O futuro da AAAe no Brasil
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
"Já a terceira bateria, pertencente à Marinha, será posicionada no Rio de Janeiro, para defender os submarinos nucleares, que estão sendo fabricados no estado, e também o pré-sal."
Olá camarada e comandante, sabemos que é uma notícia pois uma Bateria como essa terá um emprego muito mais amplo para MB/CFN.
ADSUMUS
Olá camarada e comandante, sabemos que é uma notícia pois uma Bateria como essa terá um emprego muito mais amplo para MB/CFN.
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- Marino
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Com certeza.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
O plano de contingência é distribuir carabinas Puma pra todo mundo e ir pro meio do mato brincar de vietconguee.talharim escreveu:Eu quero saber se a FAB principalmente e o EB depois ... tem planos de contingencia para as Refinarias RPBC e REDUQ em Cubatao e Duque de Caxias as 2 unicas refinarias do Brasil que produzem querosene para aviaçao .
Pelo menos a historia desde a 2 guerra mundial mostra que seriam alvos de maior importancia a Luftawaffer ficou no chao depois que as refinarias da alemanha e Romenia viraram po esse foi o inicio do fim para o Reich .
Agora se nao acham isso importante quem sou eu para falar vamos enterrar nossos avioes e helis que nem fizeram os Iraquianos sem combustivel nao se consegue nem um armisticio hoje em dia .
I know the weakness, I know the pain. I know the fear you do not name. And the one who comes to find me when my time is through. I know you, yeah I know you.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Lendo os últimos post, só faz confirmar para mim que o nosso maior problema ainda é de doutrina, de pensamento, de visão, e agora mais do que nunca corroborados pelas decisões políticas tomadas em relação a uma área que, mesmo as ffaa's tem pouco a dizer e/ou contribuir em termos modernidade.
Em resumo, ao invés de começarmos do básico, que para variar, seria imitando alguém cuja organização AAe se assemelhasse as nossas condições, e depois fôssemos desenvolvendo nossas próprias estruturas, numa espécie de reengenharia reversa de kowhow do conhecimento, mas não, estamos querendo começar por cima, quando nem o básico nós aprendemos direito.
abs
Em resumo, ao invés de começarmos do básico, que para variar, seria imitando alguém cuja organização AAe se assemelhasse as nossas condições, e depois fôssemos desenvolvendo nossas próprias estruturas, numa espécie de reengenharia reversa de kowhow do conhecimento, mas não, estamos querendo começar por cima, quando nem o básico nós aprendemos direito.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Bolovo escreveu:Os chassis da Tatra que a Avibrás utiliza nos ASTROS II.FIGHTERCOM escreveu:Aí eu pergunto, que caminhões seriam esses? Será que vamos pegar uma caminhão de uso civil e militarizar para instalar esta plataforma?
Abraços,
Wesley
Este é o 4x4 que é utilizado no veículo de comando da bateria ASTROS: http://www.tatratrucks.com/trucks/custo ... y-chassis/
Este é o 6x6 utilizado nos lançadores, remuniciadores etc: http://www.tatratrucks.com/trucks/custo ... y-chassis/
E este é 8x8, ainda não utilizado pela Avibrás, mas que comportaria a superestrutura do Pantsir-S1: http://www.tatratrucks.com/trucks/custo ... y-chassis/
Sei que a Avibrás esta trabalhando num projeto de AAAe nesses chassis, não sei se é o Pantsir ou outro.
O que eu disse em 25 de julho acima. Notícia de 14 de novembro abaixo...Túlio escreveu:Notem que o Bolo de Ovo foi o índio que, anos atrás, levantou a exportação de mísseis da MECTRON para o Paquistão, "furou" todo mundo, apesar de ser um vinagrento de josta sempre o levo a sério...
MBDA E AVIBRAS ANUNCIAM PROJETO DE DEFESA ANTIAÉREA DE MÉDIA ALTURA
http://www.defesanet.com.br/terrestre/n ... ia-altura/
Me escutem, meros mortais. Aprendam com o mestre. Beijos.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Vou fazer uma pergunta que não sei se foi feita antes.
