de outro proposto pelos países ocidentais em outubro e que não avançou porque o Irã acabou voltando atrás em sua posição. A reportagem afirma que ainda não se sabe se o governo do presidente Barack Obama aceitará o acordo agora, "em parte porque o Irã continuou a enriquecer urânio, aumentando seus estoques".
Segundo o jornal, o montante de urânio que deveria ser enviado ao exterior pelo acordo de outubro garantiria que o Irã não mantivesse um estoque suficiente para desenvolver armas nucleares, mas, agora, o mesmo montante representaria apenas a metade de seus estoques. Para o New York Times, Obama se vê diante de um dilema. "Se ele rejeitar o acordo, vai parecer que está rejeitando um acordo semelhante ao que estava disposto a assinar há oito meses. Mas se ele o aceitar, muitas das questões urgentes que ele diz que terão que ser resolvidas com o Irã nos próximos meses - em sua maioria sobre as suspeitas sobre armamentos - serão deixadas de lado por um ano ou mais", diz o jornal.
Outro diário americano, The Washington Post, diz que a assinatura do acordo foi "uma surpresa" e que esse foi o primeiro acordo do tipo assinado pelo Irã com um país estrangeiro desde 2004. "O pacto inesperado tem como objetivo tirar as preocupações sobre o programa nuclear iraniano e poderia prover uma alternativa às duras sanções contra o Irã propostas pelos Estados Unidos e outras potências ocidentais", afirma o jornal.
Para o jornal, o acordo aumenta as divisões entre o grupo de países liderados pelos Estados Unidos, de um lado, e dos países em desenvolvimento, do outro, sobre o direito de o Irã e de outras nações em desenvolvimento ao uso de energia nuclear. A reportagem observa que países como Brasil, Turquia, Egito e Indonésia veem cada vez mais o debate sobre o programa nuclear iraniano como um teste para suas próprias ambições nucleares.
"Enquanto os Estados Unidos e seus aliados dizem temer a proliferação de armas nucleares, as nações em desenvolvimento dizem que as potências mundiais estão determinadas a controlar a tecnologia nuclear e que querem evitar o desenvolvimento de programas independentes de energia nuclear", diz o jornal.
Europa
O britânico Financial Times diz que as grandes potências deverão se manter céticas sobre o acordo, que veem como uma forma de o Irã ganhar tempo e evitar novas sanções, mas relata que alguns diplomatas ocidentais consideram que o governo iraniano fez algumas concessões e "acreditam que Ahmadinejad gostaria de ter assinado um acordo nestes termos desde setembro do ano passado, mas foi impedido por brigas políticas internas".
Uma reportagem do também britânico Times mostra ceticismo, afirmando que "é provável que o Irã usará o acordo para evitar novas sanções e como cobertura, enquanto continua trabalhando para conseguir armas nucleares". Mas, ainda na Grã-Bretanha, um artigo assinado do The Guardian elogiou o acordo, classificando-o de positivo para todos, "exceto para aqueles em Washington e Tel Aviv que procuram desculpas para isolar ou atacar o Irã".
O texto afirma que o evento foi a "estreia de uma nova força no cenário mundial, o eixo Brasil e Turquia". Os dois países estariam "emergindo como a força global pelo compromisso e o diálogo que o movimento não alinhado nunca conseguiu ser".
O jornal espanhol ABC diz que o acordo "não vai cancelar os esforços de Estados Unidos e França para convencer a ONU a aprovar uma quarta rodada de sanções econômicas e diplomáticas contra o Irã, mas tudo indica que vai atrasá-las".
Também na Espanha, o El País diz que a consequência mais imediata do acordo "não será traduzida em termos nucleares, mas políticos, com um notável respaldo para a Turquia e em especial, para Luiz Inácio Lula da Silva". O jornal diz que o Irã também sai fortalecido politicamente, já que o poder de nações não alinhadas parece ter sido prestigiado com o acordo.
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
O The Guardian elogiou o acordo, classificando-o de positivo para todos, "exceto para aqueles em Washington e Tel Aviv que procuram desculpas para isolar ou atacar o Irã".
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É bem isso, agora precisam de uma outra desculpa para irem a guerra, mas logo vão conseguir, afinal não consguiram provas das ADMs no Iraque????
O povo esquece logo...
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É bem isso, agora precisam de uma outra desculpa para irem a guerra, mas logo vão conseguir, afinal não consguiram provas das ADMs no Iraque????
O povo esquece logo...
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
wagnerm25 escreveu:Eles nunca vão aprender que Buenos Aires não é a capital do Brasil. Olhem o título da matéria do The Economist, uma das mais respeitáveis revistas do mundo.
