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Re: Geopolítica Energética

Enviado: Qua Jan 28, 2015 2:33 pm
por hades767676
O magnata do petróleo e xisto do Texas disse em Davos que o mundo ficará surpreso com a velocidade com que a produção de xisto se encerrará no Texas se o preço atual do petróleo se manter.

Re: Geopolítica Energética

Enviado: Qua Jan 28, 2015 3:34 pm
por joao fernando
shucrut escreveu:
joao fernando escreveu: [...]
Com esse método vc consegue calcular o qto cada coisa gasta e qto tempo vai durar...
Obrigado pela aula! Mas ficaram algumas dúvidas:

A potência máxima da bateria é 720W, logo, nenhum aparelho poderá ter uma potência maior do que isso, certo?

Então naquele exemplo que eu dei de aparelhos somando 550 W, (720 / 550) daria 1,3h (1h20min) +-)de uso?? Isso sem contar perdas na transformação né?

Mas no geral deu pra ter uma ideia legal. Mas ta difícil de calcular o retorno do investimento, já que tem alguns problema como: a bateria eu acredito que terá uma vida útil (2 anos já teria que comprar outra por exemplo?) muito menor que do sistema como todo e quando tempo demora para carregar a bateria e em quanto ela está carregando, quanto o sistema consegue suprir ou se o sistema nunca suprirá direto e sempre passará pela bateria até chegar aos equipamentos.

No seu exemplo de 5 lâmpadas com 13 W, 11h por dia x 365 = consumiria 261 KW/h em um ano. Com o KW/h a R$0,60 (Aqui em MG, CEMIG) R$ 156,58. Considerando R$ 3.500,00 das placas+ 500 da bateria + 1.000,00 do inversor 12v para 110v 1000W(http://produto.mercadolivre.com.br/MLB- ... s-real-_JM) = 5.000,00.

5.000,00 / 156,58 = 31,9 anos! Tá certo minha conta? rsrsrs Acho caro por enquanto o investimento. Mas quando você disse projeto, como assim o projeto que sai caro? Vc se refere ao custo todal material, mão de obra e outros ou projeto de um engenheiro elétrico mesmo?
Isso mesmo. Prum sistema com 720 watts/hora, a placa solar custa 350, 80 do regulador, uns 100 da bateria e o valor do conversor. Isso se vc não usar direto lâmpadas a led de 12 volts.

O sistema precisa ser projetado pra saber o que vc vai usar. Por exemplo, na minha loja usarei apenas de dia. Então as placas estarão gerando energia de dia e as bateria servirão como um "reservatório" de energia. A carga é feita a 10% da capacidade da batera. Uma de 60 amperes se carrega com 6 amperes/hora. Se 100% descarregada, demora 10 horas de carga. Mas isso só vai ocorrer a noite, pq de dia vc vai ter a geração das pacas solares

Qto ao consumo do chuveiro, bingo, é isso mesmo. A saida seria desonerar em 100% sistemas de aquecimento e eletricos solares. E se bobear subsidiar. Afinal, se evita um prejuízo maior, se ativa a economia local, e se evita construir termicas

Re: Geopolítica Energética

Enviado: Sáb Jan 31, 2015 1:09 pm
por hades767676
Gigantes ocidentais da área de energia dão o fora da Polônia depois de descobrirem que reservas de xisto do país não correspondem ao que o governo estimava.http://economia.estadao.com.br/noticias ... ia,1627553

Re: Geopolítica Energética

Enviado: Sáb Jan 31, 2015 3:58 pm
por mmatuso
Saldo final, caíram no conto do vigário dos americanos de que embargariam e destruiriam a Rússia para sempre e a extração de gás de xisto via fracking tiraria a dependência europeia do comunas. [003]

Re: Geopolítica Energética

Enviado: Ter Fev 03, 2015 5:52 pm
por Bourne
A Europa tem grandes reservas de xistos, além do norte da áfrica é do lado e o canada idem. Pela segurança energética é melhor depender do Canadá e eua do que da Rússia.

A mudança estrutural não tem volta.

Re: Geopolítica Energética

Enviado: Qui Fev 05, 2015 12:45 am
por Bourne
[005]
'O setor elétrico brasileiro perdeu suas linhas de defesa'

Presidente da PSR, empresa que desenvolve modelos computacionais para o setor elétrico, Mario Veiga diz que o país precisa ter realismo energético para evitar perdas ainda piores

O que, de fato, aconteceu na última segunda-feira?