Estava debatendo sobre SEAD com gente veterana aqui de ribá e eventualmente o assunto mudou para mísseis anti-aéreos... papo vai papo vém e me falaram que mísseis para defender alvos estratégicos 'parados' deveriam ser da classe do S-300/S-400 e por aí vai com sistemas tipo o Pantsir como talvez mísseis secundários para essa função, mas que normalmente seriam melhor empregados protegendo 'tropas'.
Faz algum sentido isso? E caso faça, por que será que não estamos investigando mísseis com perfil do S-300/S-400 da vida?
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CB_Lima
Estava debatendo sobre SEAD com gente veterana aqui de ribá e eventualmente o assunto mudou para mísseis anti-aéreos... papo vai papo vém e me falaram que mísseis para defender alvos estratégicos 'parados' deveriam ser da classe do S-300/S-400 e por aí vai com sistemas tipo o Pantsir como talvez mísseis secundários para essa função, mas que normalmente seriam melhor empregados protegendo 'tropas'.
Faz algum sentido isso? E caso faça, por que será que não estamos investigando mísseis com perfil do S-300/S-400 da vida?
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Minha opinião pessoal e que o Brasil deveria largar essa sandice que querer usar um sistema perna curta como arma de defesa estratégica.O Pantsir deveria ser adquirido para fazer proteçao de tropas e colonas blindadas, sistema AAAe para defesa de grandes áreas deveria ser o S-350 Vitaz esse sim muito mais adequado as nossas necessidades. Mais enquanto continuarmos achando 20 Km como media altura vamos viver rezando para se um dia lutarmos que seja contra algum grupo de farapos sub-armados pois qualquer força aérea hoje minimamente capaz já dispõem de armas com mais de 20 Km.
- LeandroGCard
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Sim, faz todo o sentido.Carlos Lima escreveu:Vou fazer uma pergunta que não sei se foi feita antes.
Estava debatendo sobre SEAD com gente veterana aqui de ribá e eventualmente o assunto mudou para mísseis anti-aéreos... papo vai papo vém e me falaram que mísseis para defender alvos estratégicos 'parados' deveriam ser da classe do S-300/S-400 e por aí vai com sistemas tipo o Pantsir como talvez mísseis secundários para essa função, mas que normalmente seriam melhor empregados protegendo 'tropas'.
Faz algum sentido isso? E caso faça, por que será que não estamos investigando mísseis com perfil do S-300/S-400 da vida?
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Caso a defesa AAe não queira ficar totalmente na defensiva enquanto o inimigo despeja impunemente todo tipo de bombas e outras armas sobre a cabeça dela então ela precisa contar com mísseis que possam alcançar as aeronaves além da distância em que estas podem liberar suas armas. Para isso mísseis de curto alcance efetivo (menos que 25 ou 30 km) não adiantam praticamente nada, pois só conseguirão abater algum avião inimigo se este der muita bobeira (e depois que o primeiro der e for abatido nenhum outro dará). Segundo discussões de quem estuda o assunto o ideal seria que a defesa pudesse contar com algum sistema de mísseis que tivesse a capacidade de infligir às aeronaves atacantes uma taxa de atrito de pelo menos 10 a 12%, pois neste nível a campanha aérea se torna proibitiva depois de pouco tempo.
Agora, se é necessário possuir mísseis como o S-300/400 para isso é uma questão a discutir. Mísseis com alcance superior a 100Km podem se posicionar de forma muito mais flexível e cobrir áreas muito maiores, tornando mais difícil aos atacantes encontrar brechas na defesa e exigindo uma quantidade menor de lançadores para proteger uma determinada área. Mas pode-se usar também mísseis de alcance menor (entre 25 e 100Km) distribuídos em grande quantidade cobrindo todo o entorno da região a ser protegida para obter o mesmo efeito, pelo menos se a área a proteger não for encostada à costa ou a alguma fronteira. O ideal mesmo seria combinar os dois sistemas (até por questões de identificação de alvos - uma das táticas mais empregadas pelos atacantes é "fintar" a defesa, forçando-a a gastar seus mísseis com falsos ataques o que de certa forma é mais fácil contra mísseis de maior alcance). E esta linha de defesa destinada a tentar abater as aeronaves inimigas precisa ser completada por uma outra, com mísseis de menor alcance porém resposta mais rápida e capacidade de atingir alvos pequenos, velozes e de baixa assinatura (como bombas guiadas, planadoras, mísseis de cruzeiro, etc...), e que tem como função proteger os alvos de maior valor e os próprios sistemas de mísseis de maior alcance contra munições que cheguem a ser lançadas pelo inimigo apesar de tudo. A combinação dos dois tipos de sistema compõem a defesa em camadas de que tanto se fala quando o assunto é AAe.