The Tehran tango
http://www.economist.com/world/internat ... 4&fsrc=rss
Vejam o lado bom disto : Se um dia nos atacarem quem pagara o Pato sera a Argentina, ja que ¨nossa¨ capital é Buenos Aires.
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
http://www.publico.pt/Mundo/irao-aceita ... ar_1437488Mediação da Turquia e do Brasil
Irão aceita acordo turco para resolver crise nuclear
17.05.2010 - 09:50 Por PÚBLICO
O Irão, a Turquia e o Brasil adoptaram hoje uma posição comum sobre o envio para território turco de combustível nuclear iraniano em troca de urânio enriquecido a 20 por cento. Com este avanço, a crise nuclear iraniana pode começar a ser resolvida.
Os três líderes estiveram em Teerão (Morteza Nikoubazl/Reuters)
O acordo é fruto de uma mediação do Brasil e da Turquia. “Este acordo deve ser considerado como positivo. Hoje já não há necessidade de sanções” contra o Irão, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros de Ancara, Ahmet Davutoglu.
Ao fim de 18 horas de negociações, o texto foi assinado pelos três ministros dos Negócios Estrangeiros na presença dos presidentes Mahmoud Ahmadinejad e Lula da Silva e do primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan, reunidos para uma cimeira em Teerão.
Esta proposta será agora comunicada à Agência Internacional de Energia Atómica, o órgão da ONU para as questões nucleares. Se as grandes potências que têm estado envolvidas na negociação deste dossier aceitaram este acordo, “o Irão enviará no prazo de um mês 1200 quilos do seu urânio fracamente enriquecido para a Turquia. Os Estados Unidos e vários países europeus têm tentado travar o programa nuclear iraniano, principalmente o enriquecimento de urânio realizado por Teerão. Apesar dos desmentidos iranianos, temem que o programa vise dotar o Irão de uma bomba atómica e não produzir energia.
Estados Unidos, Rússia e França já tinham oferecido a Teerão um acordo deste tipo, que permitisse às autoridades iranianas receber o combustível de que necessita. Nesse caso, o urânio fracamente enriquecido seria enviado pelo Irão para a Rússia, onde seria enriquecido a 20 por cento e de onde seguiria para França para ser transformado em combustível. Teerão recusou, evocando um problema de confiança.
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
terra.com.br
Acordo consolida atuação do Brasil no mundo, dizem analistas
18 de maio de 2010
O acordo sobre o programa nuclear iraniano firmado na segunda-feira em Teerã consolida a atuação do Brasil no cenário internacional, afirmam analistas ouvidos pela BBC Brasil nos Estados Unidos.
O entendimento foi obtido com a mediação do Brasil e da Turquia e anunciado durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Irã.
"O acordo mostra que Lula é capaz de ir a campo e conseguir algum tipo de entendimento", diz o jornalista e pesquisador Douglas Farah, do International Assessment and Strategy Center.
"Ajuda o Brasil e a Turquia, mas principalmente o Brasil, a se estabelecer como um ator importante no cenário mundial", afirma Farah.
O analista Alireza Nader, especialista em Irã da Rand Corporation, faz uma avaliação semelhante.
"O Brasil conseguiu elevar sua importância ao lidar com uma questão tão delicada como essa", diz Nader.
Cautela
O acordo aceito pelo Irã na segunda-feira teve como base uma proposta apresentada ao país em outubro do ano passado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
O Irã se comprometeu em enviar 1,2 mil kg de urânio com baixo nível de enriquecimento (3,5%) para a Turquia. Em troca, vai receber urânio enriquecido a 20%, para ser usado em um reator para pesquisas médicas.
O acordo foi comemorado pelo presidente Lula como uma "vitória da diplomacia", mas foi recebido com cautela e ceticismo por grande parte da comunidade internacional.
Os Estados Unidos, que vinham pressionando por uma nova rodada de sanções do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) contra o Irã, disseram que o acordo é vago e não afasta os temores quanto ao programa nuclear iraniano.
O governo americano e seus aliados temem que o Irã planeje secretamente desenvolver armas nucleares e buscam a imposição de sanções para pressionar o país a interromper seu programa de enriquecimento de urânio.
O Irã nega as alegações e, apesar de sanções anteriores, continua se recusando a interromper o processo de enriquecimento de urânio que, segundo o governo, tem fins civis, não militares.
Sanções
O Brasil é contra as sanções e há meses vinha se empenhando em conseguir uma solução pacífica para a questão nuclear iraniana.
Segundo o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, as negociações começaram em novembro do ano passado, quando o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, visitou o Brasil.
Amorim disse esperar que o acordo evite uma nova rodada de sanções contra o Irã.
