Fórum Defesa Brasil

Fato é que a FAB sabe muito bem a que país serve. Todos no alto comando estão cientes de que 36 caças não servem para nada, além de manter doutrina, e quebrar galho de defesa aérea.

Mas quantidade não é um problema apenas da FAB, mas de Estado.

Hora, quando foi que algum dia defesa foi política de Estado no Brasil?

abs

Luís Henrique escreveu:

knigh7 escreveu:Uma parte interessante da entrevista foi quando quando o Pres. da COPAC foi questionado sobre a quantidade de caças. Ele respondeu que o mais importante seria o conceito de sensores e armamentos disponíveis.

Ou seja, um caça no chão não vale nada e o que adianta eu ter um monte de vetores ou determinados vetores se eu tenho baixa disponibilidade?

Essa é a saída pela tangente.



É a desculpa da nossa falta de competência. Não da FAB, mas principalmente dos governantes.

QUALQUER que seja o tamanho da frota, nunca teremos 100% no ar.

Manutenção e logística são IMPORTANTÍSSIMOS, pois precisamos das aeronaves VOANDO e precisamos de pilotos BEM TREINADOS.

Mas nada disso muda o fato de que também precisamos de QUANTITATIVO, quer seja para fazer frente à um vizinho, ou a mais de um, ou à uma frota aeronaval de uma potência militar distante.

E por QUALQUER parâmetro ou análise geopolítica é fato que 36 unidades é RIDÍCULO, para não dizer coisa pior.

A FAB não tem a chave do cofre. Cabe a ela gastar da melhor maneira o dinheiro que é dado a ela.

knigh7 escreveu:

Luís Henrique escreveu:

Essa é a saída pela tangente.



É a desculpa da nossa falta de competência. Não da FAB, mas principalmente dos governantes.

QUALQUER que seja o tamanho da frota, nunca teremos 100% no ar.

Manutenção e logística são IMPORTANTÍSSIMOS, pois precisamos das aeronaves VOANDO e precisamos de pilotos BEM TREINADOS.

Mas nada disso muda o fato de que também precisamos de QUANTITATIVO, quer seja para fazer frente à um vizinho, ou a mais de um, ou à uma frota aeronaval de uma potência militar distante.

E por QUALQUER parâmetro ou análise geopolítica é fato que 36 unidades é RIDÍCULO, para não dizer coisa pior.

A FAB não tem a chave do cofre. Cabe a ela gastar da melhor maneira o dinheiro que é dado a ela.

Eu sei que não tenho todos os dados para tomar a melhor decisão.

Mas também percebo que tem muita gente nas forças armadas que possuem preconceito com certos fornecedores.

Me falta dados mas não tenho preconceito.

Eu faria diferente.

Em vez de modernizar F-5 e AMX e comprar Mirage 2000C com míssil ar-ar obsoleto, eu escolheria um caça multimissão DE VERDADE, USASDO e BARATO.
E padronizaria a frota com este caça.

Muito provavelmente ficaria entre F-16 MLU e MiG-29 SMT.

Por praticamente O MESMO DINHEIRO GASTO EM M2000, F-5M E A-1M, HOJE a FAB poderia ter 6 esquadrões de caças DE VERDADE, com um total de 108 F-16 MLU ou MiG-29 SMT.
Eu investiria dinheiro em mísseis anti-navio para os meus caças. Harpoon se fosse F-16 e Kh-35 e Kh-31A se fosse MiG-29.

O Projeto FX2, como atrasou muito, eu cancelaria e iniciaria o FX3 com a participação de caças de 5a geração.

Após PROFUNDAS ANÁLISES decidiria se caças de 4,5a geração como Gripen NG, Super Hornet e Rafale valem a pena OU PARTIRIA PARA UMA CONCORRÊNCIA ENTRE CAÇAS DE 5A GERAÇÃO.
F-35 americano, Su-57 russo, J-31 chinês, J-20 chinês (caso permitido) e até um Projeto para desenvolver em parceria como o FS2020 da SAAB.

Luís, tenho certeza que isso passou pela cabeça do alto comando da FAB, e não foi a alternativa escolhida, talvez por um simples motivo: um caça usado de terceira geração modernizado poderia ter decretado o fim do FX.
Ou acreditas mesmo que se operássemos aqui F-16 desde os anos 90's a FAB teria argumentos com o governo para ficar pedindo um caça novo?

abs.