A cada segundo, o total de geração tem que ser igual ao total de demanda. Se você agora acender a luz, um gerador a centenas de quilômetros de distância reagirá para lhe atender. E para eu ter capacidade de injetar energia ou retirar energia instantaneamente, é preciso ter reserva no sistema. Então, na operação do dia a dia, há a geração de energia que é fisicamente igual à demanda e é preciso ter uma reserva, que é chamada de reserva girante, porque o equipamento tem que estar prontinho para entrar, igual a um jogador de futebol que já está aquecido e pronto para entrar em campo. Essa reserva girante, segundo o padrão internacional, que também vale para o Brasil, precisa ser de 5% da demanda. Na segunda-feira, a demanda estava em torno de 86 mil MW. Assim, a reserva precisaria ser de 4,3 mil MW — ou seja, era necessário que tivéssemos 90 mil MW. O que acontece se não tem essa reserva? Na hora em que a demanda passar de 86 mil para 86,1 mil, já não consegue atender à demanda e aí os geradores começam a girar mais devagar. É uma situação análoga a quando você está andando de bicicleta no plano e começa a subir uma ladeira: você começa a pedalar mais devagar. Mas, no setor elétrico, não pode girar mais devagar, porque os aparelhos queimam. E os geradores têm um sistema de proteção, chamado relé de subfrequência, um sensor que fica medindo quantas vezes tudo está girando. Se este sistema passar de 60 Hz para 59 Hz, o relé desliga o gerador, a geração cai e a frequência cai ainda mais, e aí cai outro gerador. E aí tem efeito dominó, que pode chegar a um desligamento total, que seria péssimo.

Por isso a determinação do ONS para aliviar a carga?

Isso. A medida do ONS é correta. Em outros países, isso é feito antecipadamente toda vez que a reserva cai. Nos EUA, se a reserva cair abaixo de 3%, o operador já começa a fazer correções. O que chamou a atenção no caso de segunda-feira foi que, na maior parte dos países, há uma espécie de aviso, o operador começa a monitorar a reserva caindo e já manda um sinal amarelo, de que há risco de que haja corte de carga. No caso do Brasil, essa medida foi tomada sem qualquer aviso. E é por isso que, embora o ONS fale que é um desligamento de carga, a melhor expressão é blackout preventivo. Porque a definição de blackout é uma interrupção inesperada da demanda. É como se o ONS tivesse adotado um blackout preventivo para evitar um blackout descontrolado. A ação emergencial tomada foi correta, mas a pergunta importante é: por que chegamos a essa situação?

Qual o seu diagnóstico?

Na minha opinião, chegamos a essa situação emergencial porque, ao longo dos últimos três anos, fomos perdendo as linhas de defesa. É claro que, se a demanda varia e sobe de repente, os geradores quebram, isso é corriqueiro. É claro que linhas importantes como a Norte-Sul também saem. E, da mesma maneira, é claro que tem meses em que as vazões são muito ruins. Então, ninguém planejaria um sistema para ficar vulnerável a coisas tão corriqueiras. Planeja-se um sistema que seja blindado contra essas variações. A queda de uma linha é a causa imediata de um apagão. Pode ser. Mas não é a causa estrutural. Nossa primeira linha de defesa é o armazenamento nos reservatórios. E nós esvaziamos completamente os reservatórios. No início de 2015, chegamos ao pior nível da história. Muita gente diz que é porque tivemos três anos de seca. Isso não é verdade. O ano de 2012 foi um ano bem razoável, com 90% da média histórica. O ano de 2013, para surpresa de muita gente, foi um ano muito bom, que cravou a média histórica. E por que se esvaziaram? Porque o sistema está com menos capacidade real, efetiva, de produzir energia do que os números teóricos dizem.

Como assim?

Desde 2010, está havendo um esvaziamento anômalo dos reservatórios. Se você roda os modelos de planejamento para saber onde estaria o sistema no final de 2013, usando exatamente as mesmas informações de demanda e de geração que ocorreram em 2013, o modelo diria que chegamos ao final do ano de uma maneira, mas a realidade é outra. Há uma diferença gigantesca.

O que explica isso?
Em primeiro lugar, o sistema de transmissão, na vida real, está com muito mais problemas e restrições do que os modelos do governo indicam. O segundo fator é que a eficiência de produção das usinas hidrelétricas — quer dizer, quanta água elas precisam para produzir um megawatt-hora — na vida real é bem pior do que os modelos dizem. E a terceira coisa é muito específica do Rio São Francisco. Este ano estamos com uma seca severa no São Francisco. Mas em 2013, teve seca abaixo da média também; em 2012, também foi abaixo da média; e, em 2011, abaixo da média, apesar de ter sido o quarto ano mais molhado da história no Brasil inteiro. Aí, resolvi perguntar há quantos anos o São Francisco está abaixo da média. O São Francisco está abaixo da média há 20 anos! Ora, se está assim há 20 anos, é porque a média está errada. Mas os modelos continuam, de forma otimista, sempre achando que vai ocorrer a média.

Então, o planejamento está sendo feito com dados irreais?