A Casa Branca, porém, já avisou que o Irã deve demonstrar seu comprometimento "por meio de ações, e não apenas de palavras" e que, enquanto isso, vai continuar buscando a aprovação de novas sanções.
No entanto, segundo os analistas consultados pela BBC Brasil, o acordo pode dificultar a aprovação de uma nova resolução da ONU contra o Irã.
"O acordo vai tornar as sanções um pouco mais difíceis", diz Farah.
China
Nader também afirma que o acordo pode dificultar as negociações sobre sanções no chamado P5 + 1, grupo que reúne os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Rússia e China) e a Alemanha.
"Se algum desses países interpretar o acordo como prova de que o Irã está agindo de boa-fé, poderá se posicionar contra novas sanções", diz Nader.
O analista se refere especialmente à China, que ainda não deu um sinal claro de que vá apoiar uma nova resolução.
O Brasil, assim como a Turquia, tem uma vaga rotativa no Conselho de Segurança, sem direito a veto.
Analistas afirmam, porém, que a posição contrária dos dois países quanto a novas sanções prejudicaria a mensagem que os Estados Unidos e seus aliados desejam passar, de que a comunidade internacional estaria unida em sua postura em relação ao programa nuclear iraniano.
Acordo consolida atuação do Brasil no mundo, dizem analistas
18 de maio de 2010
O acordo sobre o programa nuclear iraniano firmado na segunda-feira em Teerã consolida a atuação do Brasil no cenário internacional, afirmam analistas ouvidos pela BBC Brasil nos Estados Unidos.
O entendimento foi obtido com a mediação do Brasil e da Turquia e anunciado durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Irã.
"O acordo mostra que Lula é capaz de ir a campo e conseguir algum tipo de entendimento", diz o jornalista e pesquisador Douglas Farah, do International Assessment and Strategy Center.
"Ajuda o Brasil e a Turquia, mas principalmente o Brasil, a se estabelecer como um ator importante no cenário mundial", afirma Farah.
O analista Alireza Nader, especialista em Irã da Rand Corporation, faz uma avaliação semelhante.
"O Brasil conseguiu elevar sua importância ao lidar com uma questão tão delicada como essa", diz Nader.
Cautela
O acordo aceito pelo Irã na segunda-feira teve como base uma proposta apresentada ao país em outubro do ano passado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
O Irã se comprometeu em enviar 1,2 mil kg de urânio com baixo nível de enriquecimento (3,5%) para a Turquia. Em troca, vai receber urânio enriquecido a 20%, para ser usado em um reator para pesquisas médicas.
O acordo foi comemorado pelo presidente Lula como uma "vitória da diplomacia", mas foi recebido com cautela e ceticismo por grande parte da comunidade internacional.
Os Estados Unidos, que vinham pressionando por uma nova rodada de sanções do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) contra o Irã, disseram que o acordo é vago e não afasta os temores quanto ao programa nuclear iraniano.
O governo americano e seus aliados temem que o Irã planeje secretamente desenvolver armas nucleares e buscam a imposição de sanções para pressionar o país a interromper seu programa de enriquecimento de urânio.
O Irã nega as alegações e, apesar de sanções anteriores, continua se recusando a interromper o processo de enriquecimento de urânio que, segundo o governo, tem fins civis, não militares.
Sanções
O Brasil é contra as sanções e há meses vinha se empenhando em conseguir uma solução pacífica para a questão nuclear iraniana.
Segundo o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, as negociações começaram em novembro do ano passado, quando o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, visitou o Brasil.
Amorim disse esperar que o acordo evite uma nova rodada de sanções contra o Irã.
A Casa Branca, porém, já avisou que o Irã deve demonstrar seu comprometimento "por meio de ações, e não apenas de palavras" e que, enquanto isso, vai continuar buscando a aprovação de novas sanções.
No entanto, segundo os analistas consultados pela BBC Brasil, o acordo pode dificultar a aprovação de uma nova resolução da ONU contra o Irã.
"O acordo vai tornar as sanções um pouco mais difíceis", diz Farah.
China
Nader também afirma que o acordo pode dificultar as negociações sobre sanções no chamado P5 + 1, grupo que reúne os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Rússia e China) e a Alemanha.
"Se algum desses países interpretar o acordo como prova de que o Irã está agindo de boa-fé, poderá se posicionar contra novas sanções", diz Nader.
O analista se refere especialmente à China, que ainda não deu um sinal claro de que vá apoiar uma nova resolução.
O Brasil, assim como a Turquia, tem uma vaga rotativa no Conselho de Segurança, sem direito a veto.
Analistas afirmam, porém, que a posição contrária dos dois países quanto a novas sanções prejudicaria a mensagem que os Estados Unidos e seus aliados desejam passar, de que a comunidade internacional estaria unida em sua postura em relação ao programa nuclear iraniano.