E é importante ter em mente que a defesa AAe não precisa impedir os ataques do inimigo para vencer, ela já terá sido bem sucedida se obrigar o inimigo a concentrar seus esforços sobre ela própria ao invés de nos alvos ele teria de fato vantagens em destruir (infra-estrutura, comando e controle, etc...). Se o atacante conseguir obliterar completamente a defesa AAe mas no processo perder sua capacidade de ataque aos demais alvos sua campanha falhou desgraçadamente .
Já na defesa de tropas o cenário é um um pouco diferente. Estas unidades são móveis e dispersas, e o atacante precisa se aproximar o suficiente para encontrar e identificar seus alvos, se colocando ao alcance dos sistemas de defesa aérea de menor alcance (abaixo de 20km). Por isso neste caso um sistema como o Pantsir pode atuar sozinho.
Espero ter ajudado. Um abraço,
Leandro G. Card
P.S.: O fato de ninguém no Brasil fora da MB estar investigando mísseis de longo alcance, imprescindíveis para uma defesa AAe eficaz, deve-se a duas questões: Uma é a doutrina, basicamente herança da Guerra Fria em que nossas FA´s seriam um apêndice da máquina de guerra americana e como tal protegida pelo guarda-chuva da USAF. A outra questão é de "jurisdição": Enfrentar aeronaves em distâncias (no Brasil se fala em alturas, o que só complica tudo) maiores seria atribuição exclusiva da FAB, que usa aviões de caça para isso. A MB especificamente se preocupa sim com mísseis AAe de maior alcance, pois sabe que sem eles uma marinha fica completamente tolhida, mas ao que parece tem muita dificuldade em convencer o GF a permitir que ela os adquira, seja pelo custo das plataformas capazes de lança-los seja por problemas de integração com as outras armas (tipo, porque só a MB quer algo que as demais forças desdenham?).
Editado pela última vez por LeandroGCard em Dom Dez 14, 2014 5:18 pm, em um total de 1 vez.
- Bolovo
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Mas isso é obvio. A resposta é retórica. Na Rússia, o Pantsir acompanha e faz a proteção do S-400, já que ele é autônomo e pode atirar em movimento. Só aqui mesmo pra um sistema de curto alcance como o Pantsir virar sistema de defesa "estratégico".Carlos Lima escreveu:Vou fazer uma pergunta que não sei se foi feita antes.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Muito obrigado pela explicação...!!LeandroGCard escreveu:Sim, faz todo o sentido.Carlos Lima escreveu:Vou fazer uma pergunta que não sei se foi feita antes.
Estava debatendo sobre SEAD com gente veterana aqui de ribá e eventualmente o assunto mudou para mísseis anti-aéreos... papo vai papo vém e me falaram que mísseis para defender alvos estratégicos 'parados' deveriam ser da classe do S-300/S-400 e por aí vai com sistemas tipo o Pantsir como talvez mísseis secundários para essa função, mas que normalmente seriam melhor empregados protegendo 'tropas'.
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Caso a defesa AAe não queira ficar totalmente na defensiva enquanto o inimigo despeja impunemente todo tipo de bombas e outras armas sobre a cabeça dela então ela precisa contar com mísseis que possam alcançar as aeronaves além da distância em que estas podem liberar suas armas. Para isso mísseis de curto alcance efetivo (menos que 25 ou 30 km) não adiantam praticamente nada, pois só conseguirão abater algum avião inimigo se este der muita bobeira (e depois que o primeiro der e for abatido nenhum outro dará). Segundo discussões de quem estuda o assunto o ideal seria que a defesa pudesse contar com algum sistema de mísseis que tivesse a capacidade de infligir às aeronaves atacantes uma taxa de atrito de pelo menos 10 a 12%, pois neste nível a campanha aérea se torna proibitiva depois de pouco tempo.