Sim, irreais. A combinação de São Francisco abaixo da média com restrições de transmissão e com as hidrelétricas não produzindo o que deveriam causa discrepância. Quando conversamos com o operador do sistema, ele diz que a discrepância é pequena, de 2%. Sim, mas 2% por mês. Olhando dois meses, dá 4%. E aí, ao final de três anos, a discrepância fica gigantesca. E é isso que explica a diferença entre os estudos do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), que sempre dizem que está tudo bem, e a realidade. Qual a grande diferença entre as projeções feitas pela PSR e as projeções feitas pelo governo? Os modelos computacionais são idênticos, fomos nós quem escrevemos a metodologia dos modelos que o governo usa. A diferença é que nós recalibramos os modelos para ficarem mais aderentes à realidade.

Quando perceberam isso?

Nós alertamos em 2010 que tinha alguma coisa errada. Começamos 2010 com o melhor armazenamento da história. Mas, ao longo do ano, o sistema estava desabando. Aí começamos a analisar e identificamos esse esvaziamento anômalo. Alertamos o governo, tivemos muito diálogo com o pessoal do Planejamento para alertar que estava acontecendo algo. Mas não é tão óbvio, porque as usinas hidrelétricas não têm medidores para medir quanta água passa pelas turbinas. Em muitos casos, o cálculo do volume de água é feito com base na energia produzida e em um coeficiente de eficiência teórico. É o contrário. Mas, justiça seja feita, a Aneel está há muitos anos tentando que esses medidores sejam instalados. Também a ANA e o ONS começaram a fazer uma campanha de aferição do São Francisco. É excelente começar a verificar as causas do problema. Mas o problema existe. É como chegar no hospital com hemorragia. É ótimo, depois, verificar com calma as razões daquilo, mas na hora é anticoagulante e transfusão. O que seria o equivalente ao anticoagulante? Na nossa opinião seria, em 2010, já contratar 2,5 mil MW para dar um reforço emergencial. Não quero nem saber, em um primeiro momento, porque é que houve o problema. Quero é impedir que o paciente entre em choque.

Buscar outras fontes...

Sim. Se tivesse sido feito, esse reforço teria entrado em 2013 e nada disso teria acontecido. Então, a gente foi perdendo sucessivamente linhas de defesa. Em 2014, já estava claro que o sistema iria terminar o ano extremamente baixo. Essa foi a razão pela qual nós recomendamos em maio que se fizesse redução do consumo. Chegaríamos ao final do ano com mais energia armazenada e isso daria tranquilidade. E o governo, de certa forma, confiou que fosse chover. E agora estamos em uma situação muito desconfortável. Não é correto culpar São Pedro. Também não é correto dizer que foi porque a linha caiu, que o gerador saiu. Eu acho até que é pior para a população, porque quer dizer que toda hora que uma linha cair, vai cair o abastecimento. É claro que o pessoal da operação é muito mais competente do que isso. Isso só está dando estresse porque perdemos as linhas de defesa. A terceira linha de defesa que perdemos é mais sutil. A gente teve uma saraivada de blecautes nos últimos anos. Se você verificar os índices de desempenho do sistema de transmissão nos últimos anos, eles são piores que os próprios padrões do ONS. Muita gente pensa que é porque atrasou a transmissão. Mas os últimos têm ocorrido, na imensa maioria, porque houve falhas nas subestações. Isso é um problema de manutenção. E uma das razões que agravou isso nos últimos anos foram as restrições financeiras das empresas federais, que é uma das consequências da MP 579. Então, o que temos de confluência: perdemos a primeira linha de defesa, que era ter capacidade estrutural de geração para compensar o esvaziamento anômalo. Perdemos a segunda linha de defesa, quando apostamos que iria chover. E perdemos a terceira linha de defesa, com a deterioração do sistema de transmissão. E agora, estamos em uma situação complicada, em que temos pouca margem de manobra e qualquer coisa acidental pode causar problema. E a pergunta é: a água que temos dentro dos reservatórios, mais as termelétricas, biomassa e eólicas, vai ser suficiente para atender a demanda durante todo o ano? Começa a ficar muito preocupante.

Qual a probabilidade de racionamento este ano?

Olhando agora, no final de janeiro, e levando em consideração que todo mundo torce para chover em fevereiro e março, existe, na nossa conta, 50% de probabilidade de não termos capacidade suficiente de energia.

Mas se os dados são conhecidos, e o risco está sendo alertado, por que o governo não toma medidas?

Em primeiro lugar, precisamos ser justos. Veja o comportamento do governo de São Paulo com relação à água. É igualzinho. O quadro geral que se instalou na cabeça dos governantes é que, politicamente, admitir a escassez ou fazer apelos para racionalização dá problema. Eu considero que isso é quase uma ofensa à maturidade da população brasileira, que já passou por crises cambiais horrorosas, que já passou por hiperinflação, que já reagiu magnificamente quando tivemos problema de suprimento de energia. Achar que essa população não consegue entender que estamos em uma situação difícil é complicado.

E o ONS, não deveria ter uma postura mais combativa?