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Essa foi sodasHezekiah escreveu:wagnerm25 escreveu:Eles nunca vão aprender que Buenos Aires não é a capital do Brasil. Olhem o título da matéria do The Economist, uma das mais respeitáveis revistas do mundo.
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
China expressa seu apoio ao acordo nuclear entre Irã, Turquia e Brasil
Governo, que se opõe às sanções do Conselho de Segurança, elogia solução diplomática
18 de maio de 2010 | 8h 59
EFE
PEQUIM - O governo da China expressou nesta terça-feira, 18, seu apoio ao compromisso nuclear que Turquia e Brasil firmaram na segunda-fera com o Irã para que o país mande seu urânio para o exterior, o que abre uma possibilidade de solução diplomática para a crise desencadeada por Teerã.
"Damos muita importância e congratulamos o acordo firmado entre Brasil, Irã e Turquia para o fornecimento de urânio para o Reator de Pesquisa de Teerã" (TRR em inglês), afirmou nesta terça o porta-voz do Ministério dos Assuntos Exteriores da China, Ma Zhaoxu, em uma conferência de imprensa.
"A China sempre apoiou a estratégia da via de mão dupla", afirmou Ma, em referência à aplicação de sanções leves contra o regime iraniano ao mesmo tempo em que se busca uma solução negociada e pacífica.
Neste sentido, o porta-voz chinês expressou o desejo de seu governo de que o compromisso entre os três países "ajude a promover uma solução pacífica no conflito nuclear iraniano através do diálogo e da negociação."
De acordo com o compromisso alcançado na segunda, o Irã aceita enviar antes de um mês 1.200 quilos de urânio enriquecido a 3,5% à Turquia, e em troca receber no prazo de um ano 120 quilos de urânio enriquecido a 20%.
Sanções
O Irã já foi alvo de três rodadas de sanções no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) por se recusar a interromper o enriquecimento de urânio. Os membros permanentes do órgão - EUA, França, Reino Unido, Rússia e China - negociam uma quarta rodada de sanções à República Islâmica. Chineses e russos, porém, mostram-se desfavoráveis às resoluções devido à boas relações comerciais que mantêm com os iranianos.
Diplomatas ocidentais próximos à AIEA, órgão regulador das atividades nucleares mantido pela ONU, afirmaram que o acordo não elimina as chances de serem aplicadas novas sanções, já que o Irã se recusa a interromper o enriquecimento de urânio. O pacto, porém, pode dificultar a ação do Conselho, já que Rússia e China podem se distanciar das negociações.
O Irã é um dos três maiores provedores de petróleo da China, o segundo maior consumidor de produtos energéticos depois dos EUA, ainda que o país asiático tenha reduzido suas importações de petróleo iraniano em cerca de 37% em janeiro e fevereiro chegando a apenas 2,53 milhões de metros cúbicos.
http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 3292,0.htm
Governo, que se opõe às sanções do Conselho de Segurança, elogia solução diplomática
18 de maio de 2010 | 8h 59
EFE
PEQUIM - O governo da China expressou nesta terça-feira, 18, seu apoio ao compromisso nuclear que Turquia e Brasil firmaram na segunda-fera com o Irã para que o país mande seu urânio para o exterior, o que abre uma possibilidade de solução diplomática para a crise desencadeada por Teerã.
"Damos muita importância e congratulamos o acordo firmado entre Brasil, Irã e Turquia para o fornecimento de urânio para o Reator de Pesquisa de Teerã" (TRR em inglês), afirmou nesta terça o porta-voz do Ministério dos Assuntos Exteriores da China, Ma Zhaoxu, em uma conferência de imprensa.
"A China sempre apoiou a estratégia da via de mão dupla", afirmou Ma, em referência à aplicação de sanções leves contra o regime iraniano ao mesmo tempo em que se busca uma solução negociada e pacífica.
Neste sentido, o porta-voz chinês expressou o desejo de seu governo de que o compromisso entre os três países "ajude a promover uma solução pacífica no conflito nuclear iraniano através do diálogo e da negociação."
De acordo com o compromisso alcançado na segunda, o Irã aceita enviar antes de um mês 1.200 quilos de urânio enriquecido a 3,5% à Turquia, e em troca receber no prazo de um ano 120 quilos de urânio enriquecido a 20%.
Sanções
O Irã já foi alvo de três rodadas de sanções no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) por se recusar a interromper o enriquecimento de urânio. Os membros permanentes do órgão - EUA, França, Reino Unido, Rússia e China - negociam uma quarta rodada de sanções à República Islâmica. Chineses e russos, porém, mostram-se desfavoráveis às resoluções devido à boas relações comerciais que mantêm com os iranianos.