Se a FAB tivesse comprado um tampão para substituir o tampão dos M2000 em AN o FX2 não teria sido resolvido. A gente iria viver de tampões.

A minha esperança de um segundo lote do GripenNG é justamente pela impossibilidade de ficar esticando a vida útil daquela quantidade grande de F-5M. A FAB não vai cometer o erro de comprar um tampão ou um lift para substituí-los. Vai deixar os esquadrões sem dotação como fez com o GDA.

A propósito Luís Henrique: o pres. da COPAC não respondeu que irá ficar em 36 caças, nem deu a entender que essa quantidade de Gripens é a necessária. Ele respondeu que a quantidade está em estudos.

Mas eu gostei da outra abordagem da resposta que eu coloquei na página anterior. Porque a questão da disponibilidade muitas vezes escapa das discussões.

FCarvalho escreveu:Luís, tenho certeza que isso passou pela cabeça do alto comando da FAB, e não foi a alternativa escolhida, talvez por um simples motivo: um caça usado de terceira geração modernizado poderia ter decretado o fim do FX.
Ou acreditas mesmo que se operássemos aqui F-16 desde os anos 90's a FAB teria argumentos com o governo para ficar pedindo um caça novo?

abs.

Oras, mas durante todos esses anos a FAB seria considerada uma força aérea PODEROSA.
Com 108 caças modernos F-16 MLU, mísseis BVR AIM-120, mísseis antinavio Harpoon, etc etc etc.

O FX poderia ser decidido do mesmo jeito, em 2015, mas em vez de Gripen poderia ser um caça de 5a geração.
Ou, o FX poderia ser adiado e decidido nos próximos anos, aguardando a entrada em operação de outros caças da 5a geração.

O F-5 era considerado SEGUNDA LINHA NA DÉCADA DE 60.
HOJE, desde que devidamente modernizado, é considerado um TREINADOR LIFT.
E continua sendo o caça principal da FAB, a força aérea do gigantesco Brasil, que está entre os maiores países do mundo, mas usa um LIFT VELHO como caça principal, e ainda com quantitativo equilibrado com potências como Chile, Peru e Venezuela.

A FAB nem encaminhou RFI no FX2 para o F-16. Solicitou para o F-35, Typhoon , Rafale, GripenNG, SH e Su-35. Queria projetos mais recentes. Solicitou para o Su-35 porque era o mais moderno que havia por lá.

O F-35 é mais avançado que os Eurocanards. Mas outros projetos de 5ª geração eu tenho cá minhas dúvidas. Ademais, se acabar mesmo se concretizando o custo de operação menor do GripenNG em relação ao C/D, que já é baixo, vai ser uma caça de tremendo custo-benefício favorável.

Luís Henrique escreveu:

FCarvalho escreveu:Luís, tenho certeza que isso passou pela cabeça do alto comando da FAB, e não foi a alternativa escolhida, talvez por um simples motivo: um caça usado de terceira geração modernizado poderia ter decretado o fim do FX.
Ou acreditas mesmo que se operássemos aqui F-16 desde os anos 90's a FAB teria argumentos com o governo para ficar pedindo um caça novo?
abs.

Oras, mas durante todos esses anos a FAB seria considerada uma força aérea PODEROSA.
Com 108 caças modernos F-16 MLU, mísseis BVR AIM-120, mísseis antinavio Harpoon, etc etc etc.
O FX poderia ser decidido do mesmo jeito, em 2015, mas em vez de Gripen poderia ser um caça de 5a geração.
Ou, o FX poderia ser adiado e decidido nos próximos anos, aguardando a entrada em operação de outros caças da 5a geração.
O F-5 era considerado SEGUNDA LINHA NA DÉCADA DE 60.
HOJE, desde que devidamente modernizado, é considerado um TREINADOR LIFT.
E continua sendo o caça principal da FAB, a força aérea do gigantesco Brasil, que está entre os maiores países do mundo, mas usa um LIFT VELHO como caça principal, e ainda com quantitativo equilibrado com potências como Chile, Peru e Venezuela.