Agora, se é necessário possuir mísseis como o S-300/400 para isso é uma questão a discutir. Mísseis com alcance superior a 100Km podem se posicionar de forma muito mais flexível e cobrir áreas muito maiores, tornando mais difícil aos atacantes encontrar brechas na defesa e exigindo uma quantidade menor de lançadores para proteger uma determinada área. Mas pode-se usar também mísseis de alcance menor (entre 25 e 100Km) distribuídos em grande quantidade cobrindo todo o entorno da região a ser protegida para obter o mesmo efeito, pelo menos se a área a proteger não for encostada à costa ou a alguma fronteira. O ideal mesmo seria combinar os dois sistemas (até por questões de identificação de alvos - uma das táticas mais empregadas pelos atacantes é "fintar" a defesa, forçando-a a gastar seus mísseis com falsos ataques o que de certa forma é mais fácil contra mísseis de maior alcance). E esta linha de defesa destinada a tentar abater as aeronaves inimigas precisa ser completada por uma outra, com mísseis de menor alcance porém resposta mais rápida e capacidade de atingir alvos pequenos, velozes e de baixa assinatura (como bombas guiadas, planadoras, mísseis de cruzeiro, etc...), e que tem como função proteger os alvos de maior valor e os próprios sistemas de mísseis de maior alcance contra munições que cheguem a ser lançadas pelo inimigo apesar de tudo. A combinação dos dois tipos de sistema compõem a defesa em camadas de que tanto se fala quando o assunto é AAe.
E é importante ter em mente que a defesa AAe não precisa impedir os ataques do inimigo para vencer, ela já terá sido bem sucedida se obrigar o inimigo a concentrar seus esforços sobre ela própria ao invés de nos alvos ele teria de fato vantagens em destruir (infra-estrutura, comando e controle, etc...). Se o atacante conseguir obliterar completamente a defesa AAe mas no processo perder sua capacidade de ataque aos demais alvos sua campanha falhou desgraçadamente .
Já na defesa de tropas o cenário é um um pouco diferente. Estas unidades são móveis e dispersas, e o atacante precisa se aproximar o suficiente para encontrar e identificar seus alvos, se colocando ao alcance dos sistemas de defesa aérea de menor alcance (abaixo de 20km). Por isso neste caso um sistema como o Pantsir pode atuar sozinho.
Espero ter ajudado. Um abraço,
Leandro G. Card
P.S.: O fato de ninguém no Brasil fora da MB estar investigando mísseis de longo alcance, imprescindíveis para uma defesa AAe eficaz, deve-se a duas questões: Uma é a doutrina, basicamente herança da Guerra Fria em que nossas FA´s seriam um apêndice da máquina de guerra americana e como tal protegida pelo guarda-chuva da USAF. A outra questão é de "jurisdição": Enfrentar aeronaves em distâncias (no Brasil se fala em alturas, o que só complica tudo) maiores seria atribuição exclusiva da FAB, que usa aviões de caça para isso. A MB especificamente se preocupa sim com mísseis AAe de maior alcance, pois sabe que sem eles uma marinha fica completamente tolhida, mas ao que parece tem muita dificuldade em convencer o GF a permitir que ela os adquira, seja pelo custo das plataformas capazes de lança-los seja por problemas de integração com as outras armas (tipo, porque só a MB quer algo que as demais forças desdenham?).
Fico pensando que com esses intercâmbios que estamos fazendo com os russos deveríamos aprender alguma coisa, pois não é que não precisamos do Pantsir, e sim precisamos rever a maneira como nós pensamos utilizá-lo.
Eu fico imaginando se o EB pensar em comprar um Sistema tipo o S-300, isso criaria algum 'conflito' interno sobre quem seria o 'dono' de tal Sistema?
Nesse contexto, realmente a MB tem que pensar diferente pois na maior parte do tempo vai estar lutando sozinha...