Diplomatas ocidentais próximos à AIEA, órgão regulador das atividades nucleares mantido pela ONU, afirmaram que o acordo não elimina as chances de serem aplicadas novas sanções, já que o Irã se recusa a interromper o enriquecimento de urânio. O pacto, porém, pode dificultar a ação do Conselho, já que Rússia e China podem se distanciar das negociações.
O Irã é um dos três maiores provedores de petróleo da China, o segundo maior consumidor de produtos energéticos depois dos EUA, ainda que o país asiático tenha reduzido suas importações de petróleo iraniano em cerca de 37% em janeiro e fevereiro chegando a apenas 2,53 milhões de metros cúbicos.
http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 3292,0.htm
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
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Israel avalia acordo nuclear do Irã e proíbe declarações
18 de maio de 2010
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reuniu nesta terça-feira seus principais assessores para avaliar o acordo nuclear fechado pelo Irã com o Brasil e a Turquia, que poderá paralisar a adoção de novas sanções da ONU à República Islâmica, segundo autoridades.
Essa reunião extraordinária do núcleo ministerial, seguida por um anúncio do governo de que os ministros estavam proibidos de fazerem declarações públicas, reflete a preocupação de Israel a respeito da eficácia das negociações com o Irã.
Israel, que teria o único arsenal nuclear do Oriente Médio, coloca uma ação militar como último recurso para impedir que o Irã, seu inimigo mais poderoso, fabrique uma bomba atômica. Mas o país enfrenta grandes desafios táticos, além da relutância do Ocidente que não quer uma nova guerra na região.
Potências mundiais manifestaram ceticismo sobre a possibilidade de o acordo, pelo qual o Irã enviará parte de seu urânio de baixo enriquecimento para a Turquia, ser suficiente para acalmar as preocupações sobre a produção de combustível nuclear pela República Islâmica.
O Irã, que nega a intenção de construir uma bomba e disse que seu programa nuclear é pacífico, disse que o acordo tem o objetivo de evitar uma quarta rodada de sanções da Organização das Nações Unidas contra o país.
Por enquanto, Netanyahu tem defendido os esforços diplomáticos no Conselho de Segurança da ONU, ao mesmo tempo que pede que EUA e União Europeia adotem duras sanções contra o país.
As primeiras palavras de autoridades israelenses sobre o acordo, fechado durante visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Teerã, também soaram céticas.
"O Irã está se equipando, com a intenção de obter armas (nucleares)", disse o vice-ministro da Defesa, Matan Vilnai, à Rádio do Exército de Israel. "Estamos observando, e tomando as decisões correspondentes.
O ministro da Indústria e Comércio, Binyamin Ben-Eliezer, ex-titular da Defesa, disse que só o tempo dirá se, com esse acordo, o Irã vai "continuar brincando com o mundo todo".
Ben-Eliezer se mostrou cautelosamente otimista com a participação da Turquia no acordo. As relações de Israel com Ancara foram abaladas pelo fato de o governo turco ter condenado duramente a ofensiva de Israel contra a Faixa de Gaza, em 2008, e suas políticas em relação aos palestinos.
"A Turquia é certamente uma superpotência regional", disse Ben-Eliezer à Rádio Israel. "Ouça: 72 milhões de pessoas vivem lá. E dizer que elas ficariam felizes de que seu vizinho vire (uma potência dona de arsenal) nuclear? Certamente não."
Israel avalia acordo nuclear do Irã e proíbe declarações
18 de maio de 2010
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reuniu nesta terça-feira seus principais assessores para avaliar o acordo nuclear fechado pelo Irã com o Brasil e a Turquia, que poderá paralisar a adoção de novas sanções da ONU à República Islâmica, segundo autoridades.
Essa reunião extraordinária do núcleo ministerial, seguida por um anúncio do governo de que os ministros estavam proibidos de fazerem declarações públicas, reflete a preocupação de Israel a respeito da eficácia das negociações com o Irã.
Israel, que teria o único arsenal nuclear do Oriente Médio, coloca uma ação militar como último recurso para impedir que o Irã, seu inimigo mais poderoso, fabrique uma bomba atômica. Mas o país enfrenta grandes desafios táticos, além da relutância do Ocidente que não quer uma nova guerra na região.
Potências mundiais manifestaram ceticismo sobre a possibilidade de o acordo, pelo qual o Irã enviará parte de seu urânio de baixo enriquecimento para a Turquia, ser suficiente para acalmar as preocupações sobre a produção de combustível nuclear pela República Islâmica.
O Irã, que nega a intenção de construir uma bomba e disse que seu programa nuclear é pacífico, disse que o acordo tem o objetivo de evitar uma quarta rodada de sanções da Organização das Nações Unidas contra o país.