A questão como sempre Luis é de custo benefício. Não temos como saber se realmente a FAB iria conseguir um caça novo sem antes convencer os políticos a gastar dinheiro em algo que, para eles, e meio mundo aqui no Brasil, nunca esteve na lista de prioridades de ninguém.
No mais imagines se já foi complicado mesmo o Gripen levando os dois FX's chegarmos até aqui, com F-5 e tudo sendo a base da defesa aérea - para os leigos eles são pintados como um puta caça - o que não seria se tivéssemos F-16 e por aí vai..

abs

knigh7 escreveu:A FAB nem encaminhou RFI no FX2 para o F-16. Solicitou para o F-35, Typhoon , Rafale, GripenNG, SH e Su-35. Queria projetos mais recentes. Solicitou para o Su-35 porque era o mais moderno que havia por lá.

O F-35 é mais avançado que os Eurocanards. Mas outros projetos de 5ª geração eu tenho cá minhas dúvidas. Ademais, se acabar mesmo se concretizando o custo de operação menor do GripenNG em relação ao C/D, que já é baixo, vai ser uma caça de tremendo custo-benefício favorável.

Custo benefício
O troço tá saindo a preço de ouro. Kkkkk
Vai ser o pequeno mini caça para aliados subalternos mais caro da história.

prp escreveu:

knigh7 escreveu:A FAB nem encaminhou RFI no FX2 para o F-16. Solicitou para o F-35, Typhoon , Rafale, GripenNG, SH e Su-35. Queria projetos mais recentes. Solicitou para o Su-35 porque era o mais moderno que havia por lá.

O F-35 é mais avançado que os Eurocanards. Mas outros projetos de 5ª geração eu tenho cá minhas dúvidas. Ademais, se acabar mesmo se concretizando o custo de operação menor do GripenNG em relação ao C/D, que já é baixo, vai ser uma caça de tremendo custo-benefício favorável.

Custo benefício
O troço tá saindo a preço de ouro. Kkkkk
Vai ser o pequeno mini caça para aliados subalternos mais caro da história.

Vá falar essas mentiras no manicômio do PRick, se é que ainda existe.

FCarvalho escreveu:

Knigh7 escreveu:
Se a FAB tivesse comprado um tampão para substituir o tampão dos M2000 em AN o FX2 não teria sido resolvido. A gente iria viver de tampões.

A minha esperança de um segundo lote do GripenNG é justamente pela impossibilidade de ficar esticando a vida útil daquela quantidade grande de F-5M. A FAB não vai cometer o erro de comprar um tampão ou um lift para substituí-los. Vai deixar os esquadrões sem dotação como fez com o GDA.

A propósito Luís Henrique: o pres. da COPAC não respondeu que irá ficar em 36 caças, nem deu a entender que essa quantidade de Gripens é a necessária. Ele respondeu que a quantidade está em estudos.

Mas eu gostei da outra abordagem da resposta que eu coloquei na página anterior. Porque a questão da disponibilidade muitas vezes escapa das discussões.

A questão como sempre Luis é de custo benefício. Não temos como saber se realmente a FAB iria conseguir um caça novo sem antes convencer os políticos a gastar dinheiro em algo que, para eles, e meio mundo aqui no Brasil, nunca esteve na lista de prioridades de ninguém.
No mais imagines se já foi complicado mesmo o Gripen levando os dois FX's chegarmos até aqui, com F-5 e tudo sendo a base da defesa aérea - para os leigos eles são pintados como um puta caça - o que não seria se tivéssemos F-16 e por aí vai..

abs

Eu acho que já pensei como vocês.
Mas hoje não concordo mais com essa política.

A política do QUANTO PIOR, MELHOR.

Vocês realmente acreditam que os políticos são comovidos por este tipo de estratégia???

Vocês acreditam que o governo fechou contrato com a SAAB para adquirir 36 Gripen NG, APENAS porque a FAB opera uma frota de F-5M?
Acreditam, que se a FAB operasse uma frota de F-16 MLU o contrato com a SAAB não ocorreria?

Os políticos não sabem a diferença entre F-5M e F-16 MLU.

Mas a FAB sabe.

Vamos ACORDAR para alguns fatos:

1) A Venezuela adquiriu F-16 em 1982.

2) O Peru adquiriu MiG-29 em 1997.

3) O Chile adquiriu F-16 em 2002.

4) A Venezuela adquiriu Su-30 em 2006.

A FAB recebeu o primeiro F-5 M Modernizado em 2005. E na mesma época estava formalizando a modernização do A-1 por cerca de U$ 350 mi.