ONS é o sujeito que pilota o avião. E ele pilota o avião com os recursos que tem. O governo diz que ele tem um Airbus 380 mas, na prática, ele tem um Sucatão. Ele está tomando medidas absolutamente heróicas para o avião não cair. Várias vezes o Hermes Chipp (presidente do ONS) declarou em público que era importante colocar termelétricas. Dentro do que ele pode fazer, que é alertar, ele fez. Mas acho que não é papel do operador do sistema vir a público e rasgar as vestes. A questão, nesse aspecto das responsabilidades, é: os estudos de planejamento estão indicando que há problemas. Há uma defasagem entre as projeções e a realidade operativa. E essa união entre planejamento e operação deveria ser equacionada no CMSE. E aí, não tenho conhecimento para dizer por que não há o grau necessário de coordenação. E também não vale à pena chorar pelo leite derramado. A realidade é que o país perdeu janelas de oportunidade para evitar a queda das linhas de defesa. E a última arma, a racionalização do consumo, não foi usada. É excelente que o Brasil tenha entrado no realismo fiscal. Também, felizmente, entramos no realismo tarifário. Quem sabe a gente não completa o tripé e entramos no realismo energético? Enquanto não entrarmos no realismo energético, ficamos numa situação em que todo mundo perde. Se o governo fizesse um apelo, se aparecesse na televisão dizendo: “Gente, a conta de luz vai subir, então a economia vai ser boa para o país, e para o bolso de vocês”... É um mote muito legal, mesmo do ponto de vista do consumidor. Uma situação em que todo mundo ganha. Se não alertar e der o azar de não conseguir atender, os consumidores estarão pagando muito caro por um produto que não existe, o que pode gerar um desgaste político gigantesco, uma situação em que todo mundo perde. Inclusive, existe uma unanimidade impressionante entre analistas, independentemente de sua visão do sistema elétrico, de que medidas de racionalização só têm vantagens.

Mas o governo ainda não parece sensibilizado...

É um assunto que causa certa perplexidade. As notícias dos jornais hoje (quinta-feira) são até interessantes: há um apoio muito grande ao Joaquim Levy (ministro da Fazenda), uma resposta muito positiva, pela sinceridade. O Joaquim Levy não estava dando boas notícias em Davos. Pelo contrário, eram notícias muito ruins. Mas o que os investidores veem? Que vamos passar por um período difícil porque estamos colocando a casa em ordem. Mas, em 2016 ou 2017, a coisa vai melhorar. É tudo o que o investidor precisa. O que afasta os investidores é a incerteza, é a sensação de que a coisa está com pouco rumo.

O que o sr. quer dizer com “realismo energético”?

No curtíssimo prazo só se pode fazer um apelo pela racionalização. No médio prazo, temos que recompor a capacidade de produção do sistema e, em paralelo, fazer uma reavaliação das deficiências estruturais e institucionais que precisam ser sanadas. Em setembro de 2001, estava todo mundo tranquilo, o racionamento já ia acabar, a população tinha reagido de uma maneira fantástica. E aí, o ministro Pedro Parente começou um grupo de trabalho, que era chamado de grupo de revitalização, para analisar as causas profundas que nos levaram àquela situação. E a partir disso se fez uma série de análises, com a participação de todos os agentes, dos problemas no desenho institucional e regulatório, apontando soluções. Esse conjunto de documentos, que era uma análise muito objetiva, muito crítica e muito construtiva, foi uma das fontes de informação da então ministra Dilma Rousseff, já no início do governo seguinte. Se você olhar a documentação que foi feita pelo grupo de revitalização no final de 2001 e o desenho geral do modelo do setor elétrico, tem muitas coisas em comum. E é assim que as coisas avançam. Dá errado, se analisa objetivamente e conserta. O suprimento de energia elétrica é uma questão da sociedade, é uma questão da população, não é uma questão de governo.

Essas questões já foram levadas ao governo?

Várias associações, como o Fórum das Associações do Setor Elétrico, têm levado sugestões. Sei que tiveram reunião com o ministro Eduardo Braga. Sei que a Academia Nacional de Engenharia está levando outro documento. Mas temos que ter um pouco de paciência porque o ministro acabou de entrar. Está conversando, tomando pé da situação. Acho que só depois desse período é que vamos ver o que o governo vai fazer. Mas, por exemplo, em termos de sinalização, acho que São Paulo andou mais rápido, porque tanto o Benedito Braga na Secretaria de Recursos Hídricos, quanto o Jerson Kelman na Sabesp, sinalizam uma reorientação. É possível que, no caso do MME, aconteça a mesma coisa. Mas temos que esperar para ver.

Como o sr. vê a expansão de longo prazo?