Por enquanto, Netanyahu tem defendido os esforços diplomáticos no Conselho de Segurança da ONU, ao mesmo tempo que pede que EUA e União Europeia adotem duras sanções contra o país.
As primeiras palavras de autoridades israelenses sobre o acordo, fechado durante visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Teerã, também soaram céticas.
"O Irã está se equipando, com a intenção de obter armas (nucleares)", disse o vice-ministro da Defesa, Matan Vilnai, à Rádio do Exército de Israel. "Estamos observando, e tomando as decisões correspondentes.
O ministro da Indústria e Comércio, Binyamin Ben-Eliezer, ex-titular da Defesa, disse que só o tempo dirá se, com esse acordo, o Irã vai "continuar brincando com o mundo todo".
Ben-Eliezer se mostrou cautelosamente otimista com a participação da Turquia no acordo. As relações de Israel com Ancara foram abaladas pelo fato de o governo turco ter condenado duramente a ofensiva de Israel contra a Faixa de Gaza, em 2008, e suas políticas em relação aos palestinos.
"A Turquia é certamente uma superpotência regional", disse Ben-Eliezer à Rádio Israel. "Ouça: 72 milhões de pessoas vivem lá. E dizer que elas ficariam felizes de que seu vizinho vire (uma potência dona de arsenal) nuclear? Certamente não."
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Atualizado em 18 de maio, 2010 - 11:04 (Brasília) 14:04 GMT
China apoia acordo com o Irã; França diz ver ‘passo positivo’
A China anunciou nesta terça-feira seu apoio ao acordo nuclear anunciado na véspera entre o Irã, o Brasil e a Turquia, em contraste ao ceticismo manifestado na segunda-feira pelas principais potências ocidentais.
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, porém, afirmou nesta terça-feira que o acordo é “um passo positivo” e que espera que o governo iraniano forneça por escrito os seus detalhes.
Em um comunicado divulgado pela Presidência francesa, Sarkozy afirmou que o acordo “precisa ser logicamente acompanhado de uma suspensão do enriquecimento de urânio a 20%”. Segundo ele, a França e as demais potências analisarão o acordo e suas implicações “sem preconceitos”.
A China e a França são membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, ao lado dos Estados Unidos, da Rússia e da Grã-Bretanha, e seu apoio é essencial para a eventual aprovação de novas sanções contra o Irã, como defende o governo americano.
Pelo acordo de segunda-feira, anunciado durante visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Teerã, o Irã concordou em enviar seu urânio com baixo grau de enriquecimento por combustível nuclear com urânio enriquecido a 20%.
O acordo poderia evitar que o Irã desenvolvesse tecnologia de enriquecimento de urânio que permitisse ao país fabricar no futuro armas nucleares, mas foi visto com ceticismo por alguns países ocidentais, que veem no acordo uma tentativa do Irã de ganhar tempo e evitar a adoção de mais sanções internacionais.
Resposta rápida
A troca do urânio iraniano tem de ser aprovada pelo chamado Grupo de Viena, formado por Estados Unidos, Rússia, França e AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica, órgão ligado à ONU). Nesta terça-feira, o Irã disse esperar uma resposta “rápida” das potências ocidentais sobre o acordo.
Segundo o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Ramin Mehmanparast, o governo iraniano notificará a AIEA sobre o acordo “por escrito, por meio dos canais usuais, dentro de uma semana”.
“Esperamos que os membros do Grupo de Viena anunciem rapidamente sua prontidão para implementar a troca do urânio”, afirmou o porta-voz.
Várias potências ocidentais já afirmaram que o acordo não é suficiente para eliminar suas preocupações sobre o programa nuclear iraniano.
Eles acusam o Irã de estar tentando desenvolver secretamente armamentos nucleares. O Irã nega e afirma que seu programa nuclear tem como objetivo a geração de energia.
Sanções
O governo americano disse que ainda avalia o acordo, mas que ele não interromperia nem desaceleraria sua pressão por sanções mais duras contra o Irã.
Os Estados Unidos manifestaram preocupação com a declaração de autoridades iranianas de que o acordo não impediria o país de continuar enriquecendo urânio em seu território.
A mídia estatal iraniana classificou o acordo como um “xeque-mate” aos esforços dos Estados Unidos para aprovar novas sanções sobre o Irã por causa de seu programa nuclear.
O Parlamento iraniano aprovou o acordo nesta terça-feira, com o voto de 234 dos seus 290 membros, e pediu ao governo para “exigir a abolição das resoluções contra o Irã”.
O país já sofre com uma série de sanções aprovadas pela ONU nos últimos anos por conta de seu programa nuclear.