Eu não sei se vocês lembram, mas vou refrescar alguns NÚMEROS:

1) U$ 285 mi modernização dos F-5
2) U$ 350 mi modernização dos A-1 (depois foi reduzido)
3) e$ 80 mi aquisição de 12 Mirage 2000 C
4) U$ 105 mi Reccelite, sky shield, litenning para os F-5 M
5) U$ 55 mi aquisição de 11 f-5 da Jordania
6) U$ 107,5 mi modernização dos F-5 Jordanianos

Total Aproximado = U$ 1 BILHÃO

O Chile no ano de 2005, adquiriu 18 F-16 MLU por U$ 180 mi.
U$ 10 mi CADA.

Daria ou não daria para a FAB ter 108 F-16 MLU ???

A FAB teria os mesmos argumentos junto ao governo. Dizendo que os F-16 foram adquiridos USADOS.
E que já são velhos e precisam de substitutos.

Não apoio essa tese de quanto pior, melhor para conseguir alguma coisa com o governo.

Pelo menos nos últimos 10 anos a FAB teria tido um poder aéreo bem maior.

Supersonic test keeps Gripen E on target

31 OCTOBER, 2017 SOURCE: FLIGHTGLOBAL.COM BY: CRAIG HOYLE LONDON
Saab's Gripen E remains on track for delivery to the Swedish and Brazilian air forces from 2019, with the Swedish company's first prototype having recently passed a significant performance milestone.

https://www.flightglobal.com/news/artic ... et-442657/

Se FHC e depois Lula não tivessem enrolado o FX1, a FAB já estaria há mais de 10 anos operando caças novos.

Prazos

O Projeto F-X foi concebido para ser implantado no menor prazo possível, porém seu cronograma está atrasado em mais de cinco anos. O COPAC planejou emitir o IRI em 1995/1996 com o RFP terminado em 1998. O anúncio do concorrente vencedor seria entre 1999 e 2000. O primeiro exemplar deveria ser entregue entre 2002/2003, ou 48 meses contados a partir da assinatura do contrato. Todos os caças deveriam ser entregues antes de 2005 na época da retirada de serviço do Mirage III.

Em 2001, com o lançamento do RFP, era esperado que a escolha se desse em até o início de 2002 com a assinatura do contrato comercial em junho de 2002.

Devido a questões políticas a decisão final do Projeto FX foi passada pelo Presidente Fernando Henrique para o seu substituto. O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou no início de 2003 o adiamento da decisão sobre o Projeto FX para 2004. O objetivo seria utilizar os recursos de US$760 milhões, que virão de empréstimos internacionais e devem demorar 2 anos para serem aprovados, no programa de combate à fome. Também pretende reexaminar as propostas dos concorrentes.

Assim, em 2002, a FAB percebeu que o primeiro exemplar do novo caça só deve chegar a partir de 2007. Com isto, foi estudado o uso de um caça provisório para substituir o Mirage III até chegar todos os FX.

http://sistemasdearmas.com.br/fx/fx12requisitos.html

Dá para perceber que defesa fosse um assunto realmente sério, teríamos Gripen C/D por aqui a mais de 15 anos. E provavelmente estaríamos trabalhando no FS2020 para a próxima década, já que os E/F teriam tido a sua conclusão a uns 7/8 anos atrás quando ainda do lançamento do FX-2 Os C/D substituiriam os Mirage e F-5 e os E/F os A-1. Teríamos uma frota bem equilibrada e com capacidade de adentrar as décadas de 2020/2030 até a operacionalidade total de um caça de 5a G tupiniquim.

A FAB fez um planejamento realista e dentro do escopo de sua visão da defesa aérea. Mas como sempre os políticos conseguem transformar qualquer tentativa de planejamento do Estado em conversa de butiquim e cafezinho no bar do congresso olhando a porra da próxima eleição.

Viva-se com isso.

abs.

Luís Henrique escreveu:

Eu acho que já pensei como vocês.
Mas hoje não concordo mais com essa política.

A política do QUANTO PIOR, MELHOR.

Vocês realmente acreditam que os políticos são comovidos por este tipo de estratégia???

Vocês acreditam que o governo fechou contrato com a SAAB para adquirir 36 Gripen NG, APENAS porque a FAB opera uma frota de F-5M?

LH, político não sabe a diferença de um F-15 para um F-5. E também não querem saber.

Existem equipamentos que tem visibilidade, como é o caso de escoltas, caças. Se vc colocar qq coisa no lugar, já vai estar lá essa coisa e eles não vão se preocupar. Agora, se começar a deixar essas unidades sem nada, aí força uma atitude deles.