Temos oportunidades absolutamente extraordinárias, o Brasil é fantástico. Sou um grande entusiasta dos recursos naturais brasileiros. Temos dois portfólios, o das renováveis e o das termelétricas. Nas renováveis, é claro que a grande estrela é a hidrelétrica, mas tem eólica, biomassa e, agora, a solar. A eólica tem um padrão de produção que é complementar com a hidrelétrica e com a biomassa. Então, se, por alguma razão não conseguirmos construir mais hidrelétricas, podemos aumentar bastante a participação de eólica e biomassa. E, embora o leilão de solar tenha sido bem sucedido, na nossa opinião o grande mercado para esta fonte está na geração distribuída. Porque uma solar, do lado da geração, está competindo com eólicas a R$ 100 por MWh, é duríssimo. Mas uma solar na sua casa compete com a tarifa cheia, que é R$ 600 por MWh. E, além disso, o fato de nosso consumo máximo ser devido ao ar condicionado é perfeito para a solar. Em muitos países dizem que a solar não adianta porque funciona de dia, enquanto o grande consumo é à noite. No Brasil, não. O uso do ar condicionado depende do calor. Num dia nublado, a solar não funciona direito, mas o ar condicionado está desligado. Num dia de sol, a solar bomba e o ar condicionado também. É um negócio que encaixa muito bem.

E as térmicas?

No caso de termelétricas, é evidente que nossa opção preferencial é o gás. Mas temos ainda uma incerteza muito grande, tem que haver equacionamento da questão da Petrobras. E há também o fato de que, no pré-sal, o gás é associado. Então, temos gás longe e dependente da produção de petróleo. O plano B é Bolívia e Argentina, que são muito ricos em gás. É claro que nossa experiência recente com a Bolívia não tem sido das mais animadoras, mas há sinalizações do governo Evo Morales de que há interesse em reaproximar, o que é muito bom. E a Argentina não passa pelos seus melhores momentos, mas é da vida, tem que pensar em longo prazo. O plano B é o carvão. Os meus amigos ambientalistas vão chiar, mas é uma ótima opção para o Brasil. Primeiro, porque temos proporção gigantesca de energia limpa. E o fornecimento de carvão não é muito afetado por problemas geopolíticos, o que dá muito mais previsibilidade. A terceira opção é nuclear. Existe uma nova geração de usinas nucleares que são montadas de maneira mais modularizada, principalmente nos EUA e na China. Se conseguirmos reduzir o tempo de construção, a competitividade da nuclear fica muito grande e poderíamos alavancar nossos recursos de urânio. Como nós temos abundância de recursos, temos a vantagem de ficar de olho no que está sendo feito no mundo e esperar para montar no cavalo na hora certa. Por exemplo, houve um investimento muito grande dos europeus e americanos em eólica. Eles gastarem um bocado de dinheiro para aperfeiçoar aquilo e, no momento em que aperfeiçoou, a gente deu bote e entrou na hora certa. Está acontecendo a mesma coisa com a solar. Eles investiram à beça para cair o preço e a gente entrou na hora certa. Então, parte da sabedoria do planejamento é ficar de olho, não se afobar e esperar a hora de o cavalo passar para montar.

O sr. acha que um apelo pela racionalização é suficiente ou são necessárias medidas que doam no bolso?

Doer no bolso, já vai doer. Poderíamos aproveitar para avisar que vai doer no bolso e pedir colaboração. No ano passado, poderia ter ido à TV para estimular o uso racional da energia. Todo mundo ganha com isso. Hoje, já teria que reforçar a mensagem: “Vai ser bom para o seu bolso e bom para o sistema”. Continua todo mundo ganhando. E aí, temos que esperar até o final de abril, para, eventualmente, pedir para apertar os cintos.

Qual seria o nível de conforto para os reservatórios?

O próprio operador tinha sinalizado que precisaria de 30%. Mas o ponto é o seguinte: olhando agora para 2001, talvez pudéssemos ter feito um racionamento menor. O racionamento foi mais severo porque o objetivo era entregar o sistema em excelentes condições. A questão é: quereremos fazer o mínimo para chegar no ano que vem e ter que ficar pedindo para São Pedro de novo? Melhor acertar as coisas de vez. A verdade é que estamos há três anos com térmicas ligadas o tempo todo. Isso não é brincadeira. É absolutamente anormal.

http://brasileconomico.ig.com.br/brasil ... efesa.html

Re: Geopolítica Energética

Enviado: Qui Fev 05, 2015 7:41 pm
por Bourne
Passava nessa represa toda a semana durante um ano e meio. É bem evidente que a água está em um nível baixo e bem diferente do normal. A justificativa da estiagem é estranha devido aos reservatórios para abastecimento da cidade de Curitiba e região metropolitana estarem em 99%, saindo do inverno com reservas acima de 90%. Os rios da região parecem estarem em níveis normais na região adjacente. A chuva é frequente.

Então, seria a baixa na água da represa do Capivari um dos reflexos dos modelos errados do sistema? Isto é, estão forçando a produção acima dos níveis de recuperação e segurança da represa? O problema pode ser mais grave do que parece. [005]

E da-lhe as santas termoelétrica para nós salvar do tremendo apagão.
Represa do Capivari chega a um dos níveis mais baixos da história

Queda no nível do reservatório chegou a três metros nos últimos dias.
Técnicos avaliaram a qualidade da água e dos peixes que vivem no rio.