‘Animado’
O ministro das Relações Exteriores da China, Yang Jiechi, se disse “animado” pelo acordo. Segundo ele, a China “expressa sua apreciação pelos esforços diplomáticos feitos por todos os atores para buscar positivamente uma solução apropriada para a questão nuclear iraniana”, disse ele.
Ainda nesta terça-feira, o porta-voz do ministério Ma Zhaoxu disse que seu governo espera que o acordo “beneficie o processo de resolver pacificamente a questão nuclear iraniana por meio do diálogo e das negociações”.
Nem Yang nem Ma afirmaram diretamente se a China acredita que as potências ocidentais deveriam repensar as sanções propostas contra o Irã, mas ambos reafirmaram que o governo chinês prefere uma solução negociada para a disputa.
“A China sempre acreditou que o diálogo e as negociações são o melhor canal para resolver a questão nuclear iraniana”, afirmou Ma.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... a_rw.shtml
China apoia acordo com o Irã; França diz ver ‘passo positivo’
A China anunciou nesta terça-feira seu apoio ao acordo nuclear anunciado na véspera entre o Irã, o Brasil e a Turquia, em contraste ao ceticismo manifestado na segunda-feira pelas principais potências ocidentais.
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, porém, afirmou nesta terça-feira que o acordo é “um passo positivo” e que espera que o governo iraniano forneça por escrito os seus detalhes.
Em um comunicado divulgado pela Presidência francesa, Sarkozy afirmou que o acordo “precisa ser logicamente acompanhado de uma suspensão do enriquecimento de urânio a 20%”. Segundo ele, a França e as demais potências analisarão o acordo e suas implicações “sem preconceitos”.
A China e a França são membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, ao lado dos Estados Unidos, da Rússia e da Grã-Bretanha, e seu apoio é essencial para a eventual aprovação de novas sanções contra o Irã, como defende o governo americano.
Pelo acordo de segunda-feira, anunciado durante visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Teerã, o Irã concordou em enviar seu urânio com baixo grau de enriquecimento por combustível nuclear com urânio enriquecido a 20%.
O acordo poderia evitar que o Irã desenvolvesse tecnologia de enriquecimento de urânio que permitisse ao país fabricar no futuro armas nucleares, mas foi visto com ceticismo por alguns países ocidentais, que veem no acordo uma tentativa do Irã de ganhar tempo e evitar a adoção de mais sanções internacionais.
Resposta rápida
A troca do urânio iraniano tem de ser aprovada pelo chamado Grupo de Viena, formado por Estados Unidos, Rússia, França e AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica, órgão ligado à ONU). Nesta terça-feira, o Irã disse esperar uma resposta “rápida” das potências ocidentais sobre o acordo.
Segundo o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Ramin Mehmanparast, o governo iraniano notificará a AIEA sobre o acordo “por escrito, por meio dos canais usuais, dentro de uma semana”.
“Esperamos que os membros do Grupo de Viena anunciem rapidamente sua prontidão para implementar a troca do urânio”, afirmou o porta-voz.
Várias potências ocidentais já afirmaram que o acordo não é suficiente para eliminar suas preocupações sobre o programa nuclear iraniano.
Eles acusam o Irã de estar tentando desenvolver secretamente armamentos nucleares. O Irã nega e afirma que seu programa nuclear tem como objetivo a geração de energia.
Sanções
O governo americano disse que ainda avalia o acordo, mas que ele não interromperia nem desaceleraria sua pressão por sanções mais duras contra o Irã.
Os Estados Unidos manifestaram preocupação com a declaração de autoridades iranianas de que o acordo não impediria o país de continuar enriquecendo urânio em seu território.
A mídia estatal iraniana classificou o acordo como um “xeque-mate” aos esforços dos Estados Unidos para aprovar novas sanções sobre o Irã por causa de seu programa nuclear.
O Parlamento iraniano aprovou o acordo nesta terça-feira, com o voto de 234 dos seus 290 membros, e pediu ao governo para “exigir a abolição das resoluções contra o Irã”.
O país já sofre com uma série de sanções aprovadas pela ONU nos últimos anos por conta de seu programa nuclear.
‘Animado’
O ministro das Relações Exteriores da China, Yang Jiechi, se disse “animado” pelo acordo. Segundo ele, a China “expressa sua apreciação pelos esforços diplomáticos feitos por todos os atores para buscar positivamente uma solução apropriada para a questão nuclear iraniana”, disse ele.
Ainda nesta terça-feira, o porta-voz do ministério Ma Zhaoxu disse que seu governo espera que o acordo “beneficie o processo de resolver pacificamente a questão nuclear iraniana por meio do diálogo e das negociações”.