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Para quem tem em canhões AAe de 35/40mm e mísseis lançados do ombro o seu armamento estratégico para para a defesa "de todos os pontos estratégicos do país", dispor do Pantsyr é algo até digno de efusiva comemoração.Bolovo escreveu:Mas isso é obvio. A resposta é retórica. Na Rússia, o Pantsir acompanha e faz a proteção do S-400, já que ele é autônomo e pode atirar em movimento. Só aqui mesmo pra um sistema de curto alcance como o Pantsir virar sistema de defesa "estratégico".Carlos Lima escreveu:Vou fazer uma pergunta que não sei se foi feita antes.
Estava debatendo sobre SEAD com gente veterana aqui de ribá e eventualmente o assunto mudou para mísseis anti-aéreos... papo vai papo vém e me falaram que mísseis para defender alvos estratégicos 'parados' deveriam ser da classe do S-300/S-400 e por aí vai com sistemas tipo o Pantsir como talvez mísseis secundários para essa função, mas que normalmente seriam melhor empregados protegendo 'tropas'.
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Já é uma baia de uma evolução. Vamos parar de atirar de estilingue e começar a usar arco e flecha... e com mira ótica.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Reforço, este é o problema fulcral da construção de um verdadeiro sistema de defesa AAe no Brasil.LeandroGCard escreveu:P.S.: O fato de ninguém no Brasil fora da MB estar investigando mísseis de longo alcance, imprescindíveis para uma defesa AAe eficaz, deve-se a duas questões: Uma é a doutrina, basicamente herança da Guerra Fria em que nossas FA´s seriam um apêndice da máquina de guerra americana e como tal protegida pelo guarda-chuva da USAF. A outra questão é de "jurisdição": Enfrentar aeronaves em distâncias (no Brasil se fala em alturas, o que só complica tudo) maiores seria atribuição exclusiva da FAB, que usa aviões de caça para isso. A MB especificamente se preocupa sim com mísseis AAe de maior alcance, pois sabe que sem eles uma marinha fica completamente tolhida, mas ao que parece tem muita dificuldade em convencer o GF a permitir que ela os adquira, seja pelo custo das plataformas capazes de lança-los seja por problemas de integração com as outras armas (tipo, porque só a MB quer algo que as demais forças desdenham?).
Cada ffaa' tem pensamento, visão e orientação diferentes de como utilizar a sua defesa AAe.
Aí alguém em Brasília não mais que de repente achou que poderia resolver todos os problemas da art aae do Brasil se simplesmente comprasse o mesmo sistema para todo mundo, e "voalá" todos os nossos problemas estariam resolvidos pelos próximos 50 anos.
Digo e insisto. Primeiro resolvemos o problema da doutrina. Depois pensamos no que fazer em termos de armamento. Organização já temos. Falta-nos na verdade é visão e coesão de pensamento para fazer as coisas do jeito certo.
abs
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Carlos, dever aprender, creio que deveríamos estar. Mas quando olho, e vejo que simples mísseis de ombro são o armamento padrão de bia de art aae para a proteção das bgdas no exército, só posso pensar que ainda temos um longo caminho para mudar as coisas por aqui.Carlos Lima escreveu:Muito obrigado pela explicação...!!LeandroGCard escreveu:Sim, faz todo o sentido.
Caso a defesa AAe não queira ficar totalmente na defensiva enquanto o inimigo despeja impunemente todo tipo de bombas e outras armas sobre a cabeça dela então ela precisa contar com mísseis que possam alcançar as aeronaves além da distância em que estas podem liberar suas armas. Para isso mísseis de curto alcance efetivo (menos que 25 ou 30 km) não adiantam praticamente nada,
Fico pensando que com esses intercâmbios que estamos fazendo com os russos deveríamos aprender alguma coisa, pois não é que não precisamos do Pantsir, e sim precisamos rever a maneira como nós pensamos utilizá-lo.
Eu fico imaginando se o EB pensar em comprar um Sistema tipo o S-300, isso criaria algum 'conflito' interno sobre quem seria o 'dono' de tal Sistema?
Nesse contexto, realmente a MB tem que pensar diferente pois na maior parte do tempo vai estar lutando sozinha...