Técnicos da Companhia Paranaense de Energia (Copel) passaram a manhã desta quarta-feira (5) fazendo um monitoramento na Represa do Capivari, em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba. O reservatório está com um dos níveis mais baixos desde que foi construído. Nos últimos três dias, houve redução de três metros no nível da barragem.

De acordo com os técnicos, a queda no volume de água decorre da seca que há na Serra do Mar, cujos rios próximos abastecem a represa. O trabalho desta quarta-feira teve ainda como objetivo verificar se a redução do nível da água está interferindo na fauna e na flora subaquáticas.

“A gente vem aqui, medir o oxigênio dissolvido justamente para saber se essa matéria orgânica não está interferindo de maneira a prejudicar a qualidade da água”, explica o engenheiro ambiental Giovanny Fedalto, que acompanhou o trabalho.

No trajeto do barco, o cenário que se vê é de vários bancos de areia. Troncos de árvores que há muito estavam sob a água, agora podem ser vistos sem impedimentos. Em alguns pontos, é possível encontrar conchas secas e até mesmo o que há poucos dias era o fundo do reservatório.

Após a visita, os técnicos dizem que os impactos à natureza ainda são poucos, mas se a situação continuar, pode haver problemas para os peixes que vivem na região. “A longo prazo, você teria uma redução na área de vida das espécies aquáticas. Elas teriam que mudar para locais mais fundos e você teria um maior processo erosivo no leito, que está exposto. Poderia ter um aporte de sedimentos, quando voltasse a erguer a água do reservatório”, diz o biólogo Fernando Ferreira. Ainda segundo os técnicos, no momento, a produção de energia elétrica na Represa do Capivari não foi afetada.

Fonte: http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2 ... toria.html

Re: Geopolítica Energética

Enviado: Sex Fev 06, 2015 9:00 am
por Naval
Interessante, essa crise toda de água me fez lembrar que a região nordeste sempre sofreu com a seca, mas agora que está afetando a região sudeste, a mobilização é geral. Aff...

Abraços.

Re: Geopolítica Energética

Enviado: Sex Fev 06, 2015 9:13 am
por LeandroGCard
Porque uma solar, do lado da geração, está competindo com eólicas a R$ 100 por MWh, é duríssimo. Mas uma solar na sua casa compete com a tarifa cheia, que é R$ 600 por MWh.
Pera aí, eu entendi isso direito?

O valor do MWh gerado está em torno de R$ 100,00, mas ele chega SEIS VEZES mais caro na minha casa?!?!? Tudo isso é apenas custo de distribuição? Se for assim, a coisa é absurda!

Temos então é que parar imediatamente de construir hidroelétricas, eólicas e etc... e passar a construir apenas usinas nucleares, que podem ser instaladas em praticamente qualquer lugar. Mesmo que o custo para instalá-las e mantê-las operando com toda segurança leve o custo de geração para o dobro ou o triplo com relação às energias renováveis, o potencial de redução no custo de transmissão já cobre isso com folga.


Leandro G. Card

Re: Geopolítica Energética

Enviado: Sex Fev 06, 2015 10:59 am
por joao fernando
Bourne escreveu:Passava nessa represa toda a semana durante um ano e meio. É bem evidente que a água está em um nível baixo e bem diferente do normal. A justificativa da estiagem é estranha devido aos reservatórios para abastecimento da cidade de Curitiba e região metropolitana estarem em 99%, saindo do inverno com reservas acima de 90%. Os rios da região parecem estarem em níveis normais na região adjacente. A chuva é frequente.

Então, seria a baixa na água da represa do Capivari um dos reflexos dos modelos errados do sistema? Isto é, estão forçando a produção acima dos níveis de recuperação e segurança da represa? O problema pode ser mais grave do que parece. [005]

E da-lhe as santas termoelétrica para nós salvar do tremendo apagão.
Represa do Capivari chega a um dos níveis mais baixos da história

Queda no nível do reservatório chegou a três metros nos últimos dias.
Técnicos avaliaram a qualidade da água e dos peixes que vivem no rio.

Técnicos da Companhia Paranaense de Energia (Copel) passaram a manhã desta quarta-feira (5) fazendo um monitoramento na Represa do Capivari, em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba. O reservatório está com um dos níveis mais baixos desde que foi construído. Nos últimos três dias, houve redução de três metros no nível da barragem.

De acordo com os técnicos, a queda no volume de água decorre da seca que há na Serra do Mar, cujos rios próximos abastecem a represa. O trabalho desta quarta-feira teve ainda como objetivo verificar se a redução do nível da água está interferindo na fauna e na flora subaquáticas.

“A gente vem aqui, medir o oxigênio dissolvido justamente para saber se essa matéria orgânica não está interferindo de maneira a prejudicar a qualidade da água”, explica o engenheiro ambiental Giovanny Fedalto, que acompanhou o trabalho.