Nem Yang nem Ma afirmaram diretamente se a China acredita que as potências ocidentais deveriam repensar as sanções propostas contra o Irã, mas ambos reafirmaram que o governo chinês prefere uma solução negociada para a disputa.
“A China sempre acreditou que o diálogo e as negociações são o melhor canal para resolver a questão nuclear iraniana”, afirmou Ma.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... a_rw.shtml
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Eu quero ver que tipo de resolução querem fazer sem o aval da China...
Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Será? Na espera das declarações da China.
EUA dizem ter rascunho de resolução contra o Irã, com cooperação de Rússia, China e outras superpotências
Publicada em 18/05/2010 às 11h58m
RIO - O governo dos EUA anunciou na manhã desta terça-feira já ter um esboço de resolução com sanções contra o Irã, com a cooperação de superpotências. Segundo Washington, o documento será submetido ao Conselho de Segurança da ONU ainda hoje.
- Chegamos a um acordo sobre um esboço forte com a cooperação de Rússia e China - afirmou a secretária de Estado americana, Hillary Clinton. Também apoiam a iniciativa americana Reino Unido, França e Alemanha.
Horas antes, o governo chinês - tido como o maior empecilho da empreitada americana no Conselho de Segurança - renovou as esperanças iranianas de evitar sanções ao declarar que espera que o acordo de troca de combustível "beneficie o processo de resolução pacífica da questão nuclear iraniana por meio de diálogo e negociações".
O anúncio de Washington ocorre um dia depois de Brasil, Turquia e Irã terem assinado em Teerã um acordo para o programa nuclear iraniano com o objetivo de por fim ao impasse internacional. Segundo o acerto, o país islâmico se compromete a enviar urânio levemente enriquecido ao exterior em troca de combustível nuclear.
(Leia a declaração final do acordo assinado por Irã, Brasil e Turquia)
Entretanto a afirmação feita pelo Irã de o país continuaria enriquecendo urânio a 20% deu combustível para que as potências encarrassem o acordo nuclear com grande ceticismo.
(Para jornais dos EUA, acordo é cartada do Irã para evitar sanções)
Nesta terça-feira, o premier turco, Tayyip Erdogan, pressionou o regime de Teerã ao afirmar que o Irã ficará sozinho se não cumprir as condições estabelecidas no acordo dentro de um mês.
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2010/ ... 611923.asp
EUA dizem ter rascunho de resolução contra o Irã, com cooperação de Rússia, China e outras superpotências
Publicada em 18/05/2010 às 11h58m
RIO - O governo dos EUA anunciou na manhã desta terça-feira já ter um esboço de resolução com sanções contra o Irã, com a cooperação de superpotências. Segundo Washington, o documento será submetido ao Conselho de Segurança da ONU ainda hoje.
- Chegamos a um acordo sobre um esboço forte com a cooperação de Rússia e China - afirmou a secretária de Estado americana, Hillary Clinton. Também apoiam a iniciativa americana Reino Unido, França e Alemanha.
Horas antes, o governo chinês - tido como o maior empecilho da empreitada americana no Conselho de Segurança - renovou as esperanças iranianas de evitar sanções ao declarar que espera que o acordo de troca de combustível "beneficie o processo de resolução pacífica da questão nuclear iraniana por meio de diálogo e negociações".
O anúncio de Washington ocorre um dia depois de Brasil, Turquia e Irã terem assinado em Teerã um acordo para o programa nuclear iraniano com o objetivo de por fim ao impasse internacional. Segundo o acerto, o país islâmico se compromete a enviar urânio levemente enriquecido ao exterior em troca de combustível nuclear.
(Leia a declaração final do acordo assinado por Irã, Brasil e Turquia)
Entretanto a afirmação feita pelo Irã de o país continuaria enriquecendo urânio a 20% deu combustível para que as potências encarrassem o acordo nuclear com grande ceticismo.
(Para jornais dos EUA, acordo é cartada do Irã para evitar sanções)
Nesta terça-feira, o premier turco, Tayyip Erdogan, pressionou o regime de Teerã ao afirmar que o Irã ficará sozinho se não cumprir as condições estabelecidas no acordo dentro de um mês.
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2010/ ... 611923.asp
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
esse pessoal não percebe que está dando munição para que outros países renunciem ao TNP... por que seguir as diretrizes do tratado se haverá sanções de qualquer maneira?brunodogg escreveu:Será? Na espera das declarações da China.
EUA dizem ter rascunho de resolução contra o Irã, com cooperação de Rússia, China e outras superpotências
Publicada em 18/05/2010 às 11h58m
RIO - O governo dos EUA anunciou na manhã desta terça-feira já ter um esboço de resolução com sanções contra o Irã, com a cooperação de superpotências. Segundo Washington, o documento será submetido ao Conselho de Segurança da ONU ainda hoje.