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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Enviado: Dom Dez 14, 2014 6:29 pm
por FCarvalho
Carlos Lima escreveu:
Fica a questão... como mudar a nossa limitação doutrinaria?
[]s
CB_Lima
Guerra.
abs.
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Enviado: Dom Dez 14, 2014 6:36 pm
por Bolovo
FCarvalho escreveu:Carlos Lima escreveu:
Fica a questão... como mudar a nossa limitação doutrinaria?
[]s
CB_Lima
Guerra.
abs.
A mais pura verdade.
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Enviado: Dom Dez 14, 2014 6:51 pm
por mmatuso
O ruim é que com essa doutrina buscapé muitas oportunidades serão perdidas.
O bonde vai passando, quem não entra fica pra trás.
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Enviado: Dom Dez 14, 2014 11:08 pm
por LeandroGCard
Carlos Lima escreveu:Faz sentido... e explica parte da dificuldade em até 'escolher' o Sistema e saber o que vamos fazer com ele.
Quanto à USAF você tem toda razão, o povo com quem estava conversando (o pessoal de SEAD) são mestres no assunto sabem muito sobre mísseis.
Fica a questão... como mudar a nossa limitação doutrinaria?
[]s
CB_Lima
Eu teria uma sugestão sobre este ponto, embora ache que dificilmente iria colar.
Minha ideia seria criar uma nova arma na AMAN, especificamente para a artilharia AAe. Totalmente separada das tradicionais infantaria, cavalaria, artilharia, engenharia e comunicações. Poderia ser chamada talvez de defesa aérea. A quantidade de alunos não precisaria ser muito alta, pelo menos em princípio, e a seleção seria pelas normas atuais (os alunos são selecionados por suas preferências e notas). Para instrutores seriam convidados os poucos oficiais de todas as 3 forças (e não apenas do EB) que tem interesse, já estudaram o assunto e que gostariam de participar da formação de uma doutrina nacional sobre o tema (existem uns poucos, já li artigos isolados de oficiais brasileiros interessados pelo tema) e, muito importante, consultores internacionais (ex-militares de qualquer país que já tenham atuado na área e demonstrem possuir conhecimento e experiência no assunto).
A idéia seria formar oficiais do EB dedicados somente à defesa AAe, e especializados nesta função. Depois de formados eles formariam os quadros permanentes do COMDABRA e comandariam o pessoal das futuras unidades de defesa AAe estratégicas do EB, bem como as unidades de artilharia AAe já existentes, além de por sua vez servirem de consultores para as demais forças. Para oficiais das outras forças poderiam também ser oferecidos cursos de especialização, pois a FAB e a MB deveriam ter quadros especializados também, neste caso servindo não apenas para organizar a defesa de suas próprias instalações mas também para os imprescindíveis estudos integrados sobre defesa&ataque de aeronaves contra forças AAe.
Os alunos das primeiras turmas desta nova arma saberiam que suas carreiras poderiam ter progresso rápido quando eles preenchessem os cargos estratégicos e táticos da defesa AAe que hoje são ocupados por pessoal de outras armas, e com o tempo surgiria uma cadeia de comando dedicada e experiente nesta tarefa específica que sustentaria o futuro desenvolvimento da arma dentro do EB (principal responsável pela defesa AAe estratégica do país) e das demais forças. E ao mesmo tempo o pessoal reunido como instrutores na AMAM poderia assumir a responsabilidade imediata de já ir definindo como organizar e equipar nossas unidades de defesa AAe e como desenvolver nossa indústria neste setor, que hoje talvez seja o mais importante na defesa de qualquer país fora da NATO.
Leandro G. Card
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Enviado: Seg Dez 15, 2014 11:29 am
por Glauber Prestes
Acho que isso só acontecerá quando tivermos as forças de defesa brasileiras, ao invés de 3 forças separadas...
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Enviado: Seg Dez 15, 2014 2:44 pm
por ciclope
só em sonhos.
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Enviado: Seg Dez 15, 2014 2:47 pm
por Túlio
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Enviado: Seg Dez 15, 2014 7:42 pm
por LeandroGCard
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Enviado: Seg Dez 15, 2014 9:22 pm
por Carlos Lima
LeandroGCard escreveu:Carlos Lima escreveu:Faz sentido... e explica parte da dificuldade em até 'escolher' o Sistema e saber o que vamos fazer com ele.
Quanto à USAF você tem toda razão, o povo com quem estava conversando (o pessoal de SEAD) são mestres no assunto sabem muito sobre mísseis.
Fica a questão... como mudar a nossa limitação doutrinaria?
[]s
CB_Lima
Eu teria uma sugestão sobre este ponto, embora ache que dificilmente iria colar.