No trajeto do barco, o cenário que se vê é de vários bancos de areia. Troncos de árvores que há muito estavam sob a água, agora podem ser vistos sem impedimentos. Em alguns pontos, é possível encontrar conchas secas e até mesmo o que há poucos dias era o fundo do reservatório.

Após a visita, os técnicos dizem que os impactos à natureza ainda são poucos, mas se a situação continuar, pode haver problemas para os peixes que vivem na região. “A longo prazo, você teria uma redução na área de vida das espécies aquáticas. Elas teriam que mudar para locais mais fundos e você teria um maior processo erosivo no leito, que está exposto. Poderia ter um aporte de sedimentos, quando voltasse a erguer a água do reservatório”, diz o biólogo Fernando Ferreira. Ainda segundo os técnicos, no momento, a produção de energia elétrica na Represa do Capivari não foi afetada.

Fonte: http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2 ... toria.html
Bingo. Vc tem 1 GW de geração, mas aguenta sem secar o reservatório 500 MW. Caso trabalhe com a potencia total vai gastar mais agua que entra

Re: Geopolítica Energética

Enviado: Dom Fev 08, 2015 9:41 am
por Bourne
Essa é a usina que abastece o litoral todo, incluindo o porto de Paranágua e cidades litorâneas do Parana.

Em um ano caiu de 49% em outubro/2013 para 16% em novembro/2014 não é normal. Não tem seca, supondo que seja muito severa, que faça isso em cerca de um ano. No histórico a represa chegava no fim do inverno acima de 60% de capacidade como citado em 2009.

Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/economia ... id=1040218

Fonte: http://globotv.globo.com/rpc/parana-tv- ... e/3740256/

Em dezembro de 2012 estava assim

Imagem

Para o fim de verão e outono era para ficar assim.

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Passei por lá e não está nem perto disso. Gostaria de saber como passar o inverno que é a estação seca e chega em outubro/2015. Ou será que a companhia de energia estadual (Copel) vai avisar que não tem como produzir energia quando começar a temporada de verão 2015/16.

Lembro que em São Paulo, os reservatórios está lotados em 2010/11 a ponto de verter água. Deve ter virado o deserto do Saarah para a água sumir em 36 meses. Algum erro brutal de planejamento ocorreu. Diferente da energia não tem termoelétrica para substituir.

Re: Geopolítica Energética

Enviado: Seg Fev 16, 2015 10:52 am
por Clermont
O fim da 'era do petróleo'?

José Goldemberg - O Estado de São Paulo, 16.02.15.

O preço do barril de petróleo caiu mais de 50% nos últimos meses, passando de US$ 140 para cerca de US$ 50. O que se pergunta todos os dias é: como é possível que isso tenha ocorrido?

Essa, no entretanto, é a pergunta errada. A pergunta certa a fazer é: por que o preço do petróleo atingiu o valor absurdo de US$ 140 o barril, quando é notório que ele é produzido por muito menos?

A resposta é bem conhecida: em 1973 foi formado um cartel dos principais países exportadores de petróleo (Opep) - como a Arábia Saudita, os Emirados Árabes, a Venezuela, a Líbia e outros - que fixou arbitrariamente o preço do produto em níveis extraordinariamente elevados. Foi esse preço que permitiu, por exemplo, a enorme concentração de riqueza nos Emirados Árabes e sustentou o desenvolvimento da Rússia e da Venezuela.

Durante mais de cem anos o preço do petróleo permaneceu praticamente constante, inferior a US$ 10 o barril desde que começou a ser produzido em grandes quantidades nos Estados Unidos. O enorme progresso dos países industrializados no século XX se deve à existência de petróleo abundante e barato até 1973, quando seu preço começou a subir.

Nos últimos meses, porém, a queda do preço foi violenta. Se continuar no patamar de US$ 50, a economia da Rússia, do Irã e da Venezuela será profundamente afetada, já que esses países dependem de maneira dramática dos recursos obtidos com a exportação do petróleo.

A explicação usual para a queda dos preços é a de que os Estados Unidos reduziram suas importações de petróleo por causa do sucesso da produção interna de óleo e gás de xisto. Assim, com petróleo abundante no mundo, os preços caíram. Os países da Opep, liderados pela Arábia Saudita, poderiam ter reduzido a sua produção, o que faria o preço subir, mas decidiram não fazê-lo.Além de grandes reservas de petróleo, esse países têm também enormes reservas monetárias que lhes permitiriam suportar um preço mais baixo até quebrarem os seus concorrentes nos Estados Unidos.

Nessa guerra de preços manipulados, uma das vítimas poderá ser a exploração de petróleo a grandes profundidades (pré-sal no Brasil e em outros países), cujo custo de produção é muito mais elevado do que na Arábia Saudita, estimado em menos de US$ 20 por barril. As estimativas recentes de fontes da Petrobrás são de que o petróleo do pré-sal saia a um custo de aproximadamente US$ 50.