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Reforço novamente. Temos que primeiro mudar o pensamento sobre doutrina AAe no Brasil. Depois pensamos em equipamento.
Comprar Pantsyr só por causa das necessidades de uns e outros, para atender contratos que sequer foram assinados pensando em nossa realidade de defesa, é sodas...
Péssimo jeito de começar as coisas.
abs
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Pois é.Carlos Lima escreveu:Muito obrigado pela explicação...!!
Fico pensando que com esses intercâmbios que estamos fazendo com os russos deveríamos aprender alguma coisa, pois não é que não precisamos do Pantsir, e sim precisamos rever a maneira como nós pensamos utilizá-lo.
Mas na verdade nem precisava conversar com os russos. A maior parte do que leio sobre AAe é escrita por autores americanos mesmo. Fora a US Navy, que é um outro assunto, eles não fazem nenhuma questão de desenvolver sistemas AAe completos, focam praticamente apenas em MANPAD's e anti-mísseis pois não é interesse deles "encher a bola" da AAe quando são os maiores adeptos do bombardeio a terras estrangeiras do planeta. No máximo mantém coisas velhas como o Hawk ou desenvolvem acochambrações como o Chaparral e o SL-AMRAAM. Mas eles não se furtam de estudar bastante o assunto e sabem muito bem como deve ser uma AAe de verdade (até porque podem ter que enfrentá-la ).
O maior conflito seria dentro do próprio EB. O sistema viraria um elefante branco em que ninguém ia querer por a mão.Eu fico imaginando se o EB pensar em comprar um Sistema tipo o S-300, isso criaria algum 'conflito' interno sobre quem seria o 'dono' de tal Sistema?
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O MD e o EMFA já discutiram o assunto e concluíram que a defesa AAe de pontos estratégicos deveria ser atribuição do EB, pelo simples fato de que é a única força cuja estrutura tem tamanho e distribuição capaz de cobrir todo o território nacional. A FAB (e mais ainda a MB) simplesmente não tem porte ou abrangência para assumir esta responsabilidade.
Mas dentro do próprio exército não existe absolutamente nenhuma tradição neste tipo de missão. O EB sempre se preocupou em enfrentar outros inimigos em terra mesmo, e partiu do princípio de que no ar haveria alguém cuidando de obter a supremacia aérea (a FAB no contexto latino-americano e a USAF ou alguma coligação de potências ocidentais em qualquer outro lugar do mundo). Nunca sequer passou pela cabeça dos oficiais mais graduados do EB nada diferente disso, e eles não tem conhecimento nem interesse no assunto, sua preocupação chega no máximo à defesa de suas próprias unidades (daí estarem muito confortáveis com MANPAD's e sistemas de curto alcance).
Qualquer oficial do EB que fosse designado para cuidar de mísseis AAe de longo alcance saberia que acabaria como um "outsider" dentro da própria força, "perdendo tempo" com coisas que não o ajudariam em nenhuma outra posição na instituição e sem ter com quem contar acima dele. E além disso teria que enfrentar sozinho a eventual hostilidade do pessoal da FAB (imagine quando um comandante de unidade AAe de longo alcance do EB tivesse que emitir ordens de restrição de vôo para as unidades de combate da FAB, qual seria a reação). Seria uma posição desconfortável que só acrescentaria problemas à vida de qualquer oficial do EB que quisesse progredir na carreira, e ser designado para uma ela acabaria sendo visto como uma verdadeira punição pelos oficiais do exército.
Embora ninguém jamais mencione este ponto na minha opinião ele é o maior motivo para o país sequer pensar a respeito do assunto de defesa AAe de longo alcance. Quem deveria assumir esta responsabilidade não sabe e não quer fazê-lo. É muito mais confortável se aferrar à classificação por altura (e assim tudo que voar muito alto é responsabilidade da FAB) e se contentar com no máximo sistemas que o mundo toda utiliza no contexto da defesa AAe tática. AAe estratégica só iria trazer problemas para os pobres infelizes que recebessem a responsabilidade de cuidar do assunto.
Um abraço,
Leandro G. Card
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Faz sentido... e explica parte da dificuldade em até 'escolher' o Sistema e saber o que vamos fazer com ele.LeandroGCard escreveu:Pois é.Carlos Lima escreveu:Muito obrigado pela explicação...!!