Minha ideia seria criar uma nova arma na AMAN, especificamente para a artilharia AAe. Totalmente separada das tradicionais infantaria, cavalaria, artilharia, engenharia e comunicações. Poderia ser chamada talvez de defesa aérea. A quantidade de alunos não precisaria ser muito alta, pelo menos em princípio, e a seleção seria pelas normas atuais (os alunos são selecionados por suas preferências e notas). Para instrutores seriam convidados os poucos oficiais de todas as 3 forças (e não apenas do EB) que tem interesse, já estudaram o assunto e que gostariam de participar da formação de uma doutrina nacional sobre o tema (existem uns poucos, já li artigos isolados de oficiais brasileiros interessados pelo tema) e, muito importante, consultores internacionais (ex-militares de qualquer país que já tenham atuado na área e demonstrem possuir conhecimento e experiência no assunto).
A idéia seria formar oficiais do EB dedicados somente à defesa AAe, e especializados nesta função. Depois de formados eles formariam os quadros permanentes do COMDABRA e comandariam o pessoal das futuras unidades de defesa AAe estratégicas do EB, bem como as unidades de artilharia AAe já existentes, além de por sua vez servirem de consultores para as demais forças. Para oficiais das outras forças poderiam também ser oferecidos cursos de especialização, pois a FAB e a MB deveriam ter quadros especializados também, neste caso servindo não apenas para organizar a defesa de suas próprias instalações mas também para os imprescindíveis estudos integrados sobre defesa&ataque de aeronaves contra forças AAe.
Os alunos das primeiras turmas desta nova arma saberiam que suas carreiras poderiam ter progresso rápido quando eles preenchessem os cargos estratégicos e táticos da defesa AAe que hoje são ocupados por pessoal de outras armas, e com o tempo surgiria uma cadeia de comando dedicada e experiente nesta tarefa específica que sustentaria o futuro desenvolvimento da arma dentro do EB (principal responsável pela defesa AAe estratégica do país) e das demais forças. E ao mesmo tempo o pessoal reunido como instrutores na AMAM poderia assumir a responsabilidade imediata de já ir definindo como organizar e equipar nossas unidades de defesa AAe e como desenvolver nossa indústria neste setor, que hoje talvez seja o mais importante na defesa de qualquer país fora da NATO.
Leandro G. Card
Gostei dessa idéia.
Eu me pergunto se de repente poderíamos seguir o exemplo do que acontece com a Av. do Exército? Ela é considerada uma outra 'arma'?
[]s
CB_Lima
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Enviado: Seg Dez 15, 2014 11:21 pm
por LeandroGCard
Carlos Lima escreveu:Eu me pergunto se de repente poderíamos seguir o exemplo do que acontece com a Av. do Exército? Ela é considerada uma outra 'arma'?
[]s
CB_Lima
Boa pergunta, também não sei mas acho que não. O pré-requisito para ser oficial piloto é ter se formado em qualquer uma das armas:
http://www.cavex.eb.mil.br/ingressar_na_avex.html
Mas a aviação do exército não sofre dos mesmo problemas da AAe. Ela tem um "appeal" muito maior, atraindo interessados facilmente até porque uma vez formado piloto o oficial pode posteriormente escolher também uma lucrativa carreira no mundo civil. Já um especialista em sistemas AAe se sair do EB vai arranjar emprego onde
![Wink :wink:](./images/smilies/icon_wink.gif)
?
Leandro G. Card
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Enviado: Seg Dez 15, 2014 11:31 pm
por Carlos Lima
LeandroGCard escreveu:Carlos Lima escreveu:Eu me pergunto se de repente poderíamos seguir o exemplo do que acontece com a Av. do Exército? Ela é considerada uma outra 'arma'?
[]s
CB_Lima
Boa pergunta, também não sei mas acho que não. O pré-requisito para ser oficial piloto é ter se formado em qualquer uma das armas:
http://www.cavex.eb.mil.br/ingressar_na_avex.html
Mas a aviação do exército não sofre dos mesmo problemas da AAe. Ela tem um "appeal" muito maior, atraindo interessados facilmente até porque uma vez formado piloto o oficial pode posteriormente escolher também uma lucrativa carreira no mundo civil. Já um especialista em sistemas AAe se sair do EB vai arranjar emprego onde
![Wink :wink:](./images/smilies/icon_wink.gif)
?
Leandro G. Card
Sim...
concordo que AAe a principio não é o lugar mais 'atraente' do EB, o que me faz pensar se a AAe não poderia ser uma 'especialização' ou da "artilharia" ou mesmo da Av. do EB já que deveria pelo menos em teoria fazer parte do adestramento de pessoal da Av lidar com sistemas de Defesa Anti-aérea. Assim um official que lidaria com SAMs e coisas afins teria essa especialização como parte do seu crescimento.