As alternativas para a produção de energia, como a eólica e a solar, que competem com derivados de petróleo a US$ 100 o barril para a produção de eletricidade, também poderiam sofrer.

Há, todavia, interpretações diferentes da crise, como a de que não seria apenas uma guerra comercial, que pode ser passageira, mas algo mais sério.

Um artigo recente na revista Foreign Affairs - de dezembro de 2014 - lança novas luzes sobre essa polêmica e não é nada otimista. A novidade, segundo ele, é que o que provocou a queda dos preços do petróleo não foi o aumento da produção dos Estados Unidos. A verdadeira causa é uma mudança estrutural na economia dos Estados Unidos e de países industrializados, cujo consumo caiu de 50,1 milhões de barris de petróleo por dia em 2005 para 45,5 milhões em 2013. Essa tendência começou antes da crise da economia de 2008 e muito antes do aumento da produção de gás e óleo de xisto nos Estados Unidos.

As mudanças estruturais têm duas componentes.

1) Pelo lado da produção, a eficiência na extração do petróleo, que está aumentando, de modo que pequenos produtores estão produzindo mais e os países importando menos. O aumento da produção de gás também leva à redução do uso de petróleo.

2) Pelo lado do consumo, automóveis mais eficientes e automóveis elétricos e híbridos reduzem o consumo de gasolina ou diesel. Além disso, a eficiência energética em geral leva à redução do consumo de energia de todos os tipos.

O fato de a China ter anunciado que as suas emissões de carbono (resultantes da queima de combustíveis fósseis) atingirão o máximo em 2030 - e declinarão daí para a frente - demonstra a importância crescente da eficiência energética e das energias renováveis no mais importante consumidor de energia no mundo em desenvolvimento. As mudanças estruturais que já ocorreram nos países industrializados estão se verificando igualmente em países em desenvolvimento, de modo que o consumo de petróleo nestes países não cresce muito.

Se essas tendências se confirmarem no longo prazo, quem vai quebrar não são os produtores de gás e óleo de xisto nos Estados Unidos, mas os próprios países exportadores de petróleo, como a Arábia Saudita.

Por sua própria natureza, as energias renováveis e a aplicação crescente de medidas de eficiência energética são descentralizadas - como é a produção de gás e óleo de xisto em pequenos poços - e não se prestam à formação de cartéis, que só funcionam quando são poucos os produtores. Por essas razões, a queda dos preços do petróleo - se for permanente - indica que os custos menores de energia abrirão caminho para um futuro energético mais diversificado, o que será salutar para todos.

Durante décadas cientistas se digladiaram com análises e teorias contraditórias: ou as reservas de petróleo se esgotariam rapidamente (em 20 ou 30 anos) ou durariam muito mais (de 50 a 100 anos). Paradoxalmente, a controvérsia parece estar se resolvendo de uma forma inesperada: não são as reservas de petróleo que se vão esgotar, mas o seu consumo é que vai cair, deixando muito petróleo no solo.

Novas opções serão as fontes de energia dominantes no futuro.

Re: Geopolítica Energética

Enviado: Seg Fev 16, 2015 11:15 am
por hades767676
A semanas pipocam notícias sobre cortes e demissoes na indústria petroleira, com destaque para explorações caras como o xisto. Eis que o barril do tipo brent já ficou 30% mais caro em apenas 1 mês. Isso do barril ter chegado a 140 foi delirio do mercado, pois não durou nem 2 semanas.

Re: Geopolítica Energética

Enviado: Seg Fev 16, 2015 12:23 pm
por mmatuso
Burros foram os russos com toda a capacidade tecnológica e formação de base fizeram a econômica continuar completamente dependente do petróleo ao invés de desenvolver o país e diversificar.

No futuro se a policia do mundo resolver punir esses comunas bastará "puxar a tomada do petroleo".

Re: Geopolítica Energética

Enviado: Ter Fev 17, 2015 1:45 am
por Bourne
Mas a economia russa é diversificada, mas nada é competitivo para ser exportado em larga escala. O resultado é que se amarraram ao petróleo e gás. E a receita dos petrolíferos que fecha a conta fiscal e externa. Sem eles precisam procurar outros caminhos. Agora ficou evidente e terão que resolver. Em outros tempos a baixa do petróleo também beneficiaria os russos, hoje nem tanto. porém o efeito pode ser positivo no longo prazo.

E a mudança na estrutura de produção e consumo de petróleo tem cara de permanente. Sorte do Br huehue que está cada vez mais dependente das térmicas abastecidas por gás, diesel e logo carvão. Estão no máximo e vão continuar, serem ampliadas e construídas novas. A sorte que são projetos pré-fabricados com implantação de alguns meses.

O apocalipse está vinco com a falta de água. Quando começar a ter quinze dias sem água e um com veremos o tamanho da bomba.

A seca pode durar anos devido ao clima. E não dá para contar com chuva.