Fico pensando que com esses intercâmbios que estamos fazendo com os russos deveríamos aprender alguma coisa, pois não é que não precisamos do Pantsir, e sim precisamos rever a maneira como nós pensamos utilizá-lo.
Mas na verdade nem precisava conversar com os russos. A maior parte do que leio sobre AAe é escrita por autores americanos mesmo. Fora a US Navy, que é um outro assunto, eles não fazem nenhuma questão de desenvolver sistemas AAe completos, focam praticamente apenas em MANPAD's e anti-mísseis pois não é interesse deles "encher a bola" da AAe quando são os maiores adeptos do bombardeio a terras estrangeiras do planeta. No máximo mantém coisas velhas como o Hawk ou desenvolvem acochambrações como o Chaparral e o SL-AMRAAM. Mas eles não se furtam de estudar bastante o assunto e sabem muito bem como deve ser uma AAe de verdade (até porque podem ter que enfrentá-la ).
O maior conflito seria dentro do próprio EB. O sistema viraria um elefante branco em que ninguém ia querer por a mão.Eu fico imaginando se o EB pensar em comprar um Sistema tipo o S-300, isso criaria algum 'conflito' interno sobre quem seria o 'dono' de tal Sistema?
Nesse contexto, realmente a MB tem que pensar diferente pois na maior parte do tempo vai estar lutando sozinha...
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O MD e o EMFA já discutiram o assunto e concluíram que a defesa AAe de pontos estratégicos deveria ser atribuição do EB, pelo simples fato de que é a única força cuja estrutura tem tamanho e distribuição capaz de cobrir todo o território nacional. A FAB (e mais ainda a MB) simplesmente não tem porte ou abrangência para assumir esta responsabilidade.
Mas dentro do próprio exército não existe absolutamente nenhuma tradição neste tipo de missão. O EB sempre se preocupou em enfrentar outros inimigos em terra mesmo, e partiu do princípio de que no ar haveria alguém cuidando de obter a supremacia aérea (a FAB no contexto latino-americano e a USAF ou alguma coligação de potências ocidentais em qualquer outro lugar do mundo). Nunca sequer passou pela cabeça dos oficiais mais graduados do EB nada diferente disso, e eles não tem conhecimento nem interesse no assunto, sua preocupação chega no máximo à defesa de suas próprias unidades (daí estarem muito confortáveis com MANPAD's e sistemas de curto alcance).
Qualquer oficial do EB que fosse designado para cuidar de mísseis AAe de longo alcance saberia que acabaria como um "outsider" dentro da própria força, "perdendo tempo" com coisas que não o ajudariam em nenhuma outra posição na instituição e sem ter com quem contar acima dele. E além disso teria que enfrentar sozinho a eventual hostilidade do pessoal da FAB (imagine quando um comandante de unidade AAe de longo alcance do EB tivesse que emitir ordens de restrição de vôo para as unidades de combate da FAB, qual seria a reação). Seria uma posição desconfortável que só acrescentaria problemas à vida de qualquer oficial do EB que quisesse progredir na carreira, e ser designado para uma ela acabaria sendo visto como uma verdadeira punição pelos oficiais do exército.
Embora ninguém jamais mencione este ponto na minha opinião ele é o maior motivo para o país sequer pensar a respeito do assunto de defesa AAe de longo alcance. Quem deveria assumir esta responsabilidade não sabe e não quer fazê-lo. É muito mais confortável se aferrar à classificação por altura (e assim tudo que voar muito alto é responsabilidade da FAB) e se contentar com no máximo sistemas que o mundo toda utiliza no contexto da defesa AAe tática. AAe estratégica só iria trazer problemas para os pobres infelizes que recebessem a responsabilidade de cuidar do assunto.
Um abraço,
Leandro G. Card
Quanto à USAF você tem toda razão, o povo com quem estava conversando (o pessoal de SEAD) são mestres no assunto sabem muito sobre mísseis.
Fica a questão... como mudar a nossa limitação doutrinaria?
[]s
CB_Lima
CB_Lima = Carlos Lima