Com relação ao "arrumar emprego onde", tem toda a parte de "radars", "sistemas eletrônicos de detecção", "IFF", "meteorologia", "sistemas de C&C", Comunicações, Transmissão segura de Info, etc que são necessários bem antes de alguém apertar o botão e disparar um míssil (que envolveria pelo menos propelentes, motores, eletrônica embarcada, etc).
[]s
CB_Lima
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Enviado: Ter Dez 16, 2014 12:09 am
por FCarvalho
A Avex há tempos tem propostas, já elaboradas e apresentadas mais de uma vez no EME, para se tornar a sexta arma do EB. Contudo, a própria cultura retrógrada que habita no EB não permite isso. E ela segue sendo apenas mais uma especialização dentro da força. embora aberta a qualquer das armas e serviços.
E aquela coisa, todo mundo em teoria concorda que isso deveria ser assim, mas ninguém concorda na prática que isso seja feito assim,
Tem gente no EB que ainda acha a Avex uma excentricidade de alguns aventureiros verde-oliva que não contentados, ou identificados, com a tradicional organização das ramas terrestres, quis "inventar moda" com a Avex. É incrível que em pleno século XXI, ainda há quem no EB acredite que o lugar do EB é "na chon", e em nenhum outro lugar mais...
A mesma relação se aplica a AAe. Ela é uma especialização do ramo da arma da artilharia.
O que me deixa mais ainda surpreso, pois não falta gente capacitada dentro do EB que estuda e entende do assunto. Ao menos em termos de teoria. Agora, já na prática...
abs
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Enviado: Ter Dez 16, 2014 3:46 pm
por jauro
...o que me faz pensar se a AAe não poderia ser uma 'especialização' ou da "artilharia"...
Bem colocado pelo Carvalho: "A mesma relação se aplica a AAe. Ela é uma especialização do ramo da arma da artilharia." Curso ministrado em um ano para Of e Sgt de Art na Escola de Artilharia de Costa e Antiaérea, EsACosAAe, VM, Deodoro, RJ.
http://www.esacosaae.ensino.eb.br/
Ao menos em termos de teoria. Agora, já na prática...
A prática de fogo antiaéreo é a que mais sofre restrições, desde o custo da operação, a existência do MEM, alvos aéreos, espaço aéreoterrestre e segurança. Se bala perdida é um 'problemão', imaginem "míssil perdido".
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Enviado: Ter Dez 16, 2014 4:05 pm
por Bolovo
Já ouviram falar da EsACosAAe (Escola de Artilharia de Costa e Antiaérea)? Meu irmão é artilheiro R2. Ano passado durante o curso, ele visitou o 2º GAAAE (2º Grupo de Artilharia Antiaérea) em Praia Grande e viu mais de perto como funciona. Não lembro ao certo tudo que ele falou, mas o cara vai servir num quartel de artilharia antiaérea, daí o comandante geralmente indica alguns oficiais, geralmente subalternos (tenentes) para fazer o curso na EsACosAAe, que dá um breve, tal como o de paraquedista. O número de indicados vária bastante porque vem de cima quantas vagas têm. Lá na Escola eles aprendem tudo sobre AAAe em teoria, mas o material AAAe da tropa é bem limitado como vcs já sabem, então não sei qual é o resultado de tudo isso. Pra quem quiser ver mais da Escola:
http://www.esacosaae.ensino.eb.br/
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Enviado: Ter Dez 16, 2014 5:09 pm
por Carlos Lima
Bolovo escreveu:Já ouviram falar da EsACosAAe (Escola de Artilharia de Costa e Antiaérea)? Meu irmão é artilheiro R2. Ano passado durante o curso, ele visitou o 2º GAAAE (2º Grupo de Artilharia Antiaérea) em Praia Grande e viu mais de perto como funciona. Não lembro ao certo tudo que ele falou, mas o cara vai servir num quartel de artilharia antiaérea, daí o comandante geralmente indica alguns oficiais, geralmente subalternos (tenentes) para fazer o curso na EsACosAAe, que dá um breve, tal como o de paraquedista. O número de indicados vária bastante porque vem de cima quantas vagas têm. Lá na Escola eles aprendem tudo sobre AAAe em teoria, mas o material AAAe da tropa é bem limitado como vcs já sabem, então não sei qual é o resultado de tudo isso. Pra quem quiser ver mais da Escola:
http://www.esacosaae.ensino.eb.br/
Bom... então temos bastante gente estudando sobre o assunto.
Então voltando a questão original, por que será então que pensam no Pantsyr para defender instalação quando para isso algo como o S-300 ou coisa parecida seria mais indicado?
[]s
CB_Lima